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O meu nome é Dynka Amorim dos Santos, sou natural de S. Tomé e Princepe e já resido em Portugal
há sensivelmente 7 anos.
E atualmente sou estudante universitário. Estou a tirar uma licenciatura em Ciências Politicas Internacionais.
E vou conciliando isso com as atividades da Associação bué fixe que é uma Associação de jovens migrantes Africanos PALOP.
Atualmente estamos a desenvolver um projeto na àrea da prevenção do VIH\SIDA cá no concelho da Amadora,
Em que nós usamos as ferramentas de comunicação: espaço de rádio, revista,
envio de mensagens educativas de SMS, publicações de informações
no facebook.
Visionamento de videos
sobre a questão do VIH\SIDA e outros canais também.
Bem, foi um processo interessante.
Tudo começou em 2003, notávamos uma grande falta de informação muito
direcionada para os jovens em S. Tomé e Princepe na questão do VIH\SIDA
e foi nessa altura que o sistema das Nações Unidas de S. Tomé e Princepe organizou jornadas de porta
aberta, que as pessoas poderem conhecer os serviços que são prestados em S. Tomé.
E foi nessa altura que nós tivemos a oportunidade de estar com uma senhora de Nacionalidade
Portuguesa
que na altura desempenhava as funções de Consultora do banco mundial
que ajudava o governo de S. Tomé a criar um plano
estratégico de luta contra a sida e foi ela que nos impulsionou a criar um projeto,
em que o objetivo principal fosse informar, sensibilizar e educar os jovens
para a questão do VIH\SIDA.
A certa altura a ideia era para ser uma associação, mas como achávamos que era
bastante burocrático
decidimos criar uma revista, e ai foi foi o pontapé de saída e a revista foi lançada
oficialmente
no dia 13 de setembro
de 2003 em S. Tomé e Princepe. E foi assim que tudo depois começou a
gatinhar
e depois a revista começou a ser distribuida de forma
gratuita nas escolas
nos centros da Juventude no Centro Cultural de Português de Luis de Camões e outros sitios de maior concentração de jovens.
Em 2005, tivemos um outro rumo,
com a vinda de alguns membros
a Portugal,
nós não queríamos por um fim ao projeto,e trouxemos o projeto
para Portugal
e alargámos o o nosso público-alvo:
Principalmente não só os jovens de S. Tomenses cá e lá, abrimos também para outros jovens
dos outros países.
de expressão Portuguesa ou de ascendência Africana.
E a Bué Fixe foi caminhando, aqui nós depois
Expandimos os nossos canais de atuação.
nomeadamente com a criação do nosso espaço de rádio que passava nas
rádios universitárias em Portugal,
Através de sessões de esclarecimento que organizávamos, através da distribuição de preservativos
que fazíamos e ainda continuamos a fazer. Foi assim que tudo começou a fortalecer e nos começámos a candidatar para alguns
programas de Iniciativas de Jovens. O primeiro programa
a que nos candidatámos oficialmente foi o programa juventude em acção logo logo em 2007,
mas em 2007 não aprovaram o projeto, só o vieram a aprovar em finais de 2008,
em que o objetivo foi esse mesmo, foi ajudar, informar,
educar os jovens
para a questão do VIH\SIDA. O primeiro projeto que
submetemos
foi um projeto
na área da prevenção do VIH\SIDA, foi um projeto de 18 meses
que nós desenvolvemos, usávamos as sessões de esclarecimento, a distribuição de preservativos,
a produção da revista para os jovens migrantes aqui da região de Lisboa.
E depois o segundo projeto com o Juventude em Ação foi a criação do
rádio jovem Bué Fixe
em que usávamos a componente rádio
para educar os jovens a abordar todos os temas ligados à juventude,
principalmente os jovens migrantes.
E depois o terceiro projeto com o Juventude em Ação foi um projeto piloto
do conselho da europa, o projeto "Enter", que foi não só desenvolvido
em Portugal mas também em muitos países do conselho da europa,
em que o objetivo principal fosse
promover o acesso aos direitos sociais
para os jovens que vivem em bairros desfavorecidos. E do nosso lado, nós desenvolvemos
um projeto
que se chamou "Média Jovem
na promoção de acesso aos direitos sociais" em que usávamos as ferramentas
de comunicação
que era para incentivar
e promover o acesso dos jovens aos seus direitos sociais, principalmente jovens que viviam
em situações de irregularidades
em Portugal que nós especificámos, essencialmente no acesso à saude,
no acesso ao emprego e nalguns direitos básicos.
Portanto foi esse
o nosso caminho, depois também organizámos a associação, a associação foi crescendo,
participámos em alguns projetos nacionais, alguns projetos internacionais,
como parceiros
e tivémos também a oportunidade de participar em alguns eventos nacionais e internacionais..
E a Bue Fixe foi crescendo
Foram entrando mais membros outros países e depois em 2010 formalizámos
juridicamente a bué fixe
como associação juvenil,
fruto do trabalho que
fizémos nos ultimos tempos, e a Bué Fixe é uma organização bastante considerada
temos que trabalhar com vários parceiros como a MTV
a junta de freguesia, muitas associações locais do conselho da amadora,
temos vindo a aparecer
nas revistas e jornais quer em Portugal quer fora de Portugal.
Bem, eu não posso dizer..
Sim, por um lado pode ser considerado...escrever uma candidatura de um projeto.
Não é facil..
É necessária uma formação. O formulário por exemplo do Juventude em Ação
no início para quem nunca teve contato, é bastante complicado.
Temos que especificar por exemplo:
os objetivos gerais,
os objetivos especificos,
a metodologia, a avaliação e isso nem sempre é facil
para as pessoas que querem iniciar um projeto de iniciativa local.
Portanto, posso dizer que essa é uma das grandes barreiras. E outra grande barreira é também
encontrar pessoas que estejam disponiveis
em colaborar de forma voluntária. Esta também podemos dizer que é uma outra barreira,
mas nós entendemos isso não como uma barreira, mas como um desafio, e nos ultimos tempo temos
vindo a melhorar. Temos agora uma grande politica de capacitar os nossos membros sobre como
fazer um projeto, e isso é bastante bom.
Bom, o apoio do programa Juventude em Ação foi extremamente relevante.
Se não fosse o programa Juventude em Ação, no inicio era muito complicado a gente desenvolver
alguns canais do projeto. Por exemplo através do apoio que nós recebemos do Juventude em ação
no final de 2008 que nos possibilitou, por exemplo, na impressão da revista,
dos custos de transporte, nas deslocações, nas questões administrativas, foi extremamente fundamental, é um programa
que aconselho qualquer grupo de jovens a candidatar-se e vale a pena.
Posso dizer em briefing
foi extremamente relevante o apoio..
e não só o apoio, mas as formações também que eles organizam.
É extremamente relevante.
Capacitou os jovens em procurar parceiros,
em melhorar o projeto, na questão da visibilidade, e portanto, o apoio é sempre importante
Bom, realmente, as dicas diversificam muito. Uma das dicas que posso dizer é
ter a motivação
A motivação é extremamente importante.
Identificar os problemas e ter o apoio de uma pessoa que saiba
formalizar uma ideia e que possa ajudar um jovem nos passos a seguir. Primeiro por
exemplo
identificar fontes de financiamento, conseguir arranjas as pessoas que possam vir trabalhar no projeto
e começar a trabalhar sempre com a ajuda dos supervisores que possam ajudar.
Mas essencialmente é identificar o problema,
ter um espírito de voluntariado, espirito de querer mudar alguma coisa
e mãos à obra. Obviamente vai encontrar algumas barreiras mas eu entendo essas barreiras
como sendo um desafio.
Bom, como mensagem final eu gostaria de dizer às pessoas que
existem muitas possibilidades
muitos projetos que podem ser desenvolvidos: muitos projetos sociais, na área da cultura, do desporto...
Qualquer tipo de projeto é sempre bem vindo, é sempre uma mais valia,
porque por um lado pode ajudar a pessoa a crescer-se
em termos de algumas habilidades, que podem vir a ser
benéficas para o futuro,
trabalhar trabalhar e sempre com a ajuda dos outros. Portanto, qualquer tipo
de iniciativa social,
tem um peso bastante relevante numa comunidade e num concelho
e a minha mensagem é que sigam em frente com os projetos, com a iniciativa
que esse mundo bem precisa.