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SANGUESSUGA
Nas noites escuras de tempestade o Sanguessuga aparece
para aqueles meninos e meninas que ainda chupam os dedos.
Esta é a pequena Tilly,
apanhada mais uma vez com dedos que precisam da punição
da bengala de sua mãe.
Já que punições não fazem os polegares deixarem de ser chupados,
ela invoca uma maldição que a menina jamais se esquecerá.
"Sanguessuga, Sanguessuga eu rogo que apareças
e massacre minha filha se o polegar ela chupar."
E sem uma única oração,
sem uma refeição,
pelas escadas sombrias ela foi mandada para sua cama.
Pobre Tilly, como ela teme esta casa a noite.
Os monstros que aqui vivem tem imenso apetite.
Ela tenta não acordá-los
se movendo como um ratinho.
E escala até seu quarto no alto da casa.
Sozinha em seu quarto,
as velas se apagaram,
o vento uivou e zumbiu
e os monstros a espiaram.
Tilly, buscando por consolo cobiçou seu polegar implorando
"Sanguessuga, Sanguessuga não venha, por favor".
Na escuridão, ela encontrou o caminho de volta.
O mal a observava, mas quando atacaria?
Pela casa cheia de sombras, Tilly andou de mansinho.
E quando chegou ao escritório,
seu pequeno coração congelou.
Porque ali jazia o corpo de sua mãe.
E na parede ao lado estava escrita minha mensagem
rabiscada em óleo ***.
"QUE MENINA ESPERTA.
PELO DEDO NÃO CHUPAR, NÃO IREI TE DEVORAR.
MAS, SUA MÃE EU VOU LEVAR."
tradução: Daniel Henares
Nas noites escuras de tempestade o Sanguessuga aparece
para as famílias cruéis que aos seus jovens amaldiçoam.