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Olá, eu sou Beth Blackerby do violinlab.com,
e, neste vídeo, vou-lhe mostrar o vibrato bem de perto e em câmara-lenta.
Vou esclarecer algumas coisas que não devem ser feitas e outras que devem ser feitas.
O que espero passar para você
que um vibrato quente, num estilo bem romântico,
aquele tipo que você ouve em solistas,tem uma grande amplitude.
A gama de movimentos é extensa, e é isso que você está querendo.
É fácil reduzir aquela gama de movimentos, por exemplo, na execução do Barroco.
Mas você deseja mesmo ser capaz de produzir aquele vibrato bem quente e audível,
aquele vibrato maravilhoso da música romântica.
Estou falando deste tipo de vibrato:
Bruch Violin Concerto in G minor
Comecemos com uma sequência, em câmara-lenta, de vibrato com o dedo indicador,
depois mostrá-lo com os outros dedos, em várias velocidades.
Espero que você aproveite o máximo de informações deste vídeo.
Dedo Indicador Espero que você aproveite o máximo de informações deste vídeo.
Dedo Indicador
Esta tomada lateral dá uma vista excelente da terceira falange do dedo indicador.
Veja como ela é flexível.
Isso é difícil de ver em sua própria mão, enquanto você faz o vibrato.
Neste segmento em câmara-lenta, à esquerda,
você vê como a última falange do indicador fica esticada e flexível,
quando a mão balança de volta, em direção à voluta.
Veja o dedo indicador, agora, mais perto.
Não há áudio porque, enquanto se filma em câmara-lenta, o som não é capturado.
Mas isso é bom, assim você pode concentrar-se no movimento.
No próximo segmento, quero que você considere um “não-fazer”.
Vejo isso frequentemente em estudantes que agarram,
bem apertado, o braço do violino, entre o polegar e a terceira falange do dedo indicador.
Isso tolhe completamente o movimento do vibrato, quase travando o movimento do dedo.
Quase você não percebe, então, o som do vibrato.
Observe como o movimento fica apertado.
A palma da mão está grudada no braço
do violino que a imobiliza, e não deixa que a falange se dobre.
Neste próximo segmento em câmara-lenta, eu solto a mão.
Assim, ela fica descolada, livre para deslocar-se para trás e para frente, ao longo do braço.
A falange está pronta para dobrar-se e você vai fazer um belo e nítido vibrato.
Segundo dedo.
De novo, observe a ampla extensão de movimentos do segundo dedo.
Quando um estudante está começando a aprender o vibrato,
é mais fácil fazê-lo com o segundo dedo do que com o primeiro.
A mão fica mais equilibrada com o segundo dedo
funcionando como eixo no centro da mão.
A mão oscila para trás e para frente, em torno daquele centro.
Completando o que eu disse sobre o referido ‘não-fazer’,
eu noto que estudantes que mantêm contato com o braço do violino
tentam chegar ao movimento de vibrato,
movendo o pulso para trás e para diante. Contudo, isso não passa de uma aproximação do verdadeiro movimento.
A gente vê o pulso se movendo para trás e para frente, e o executante crê que está fazendo vibrato, porque a sensação é de vibrato, já que seu pulso está se movendo.
Mas está se movendo do jeito errado.
Antes de mais nada, a mão não está se movendo realmente para diante e para trás.
Assim, quando ela está travada contra o braço do violino,
enquanto o pulso se move, nada, essencialmente, está acontecendo com os dedos.
Posso demonstrar isso perfeitamente.
É incrível a velocidade com que alguns estudantes podem fazer este movimento.
Observe isso em câmara-lenta.
Neste segmento, estou apertando o braço do violino com a mão e movendo somente o pulso.
Veja como isso é um esforço perdido. O dedo mesmo não está sendo afetado.
Terceiro dedo.
Tal como o segundo, o terceiro dedo oferece mais facilidade nos estágios iniciais do aprendizado do vibrato.
Vê-se logo que a terceira falange
se aproxima da corda em um ângulo mais relaxado.
Veja isso em câmara-lenta.
Este ângulo tem flexibilidade em si mesmo.
Queria destacar algumas coisas sobre o polegar.
Espero que você veja isso nos próximos close-ups.
Quando ele está relaxado,
sem tensão nenhuma,
esta parte bem atrás da unha, a polpa, pode mexer-se.
Quando fazemos um vibrato amplo,
vai haver pequenos empurrões e puxões sobre o polegar.
O polegar não solta seu contato com o braço, mesmo assim,
a pele tem um bocado de mobilidade.
Entretanto, quando o polegar está apertado
demais não permite aquele movimento,
além de fazer o violino mover-se.
Eu recebo uma porção de e-mails de pessoas que se queixam de que o violino se move para lá e para cá.
A causa disso é aperto e tensão demais,
e puxam o violino,
ao invés de deixar que a polpa do polegar sirva de camada
intermediária que absorve o movimento do vibrato.
Você vai ver isso agora.
Examinando mais detidamente o polegar,
é possível ver que a sua base, a primeira falange,
vizinha à mão, se move.
A soltura dessa primeira falange é que permite um movimento de mão mais amplo.
Então, se o polegar está apertando o braço do violino,
aquela falange da sua base travará
e inibirá o movimento do vibrato.
Agora, concentre sua atenção naquela pequena folga
no contato da polpa do polegar com o braço.
Veja de um ângulo diferente.
A oscilação na polpa do polegar é um subproduto do movimento do vibrato,
mas é muito importante para evitar que o violino se mova ou seja tracionado
Eis um vibrato que eu classificaria como muito apertado, estreito.
Não há bastante flexibilidade na última falange do dedo.
Às vezes, o vibrato pode ser rápido e apertado.
Neste segmento, repare na rigidez da terceira articulação, veja como o movimento é restrito.
Este tipo de vibrato termina num som estreito e um pouco apagado.
Se é o dedo mesmo que está pressionando demais a corda,
então o excesso de pressão pode travar a terceira falange.
Eu recebo também muitos e-mails que dizem: ‘não tenho flexibilidade em minhas falanges”.
A não ser que você tenha problemas nas articulações, como artrite,
então você pode mover esta junta.
Faça isso, simplesmente, com seu dedo.
Eu posso fazer isso com a outra mão, embora nunca tenha feito vibrato com a mão direita,
mas, mesmo assim, minhas falanges se movem muito bem.
Quando há pressão demais e está muito apertado embaixo do dedo,
evita-se que as falanges se dobrem.
Assim, encontrando aquela combinação mágica:
pressão bastante para manter a corda comprimida
e bastante leve para permitir que a articulação se dobre tranquilamente.
Experimente isso. Note como você pode ter ainda tensão,
ou um esforço tensionado no dedo e, ainda assim,
a falange pode ficar flexível e mover-se para trás e para diante.
O quarto dedo.
Para a maioria das pessoas, usar o vibrato com o quarto dedo é o mais difícil
Esse dedo é por natureza mais fraco e menos equilibrado,
é o mais curto, o mais distante do braço do violino,
especialmente difícil para pessoas com mãos pequenas.
Temos de esticá-lo aumentando seu alcance,
reduzindo a margem de liberdade para o movimento.
Agora, vou congelar a imagem. Repare no ângulo do dedo em relação à corda.
É quase perpendicular.
E você pode ver as marcas das cordas em meus dedos nessa tomada estática.
Pode ver como a corda intercepta o quarto dedo quase num eixo horizontal, e não em diagonal.
Agora, se olhar bem atentamente a extremidade dos dedos
você verá um movimento circular.
O dedo faz como que uma massagem na corda de modo circular.
No início deste vídeo eu toquei a abertura do concerto de Bruch para violino.
Em uma peça como essa usamos um vibrato muito amplo.
Em todos estes exemplos,
igualmente, estou usando um vibrato adequado a uma dinâmica forte,
onde necessitamos grande amplitude para projetar o som.
Assim, ten igualmente, estou usando um vibrato
adequado a uma dinâmica forte, ho usado este estilo e esta velocidade em particular.
Entretanto, nem sempre tocamos forte. adequado a uma dinâmica forte, ho usado este estilo e esta velocidade em particular.
Entretanto, nem sempre tocamos forte.
Em passagens onde usamos uma dinâmica mais suave,
necessitamos estreitar o vibrato um pouco,
senão ele soará muito exagerado.
Neste exemplo da famosa Méditation de Thais,
eu uso um vibrato amplo,
tão desmesurado que soa caricatural.
Então, eu estreito o vibrato um pouco,
sempre mantendo a flexibilidade,
para poder variar a largura,
tal como esculpimos nossas frases com crescendos e decrescendos.
Num crescendo podemos alargar o vibrato.
Voltando ao piano, o vibrato fica mais estreito.
Agora vou fazer um crescendo.
Alargo meu vibrato para dar riqueza ao som.
Assim, no próximo exemplo, você verá
um vibrato começando estreito e ficando amplo, e poderá perceber a diferença na dinâmica.
Dinâmica suave e velocidade regular
agora, o som mais alto com um vibrato mais largo.
Você pode sentir a diferença de amplitude entre o vibrato piano e o vibrato forte.
Um e outro são muito diferentes.
Quero falar agora do “vibrato continuado’.
Como músicos clássicos, desejamos tentar
manter o vibrato todo o tempo.
Mesmo com notas rápidas,
quando não se tem tempo bastante para usar o vibrato.
Contudo, uma vez ligado o ‘motor’ do vibrato,
podemos ainda mudar de dedos,
e isso é que se chama “Vibrato Continuado.”
A questão é: esse vibrato é realmente continuado?
No próximo segmento vamos ver a resposta a essa pergunta. É muito interessante.
É como se o vibrato continuasse de uma nota para a seguinte.
Entretanto, o que você verá é que efetivamente não podemos fazer multitarefas com o vibrato e a ação dos dedos. É como se o vibrato continuasse de uma nota para a seguinte.
Entretanto, o que você verá é que efetivamente não podemos fazer multitarefas com o vibrato e a ação dos dedos.
Pode observar que existe um segundo de ruptura, de corte:
o vibrato pára quando baixamos o dedo, e, do mesmo modo, quando levantamos o dedo.
Neste último segmento, gostaria de mostrar-lhe o vibrato nas posições mais altas.
Não há nada realmente diferente,
Não há nada realmente diferente, é o mesmo movimento,
apenas o ângulo do pulso muda.
É normal
nas posições altas.
Temos de fazer a mão rodear o braço do violino,
e isso faz o pulso dobrar-se.
Mas ainda temos flexibilidade nas falanges,
temos ainda liberdade de movimentos,
e, o que é importante, o polegar fica por baixo, envolvendo o braço do violino.
Quando fazemos isso, a mão fica elevada.
Elevada a mão, o cotovelo fica recurvado,
resultando bastante espaço e folga para um excelente vibrato.
Se trago meu polegar para trás, e apenas alcanço a escala com os outros dedos,
minha mão fica pressionada e não terei bastante liberdade de movimento.
Lembre isto, então: busque criar o máximo de espaço que puder
para manter seu vibrato inalterado nas posições superiores.
Espero que você haja aprendido neste vídeo que
a liberdade de movimento é o ingrediente mais crucial para o desenvolvimento de um bom vibrato.
Espero que você tenha gostado deste vídeo
e que tenha visto coisas que normalmente não se poderia observar do ângulo de quem está executando o instrumento.