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Eu vou fazer uma referência sobre a minha busca da espiritualidade.
Eu desde garoto fiquei procurando entender a projeção astral
e é óbvio que você não tem as respostas prontas.
Você vai buscando, você vai tendo experiências, eu ia anotando tudo.
Mas eu fui em tudo quanto é lugar que se possa imaginar.
Eu preciso relatar isso para saberem o percurso, porque as pessoas falam,
"Puxa, você conhece tal coisa? Já foi em tal lugar?"
O meu pai era Rosa Cruz, então eu fui filiado na Ordem Rosa Cruz.
Eu fiz buscas no Círculo Exotérico Comunhão do Pensamento, na Eubiose.
Eu busquei o conhecimento.
Tudo isso, gente, é assim, eu fui lá para conhecer, eu quero uma resposta.
Assisti a palestras do Wagner Borges, que é meu amigo, porque essa troca é importante.
Assisti a palestras do Waldo Vieira também.
Assisti a palestras de pastores evangélicos.
Eu queria uma resposta, então é assim.
Até aquele pastor Juanribe Pagliarin, que é meu amigo também, eu fui lá ver a palestra dele,
porque eu queria na verdade me organizar
para entender de verdade o que acontecia comigo.
Fui na Igreja Messiânica, fui na Shin Kenko Kyokai, fui em várias religiões.
Então, fui até em terreiro de umbanda.
Um amigo me convidou, ele é pai de santo, falou:
"Moisés, vem aqui que pode ser que você..."
Eu falei o meu coração tem que estar aberto
para que eu possa entender o que acontece comigo.
Então, eu fui fazendo...
Li livros, muitos livros para entender,
risquei muito papel, fiz muitas anotações,
desenhos, essas coisas todas.
Isso foi uma busca minha.
Porque cada um tem que fazer sua busca, seus questionamentos.
O próprio Chico Xavier, que é uma pessoa da máxima importância na minha vida, pelo que ele foi.
Ele sofreu muito, ele resistiu à vida e ajudou as pessoas da maneira dele.
Depois eu conversei muitas vezes com ele.
Eu penso que nós temos que respeitar todas as pessoas
porque enquanto nesse mundo nós não sabemos direito,
não existe uma verdade absoluta.
As coisas são todas assim, você não tem certeza.
Então, eu penso que a gente tem que falar: é tudo uma busca.
Não dá para dizer "eu sou isso, eu sou aquilo, eu sei mais que você",
não é assim que funciona não.
E nós estamos cheios de verdades absolutas que nós mesmos criamos
para poder dizer Deus existe, Cristo, Buda.
Criamos todos esses referenciais e os tornamos absolutos.
Eu acho que até são muito necessários para a gente fazer um caminho
porque as pessoas precisam de um referencial.
Você só deixa de ter referenciais externos
na medida que você sair do espaço dos chacras emocionais
e a sua consciência estiver trabalhando acima deles.
Eu até acredito nisso e falo isso nas minhas palestras,
que no momento em que a pessoa for o seu próprio referencial,
aí ela já está livre,
porque ela não tem dependências, nem nada.
Mas enquanto você estiver precisando do outro, de determinadas coisas
que são de verdade necessidades emocionais,
você ainda não está livre não.
Não acho que a gente vai se libertar por decreto, é um caminho.
Mas nós temos que fazer, ter a mente aberta,
porque o tempo todo nós somos chamados para as nossas coisas físicas,
para nossas complementações, carências e tudo mais.
Eu fui fazendo muitas buscas. Essas buscas foram importantes para mim.
Eu fazia experiência de projeção astral.
Têm algumas experiências que aconteceram que foram bastante esquisitas até para relatar.
Eu fazia experiências: queria ver o que tinha dentro de uma parede, dentro de uma rocha,
fazer uma imersão no mar, imersão na areia,
atravessar montanhas, ficava atravessando árvores, quando eu tinha meus 14, 15 anos.
Eu reconheço isso.
Eu fiz umas experiências que eu falei: puxa, eu era imaturo.
Mas depois, pensando de novo, eu falei:
não, eu estava buscando, a gente quer entender o mundo.
Então, eu morava ali em Veleiros essa época
eu queria entender melhor: como funciona a projeção astral?
Como é que eu consigo fazer isso?
Como é que eu saía do corpo, eu atravessava o teto,
ficava naquele espaço entre o telhado e o teto, subia.
Aquela sensação para mim era uma sensação de liberdade muito grande.
Tinha uma árvore na casa do vizinho
eu ficava atravessando aquela árvore, para um lado e para o outro.
Aquilo me dava um prazer muito grande, era uma energização muito forte.
E eu ficava fazendo isso.
Você vai falar, "mas isso aí é uma bobagem!"
Não, deve ter tantas coisas que eu fiz como bobagem que...
Por exemplo, eu costumava ir pela borda marítima saindo daqui de São Paulo indo até Peruíbe,
tinham muitos arbustos e aquilo para mim era fantástico,
porque eu ia atravessando aqueles arbustos numa velocidade muito grande.
Você vai falar: "mas isso é loucura!"
Não sei o que é loucura, eu sei que eu fazia isso
porque a velocidade me impressionava, entendeu?
Então, era uma coisa assim.
Ficar olhando o mar em alta velocidade me impressionava.
Eu fazia registros de tudo isso.
Isso foi motivo, talvez, até pela minha imaturidade, não sei dizer,
eu acrescentava muita coisa e ficava querendo prospectar não só a Terra,
cada lugar, descobrir coisas novas,
mas também sair do planeta.
E quando eu relato isso, são relatos que são meio...
A pessoa vai falar: "Poxa, mas o que você está pensando que você é?"
Não, eu não penso que eu seja nada não.
Eu já disse várias vezes que, de verdade, a única coisa que a gente tem que perder é o ego.
Se eu estiver em algum momento tentando exercer uma coisa que, de verdade,
eu acho que não nos leva a lugar nenhum,
até por eu ser psicanalista e estudar muito o comportamento humano,
eu revejo. Eu tenho que rever.
Mas eu fui tendo experiências de todo tipo.
Cada coisa que existe na Terra é uma grande experiência.
Eu gosto de saber mais, de aprender, eu vou me esforçando para isso.
Eu nunca consegui fazer uma coisa que as pessoas fazem, que é assim:
"eu vou trabalhar, ganhar muito dinheiro e não vou fazer nada."
Não, eu trabalho muito e consigo apenas viver.
Quem me conhece sabe que eu sou assim.
Eu não acho que você tenha que ficar...
você não vai levar nada dessa vida.
E talvez até porque com a minha mãe, que foi uma mulher bastante importante na minha vida,
isso me fez ter um relacionamento com as mulheres muito mais saudável,
muito mais à vontade, de mais confiança.
Minha mãe foi muito especial para mim, é muito especial para mim,
mas ela, num determinado momento da vida dela, ela chegou para mim e falou assim:
"Moisés, eu vou fazer um voto de pobreza."
Eu falei mãe, a senhora vai fazer um voto de pobreza?
Ela disse: "Sim. Eu vou ter apenas as roupas que eu preciso."
E essas roupas que ela precisava seriam, sei lá, duas ou três.
Ela era mulher, era casada com o meu pai, o meu pai não podia entender isso.
E ela falava: "Mas eu não posso falar isso para ele. Esse meu voto de pobreza significa
que eu vou me despojar das coisas que eu tenho, isso de uma forma homeopática..."
Não se pode pegar tudo e falar "não quero mais", isso é um decreto e decreto eu nunca acreditei nisso.
Então, ela ia fazendo as coisas e ela foi fazendo esse caminho mesmo.
Mas ela foi importante, só que como ela tinha uma capacidade de clarividência altíssima,
por isso até quando alguém fala "eu sou clarividente" eu tenho um referencial de clarividência,
porque ela conseguia relatar o que estava acontecendo à distância.
Ela não tinha que se preparar para isso, entendeu?
Não era assim "espera aí que eu vou me concentrar!"
Ela estava olhando para você e estava contando o que estava acontecendo em outro lugar.
Eu agradeço por ter tido essa experiência.
Isso foi bem importante para mim.
Agradeço por ela demonstrar isso várias vezes
e demonstrar até no último momento da vida dela.
Quando chegou no meu aniversário ela falou:
"Daqui a um mês eu estou indo embora daqui, é o meu dia de ir embora."
E foi o que aconteceu.
Eu até falei a senhora está falando besteira, não é mãe? Não precisa falar isso.
Ela falou: "Não meu filho, você já vai avisando todo mundo,
porque tem gente que mora fora daqui,
para que eles não tenham que vir correndo para cá nesse dia.
É o dia em que eu vou embora mesmo."
E foi o que aconteceu.
Daí eu fiquei fazendo buscas. A gente tem que aprender e aprender em todos os sentidos.
Eu tenho buscado o conhecimento com o primeiro aprendizado que é assim:
Você não tem que achar que você sabe mais ou menos do que alguém,
você não tem que se confrontar com ninguém,
porque esse não é o sentido da vida e da verdade.
O sentido da verdade é aquele em que você vai ter
total equilíbrio energético, estabilidade, linearidade emocional.
Não é o espaço dos confrontos, das competições, esse não é o espaço.
É o espaço da liberdade, de você não ter dependências,
de você fazer um caminho que, de verdade, você está bem.
Você vai ter que ficar bem!
Então, é outra história.
Mas eu fiquei fazendo buscas e eu tenho que dizer que estou aprendendo a todo instante.
Mesmo no CEC, tem pessoas que têm várias habilidades.
Então você tem uma pessoa que é marceneiro, é bom você ficar olhando,
tem o pessoal que já foi pedreiro ou que é pedreiro, e aí a gente vai fazendo construções.
Tem outras pessoas que pintam, tem pessoas que tocam, tem pessoas que cantam,
tem médicos, tem dentistas, tem engenheiros, tem todo tipo de pessoa numa associação.
E todas têm que ser respeitadas.
Porém eu acredito que se a gente quiser trabalhar com todas as frequências dos nossos chacras
a gente vai ter que aprender a fazer muita coisa.
Tem que abrir o coração, quebrar as barreiras que nós criamos.
Não é porque você tem um curso superior que você não vai colocar a mão na ***,
pegar uma pedra, aprender a mexer com cimento.
Eu acho que isso é rico, é muito rico.
Aliás, para mim dá um grande prazer fazer isso ou fazer trabalhos manuais.
No CEC, a gente faz até luminárias, eu faço velas, eu gosto muito de fazer velas.
Agora nós fazemos aqueles bonequinhos de São Francisco.
Ontem mesmo eu estava vendo as meninas costurando aquilo com o maior carinho.
Isso é bem saudável.
É saudável você plantar, é saudável você colher, aprender a fazer coisas.
É saudável você colocar o pé no chão, andar descalço,
colocar o pé na água, entrar na água, sentir o vento.
Eu penso que isso é um aprendizado que nós não podemos desprezar.
Nós ficamos tão fechados nas coisas que ou a gente se satisfaz,
satisfaz as nossas euforias para poder sobreviver,
porque entrar em contato com a gente não é muito fácil,
ou a gente acha que não está aprendendo nada e nem sendo feliz.
A minha busca vai continuar sempre.
Eu não acho que eu vou chegar a algum ponto de falar assim "eu sei tudo!"
Não sei mesmo, eu já falei isso e acho muito engraçado a gente dizer que sabe.
Porque como a gente só vê daqui da Terra para fora, ou só vê o quarteirão que a gente mora,
ou da casa que a gente mora, a gente acha que...
Ninguém sabe, é tudo muito relativo.
Se você estiver no centro desse universo, que também é infinito,
a gente que determina tamanhos e tudo mais, você vai ver que nós somos o quê?
Precisamos aprender muito mais e esse aprendizado não é para você perder tempo,
é para você continuar sempre.
Eu estou falando isso porque, de verdade,
são colocadas questões para mim que eu respondo com o máximo prazer.
Eu acho que as pessoas têm o direito, aliás têm o dever de perguntar mesmo.
"Não entendi, quero saber. "
E a gente tem que responder as coisas com o coração.
Isso é um crescimento.
Às vezes falam assim: "Tudo é uma troca."
Eu não sei se tudo é uma troca.
Eu sei que individualmente cada um de nós tem que ter boa vontade,
tem que ter motivação, tem que estar feliz consigo próprio
e enxergar o outro e fazer o que puder pelo outro.
Isso para mim é muito mais do que o sentido da vida,
é o sentido do universo, é o sentido de tudo.
Você poder fazer tudo aquilo que o seu coração,
os seus chacras todos permitem em benefício de você e do ambiente.
Para a gente seguir o curso de crescimento que nós nem sabemos direito onde nós vamos chegar.
Nós ficamos procurando respostas e achando que a gente vai chegar ao Átma, vai chegar não sei aonde.
Isso são benefícios individuais, eu penso.
Então, até foi colocada uma questão aqui, uma pergunta,
eu vou aproveitar para comentar sobre ela, que diz assim:
"Prova da projeção. Pelo que percebo, pessoas como você
e o Waldo Vieira saem do corpo quando querem."
Aí ele pergunta aqui porque a gente não dá uma prova.
Olha, tem várias pessoas que praticam projeção astral.
E não importa se a pessoa pratica ou não, eu acho que ela tem que ser respeitada.
Essas pessoas que são conhecidas, se você olhar tem o Saulo Calderon,
Saulo Calderon tem experiências de projeção astral,
o Wagner Borges que está aqui em São Paulo, que a gente faz programa na mesma rádio,
são pessoas muito queridas.
Ele, de verdade, faz um caminho de busca como todos nós, como eu faço.
Então, olha só: o Saulo Calderon, o Wagner Borges, o Waldo Vieira.
Tem mais gente: tem o Irineu Gasparetto, que é meu amigo querido,
o Luiz que também me ajuda muito, a dona Zíbia.
Você vai ter mais gente aí que trabalha essa parte: o Laércio Fonseca,
que são pessoas que são assim mais citadas,
algumas eu sou mais próximo, outras não, mas que eu respeito o trabalho deles.
Todos eles estão buscando.
Agora, imagina você que está colocando essa questão,
como é que a gente prova para alguém uma coisa que é uma experiência individual.
Eu tenho tentado fazer isso através do CEC, do Centro de Estudos,
praticando técnicas, praticando o crescimento através da mudança do comportamento, do esforço.
Mas olha só: eu tive a minha primeira experiência e depois,
por não querer perder porque a experiência foi com muita lucidez,
eu todos os dias eu ia... "eu tenho que conseguir!"
Eu prometi para mim mesmo que eu ia conseguir, não importa o que acontecesse.
Só que foram anos e anos de esforço.
Eu fui tendo centenas de projeções.
Depois você aprende o caminho.
No começo eu não sabia direito porque acontecia,
mas era uma coisa que me fazia muito bem e eu podia ir aonde eu quisesse.
Agora, se você pegar uma pessoa e falar assim:
"Olha, vamos fazer projeção astral, vou te explicar como funciona."
Essa pessoa tem que estar comprometida.
Não é comprometida com você, é comprometida com ela, para ela poder fazer isso.
Como esse comprometimento não é uma coisa que a maioria das pessoas consiga,
e nós já sabemos que a ciência tem uma metodologia:
se alguém consegue realizar alguma coisa em determinadas condições,
outra pessoa nas mesmas condições tem que conseguir realizar.
Então, eu vou te dizer, se eu fizer isso,
aliás, se eu não me engano, eu posso estar enganado,
mas eu vi o Waldo Vieira uma época na TV fazer uma experiência dessas,
mas é assim: quem acredita?
Porque a pessoa para acreditar, ela precisa estar aberta e nós somos cheios de crenças.
Eu mesmo fiz experiências com um grupo de pessoas,
de eu deitar, estar no quarto e o pessoal falar:
Vamos fazer experiência?
Vamos.
E eu deitei na cama, eles esconderam uma caixinha de fósforo em algum lugar no apartamento,
e é óbvio que eu deitei e quando eles abriram a porta do quarto: "onde está?"
Eu falei: eu vou lá.
Eu fui lá e peguei, mas e aí?
As pessoas vão usar isso? Não vão usar mesmo.
Eu penso que o caminho da nossa vida é um caminho de evolução individual,
que a gente pode ajudar nessa evolução,
e esse conhecimento ajuda, as pessoas crescem,
algumas vão conseguir, outras não.
E até que a gente chegue num ponto em que isso seja algo muito maior,
a gente vai sair do âmbito da curiosidade, da euforia.
Porque é muito bacana você falar:
"Nossa, eu tive uma projeção astral", é bacana.
Eu não vejo que o caminho seja esse.
Projeção astral é ótima, mas ela é uma ferramenta de crescimento,
uma ferramenta para ser usada sempre.
Não para você usar um dia ou outro na sua vida.
Não para você conseguir através de hipnose ou droga.
A gente pode fazer um monte de maracutaias para conseguir uma projeção astral,
para ter um desdobramento.
Até pessoas na penitenciária fazem uma técnica.
A pessoa coloca o peito na cadeira e o outro vem e se joga em cima e a pessoa descoincide.
Imagina, isso é por impacto e tudo mais.
Vocês acham que isso é o caminho de crescimento individual?
O caminho de crescimento individual é quando a gente na nossa busca
tenta se reorganizar, enxergar os melhores valores,
sair do âmbito das coisas erradas o máximo melhor que a gente conseguir,
utilizar essa ferramenta, que eu considero maravilhosa
porque a gente não precisa terceirizar o conhecimento espiritual, que é a projeção astral,
e trabalhar arduamente para a gente se libertar de vez.
Então, isso para mim é um caminho.
Eu acho que eu até respondi a questão que foi colocada.
Espero que sim.
Então, eu penso isso.
E vou continuar falando e a gente vai continuar esse caminho,
aqueles que gostam desse assunto,
para que a gente possa aproveitar o máximo possível.