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Os apelos ancestrais ao preconceito racial, ***, religioso,
ao fervor nacionalista radical começam a deixar de funcionar.
<i>A questão de quem sou eu, se sou bom ou mau, bem-sucedido ou não,</i>
<i>tudo isso se aprende no caminho.</i>
<i>É só um passeio,</i>
<i>nós podemos mudá-lo quando quisermos.</i>
<i>É apenas uma escolha. Sem esforço, sem trabalho, sem emprego e sem economias.</i>
<i>Percebi que não tinha entendido o jogo.</i>
<i>O jogo era descobrir o que eu já era.</i>
Vamos ver
o quão importante é
trazer para a mente humana
a revolução radical.
A crise é uma crise de consciência.
Uma crise que não pode mais
aceitar as antigas normas,
os velhos padrões,
as tradições antigas.
E, considerando o que o mundo é hoje,
com toda a miséria,
conflito,
brutalidade destrutiva,
agressão,
e assim por diante
O Homem
ainda é o mesmo de antes.
Ainda é bruto,
violento,
agressivo,
acumulador,
competitivo.
E construiu uma sociedade
nestes termos.
Não é medida de saúde estar bem adaptado a uma sociedade profundamente doente.
A sociedade de hoje
é formada por várias instituições.
De instituições políticas,
instituições legais,
instituições religiosas
a instituições de classe social,
valores familiares,
e especialização profissional.
É óbvia a profunda influência
que estas estruturas tradicionais possuem
sobre a formação das nossas compreensões e perspectivas.
Porém, de todas as instituições sociais nas quais nascemos,
que nos guiam e condicionam
parece não existir nenhum sistema tão subestimado
e mal compreendido
como o sistema monetário.
Tomando proporções quase religiosas,
a instituição monetária estabelecida existe
como uma das formas mais incontestadas de fé.
Como o dinheiro é criado,
as políticas que o governam,
e como ele realmente afecta a sociedade,
são interesses desconhecidos da grande maioria da população.
Num mundo onde 1% da população possui 40% da riqueza do planeta.
Num mundo onde diariamente morrem 34 mil crianças
devido a pobreza e doenças evitáveis,
onde 50% da população vive com menos de 2 dólares por dia...
uma coisa é certa:
"Algo está muito errado".
Estejamos cientes disso ou não,
a força vital de todas as nossas instituições estabelecidas,
e portanto da sociedade em si,
é o dinheiro.
Logo, entender essa instituição de política monetária
é essencial para entender o porquê das nossas vidas serem como são.
Infelizmente, economia é um assunto frequentemente visto com confusão e tédio
Sequências intermináveis de termos financeiros, mais cálculos intimidantes
rapidamente fazem desistir qualquer um de tentar entendê-la.
No entanto, o facto é que:
A complexidade associada ao sistema financeiro é somente uma máscara
criada para ocultar uma das estruturas mais socialmente estagnantes
que a humanidade já tolerou.
Ninguém é mais escravo do que aquele que falsamente acredita ser livre.
Há alguns anos, o Banco Central dos EUA, a Reserva Federal,
criou um documento chamado Mecânica Monetária Moderna.
Esta publicação descrevia a prática institucionalizada de criação de dinheiro
utilizada pela Reserva Federal
e a rede global de bancos comerciais que ela sustenta.
Na página de abertura, o documento afirma o seu objectivo:
O propósito deste livro é descrever o processo básico de criação de dinheiro
num sistema bancário de reservas fraccionadas.
Ele então descreve esse processo de reservas fraccionadas
através de terminologia bancária,
cuja tradução é:
O governo norte-americano decide que precisa de dinheiro.
Contacta a Reserva Federal e pede, digamos,
10 mil milhões de dólares.
A Reserva Federal responde:
- Claro, compro-vos 10 mil milhões de obrigações do tesouro.
Então o governo pega em alguns papéis,
imprime-os com símbolos de aspecto oficial
e chama-lhes obrigações do Tesouro.
Depois, atribui a esses papéis o valor de 10 mil milhões de dólares
e envia-os para a Reserva Federal.
Em troca, o pessoal da Reserva Federal imprime uma quantidade de papéis.
Só que desta vez, atribui-lhes o nome de notas da Reserva Federal.
Também atribuindo o valor de 10 mil milhões a esses papéis,
a Reserva Federal utiliza essas notas e troca-as pelas obrigações.
Assim que a transacção é concluída,
o governo usa os 10 mil milhões em notas da Reserva Federal,
e deposita-os numa conta bancária.
E com esse depósito,
as notas de papel passam oficialmente a ter valor comercial,
adicionando 10 mil milhões ao suprimento monetário dos EUA.
E aí está! Criaram-se 10 mil milhões de dólares em dinheiro.
Claro, este exemplo é uma generalização
pois na realidade essa transacção ocorreria electronicamente
sem necessidade de usar papel.
Na verdade, só 3% do suprimento monetário dos EUA
existe em moeda física.
Os outros 97% existem somente em computadores.
Então, obrigações do tesouro são, por definição, instrumentos de endividamento
e quando a Reserva Federal compra esses títulos
com dinheiro criado basicamente do nada,
o governo está na verdade a prometer devolver
esse dinheiro à Reserva Federal.
Por outras palavras, o dinheiro foi criado a partir de uma dívida.
Este paradoxo estarrecedor, de como o dinheiro ou o valor
podem ser criados a partir de dívidas
ou de uma responsabilidade, ficará mais claro
à medida que continuamos este exercício.
Bem, a troca foi realizada e agora 10 mil milhões de dólares
estão numa conta bancária comercial.
É aqui que fica interessante,
visto que, com base na prática de reservas fraccionadas,
este depósito de 10 mil milhões
torna-se instantaneamente parte das reservas do banco,
tal como todos os depósitos.
E, no que se refere a exigência de reservas
como indicado na Mecânica Monetária Moderna:
"Um banco deve manter reservas legalmente exigidas
equivalente a uma percentagem definida dos seus depósitos ".
Isso é quantificado quando se afirma que:
"Pelas normas vigentes,
a reserva exigida para a maioria das contas correntes é de 10%".
Isto significa que dos 10 mil milhões depositados, 10%, ou 1 milhar de milhão,
é guardado como a reserva exigida
enquanto os outros 9 mil milhões são considerados excedente de reserva
e podem ser usados como base para novos empréstimos.
O lógico seria presumir que esses 9 mil milhões
estão literalmente a sair do depósito existente, de 10 mil milhões.
Porém, esse não é o caso.
O que ocorre é que os 9 mil milhões
são criados a partir do nada
sobre o depósito existente de 10 mil milhões.
É assim que o suprimento monetário é expandido.
Como é afirmado na Mecânica Monetária Moderna:
Naturalmente eles, os bancos,
não saldam os empréstimos do dinheiro que recebem como depósitos.
Se isso fosse feito, nenhum dinheiro adicional seria criado.
O que eles fazem ao realizar empréstimos
é aceitar notas promissórias "contratos de empréstimo"
em troca de créditos, "dinheiro"
para as contas correntes de quem requer o empréstimo.
Por outras palavras, os 9 mil milhões podem ser criados do nada
simplesmente porque existe uma demanda por tal empréstimo
e porque existe um depósito de 10 mil milhões
que atende às exigências de reserva.
Agora vamos imaginar que alguém entra nesse banco
e requisita os 9 mil milhões recém-disponibilizados.
Provavelmente vão usar esse dinheiro
e depositá-lo na sua própria conta bancária.
O processo repete-se então
já que esse depósito torna-se parte das reservas do banco.
10% é isolado e de seguida 90% dos 9 mil milhões,
ou 8,1 mil milhões,
torna-se dinheiro recém-criado, disponível para mais empréstimos.
E claro, esses 8,1 podem ser emprestados criando mais 7,2
mais 6,5 mil milhões mais 5,9 mil milhões etc.
Este ciclo de criação de dinheiro pode tornar-se
tecnicamente infinito.
O cálculo médio é de que cerca de
90 mil milhões podem ser criados a partir dos 10 mil milhões originais.
Por outras palavras:
para cada depósito que é feito no sistema bancário,
pode-se criar nove vezes esse valor a partir do nada.
<i>A precisar de dinheiro?</i>
<i>Peça ao Bank of America um pouco de dinheiro instantâneo!</i>
<i>D-I-N-H-E-I-R-O na forma de um conveniente empréstimo pessoal!</i>
Agora que nós entendemos como o dinheiro é criado
por este sistema de reservas fraccionadas.
Pode-nos ocorrer uma pergunta lógica, ainda que desconcertante:
O que é que e está a dar valor a esse dinheiro recém-criado?
A resposta: o dinheiro que já existe.
O dinheiro novo basicamente tira valor do suprimento monetário já existente
pois o montante total de dinheiro
está a aumentar independentemente da demanda por bens e serviços.
E como a oferta e a demanda definem o equilíbrio,
os preços sobem, reduzindo o poder de compra de cada dólar.
Isto é normalmente designado por inflação
e a inflação é basicamente um imposto oculto cobrado aos cidadãos.
Qual é o conselho que costuma receber? O conselho é: inflacione a moeda.
Não dizem: depreciem a moeda. Não dizem: desvalorizem a moeda.
Não dizem: enganem quem já está garantido;
Dizem é: reduza as taxas de juros.
A verdadeira fraude ocorre quando distorcemos o valor do dinheiro.
Quando criamos dinheiro do nada, não temos economias.
E há ainda o que se chama de capital.
A minha pergunta resume-se a:
como é que podemos esperar resolver os problemas da inflação,
ou seja, o aumento da oferta de dinheiro, com mais inflação?
Claro que não podemos.
O sistema de reservas fraccionadas
para expansão monetária é inflacionário por si só
uma vez que o acto de aumentar a oferta de dinheiro sem que haja
uma expansão proporcional de bens e serviços na economia
vai sempre depreciar uma moeda.
De facto, uma análise rápida dos valores históricos do dólar norte-americano
em comparação com a oferta de dinheiro
reflecte claramente essa questão,
visto que a relação inversa é óbvia.
1 dólar em 1913 valia o equivalente a 21,60 dólares em 2007.
Isto é uma desvalorização de 96%
desde que a Reserva Federal passou a existir.
Agora, se essa realidade de inflação inerente e perpétua
parece absurda e economicamente auto-destrutiva...
Espere um pouco, pois absurdo é pouco para definir
como o sistema financeiro realmente opera.
Pois, no nosso sistema financeiro, dinheiro é dívida
e dívida é dinheiro.
Eis um gráfico do suprimento monetário nos EUA de 1950 a 2006.
E este é um gráfico da dívida nacional dos EUA no mesmo período.
Veja que interessante: as tendências são virtualmente as mesmas,
pois quanto mais dinheiro existe, mais dívidas existem.
E quanto mais dívidas existem, mais dinheiro existe.
Colocando de outro modo: cada dólar na sua carteira
é uma dívida de alguém a uma outra pessoa. Lembre-se:
o único modo de o dinheiro passar a existir é através de empréstimos.
Logo, se todos no país pudessem
pagar todas as suas dívidas, incluindo o governo,
não haveria um único dólar em circulação.
Se não houvesse dívidas no nosso sistema financeiro, não haveria dinheiro.
- Martinez Eccles - Governador da Reserva Federal - 1941
Na verdade, a última vez na história norte-americana
em que a dívida nacional ficou liquidada
foi em 1835, depois do presidente Andrew Jackson
fechar o banco central anterior à Reserva Federal.
Toda a plataforma política de Jackson girava essencialmente
em torno desse compromisso de fechar o banco central.
Declarou, certa vez que:
Os grandes esforços feitos pelo banco actual para controlar o governo...
são apenas premonições do destino que aguarda o povo norte-americano
caso sejam induzidos à perpetuação desta instituição
ou ao estabelecimento de outra do mesmo género.
Infelizmente esta mensagem teve uma vida breve
e os banqueiros internacionais instalaram outro banco central em 1913,
a Reserva Federal. E enquanto essa instituição existir,
o endividamento perpétuo é inevitável.
Bom, até agora discutimos o facto real de que o dinheiro
é criado de dívidas a partir de empréstimos.
Estes empréstimos são baseados nas reservas de um banco,
reservas originadas por depósitos.
Através desse sistema de reservas fraccionadas,
qualquer depósito pode criar nove vezes o seu valor original.
Por sua vez, a depreciação do dinheiro em circulação
eleva os preços para a sociedade
e, como todo esse dinheiro é criado a partir de dívidas
e circula aleatoriamente através do comércio,
as pessoas acabam distanciadas de sua dívida original.
Existe um desequilíbrio quando
as pessoas são forçadas a competir por empregos
a fim de obter dinheiro suficiente do suprimento monetário
para cobrir o seu custo de vida.
Por mais defeituoso e distorcido que tudo isto pareça,
ainda falta um elemento que omitimos desta equação,
e é esse elemento da estrutura
que revela a natureza fraudulenta inerente ao sistema:
a cobrança de juros.
Quando o governo recebe dinheiro emprestado da Reserva Federal,
ou quando uma pessoa faz um empréstimo bancário,
este quase sempre deve ser devolvido com juros.
Por outras palavras,
quase todos os dólares que existem
um dia terão de ser devolvidos a um banco
com pagamento de juros incluído.
Porém, se todo o dinheiro é emprestado do Banco Central,
e expandido pelos bancos comerciais através de empréstimos,
somente o que chamamos de principal
está a ser criado no suprimento de dinheiro.
Então, onde está o dinheiro para cobrir os juros que são cobrados?
Em lugar nenhum.
Não existe.
As ramificações deste problema são inacreditáveis,
pois a quantia de dinheiro devida aos bancos
será sempre maior que a quantia de dinheiro em circulação.
É por isso que a inflação é uma constante na economia,
pois o dinheiro novo é sempre necessário
para ajudar a cobrir o défice perpétuo embutido no sistema,
causado pela necessidade de se pagar juros.
Isto também significa que,
matematicamente, os incumprimentos e as falências
são literalmente partes do sistema.
E será sempre a parte mais pobre da sociedade que sofrerá com isso.
Uma analogia seria a dança das cadeiras que:
quando a música pára, fica sempre alguém de fora.
E a ideia é essa.
As riquezas verdadeiras são invariavelmente
transferidas das pessoas para os bancos,
pois se não puder pagar a hipoteca, os bancos ficarão com a sua propriedade.
Isto é particularmente revoltante quando se percebe
não só que o incumprimento é inevitável
devido à prática de reservas fraccionadas,
mas também porque o dinheiro que o banco lhe emprestou
nunca chegou a existir legalmente.
Em 1969, houve um caso na justiça do Minnesota
envolvendo um senhor chamado Jerome Daly,
que estava a recorrer a posse da sua casa pedida pelo banco
que lhe cedeu o empréstimo para comprá-la.
O seu argumento era que o contrato de hipoteca
exigia que ambas as partes, ele e o banco,
possuíssem uma forma legítima de propriedade para a transacção.
Em linguagem legal, isto é chamado de contraprestação.
<i>Um contrato baseia-se numa troca de contraprestações.</i>
O Senhor Daly explicou que,
na verdade, o dinheiro não era propriedade do banco
pois o dinheiro tinha sido criado do nada
assim que o contracto de empréstimo foi assinado.
Lembra-se do que a Mecânica Monetária Moderna
diz sobre empréstimos?
O que os bancos fazem, quando proporcionam empréstimos é aceitar notas promissórias
em troca de créditos.
As reservas não são alteradas pelas transacções de empréstimos.
Porém, os créditos de depósitos são considerados como adições
ao total de depósitos do sistema bancário.
Ou seja: o dinheiro não vem dos bens que já existem.
O banco está simplesmente a inventá-lo,
sem criar nada que lhe pertença
excepto uma suposta responsabilidade no papel.
À medida que o caso evoluiu, o presidente do banco,
o Sr. Morgan, prestou depoimento.
E no memorando pessoal do juiz, ele registou que o reclamante,
presidente do banco, admitiu que, juntamente com o banco da Reserva Federal,
criaram o dinheiro e os créditos através de lançamentos no livro-caixa.
O dinheiro e o crédito passaram a existir quando eles os criaram.
O Sr. Morgan admitiu
que não havia lei ou estatuto nos EUA
que lhe desse o direito de fazer isso.
Uma contraprestação legal precisa de existir
e ser oferecida para validar a nota.
O júri concluiu que não havia uma contraprestação legal, e estou de acordo.
Ele poeticamente completou:
Somente Deus pode criar algo de valor a partir do nada.
Diante dessa revelação,
o tribunal rejeitou o pedido de posse do banco
e Daly ficou com a sua casa.
As implicações dessa decisão judicial são imensas
pois sempre que você pede dinheiro emprestado a um banco,
seja uma hipoteca ou um cartão de crédito,
o dinheiro que lhe dão não só é falso
como também é uma forma ilegítima de contraprestação,
o que por sua vez anula o contrato,
uma vez que o banco nunca teve o dinheiro como sua propriedade.
Infelizmente esses acontecimentos são reprimidos e ignorados
e o jogo perpétuo de transferência
de riqueza e de dívidas continua.
Isso leva-nos à pergunta final:
Porquê?
Durante a Guerra Civil norte-americana,
o presidente Lincoln rejeitou os empréstimos com juros elevados
oferecidos pelos bancos europeus
e decidiu fazer o que os patriarcas fundadores defendiam,
que era criar uma moeda independente e livre de dívidas.
A moeda designava-se Greenback (notas de dólar).
Pouco depois dessa medida ser tomada, um documento interno
circulou entre bancos norte-americanos e ingleses, dizendo que:
A escravidão é simplesmente a posse de mão-de-obra
e exige cuidar dos trabalhadores,
enquanto o plano europeu,
é que o capital controle a mão-de-obra controlando os seus salários.
Isto pode ser feito controlando o dinheiro.
Não podemos permitir o Greenback pois não podemos controlá-lo.
A política de reservas fraccionadas
praticada pela Reserva Federal
que se espalhou como prática
à maioria dos bancos do mundo,
é na verdade um sistema moderno de escravidão.
Pense: o dinheiro é criado a partir de dívidas.
O que fazem as pessoas quando possuem dívidas?
Procuram empregos para poder pagá-las.
Mas se o dinheiro só pode ser criado a partir de empréstimos,
como pode a sociedade algum dia ficar livre de dívidas?
Não pode, e esse é o objectivo.
E é o medo da perda de bens, juntamente com a luta para se manter
com dívidas perpétuas e inflação como parte do sistema,
compostos pela escassez inevitável característica da oferta de dinheiro,
criados pelos juros que nunca poderão ser pagos
que mantém o escravo do salário na linha
correndo sem sair do lugar, com milhões de outros.
Efectivamente, fortalecendo um império
que só beneficia a elite no topo da pirâmide.
No fim das contas,
para quem é que você realmente trabalha?
Para os bancos!
O dinheiro é criado no banco
e acaba invariavelmente de volta ao banco.
Eles são os verdadeiros senhores,
junto com as corporações e governos que apoiam.
A escravidão física exige moradia e comida para os trabalhadores.
A escravidão económica
exige que pessoas consigam a sua própria moradia e comida.
Este é um dos engodos mais engenhosos
para manipulação social já criados.
E na sua essência
é uma guerra invisível contra a população.
A dívida é a arma usada para conquistar e escravizar sociedades,
e os juros são a sua principal munição.
Enquanto a maioria de nós circula sem saber dessa realidade,
os bancos, associados aos governos e corporações
continuaram a aperfeiçoar e expandir as suas tácticas de guerra económica,
implantando novas bases
como o Banco Mundial
e o Fundo Monetário Internacional (FMI),
enquanto também inventava um novo tipo de soldado:
o nascimento do assassino económico.
"Há dois modos de subjugar e escravizar uma nação.
Um é pela força, o outro é pelas dívidas".
Nós, assassinos económicos, de facto fomos os responsáveis
pela criação desse primeiro império realmente global.
Trabalhamos de muitas maneiras diferentes.
Talvez a mais comum seja identificar
um país que tenha recursos, como petróleo.
E em seguida, conseguir um enorme empréstimo para esse país
através do Banco Mundial ou uma das suas organizações.
Só que o dinheiro nunca vai realmente para o país.
Ele acaba indo para as nossas grandes corporações
para criar projectos de infra-estrutura nesse país.
Centrais de energia, parques industriais, portos
coisas que beneficiam alguns ricos desse país
e também as nossas corporações,
mas não a maioria das pessoas.
Entretanto, essas pessoas e o país inteiro acabam por ficar
com uma enorme dívida.
A dívida é tão grande que não conseguem pagá-la, e isso é parte do plano...
Não podem pagá-la!
Então, a dada altura, nós assassinos económicos vamos lá e dizemos ouça,
você perdeu muito dinheiro, não vai conseguir pagar a sua dívida, então...
Venda o seu petróleo
barato para as nossas petrolíferas,
deixe-nos construir uma base militar no seu país ou
envie tropas para apoiar uma das nossas bases em algum lugar do mundo como
o Iraque ou vote em nós na próxima votação da ONU.
Privatizem a vossa companhia eléctrica
e vendam o sistema de água e esgotos a corporações dos EUA, ou outras
corporações multinacionais.
Então é algo que só cresce, e é tão típico,
o modo como o FMI e o Banco Mundial operam.
Colocam um país com uma dívida,
Depois oferecem-se para refinanciar a dívida,
e então refinanciam,
e cobram mais juros.
E exigem
esse escambo que é designado de condicionalidade ou boa governação
que basicamente significa que têm de vender os seus recursos
incluindo muitos serviços sociais, empresas de serviços básicos,
às vezes os sistemas educacionais,
os sistemas penitenciários,
e os sistemas providenciários para corporações estrangeiras.
Isso é um ganho duplo, triplo, quádruplo!
A introdução do Assassino Económico começou mesmo
no início dos anos 50
quando Mossadegh, escolhido democraticamente,
foi eleito no Irão
Ele era considerado A Esperança da Democracia
no Oriente Médio ou do mundo. Ele foi o Homem do Ano da revista Time. Porém...
Uma das questões que trazia e queria implementar era a ideia de que
as petrolíferas internacionais deveriam pagar
muito mais ao povo iraniano pelo petróleo que estavam a retirar do Irão
e de que o povo iraniano deveria beneficiar com o seu próprio petróleo.
"Política estranha?"
Claro que não gostámos disso,
mas tivemos medo de fazer o que estávamos a fazer, que era enviar os militares e,
em vez disso, enviámos um agente da CIA,
Kermit Roosevelt, parente de Teddy Roosevelt
e com alguns milhões de dólares,
ele mostrou-se muito eficiente e em pouco tempo Mossadegh foi deposto
e foi substituído pelo Xá do Irão,
que sempre foi favorável ao petróleo,
isso funcionou muito bem.
REVOLTA NO IRÃO
<i>Bombas explodem por todo o Irão</i>
<i>um oficial do exército anuncia que Mossadegh se rendeu</i>
<i>e o seu regime como ditador virtual do Irão acabou</i>
<i>fotos do Xá são exibidas pelas ruas</i>
<i>à medida que os sentimentos mudam.</i>
O Xá é bem-vindo ao seu lar.
Aqui nos EUA, em Washington,
as pessoas olharam aquilo e disseram: "hei, aquilo foi fácil e barato!"
Então estabeleceu-se um novo modo
de manipular países para criar impérios.
O único problema de Kermit é que ele era um agente da CIA identificado
e se ele tivesse sido apanhado, as implicações teriam sido muito sérias.
Então naquele momento, tomou-se a decisão de usar consultores privados,
canalizar o dinheiro através do Banco Mundial
ou uma das outras agências,
de treinar pessoas como eu, que trabalham para empresas privadas
assim, se fôssemos apanhados, não haveria consequências governamentais.
Quando Árbenz tornou-se presidente da Guatemala,
o país encontrava-se sob o poder da empresa United Fruit,
grandes cooperações internacionais e
Árbenz abraçava o seguinte discurso: queremos devolver a terra às pessoas.
E assim que ele assumiu o poder
começou a implementar políticas que fariam exactamente isso
devolver o direito sobre a terra ao povo.
A United Fruit não gostou,
e então contratou uma empresa de relações públicas
para realizar uma grande campanha nos EUA
para convencer o país, o povo os cidadãos dos EUA,
a imprensa dos EUA, e o congresso dos EUA
que Árbenz era uma marionete soviética.
Se permitissem que ele continuasse no poder,
os soviéticos teriam uma base neste hemisfério.
Naquela época, existia medo na mente de todos,
do terror vermelho, do terror comunista.
Para resumir a história, a partir dessa campanha de relações públicas
surgiu um compromisso por parte da CIA
e dos militares, para derrubar esse homem.
E de facto, conseguimos! Enviámos aviões, enviámos soldados,
enviámos chacais, enviámos tudo o que tínhamos para derrubá-lo. E conseguimos.
Assim que ele foi removido,
A pessoa que o sucedeu basicamente
devolveu tudo para as mãos das grandes corporações internacionais,
incluindo a United Fruit.
O Equador, por muitos anos, tinha sido governado
por ditadores a favor dos EUA,
normalmente muito violentos.
Decidiu-se que haveria uma eleição realmente democrática
e Jaime Roldós candidatou-se
declarando que a sua meta, como presidente, seria garantir
que os recursos do país fossem usados para ajudar o povo.
E ele venceu, com grande margem,
com uma vantagem jamais vista no Equador,
e começou a implementar as suas políticas
para que os lucros do petróleo fossem para ajudar as pessoas.
Bem, nós nos EUA não gostámos disso.
Fui enviado juntamente com outros assassinos económicos
para convencer Roldós, para corrompê-lo, mudá-lo
para lhe dizer que
bem, sabe que você e sua família podem ficar muito ricos se
jogarem o nosso jogo, mas se continuar
com essas políticas, promessas... você vai ter de sair.
Ele não quis ouvir-nos.
E foi assassinado.
Assim que o avião caiu, toda a área foi cercada
e as únicas pessoas autorizadas foram militares dos EUA de uma base próxima,
e os militares do Equador. Quando começaram a investigação,
duas testemunhas chave morreram em acidentes antes de prestarem depoimento
Aconteceram muitas coisas estranhas em relação ao assassinato de Jaime Roldós.
Quem investiga o caso como eu não tem dúvidas
de que ele foi assassinado e, claro,
sendo eu um assassino económico, sempre imaginei que algo aconteceria com Jaime,
fosse um golpe ou assassinato, mas ele seria tirado de cena porque
não era corrupto, ele não se deixava corromper da maneira que queríamos.
Omar Torrijos, presidente do Panamá,
era uma das minhas pessoas favoritas, eu realmente admirava-o.
Era um homem que realmente queria ajudar o seu país.
Quando eu tentava suborná-lo ou corrompê-lo,
ele dizia: Olha, John - ele chamava-me de Juanito.
Olha, Juanito, eu não preciso do dinheiro,
o que eu preciso é que o meu país
seja tratado com justiça.
Preciso que os EUA paguem as dívidas que devem ao meu país
por toda a destruição que causaram aqui.
Preciso de estar numa posição em que possa ajudar outros países latinos
a tornarem-se independentes e se libertarem desta
presença terrível do norte,
com a qual vocês nos têm vindo a explorar tão terrivelmente.
Preciso que o Canal do Panamá
seja devolvido às mãos do povo,
é isso que eu quero.
Deixem-me em paz, parem de me tentar subornar.
Isto foi em 1981,
e em Maio desse mesmo ano, Jaime foi assassinado.
Omar sabia muito bem o motivo,
então juntou a sua família e disse: Provavelmente eu serei o próximo,
mas tudo bem, porque eu fiz o que vim para fazer,
renegociei o canal, agora ele estará nas nossas mãos
ele tinha acabado de fazer um acordo com Jimmy Carter.
Em Junho de 1981, apenas dois meses depois,
Omar também morreu num acidente aéreo,
que certamente foi realizado por "chacais" apoiados pela CIA.
Há evidências de que um dos agentes
entregou ao presidente, quando ele embarcava,
um pequeno gravador que continha uma bomba.
É interessante ver como este sistema continua
o mesmo através dos anos, com a diferença de que
os assassinos estão a ficar cada vez melhor.
Temos também o que aconteceu recentemente na Venezuela
em 1998, Hugo Chávez foi eleito presidente,
depois de uma longa sequência de presidentes
muito corruptos que tinham basicamente destruído a economia do país.
Chávez foi eleito nessa época.
Ele enfrentou os Estados Unidos,
exigindo que o petróleo venezuelano
fosse usado para ajudar o seu povo.
Bom, não gostámos nada disso nos EUA.
Então, em 2002,
foi organizado um golpe, que para mim e outras pessoas, não há dúvidas
que a CIA estava por trás desse golpe.
O modo como o golpe foi organizado era muito
parecido com o que Kermit Roosevelt tinha feito no Irão:
eles pagaram às pessoas para irem às ruas,
protestar, para mostrar o governo como impopular.
Se conseguir que alguns milhares façam isso, a TV
pode fazer com que isso pareça que está a acontecer no país inteiro, espalhando-se.
Porém, no caso de Chávez,
ele foi inteligente, e o povo estava tão do seu lado
que conseguiu superar o golpe.
O que foi um fenómeno na história da América Latina.
O Iraque é um exemplo perfeito de como esse sistema trabalha,
Nós, assassinos somos a primeira linha,
vamos primeiro e tentamos corromper o governo,
fazendo com que aceitem enormes empréstimos
por meio dos quais nós passamos basicamente a controlá-los.
Se falhássemos, como falhei no
Panamá com Omar Torrijos, e no Equador com Jaime Roldós,
que se recusaram a ser subornados,
então enviaríamos a segunda linha de defesa, que é o envio dos "chacais".
Eles são os que derrubam governos ou assassinam líderes.
De seguida, começa um novo governo no qual ditamos a política, afinal de contas,
o novo presidente sabe o que acontecerá se não obedecer.
No caso do Iraque,
ambas as estratégias falharam,
os assassinos económicos não conseguiram estabelecer contacto com Saddam Hussein.
Nós tentámos persuadi-lo para assinar um acordo muito similar
ao que temos com os sauditas na Arábia.
Mas ele não aceitou.
Então mandámos os "chacais" para matá-lo,
mas não conseguiram: a segurança dele era muito eficiente,
e além disso Saddam Hussein já tinha trabalhado para a CIA.
Ele fora contratado para assassinar o presidente anterior do Iraque,
mas falhara. Portanto, ele conhecia o sistema.
Então, em 1991 mandámos as tropas,
e vencemos o exército iraquiano.
A partir daí, presumimos que Saddam Hussein mudaria de ideias.
Nós poderíamos tê-lo morto naquela época,
mas não queríamos perder a sua liderança.
Pensámos que ele conseguiria controlar os Curdos,
manter os iranianos no seu país e continuar a abastecer-nos com petróleo,
e já que tínhamos derrubado o seu exército, ele cederia.
Os assassinos económicos voltaram nos anos 90 mas falharam.
Se tivesse dado certo, ele ainda estaria a governar o seu país.
Estaríamos a vender-lhe todas as armas que quisesse,
mas eles não conseguiram.
Os "chacais" não conseguiram derrubá-lo de novo,
então enviámos o exército para terminar o trabalho, e dessa vez deu resultado.
Nós derrubámo-lo, e no processo foram criados,
contratos de construção civil muito lucrativos
para reconstruir o país que tínhamos destruído,
o que é um óptimo negócio para alguém com uma empresa no ramo da construção.
Então o Iraque ilustra as três etapas,
os assassinos económicos que falharam,
os "chacais" que falharam, e por fim,
o exército foi enviado.
E assim criámos um império mundial,
mas isso foi feito muito subtilmente, clandestinamente.
Todos os impérios do passado foram criados a partir da força militar,
e todos os povos sabiam que o império estava a ser criado.
Os britânicos, os franceses, alemães, romanos, gregos,
tinham orgulho nisso e existia sempre alguma desculpa,
como espalhar a civilização ou a religião...
Mas todos sabiam que isso estava a acontecer!
Nós não! A maioria do povo norte-americano
não faz ideia que vive às custas de um império clandestino.
Que hoje em dia há mais escravidão no mundo
do que em qualquer outra época.
Então perguntamo-nos: se isto é um império, quem é o imperador?
Obviamente, não é o presidente dos EUA. Um imperador não é eleito,
não tem duração de mandato e não dá satisfações a ninguém.
Não podemos classificar os presidentes assim,
mas temos o que considero um equivalente,
que é o que eu chamo de Corporatocracia.
A corporatocracia é liderada por um grupo
de indivíduos que lideram as grandes empresas,
e que agem realmente como os imperadores deste império.
Eles controlam os média,
directa ou indirectamente através da publicidade,
controlam a maioria dos políticos,
pois financiam as suas campanhas
tanto através das corporações como por doações pessoais.
As corporações não são eleitas,
não cumprem um tempo de mandato ou dão satisfações,
e no topo da corporatocracia,
você não consegue saber se os líderes trabalham para as corporações
ou para o governo, pois estão sempre a trocar de posições.
Alguém num determinado momento é o presidente
de uma grande construtora, como a Halliburton,
e em seguida é vice-presidente dos EUA,
ou presidente que vem do ramo petrolífero.
E isto é válido para republicanos e democratas, pois ambos têm líderes
que vão e vêm entre as diversas áreas.
De certa forma, o nosso governo é invisível na maior parte do tempo
e as suas políticas são aplicadas pelas corporações,
num nível ou noutro, e novamente
as políticas do governo basicamente
são criadas pela corporatocracia
e apresentadas pelos líderes políticos,
criando uma relação muito profunda.
Isto não é uma teoria da conspiração, estas pessoas não se reúnem para planear.
Todos eles trabalham a partir de uma premissa básica,
que é a maximização de lucros sem considerar
os custos sociais e ambientais.
"Maximizar lucros, independentemente do impacto social e ambiental".
Este processo de manipulação corporativa
através de dívidas, corrupção e golpes
também é conhecido por GLOBALIZAÇÃO.
Assim como a Reserva Federal mantém o povo americano numa posição
de servidão incondicional através de dívidas perpétuas, inflação e juros,
o Banco Mundial e o FMI cumprem esse papel a nível global.
A farsa é simples:
Coloque um país em dívida, seja pela sua própria imprudência
ou pela corrupção do líder desse país,
e então imponha condicionalidades ou políticas de ajuste estrutural
que frequentemente consistem em:
desvalorização da moeda.
Quando o valor de uma moeda cai, o mesmo acontece para tudo avaliado através dela.
Isto torna os recursos nativos disponíveis para países predadores
por uma parcela de seu valor real.
Cortes no financiamento de programas sociais,
que normalmente incluem educação e saúde,
comprometendo o bem-estar, a integridade da sociedade
e deixando as pessoas vulneráveis à exploração.
Privatização de empresas públicas;
isto significa que sistemas com importância social
podem ser comprados e controlados por corporações estrangeiras para obter lucro.
Por exemplo, em 1999 o Banco Mundial insistiu para que o governo boliviano
vendesse o sistema de água e esgotos da terceira maior cidade,
a uma subsidiária da norte-americana Bechtel.
Assim que isso aconteceu,
as contas da água dos moradores locais já empobrecidos dispararam.
Foi só depois de uma intensa revolta popular
que o contrato com a Bechtel foi anulado.
E existe a liberalização do comércio
ou a abertura da economia
pela remoção de obstáculos para o comércio exterior.
Isto dá margem a uma série de manifestações de abuso económico,
como corporações transnacionais trazerem
os seus produtos de fabricação em ***,
prejudicando a produção nativa e arruinando economias locais.
Um exemplo disso mesmo é a Jamaica,
que depois de aceitar empréstimos e condicionalidades do Banco Mundial
perdeu os seus maiores mercados de safras
por causa da competição com importações ocidentais.
Hoje, muitos agricultores estão sem trabalho
porque não podem competir com as grandes corporações.
Outra variação é a criação
aparentemente despercebida de várias fábricas exploradoras
desumanas e não-fiscalizadas,
que se aproveitam das dificuldades económicas vigentes.
Além disso, devido à produção descontrolada,
a destruição do meio ambiente é contínua
uma vez que os recursos de um país
são frequentemente explorados por corporações indiferentes,
que também emitem enormes quantidades de poluição propositada.
O maior processo em direito ambiental da história mundial
está a ocorrer a favor de 30 mil pessoas do Equador e da Amazónia,
contra a Texaco, agora propriedade da Chevron logo, é contra a Chevron,
mas sobre actividades realizadas pela Texaco.
Estima-se que a quantidade de poluição seja 18 vezes maior do que a Exxon Valdez
despejou na costa do Alasca.
No caso do Equador, não se tratou de um acidente.
As petrolíferas agiram de propósito, sabiam que o faziam para economizar,
em vez de fazer o escoamento correcto.
Indo além, uma rápida observação do histórico de desempenho do Banco Mundial
revela que a instituição
que declara publicamente ajudar países pobres a reduzir a miséria,
não fez nada mais do que aumentar a pobreza e as diferenças sociais
enquanto os lucros corporativos continuam a crescer.
Em 1960, a desigualdade do rendimento entre o quinto mais rico
e o mais pobre do mundo era de 30 para 1.
Em 1998, era de 74 para 1.
Enquanto o PIB global cresceu 40% entre 1970 e 1985,
a margem de pessoas no limiar de pobreza cresceu 17%.
Entre 1985 e 2000,
o número de pessoas a viver com menos de um dólar por dia cresceu 18%.
Mesmo a Comissão Conjunta de Economia do Congresso Americano
admitiu que a taxa de sucesso dos projectos do Banco Mundial é de apenas 40%
No fim dos anos 60, o Banco Mundial interveio no Equador,
com grandes empréstimos.
Nos 30 anos seguintes, a pobreza cresceu de 50% para 70%.
O desemprego aumentou de 15% para 70%.
A dívida pública saltou de 240 milhões para 16 mil milhões,
enquanto a parcela de recursos destinada aos pobres
caiu de 20% para 6%.
Em 2000, 50% do orçamento nacional do Equador
estava destinado para pagamento de dívidas.
É importante entendermos
que o Banco Mundial é na verdade um banco norte-americano,
atendendo a interesses norte-americanos,
pois os EUA têm poder de veto sobre as decisões,
visto que é o maior fornecedor de capital.
E de onde tiraram eles esse dinheiro? Acertou:
Foi criado do nada pelo sistema bancário de reservas fraccionadas.
Das 100 maiores economias do mundo, com base no PIB,
51 são corporações, das quais 47 têm sede nos EUA.
A Wal-Mart, a General Motors e a Exxon
têm mais poder económico que a Arábia Saudita, a Polónia,
a Noruega, a África do Sul, a Finlândia, a Indonésia e muitos outros.
E à medida que barreiras comerciais são quebradas,
moedas são unificadas e manipuladas nos mercados de especulação,
e economias dos governos
passaram para o lado do inimigo no capitalismo global,
o império expande-se.
Você fica diante do televisor de 21 polegadas
e reclama sobre os EUA e a democracia.
Os EUA não existem, nem a democracia.
Existem apenas a IBM, a ITT e AT&T,
DuPont, Dow, Union Carbide e a Exxon.
Estas são as nações do mundo de hoje.
O que acha que discutem os russos nos seus conselhos de estado, Karl Marx?
Eles agarram nos seus gráficos de planeamento linear,
teorias de decisões estatísticas, soluções mínimas e máximas,
e calculam as probabilidades de custo-benefício das suas transacções
e investimentos, como nós.
Não vivemos mais num mundo de nações e ideologias, Sr. Biel.
O mundo é um grupo de corporações,
inevitavelmente determinadas pelas
regras imutáveis dos negócios.
O mundo é um negócio, Sr. Biel.
Tomadas de modo crescente, as integrações do mundo como um todo,
particularmente em termos de qualidades de capitalismo de mercado livre,
representa um verdadeiro império por direito...
Poucos têm sido capazes de escapar aos
ajustes estruturais e condicionalidades do Banco Mundial,
do FMI, ou às decisões da Organização Mundial de Comércio,
que mesmo inadequados, ainda determinam o significado de globalização económica.
O poder da globalização é tão grande, que os nossos filhos provavelmente verão
a integração, mesmo que desigual, de todas as economias do mundo num único
sistema de mercado livre global.
O mundo está a ser dominado por um punhado de negócios poderosos
que controlam os recursos naturais que precisamos para viver,
enquanto controla o dinheiro que precisamos para obtê-los.
O resultado final será um monopólio mundial,
baseado não na vida humana,
mas em poder corporativo e financeiro.
Conforme a desigualdade cresce, claro, mais e mais pessoas desesperam.
Então o sistema foi forçado a criar um novo modo de lidar
com quem desafia este sistema.
Assim nasceu o "Terrorista".
O termo terrorista é uma descrição vazia,
dada a qualquer pessoa ou grupo
que escolhe desafiar o poder.
Isto não deve ser confundido com a fictícia Al Qaeda,
que é na verdade o nome de uma base de dados
criada pelos Mujahadeen com apoio norte-americano nos anos 80.
Na verdade não existe nenhum exército terrorista islâmico intitulado Al Qaeda
e qualquer oficial bem informado dos serviços secretos sabe isso.
Mas existe uma campanha de propaganda para que o povo acredite
na presença de uma entidade identificada.
O país responsável por essa propaganda é os EUA
Em 2007, o Departamento de defesa recebeu 161,8 mil milhões de dólares
para a chamada guerra global contra o terrorismo.
De acordo com o centro nacional de anti-terrorismo,
em 2004 cerca de 2000 pessoas tinham sido mortas internacionalmente
devido a supostos actos terroristas.
Desse número, 70 eram norte-americanos.
Usando este número como uma média, o que já é muito generoso,
é de notar que por ano morrem o dobro de pessoas devido a alergia aos amendoins,
comparado com o terrorismo.
Ao mesmo tempo, a causa principal de mortes nos EUA são doenças coronárias,
que matam cerca de 450 mil por ano.
Em 2007, os fundos destinados pelo governo para pesquisa nesta área
foram de cerca de 3 mil milhões de dólares.
Isto quer dizer que em 2007, o governo dos EUA
gastou 54 vezes mais dinheiro prevenindo o terrorismo
do que gastou prevenindo a doença
que mata 6600 vezes mais pessoas por ano do que o terrorismo.
Ainda assim os nomes "terrorismo" e "Al Qaeda"
estão arbitrariamente estampados em qualquer notícia
ligada a qualquer acto realizado contra os interesses dos EUA,
o mito expande-se!
Em meados de 2008, o Procurador Geral dos EUA
chegou a propor que o congresso norte-americano
declarasse oficialmente guerra à fantasia.
Para não dizer que até Julho de 2008 existiam mais de 1 milhão de pessoas
na lista de terroristas monitorizados pelos EUA.
Estas medidas Anti-Terrorismo,
naturalmente nada têm a ver com protecção social,
mas sim, com a preservação do sistema
face ao crescente sentimento anti-americano
dentro do país bem como internacionalmente,
que é legitimamente baseado
na expansão gananciosa do império corporativo
que está a explorar o mundo.
Os verdadeiros terroristas do nosso mundo
não se encontram no escuro à meia-noite
nem gritam Allah Akbar antes de um acto violento.
Os verdadeiros terroristas usam fatos de cinco mil dólares
e trabalham nos mais altos cargos das finanças,
do governo e das empresas.
E então, o que fazer?
Como paramos um sistema de ganância e corrupção
que tem tanto poder e impetuosidade?
Como paramos este comportamento aberrante, que não tem compaixão
por, digamos, os milhões massacrados no Iraque e no Afeganistão,
para que a corporatocracia controle recursos energéticos
e a produção de ópio, para gerar lucro em Wall Street?
Antes de 1980, o Afeganistão produzia 0% do ópio mundial
Depois dos Mujahadeen, com apoio da CIA e dos EUA, ganharem a guerra contra a URSS
passaram a produzir 40% da heroína mundial em 1986.
Em 1999, produziam 80% do total no mercado.
Mas depois, algo inesperado aconteceu.
Os talibãs subiram ao poder e em 2000, tinham destruído muita da produção de ópio
A produção caiu de 3 mil toneladas para apenas 185 toneladas, uma redução de 94%.
No dia 9/11/2001, os planos de invasão do Afeganistão estavam na mesa de Bush.
Dois dias depois, encontraram uma desculpa.
Hoje, a produção de ópio na parte do Afeganistão controlado pelos EUA
fornece mais de 90% da heroína do mundo, e quebra recordes de produção todos os anos.
Como paramos um sistema de ganância e corrupção
que condena populações pobres à escravidão nas fábricas desreguladas
em benefício da avenida Madison?
Ou que arquitecta ataques terroristas falsos com o propósito de manipular?
Que cria sistemas próprios de exploração social?
Ou que reduz sistematicamente as liberdades civis
e viola direitos humanos
para se proteger das consequências dos seus próprios actos?
Como lidamos com as inúmeras instituições encobertas,
como o Conselho de Relações Internacionais,
a Comissão Trilateral, o Clube Bilderberg
e outros grupos eleitos de forma não-democrática, que
a portas fechadas, se reúnem para controlar os elementos políticos,
financeiros, sociais e ambientais
das nossas vidas?
Para encontrar a resposta,
primeiro devemos encontrar a causa principal,
pois o facto é que,
os grupos egoístas, corruptos e famintos de lucro
não são a verdadeira fonte do problema.
Eles são sintomas.
A ganância e a competição não advêm de um temperamento humano imutável.
Ganância e o medo da escassez, são na verdade criados e ampliados.
A consequência directa é que temos de lutar uns contra os outros para sobreviver
- Bernard Lietaer - Fundador do Sistema Monetário dos EUA
O meu nome é Jacque Fresco,
sou designer industrial e engenheiro social.
Os meus principais interesses são a sociedade
e o desenvolvimento de um sistema que seja sustentável
para todas as pessoas.
Primeiro: a palavra corrupção é uma invenção monetária,
uma conduta aberrante e destrutiva para o bem-estar das pessoas.
Estamos a falar de comportamento humano,
algo que parece ser determinado pelo ambiente.
Por exemplo, se uma pessoa for criada por índios seminoles
e nunca conhecer nada diferente,
ela abraça esse sistema de valores,
e isso aplica-se a nações, indivíduos, famílias,
que tentam educar os seus filhos
no sistema de crenças de um país específico,
o que os faz sentir como parte da sua sociedade.
E assim cria-se uma sociedade à qual chamamos de "estabelecida"
e um ponto de vista funcional é estabelecido
que tende a ser perpetuado.
Enquanto que todas as sociedades são na verdade emergentes
não "estabelecidas".
Então, a sociedade rebate novas ideias
que poderiam interferir no "estabelecimento".
Os governos tentam perpetuar
aquilo que os mantém no poder.
As pessoas não são eleitas
para melhorar as coisas, mas sim
para manter as coisas como estão.
Vemos que a corrupção faz parte da sociedade
e todas as nações têm uma base corrupta
pois tendem a conservar o sistema vigente.
Não falo de sustentar ou destruir todas as nações
mas o comunismo, o socialismo,
fascismo, neoliberalismo
e todos os outros subsistemas são a mesma coisa.
Todos são basicamente corruptos.
A característica mais fundamental das nossas instituições sociais
é a necessidade de auto-preservação.
Isso é válido para as corporações, as religiões, ou um governo,
e o interesse principal é a preservação da própria instituição.
Por exemplo, a última coisa que uma petrolífera quer
é o uso de energia não controlada por ela,
pois isso torna-a menos importante para a sociedade.
Igualmente, a Guerra Fria e a queda da URSS foram na verdade
uma forma de preservar a hegemonia global e económica dos EUA.
Do mesmo modo, as religiões
condicionam as pessoas a sentirem-se culpadas por inclinações naturais,
e cada uma afirma oferecer o único caminho
para o perdão e a salvação.
No coração desta auto-preservação institucional,
está o sistema monetário
pois é o dinheiro que possibilita os meios de poder e sobrevivência.
Do mesmo modo que uma pessoa pobre se vê forçada a roubar para sobreviver,
é uma tendência natural fazer o que for preciso
para manter a rentabilidade de uma instituição.
Assim, fica naturalmente difícil
que instituições baseadas em lucro mudem
pois isso ameaça não só a sobrevivência de grupos de pessoas,
mas também o estilo de vida materialista associado aos poderosos.
A necessidade paralisante de preservar as instituições
independentemente da sua relevância social
está fortemente baseada na necessidade de dinheiro, ou lucro.
INDÚSTRIA
O que ganho com isso? É o que as pessoas pensam,
então se alguém ganha dinheiro vendendo um certo produto,
naturalmente vai combater quem trabalha com outro produto
que possa ameaçar a sua instituição.
Por isso, as pessoas não podem ser justas,
e não confiam umas nas outras.
Alguém lhe diz: eu tenho a casa que procura!
mas ele é um vendedor!
Um médico diz-lhe: Temos de retirar o seu rim
não sei se o médico precisa de pagar o seu iate
ou se o meu rim está realmente doente.
É difícil no sistema monetário, confiar nas pessoas.
Se viesse à minha loja e eu lhe dissesse: este candeeiro é muito bom,
mas o da loja do lado é muito melhor.
Eu não duraria muito no mercado... não resultaria.
Se eu tivesse ética, não resultaria.
Então, quando dizem que a indústria importa-se com as pessoas
isso não é verdade! Eles não podem dar-se ao luxo de ter ética.
O sistema não foi projectado para servir o bem-estar das pessoas.
Se não entendeu isto, não haveria subcontratação nos empregos,
se eles se importassem com as pessoas.
A indústria não se importa com as pessoas, eles só contratam
porque ainda não automatizaram tudo.
Então não venham falar-nos de ética;
sai-nos demasiado caro para mantermo-nos no negócio.
É importante destacar que independentemente do sistema financeiro,
seja ele fascista, socialista, capitalista ou comunista,
o mecanismo por trás disso ainda é o dinheiro,
o trabalho e a competição.
A China comunista não é menos capitalista do que os EUA.
A única diferença é o grau de interferência do governo nas empresas.
A realidade é que o monetarismo, por assim dizer,
é o verdadeiro mecanismo que guia os interesses de todos os países no planeta.
A mais agressiva, e portanto, dominante variação deste monetarismo
é o sistema de livre comércio.
A ideia base apresentada pelos economistas proponentes do livre comércio,
como Adam Smith,
é de que o auto-interesse e a competição levam a prosperidade social
visto que competir gera incentivo e motiva as pessoas para seguir em frente.
Porém, o que não é dito é que,
como uma economia baseada em competição
acaba em corrupção estratégica, consolidação de poder e riquezas,
estratificação social, paralisia tecnológica, abuso de mão-de-obra
e finalmente, a uma forma encoberta de ditadura governamental
pela elite rica.
A palavra corrupção costuma ser definida como perversão moral.
Se uma empresa faz descargas de lixo tóxico no mar para economizar dinheiro
as pessoas reconhecem isso como um comportamento corrupto.
De um modo mais subtil,
quando o Wal-Mart se muda para uma cidade pequena
e força as lojas pequenas a fecharem portas por não poderem competir
caímos numa zona de dúvida:
Afinal, o que está exactamente o Wal-Mart a fazer de errado?
Porque se importariam eles com as organizações que destroem?
Porém, mais discretamente ainda,
quando alguém perde o emprego porque uma nova máquina foi inventada,
que pode fazer o seu trabalho por menos dinheiro
as pessoas tendem a aceitar isso como o modo como as coisas são
sem ver a desumanidade corrupta que existe nesse gesto.
O facto é que:
seja despejando lixo tóxico,
possuindo um monopólio, ou reduzindo a força de trabalho,
o motivo é sempre o mesmo! Lucro.
São todos níveis diferentes do mesmo mecanismo de auto-preservação,
que coloca sempre o bem-estar do povo
atrás da necessidade de ganho monetário.
Portanto, a corrupção não é um subproduto do Monetarismo.
É a sua base!
Enquanto algumas pessoas reconhecem esta tendência a algum nível
a maioria continua sem saber das amplas consequências
de termos este mecanismo tão egoísta como a mentalidade principal.
Documentos internos mostram que depois desta empresa
saber que tinha uma medicação que estava infectada com o vírus da SIDA,
tiraram o produto do mercado norte-americano e enviaram-no
para os mercados da Europa, Ásia e América Latina.
O governo dos EUA permitiu isso, o FDA permitiu que isso acontecesse,
e agora o governo finge ignorar o caso.
Milhares de hemofílicos inocentes morreram de SIDA
e esta empresa sabia que os medicamentos estavam infectados com o vírus.
Enviaram os produtos para outros países para transformar o desastre em lucro.
Como vê, a corrupção é parte do sistema.
Estamos todos a tirar proveito uns dos outros
e não se pode esperar muita decência nesta atitude.
POLÍTICA
Sinto que as pessoas não sabem quem eleger.
Elas pensam em termos de democracia
o que não é possível numa economia baseada em moeda.
Se dão dinheiro para a campanha do candidato que querem eleger,
isso não é democracia.
Isso serve as pessoas em posições de vantagem económica.
Então, temos sempre a ditadura das elites, dos ricos.
Podemos ter democracia neste país,
ou ter muita riqueza concentrada nas mãos de poucos,
mas nunca os dois.
É interessante observar
como personalidades aparentemente desconhecidas aparecem,
como que por magia, como candidatos a presidente.
E então, do nada
tem-se de escolher entre um pequeno grupo
de pessoas muito ricas,
que suspeitamente têm as mesmas amplas visões sociais.
Obviamente, é uma piada.
As pessoas que concorrem às eleições estão ali
porque foram definidas como aceitáveis
pelo poder financeiro estabelecido que toma as decisões.
Mesmo assim, muitos dos que entendem a ilusão da democracia pensam:
que bom seria se pudéssemos ter o nosso candidato honesto no poder
então ficaria tudo bem.
Esta ideia parece ter sentido dentro da nossa visão do mundo dentro do "sistema"
mas infelizmente é outra falácia
pois quando o assunto é aquilo que realmente importa,
a instituição política, assim como os políticos
não têm nenhuma relevância no que diz respeito
às coisas que fazem o nosso mundo e a nossa sociedade funcionarem.
Os políticos não podem resolver problemas.
Não têm capacidade técnica para isso, não sabem fazê-lo.
Mesmo se fossem sinceros, não saberiam resolver os problemas.
São os técnicos que fazem os projectos de dessalinização,
são os técnicos lhe dão a electricidade
que lhe dão os automóveis, que aquecem e refrescam a sua casa.
É a tecnologia que resolve os problemas, não a política.
A política não pode resolver problemas,
pois não possui competências para isso.
Poucas pessoas hoje param para pensar
sobre o que realmente melhora as suas vidas.
É o dinheiro? Certamente que não.
Não podemos comer dinheiro,
nem abastecer dinheiro no carro para fazê-lo trabalhar.
É a política?
Tudo que os políticos podem fazer é criar leis
definir orçamentos e declarar guerras.
É a religião? Claro que não.
A religião não cria nada
além de apoio emocional intangível para quem o busca.
o verdadeiro dom que temos como seres humanos
que foi unicamente responsável por tudo
o que melhorou as nossas vidas, é a tecnologia.
O que é tecnologia?
Tecnologia é o lápis
que permite a alguém colocar ideias no papel para comunicar.
Tecnologia é o carro que nos permite viajar mais rápido
do que os nossos pés.
Tecnologia são os óculos,
que fornecem a visão a quem precisa.
Em si, a tecnologia aplicada
é simplesmente uma extensão das nossas capacidades,
que reduz o esforço humano
para lidar com uma tarefa ou um problema específico.
Imagine como seria a vida de hoje
sem um telefone,
sem um fogão,
ou um computador,
ou um avião?
Qualquer coisa na sua casa
que mal repara, desde a campainha
a uma mesa, a um lava-louças,
tudo é tecnologia,
gerada pela engenhosidade científica
de técnicos humanos.
Não é dinheiro, política ou religião.
Estas são instituições falsas.
Escrever para o seu deputado é fantástico.
Dizem para escrever ao seu deputado se quer ver algo resolvido.
Os homens em Washington deveriam saber tudo sobre tecnologia,
sobre ciências humanas, sobre crimes.
Todos esses aspectos que moldam o comportamento humano.
E você vai escrever para o seu deputado?
Que tipo de pessoas temos nós lá,
que foram escolhidas para fazer esse trabalho?
Teremos uma grande dificuldade.
A pergunta que interessa aos políticos é:
Quanto vai um projecto custar?
A questão não é quanto ele vai custar,
mas sim se temos os recursos.
E hoje nós temos os recursos
para dar casa a todos,
para construir hospitais no mundo inteiro,
construir escolas pelo mundo fora,
financiar laboratórios, equipamentos para o ensino
e pesquisa em medicina.
Veja, nós temos tudo isto,
mas estamos num sistema monetário,
e nesse sistema, o que interessa é o lucro.
E qual é o mecanismo principal que orienta o sistema baseado em lucro,
além do interesse próprio?
O que exactamente mantém essa competição como sua essência?
Eficiência e sustentabilidade?
Não. Isso não é parte do projecto.
Nada produzido na nossa sociedade virada para o lucro
é de alguma forma sustentável ou eficiente.
Se fosse, não haveria uma indústria multi-milionária de serviços automóveis,
e a longevidade média dos equipamentos electrónicos seria maior do que 3 meses,
antes de ficarem obsoletos.
Abundância? De modo algum.
As leis de oferta e da procura ditam que a abundância
e na verdade é algo negativo.
Se uma empresa de diamantes encontrar uma quantidade 10 vezes maior que o normal
isto quer dizer que a oferta de diamantes aumentou
logo o preço e o lucro por diamante decrescem.
O facto é que a eficiência, a sustentabilidade e a abundância
são inimigas do lucro.
Resumindo, é o mecanismo de escassez que aumenta os lucros.
A escassez mantém os produtos valiosos,
reduzir a produção de petróleo eleva o seu preço.
A escassez de diamantes mantém o seu preço elevado.
Eles queimam diamantes na mina e transformam-no em carbono
para manter o preço elevado.
Então, o que significa para a sociedade quando a escassez,
produzida naturalmente ou por manipulação
seja uma condição positiva para a indústria?
Isto quer dizer que a sustentabilidade e a abundância
jamais irão acontecer num sistema de lucro
pois simplesmente vão contra a natureza dessa estrutura.
Portanto, é impossível
ter um mundo sem guerras ou pobreza.
É impossível a tecnologia continuar a avançar
até aos seus níveis mais eficientes e produtivos.
E, mais dramático
é que é impossível esperar que o ser humano se comporte
de modo realmente ético e decente.
Natureza Humana ou Comportamento Humano?
As pessoas usam a palavra instinto
porque não conseguem explicar o comportamento,
não sabem avaliar devido à sua falta de conhecimento.
Então dizem coisas como:
Os humanos são feitos de um certo modo, a ganância é algo natural,
como se eles trabalhassem nisso há anos.
Mas isso não é mais natural do que o hábito de usar roupa.
O que queremos fazer é eliminar
as causas dos problemas,
os processos que produzem a ganância,
a intolerância, o preconceito,
pessoas tiram vantagem umas das outras, o elitismo,
acabando com a necessidade de prisões, serviço social.
Sempre tivemos estes problemas porque sempre vivemos com escassez,
com sistemas de trocas
e com o sistemas monetários que produzem a escassez.
Se erradicar a condição que gera o que
chamamos de comportamento socialmente ofensivo,
isso acaba.
Não é algo com que nascemos? Não, não é.
Não existe uma natureza humana, existe o comportamento humano,
e este sempre mudou através dos tempos.
Uma pessoa não nasce com intolerância, ganância, corrupção ou ódio.
Ela vai aprendendo com a sociedade.
Guerra, pobreza, corrupção, fome, miséria, sofrimento humano
não vão mudar dentro do sistema monetário.
Se mudarem, será muito pouco.
É preciso redesenhar a nossa cultura, os nossos valores
e isso tem de estar relacionado
com a capacidade da Terra, não com uma opinião humana
ou com as noções de alguns políticos sobre como o mundo deveria ser,
ou de noções religiosas de como as questões humanas devem ser tratadas.
É disso que trata o Projecto Vénus.
O Projecto Vénus - A sociedade da qual vamos falar
é uma sociedade livre de todas as antigas superstições,
encarceramento, prisões, crueldade, policia e leis.
Todas as leis desaparecerão
e certas profissões, as que não são mais válidas,
como correctores da Bolsa, banqueiros e publicitários. Vão acabar!
Para sempre!
Porque já não são relevantes.
Quando entendermos que é a tecnologia criada pela engenhosidade humana
que liberta a humanidade e aumenta a nossa qualidade de vida,
percebemos então que o foco mais importante que podemos ter
é a gestão inteligente dos recursos da Terra.
Pois é a partir dos recursos naturais, que adquirimos os materiais
para continuar o nosso caminho de prosperidade.
Ao entender isto, podemos observar que o dinheiro existe fundamentalmente
como um obstáculo a estes recursos,
porque, na prática, tudo tem um custo financeiro.
E porque precisamos de dinheiro para obter estes recursos?
Por causa de uma escassez real ou presumida.
Nós não pagamos pelo ar e pela água da torneira,
pois são tão abundantes que vendê-los não teria sentido.
Então, logicamente falando, se os recursos e tecnologias
aplicáveis à criação de tudo nas nossas sociedades
como casas, cidades e transportes,
existissem em abundância, não haveria motivo para vender nada.
Da mesma forma, se a automação e as máquinas fossem avançadas
ao ponto em que humanos não precisassem de trabalhar,
não haveria motivo para ter um emprego.
Se cuidarmos destes aspectos sociais,
não há nenhum motivo para o dinheiro existir.
Então, a pergunta final permanece:
Nós na Terra temos,
recursos suficientes e conhecimento tecnológico
para criar uma sociedade de tal abundância,
onde tudo que temos agora esteja disponível sem uma etiqueta de preço
e sem a necessidade de submissão através de empregos?
Sim, nós temos!
Nós temos os recursos e a tecnologia para possibilitar isso
junto com a capacidade de elevar os padrões de vida de tal modo
que as pessoas no futuro olharão para a nossa civilização de agora
e vão pasmar ao quão primitiva e imatura a nossa sociedade era.
O que o Projecto Vénus propõe
é um sistema totalmente diferente que está actualizado
com as tecnologias actuais.
Nunca demos aos cientistas o problema
de como projectar uma sociedade que eliminaria empregos monótonos e chatos,
que eliminaria acidentes de trânsito
que permitiria que as pessoas tivessem um elevado padrão de vida
que eliminaria os tóxicos da nossa comida,
que nos desse outras formas de energia, limpas e eficientes
e nós podemos chegar lá.
<i>Uma economia baseada em recursos.</i>
A grande diferença entre uma economia baseada em recursos
e um sistema monetário, é que
uma economia baseada em recursos está realmente preocupada com as pessoas
e o seu bem-estar
enquanto o sistema monetário tornou-se tão distorcido
que as necessidades das pessoas são secundárias
se é que são consideradas.
Os produtos feitos são para:
Quanto dinheiro pode ganhar?
Se existe um problema na sociedade
e você não pode lucrar com a solução, nada será feito.
A economia baseada em recursos não se parece com nada que já foi tentado
e com toda a nossa tecnologia podemos criar abundância.
Ela pode ser usada para melhorar a vida das pessoas.
Haverá abundância no mundo todo, se usarmos a nossa tecnologia sabiamente,
e preservarmos o meio ambiente.
É um sistema muito diferente
e é muito difícil falar sobre ele
porque o público não está informado o suficiente
sobre a evolução da tecnologia.
ENERGIA
No momento actual, não precisamos de queimar combustíveis fósseis.
Não precisamos de usar nada que contamine o meio ambiente.
Há muitas fontes de energia disponíveis.
Soluções de energia alternativa empurradas pelo sistema,
como hidrogénio, biomassa e energia nuclear
são muito insuficientes, perigosas
e só existem para perpetuar a estrutura lucrativa que a indústria criou.
Quando vislumbrarmos além da propaganda e das soluções convenientes
apresentadas pelas companhias de energia,
descobrimos uma fonte aparentemente infinita
de energia renovável e abundante para gerar electricidade.
As energias solar e eólica são conhecidas do público,
mas o potencial real destes meios continua desconhecido.
A energia solar é tão abundante
que uma hora de luz ao meio-dia contém mais energia
do que o que o mundo inteiro consome num ano.
Se pudéssemos captar 1 centésimo dessa energia,
o mundo nunca precisaria de usar petróleo, gás, ou outra coisa qualquer.
A questão não é disponibilidade
mas sim a tecnologia para explorá-la
e hoje há muitos meios avançados
que chegariam a esse resultado
se não fossem obstruídos
pela necessidade de competir por quotas de mercado
com as estruturas de poder energético já implantadas.
E há a energia eólica.
A energia eólica vem sendo anunciada como fraca
e impraticável por depender da localização.
Isto simplesmente não é verdade.
O Departamento de Energia dos EUA admitiu em 2007
que se o vento fosse totalmente aproveitado só em 3 dos 50 estados dos EUA
ele poderia gerar energia para o país inteiro.
Há ainda meios relativamente pouco conhecidos
como a energia das marés e das ondas.
A energia das marés é obtida pela variação das marés no oceano
instalando-se turbinas que captam esse movimento, gerando energia.
No Reino Unido, 42 locais estão marcados como disponíveis
prevendo-se que 34% da energia do país poderia vir só dessa fonte.
A energia das ondas,
que extrai energia dos movimentos da superfície dos oceanos
possui estimadamente um potencial global de 80 mil terawatts-hora por ano.
Isto significa que 50% de todo o consumo energético do planeta
poderia ser produzido só com esta fonte.
Agora, é importante destacar que
as energias solar, eólica, das marés e das ondas
não requerem virtualmente nenhuma energia preliminar para captação,
diferente do carvão, petróleo, gás, biomassa, hidrogénio e outros.
Só esses quatro meios combinados,
se captados com eficiência através da tecnologia,
poderiam fornecer energia ao mundo para sempre.
Dito isso, ainda existe uma outra forma
de energia limpa e renovável, que supera todas as outras.
Energia geotérmica.
A energia geotérmica utiliza o que designamos por mineração de calor,
que, através de um processo simples à base de água
é capaz de gerar enormes quantidades de energia limpa.
Em 2006, um relatório do MIT sobre a energia geotérmica
descobriu que 13000 zeta joules (ZJ) de energia
estão disponíveis actualmente na Terra,
com a possibilidade de canalizar-se 2000 ZJ facilmente
com tecnologia de ponta.
O consumo total de energia de todos os países no planeta
é de cerca de 0.5 zeta joule por ano.
Isso quer dizer que 4 mil anos de energia planetária
poderiam ser captados só através deste meio.
Quando percebermos que a geração de calor da Terra é constantemente renovada,
esta energia é na verdade infinita,
e poderia ser usada para sempre!
Estas fontes são apenas alguns dos meios de energia limpa renovável disponíveis.
E com o tempo, descobriremos outros.
A grande percepção é a de que temos abundância total de energia
sem necessidade de poluição, conservação tradicional,
ou na verdade, uma etiqueta de preço!
E o transporte?
Os meios predominantes nas nossas sociedades são o automóvel e o avião,
sendo que ambos precisam principalmente de combustíveis fósseis para funcionar.
No caso do automóvel, a tecnologia em baterias
necessária para alimentar um carro eléctrico que vá a 160 km/h
por mais de 300 km com uma única carga já existe
e existe há muitos anos.
Porém, devido a patentes das baterias controladas pela indústria petrolífera,
que limitam a capacidade de manter a sua quota de mercado,
juntamente com pressões políticas da indústria de energia,
a viabilidade financeira e o acesso a estas tecnologias são limitados.
Não há outro motivo senão puros interesses corruptos em lucro
para que cada carro no mundo
não seja eléctrico e limpo,
sem necessidade nenhuma de gasolina.
Quanto aos aviões,
já é hora de percebermos que este meio de transporte é ineficiente,
desconfortável, lento e causa muita poluição.
Isto é um comboio de levitação magnética (maglev).
Usa ímanes para como meio de propulsão.
É totalmente suspenso por um campo magnético
e exige menos de 2% da energia utilizada numa viagem de avião.
O comboio não tem rodas, logo não há desgaste.
A velocidade máxima actual de versões desta tecnologia,
como a usada no ***ão, é de quase 600 km/h.
Porém, esta versão já está ultrapassada.
Uma organização chamada ET3, que tem ligações com o Projecto Vénus,
desenvolveu um comboio Maglev de tubo
que pode viajar até 6.500 km/h,
por um túnel imóvel e sem atrito,
que pode passar sobre a terra ou por baixo de água.
Imagine ir de Los Angeles a Nova York para um almoço mais demorado,
ou de Washington a Pequim em duas horas.
Este é o futuro das viagens continentais e intercontinentais,
rápido, limpo e consumindo apenas uma fracção da energia
que usamos hoje para o mesmo fim.
De facto, entre a tecnologia maglev,
o armazenamento avançado de baterias,
e a energia geotérmica,
não haverá motivo para voltarmos a queimar combustíveis fósseis.
E isso poderia ser feito agora, se não estivéssemos sendo atrasados
pela paralisante estrutura do lucro.
Trabalho
Hoje, os EUA têm uma tendência para o fascismo.
Há uma propensão, pela sua religião e filosofia dominantes,
de apoiar pontos de vista fascistas.
A indústria norte-americana é basicamente uma instituição fascista.
Se não entende isso,
quando pica o ponto está a entrar numa ditadura.
Nós recebemos noções da respeitabilidade do trabalho.
Mas eu vejo-o como uma escravidão paga.
Você foi educado para acreditar
que você e os seus filhos vivem do suor do seu trabalho.
Mas isso atrasa as pessoas.
Libertar as pessoas
de empregos repetitivos, desagradáveis que as tornam ignorantes.
Você rouba-as, com esses empregos.
Nesta nossa sociedade, que é uma economia baseada em recursos,
as máquinas libertam as pessoas.
Veja, não conseguimos imaginar isso
porque nunca conhecemos esse tipo de mundo.
Automatização
Se examinarmos a história,
veremos um padrão da automatização
lentamente substituindo o trabalho humano.
Do desaparecimento do homem do elevador,
à automação quase total das fábricas de automóveis.
O facto é que, à medida que a tecnologia evolui,
a necessidade de mão-de-obra humana diminuirá continuamente.
Isto cria um conflito sério,
que comprova a falsidade do sistema de trabalho baseado em dinheiro,
pois o trabalho humano está em competição directa
com o desenvolvimento tecnológico.
Portanto, dada a prioridade do lucro para a indústria,
com o tempo mais pessoas serão dispensadas e substituídas por máquinas.
Quando a indústria compra uma máquina
em vez de reduzir o horário dos funcionários,
eles fazem cortes, e você perde o emprego,
então é justo que se tema as máquinas.
Numa economia de alta tecnologia baseada em recursos,
podemos dizer que cerca de 90% de todas as profissões que existem
podem ser desempenhadas por máquinas,
libertando os humanos para viverem as suas vidas sem servidão.
Afinal, esta é a razão de termos tecnologia.
Com o tempo, com a nanotecnologia e outras formas de ciência avançada,
não é muito difícil imaginarmos como complexos procedimentos médicos
também poderão ser feitos por máquinas,
e baseando-se no padrão, com muito mais sucesso
do que os humanos conseguem hoje.
O caminho é claro, mas a nossa estrutura baseada em dinheiro
que exige trabalho em troca de rendimento, bloqueia esse progresso.
As pessoas precisam de empregos para sobreviver.
O crucial é que: este sistema tem de acabar,
ou nunca seremos livres, e a tecnologia estará sempre paralisada.
Temos máquinas que limpam esgotos
e evitam que uma pessoa tenha de fazer esse trabalho.
Então pense nas máquinas como extensões do desempenho humano.
Além disso, muitas profissões de hoje
não terão motivo para existir numa economia baseada em recursos,
como qualquer área ligada à gestão de dinheiro,
publicidade e o próprio sistema legal.
Sem dinheiro, a grande maioria dos crimes
que são cometidos hoje em dia, jamais aconteceria.
Praticamente todas as formas de crime são consequências do sistema monetário,
seja directamente ou indirectamente,
pela neurose causada por dificuldades financeiras.
Assim, até mesmo as leis se tornariam extintas.
Em vez de colocar uma placa
"conduza com cuidado escorregadio quando molhado",
coloque um abrasivo na estrada
para que ela não fique escorregadia com a chuva.
E quando uma pessoa entra embriagada num carro,
e o carro oscila um pouco, há um pequeno pêndulo
que vai de um lado a outro, fazendo com que o carro se dirija para a borda.
Não é uma lei. É uma solução.
Ter sonares, radares nos carros
para que eles não batam uns nos outros.
As leis feitas pelo homem são tentativas
de lidar com problemas que existem.
Sem saber como resolvê-los, cria-se uma lei.
Nos EUA, o país mais privatizado e capitalista do planeta
não é surpresa que ele
também tenha a maior população prisional do mundo
que cresce a cada ano.
Estatisticamente
a maioria dessas pessoas não tiveram educação
e vêm de sociedades pobres e carentes.
Ao contrário do que se divulga
é este condicionamento ambiental que
os leva ao comportamento violento e criminal.
No entanto, a sociedade finge ignorar este problema.
Os sistemas legal e penal são só mais exemplos
de como a nossa sociedade evita examinar
as causas originais do comportamento.
Milhões são gastos todos os anos com prisões e com a polícia
enquanto apenas uma fracção é gasta com programas para pobreza
que é uma das variáveis mais fundamentais
na ocorrência de crimes.
Enquanto tivermos um sistema económico
que prefere, e de facto, cria
escassez e carência, a criminalidade nunca irá parar.
Incentivo
Se as pessoas tiverem acesso às necessidades básicas
sem servidão, dívidas, barreiras, e comércio
elas comportam-se de um modo bastante diferente.
Você quer que tudo isto esteja disponível sem uma etiqueta de preço.
Agora...
Se as coisas não tiverem um preço definido, o que motivará as pessoas?
Se alguém consegue tudo o que quer, vai ficar deitado ao sol...
Este é um mito que é perpetuado.
As pessoas na nossa cultura são treinadas para acreditar
que o sistema monetário produz incentivos.
Se tiverem acesso a tudo, porque vão querer fazer alguma coisa?
Eles perderiam o seu incentivo.
Isto é o que ensinam, para que você apoie o sistema monetário.
Quando se tira o dinheiro de cena,
existiriam incentivos muito, muito diferentes.
Quando as pessoas têm acesso às suas necessidades básicas
os seus incentivos mudam. E a lua, e as estrelas?
Surgem novos incentivos.
Se pintar um quadro e gostar dele
vai querer oferece-lo a outra pessoa, não vendê-lo.
Educação
Acho que quase tudo o que já vi sobre educação até hoje
passa essencialmente por preparar uma pessoa para um emprego.
É tudo muito especializado, eles não são generalistas.
As pessoas não sabem muito sobre assuntos diversos.
Acho que não se convence pessoas a irem para a guerra
se elas souberem muito sobre muitas coisas.
Acho que a educação é basicamente por repetição
e as pessoas não aprendem a solucionar problemas
não lhes são dadas as ferramentas
emocionais, ou na sua área de trabalho
para pensar criticamente.
Numa economia baseada em recursos, a educação seria muito diferente.
A maior preocupação de nossa sociedade é o desenvolvimento mental
e motivar cada pessoa para alcançar
o seu máximo potencial.
Pois a nossa filosofia é
quanto mais inteligentes são as pessoas, melhor é o mundo,
pois todos passam a contribuir.
Quanto mais inteligentes são os seus filhos
melhor será a minha vida,
pois eles contribuirão de forma mais construtiva para o ambiente
e para a minha vida, pois
tudo o que desenvolvermos numa economia baseada em recursos
seria aplicado à sociedade, nada impediria isso.
Civilização
Patriotismo,
armas, exércitos, marinhas, tudo isso é um sinal
de que ainda não somos civilizados.
As crianças perguntarão aos pais:
Não tinha percebido que precisava das máquinas?
Pai, o senhor não percebeu que a guerra
seria inevitável quando existe escassez?
Isto não é óbvio? Claro, a criança entenderá
que você era um tolo
criado somente para servir as instituições "estabelecidas".
Esta é uma sociedade tão abominavelmente doente
que não vamos constar na história.
Vai-se apenas dizer que países grandes foram tomando posse de países menores
recorrendo à força e violência. A história vai descrever
como o comportamento corrupto ao longo de todo o caminho
até ao começo do mundo civilizado
que é quando todas as nações começam a trabalhar juntas.
A unificação mundial visando o bem de todos
para todos os seres humanos
sem ninguém ter de servir a ninguém.
Sem camadas sociais, sem elitismo técnico, ou de qualquer outro tipo.
Erradicado do mundo
o Estado não faz nada, pois não há Estado.
O sistema que desenhei
uma economia baseada em recursos, não é perfeito
é simplesmente muito melhor do que o que temos.
Nós nunca atingiremos a perfeição.
A minha pátria é o mundo...
E a minha religião é fazer o bem.
Thomas Paine
Os valores sociais da nossa sociedade
que se manifestam em guerras inacabáveis,
corrupção, leis opressivas, estratificação social,
superstições irrelevantes, destruição do meio ambiente,
e uma classe dominante opressora e socialmente indiferente
são fundamentalmente o resultado da ignorância colectiva
sobre duas das percepções mais básicas
que os seres humanos podem ter sobre a realidade:
os aspectos emergentes e simbióticos das leis da natureza.
A natureza emergente da realidade
é de que todos os sistemas, seja o conhecimento,
a sociedade, a tecnologia, a filosofia,
ou qualquer outra criação
passará, quando não inibida, por transformações fluidas e perpétuas.
O que nos parece tão comum hoje
como a comunicação moderna e o transporte
teria sido algo inimaginável no passado.
Do mesmo modo, o futuro terá tecnologias
realizações e estruturas sociais
que nem sequer imaginamos no presente.
Fomos da alquimia para a química
do universo geocêntrico para o heliocêntrico
da crença que demónios causavam as doenças
à medicina moderna.
Este desenvolvimento parece não ter fim
e saber isso é o que nos alinha e nos leva
ao caminho contínuo do crescimento e do progresso.
Não existe conhecimento empírico estático.
O que existe é a percepção do carácter emergente de todos os sistemas
que devemos reconhecer.
Isto quer dizer que devemos estar sempre abertos a novas informações
mesmo que isso ameace o nosso sistema actual de crenças, e portanto,
as nossas identidades.
Infelizmente, a sociedade de hoje falhou em reconhecer isso
e as instituições "estabelecidas" continuam a paralisar o crescimento
preservando estruturas sociais desactualizadas.
Ao mesmo tempo, a população sofre de medo da mudança
pois o seu condicionamento assume uma identidade estática
e desafiar as crenças de alguém
normalmente acaba em insultos e apreensão
pois estar errado é incorrectamente associado ao fracasso
quando na verdade estar errado é algo que se deve celebrar
pois, isso eleva alguém a um novo nível de entendimento
de maior consciência.
A verdade é que não existe um ser humano sábio
pois é uma questão de tempo
para que as suas ideias sejam actualizadas, alteradas ou erradicadas.
Esta tendência de se agarrar cegamente a um sistema de crenças
isolando-as de informações novas e possivelmente transformadoras
não é nada além de uma forma de materialismo intelectual.
O sistema monetário perpetua este materialismo
não só pelas suas estruturas auto-preservadoras
mas também pelo enorme número de pessoas
que são condicionadas a cegamente apoiar essas estruturas
tornam-se guardiãs voluntárias do status quo.
Ovelhas que já não precisam de um cão pastor para controlá-las
pois elas controlam-se
ao isolar aqueles que se comportam de modo diferente.
Esta tendência de resistir à mudança
e apoiar instituições existentes em nome da identidade
conforto, poder e lucro é completamente insustentável
e só produz mais desequilíbrio, fragmentação,
distorções e, inevitavelmente, a destruição.
É hora de mudar.
Da caça e colecta, à revolução da agricultura,
à revolução industrial,
o padrão é claro:
está na hora de um novo sistema social,
que reflicta as compreensões que temos hoje.
O sistema monetário é produto de uma época
onde a escassez era realidade.
Na era da tecnologia, este sistema já não é relevante para a sociedade
assim como os desvios de comportamento que este leva a aparecer.
Do mesmo modo, visões do mundo dominantes
como religiões teístas, funcionam com a mesma irrelevância social.
O islamismo, cristianismo, judaísmo, hinduísmo e todas as outras
existem como barreiras para o crescimento pessoal e social
pois cada grupo perpetua uma visão do mundo fechada
e o modo de compreensão que eles reconhecem
é simplesmente impossível num universo emergente.
Ainda assim, a religião conseguiu bloquear
o conhecimento deste carácter do universo
ao instituir a distorção psicológica designada por "fé"
entre os seus seguidores, onde a lógica e as novas informações são rejeitadas
em função de crenças tradicionais e obsoletas.
O conceito de Deus
é mesmo um método para explicar as coisas da natureza.
Antigamente, as pessoas não sabiam como as coisas se formavam
como a natureza funcionava,
e então inventavam as suas pequenas histórias.
E inventaram Deus à sua própria semelhança:
um sujeito que fica zangado
quando as pessoas não se portam bem, que cria inundações, terramotos...
E aí dizem, isso é um acto de Deus.
Uma análise da história suprimida das religiões
revela que mesmo os mitos originais
são combinações emergentes
desenvolvidos por influências recebidas através dos tempos.
Por exemplo, uma doutrina crucial da fé cristã
é a morte e a ressurreição do Cristo.
Esta noção é tão importante que a própria Bíblia afirma:
e se o Cristo não se levantar
toda a nossa pregação será em vão, assim como a sua fé
I Coríntios 15:14
No entanto, é difícil entender isto literalmente
não só não existem evidências desse evento sobrenatural na história
mas termos conhecimento do grande número de salvadores pré-cristãos
que também morreram e ressuscitaram
imediatamente coloca a história em contexto mitológico
por associação.
Figuras antigas da Igreja, como Tertuliano,
fizeram grandes esforços para romper estas associações,
alegando até que o demónio causou essas similaridades.
No séc. II, disse: O diabo, cujo interesse é distorcer a verdade,
imita as circunstâncias exactas do Sacramento Divino.
Ele baptiza os seus adeptos e promete o perdão dos pecados...
Celebra a oblação do pão e traz o símbolo da ressurreição.
Reconheçamos portanto a artimanha do diabo,
que copiou certas coisas Divinas.
Tertuliano (155- 222 D.C.)
Porém, o que é realmente triste,
é que quando deixamos de ver as histórias do cristianismo,
judaísmo e islamismo e todas as outras como história literal,
e as aceitarmos como o que realmente são
expressões puramente alegóricas originadas em muitas crenças
vemos que todas as religiões compartilham algo em comum.
É esse aspecto unificador
que precisa de ser reconhecido e apreciado.
Crenças religiosas causaram mais divisão e conflito
do que qualquer outra ideologia.
Só o cristianismo tem mais de 34 mil vertentes.
A Bíblia está sujeita a interpretações.
Quando alguém a lê, diz: acho que Jesus queria dizer isto
acho que José quis dizer aquilo, não, ele quis dizer isto!
Então aparece o protestantismo, o adventismo de sétimo dia, os católicos...
E uma igreja dividida não é igreja nenhuma...
E essa questão da divisão, que é marca registada
de todas as religiões teístas, leva-nos à nossa segunda ignorância:
a falsa ideia da separação, ao rejeitarmos
o aspecto simbiótico da vida.
Além de entender que todos os sistemas naturais são emergentes
onde todas as nossas noções de realidade serão sempre desenvolvidas,
alteradas e até mesmo destruídas.
Também devemos entender,
que todos os sistemas são fragmentos inventados
basicamente para o fim de conversação
pois não existe independência na natureza.
A natureza é um sistema unificado de variáveis interdependentes
todas com causa e consequência,
e que existem somente como um todo.
Você não se vê ligado ao ambiente
então parece que somos livres, andando por aí...
Tire o oxigénio, e todos nós morremos imediatamente
tire a vida vegetal, e nós morremos.
Sem o sol, todas as plantas morrem.
Então, estamos interligados.
Realmente precisamos de considerar a totalidade.
Esta não é uma experiência exclusivamente humana deste planeta
é uma experiência total.
Sabemos que não sobrevivemos sem plantas e animais,
sabemos que não sobrevivemos sem os quatro elementos,
então, quando é que iremos começar a levar isso a sério?
Isto é ser bem-sucedido:
o sucesso depende de quão bem nos relacionamos com o que está ao nosso redor
Sei bem que o meu neto não pode nem sonhar
em herdar um mundo sustentável, pacífico, estável e socialmente justo
a menos que cada criança na Etiópia, na Indonésia, na Bolívia,
na Palestina, em Israel, também tenha essa expectativa.
Temos que cuidar de toda a comunidade
ou teremos problemas sérios.
Hoje temos de ver o mundo todo como uma comunidade
e precisamos de cuidar uns dos outros desse modo.
E não é só uma comunidade de pessoas: é uma comunidade...
de plantas, animais e elementos.
Nós precisamos mesmo de entender isso.
É também o que nos dá alegria e prazer
e isso é o que de momento falta nas nossas vidas.
Podemos chamá-lo de espiritualidade
mas o facto é que a alegria vem pelo êxtase de se sentir interligado.
Isso é o espírito de Deus que está dentro de nós
um sentimento real, e sinto-o profundamente em mim.
É um sentimento fantástico, maravilhoso,
e você sabe quando o consegue. E não o consegue com dinheiro.
Consegue-o com essa ligação.
<i>Isso não é um perigo para este país?</i>
<i>Como vamos continuar a construir armas nucleares?</i>
<i>O que acontecerá à indústria de armamento</i>
<i>quando percebermos que somos todos um só?</i>
<i>Isso vai acabar com a economia!</i>
<i>Essa economia que é falsa, de qualquer forma!...</i>
<i>O que seria do governo?</i>
<i>Vê porque é que o governo está a reprimir energeticamente...</i>
<i>...a ideia de experienciar amor incondicional.</i>
Eu acredito que a verdade desarmada e o amor incondicional
terão a palavra final na realidade.
Dr. Martin Luther King (1929-1968)
Quando entendermos que a integridade da nossa existência pessoal
depende da integridade de tudo o resto no nosso mundo
teremos entendido de verdade, o significado do amor incondicional
pois o amor é a capacidade de estender-se
e ver tudo como nós, e nós como tudo.
Não pode existir condicionantes
pois todos nós somos tudo ao mesmo tempo.
<i>Se for verdade que todos viemos do centro de uma estrela</i>
<i>cada átomo em nós veio do centro de uma estrela,</i>
<i>então somos todos a mesma coisa.</i>
<i>Mesmo uma máquina de refrigerante</i>
<i>ou uma ponta de cigarro é feita de átomos que vieram das estrelas.</i>
<i>Todos foram reciclados milhares de vezes.</i>
<i>Portanto, o que há lá fora é simplesmente EU,</i>
<i>não há nada a temer, não há nada com que se preocupar.</i>
<i>Não há nada a temer, pois tudo somos nós!</i>
<i>Nós fomos separados por termos nascido, ganho um nome, uma identidade</i>
<i>Fomos separados da Unidade, e isso é o que a religião explora:</i>
<i>as pessoas têm ânsia de fazer parte da Unidade novamente</i>
<i>e isso é explorado, baptizam-no de Deus, dizem que ele tem regras</i>
<i>e isso é cruel. Penso que se pode criar isto sem religiões.</i>
Um extraterrestre que examinasse as diferenças entre as sociedades humanas
consideraria essas diferenças triviais quando comparadas às semelhanças.
As nossas vidas, passado e futuro estão ligadas ao sol, à lua e às estrelas...
Vemos os átomos que compõem
tudo na natureza, e as forças que esculpiram essa obra...
e nós, que possuímos os olhos, os ouvidos e os sentidos locais do cosmos,
começámos a imaginar as nossas origens...
Matéria estelar contemplando as estrelas,
grupos organizados de mil milhões de milhões de átomos,
contemplando a evolução da natureza,
traçando um longo caminho pelo qual
se chegou à consciência aqui na Terra...
Devemos lealdade às espécies e ao planeta.
É nosso dever sobreviver e progredir, não só por nós mesmos,
mas também pelo vasto e ancestral cosmos de onde viemos.
Somos uma espécie.
Somos matéria estelar nutrindo-se da luz das estrelas.
Carl Sagan (1934-1996)
É hora de reivindicar a unidade
os nossos sistemas sociais obsoletos se desfizeram
e trabalharmos juntos para criar uma sociedade global e sustentável
onde cuidamos de todos, e todos são livres.
Quaisquer que sejam as suas crenças pessoais
são irrelevantes quando o assunto
é as necessidades da vida.
Todo o ser humano nasce nu e precisa de calor
de alimento, de água, de abrigo... Tudo o resto é auxiliar.
Portanto, a nossa questão mais urgente
é a gestão inteligente dos recursos da Terra.
Isto nunca acontecerá num sistema monetário
pois a busca do lucro é a busca do interesse próprio,
portanto, o desequilíbrio é inerente.
Ao mesmo tempo, os políticos são inúteis
porque os nossos verdadeiros problemas na vida são técnicos,
e não políticos.
Além disso, as ideologias que separam a humanidade
como a religião, precisam grande reflexão pela comunidade
relativamente aos valores, propósitos e relevância social.
A esperança é que com o tempo a religião perca o seu carácter materialista,
supersticioso e passe para a área útil, da filosofia.
O facto é que a sociedade de hoje está do avesso
com os políticos a falarem sempre de protecção e segurança
em vez de criação, unidade e progresso.
Só os EUA gastam cerca de 500 mil milhões todos os anos na defesa.
Isso bastaria para enviar todos
os alunos do secundário dos EUA para uma faculdade durante quatro anos.
Nos anos 40, o projecto Manhattan
produziu a primeira arma de destruição em ***.
Este programa deu emprego a 130 mil pessoas
com um custo financeiro extremo.
Imagine como seria a nossa vida de hoje
se esses cientistas,
em vez de trabalharem num modo de matar pessoas
tivessem trabalhado num modo de criar um mundo abundante e auto-sustentável?
A vida hoje em dia seria bem diferente
se esse tivesse sido o objectivo deles.
Em vez de armas de destruição em ***,
é hora de libertarmos algo muito mais poderoso:
Armas de Criação em ***.
A nossa verdadeira divindade está na capacidade de criar
e munidos da compreensão da simbiose da vida
enquanto somos guiados pela natureza emergente da realidade
não há nada que não possamos fazer ou alcançar.
Claro, que encontramos fortes barreiras
na forma das estruturas de poder "estabelecidas"
que se recusam a mudar.
No coração delas, está o sistema monetário.
Como explicámos antes, o sistema de reservas fraccionadas
é uma forma de escravidão através de dívidas
no qual é literalmente impossível que a sociedade seja livre.
O capitalismo neoliberal, na forma de livre comércio,
usa as dívidas para aprisionar o mundo
e manipular países, tornando-os subservientes
a um punhado de poderes financeiros e políticos.
Além destas imoralidades assustadoras,
o sistema em si é baseado em competição,
o que imediatamente acaba com a possibilidade
de colaboração em grande escala em nome do bem comum
além de paralisar qualquer tentativa
de se alcançar a sustentabilidade global.
Estas estruturas financeiras e corporativas já estão obsoletas
e devem ser transcendidas.
Claro que não podemos ser ingénuos e achar
que os líderes financeiros e políticos vão aderir a esta ideia
pois eles perderão poder e controlo.
Portanto, uma atitude pacífica e estratégica deve ser adoptada.
O curso de acção mais poderoso é simples:
temos de mudar o nosso comportamento
para submeter a estrutura de poder à vontade das pessoas.
Temos de parar de apoiar o sistema.
O único modo do "sistema" mudar
é pela recusa em participar nele,
enquanto descobrimos cada vez mais sobre as suas falhas e corrupção.
Eles não vão desistir do sistema monetário por causa
do nosso projecto ou do que sugerimos.
O sistema precisa de falhar,
e as pessoas precisam de perder a confiança nos seus líderes eleitos.
Esse será um ponto de mudança se o Projecto Vénus
puder ser oferecido como uma alternativa.
Caso contrário, temo as consequências.
As tendências indicam que os EUA está a caminhar para a falência.
A probabilidade é de que o país passe a viver sob uma ditadura militar
para evitar revoltas sociais, e o colapso social completo.
Quando os EUA entrarem em colapso,
todos os outros países o seguirão.
Neste momento, o sistema financeiro mundial está à beira do colapso
devido às suas próprias falhas.
O controlo de câmbios declarou em 2003,
que os juros sobre as dívidas dos EUA
não serão possíveis de pagar em menos de 10 anos.
Isto significa a falência total da economia dos EUA.
As suas consequências para o mundo são imensas.
O sistema está a chegar aos seus limites teóricos de expansão
as falhas nos bancos que estão a acontecer são apenas o começo.
Por esta razão é que a inflação disparou
as dívidas estão a bater níveis recorde
e o governo bem como a Reserva Federal estão a imprimir mais dinheiro
para pagar a conta desse sistema corrupto
pois o único modo de manter os bancos é criando mais dinheiro.
O único modo de produzir mais dinheiro
é criando mais dívidas e inflação.
É só uma questão de tempo até que o jogo vire
e mais ninguém queira fazer empréstimos
e o nível de incumprimentos cresça
pois as pessoas não conseguirão pagar as dívidas que já possuem.
Então, a expansão do dinheiro irá parar
e a recessão virá em níveis jamais vistos
acabando com um esquema em pirâmide que durou um século.
Isto já começou a acontecer.
Portanto, temos que expor este fracasso financeiro, pois assim
usaremos essa fraqueza a nosso favor.
Aqui estão algumas sugestões:
- Acções para transformação - Exponha a fraude bancária.
Citibank, JP Morgan Chase e Bank of America
são os mais poderosos controladores
dentro do sistema corrupto da Reserva Federal.
É hora de boicotar estas instituições.
Se possui uma conta bancária ou um cartão de crédito destas instituições
transfira o seu dinheiro para outro banco.
Se tem uma hipoteca, refinancie-a com outro banco.
Se possui acções destas instituições, venda-as.
Se trabalha para eles, demita-se.
Este gesto vai expressar desprezo pelos verdadeiros poderosos
por trás do cartel de bancos privados, conhecido por Reserva Federal
e criar consciência sobre a fraude do próprio sistema bancário.
Segundo: desligue o noticiário da TV.
Visite as agências independentes de notícias na internet para se informar.
CNN, NBC, ABC, FOX e todos os outros
exibem todas as notícias pré-filtradas, para manter o status quo.
Com quatro corporações possuindo todos os meios de comunicação social,
torna-se impossível obter informações objectivas.
Esta é a verdadeira utilidade da internet
e o sistema está a perder o controlo
por causa deste fluxo livre de informações.
Devemos sempre proteger a internet,
pois é a nossa real salvação neste momento.
Terceiro: nunca permita que a sua família ou alguém
que conhece se aliste no exército.
Esta instituição é obsoleta
agora usada exclusivamente para manter o "sistema"
e já não é relevante.
Os soldados americanos no Iraque
trabalham para as corporações americanas, não para o povo.
A propaganda força-nos a acreditar que a guerra é natural
e que o exército é uma instituição honrada.
Se a guerra é natural, porque haveria 18 suicídios, por dia,
de veteranos norte-americanos em consequência do stress pós-traumático?
Se os nossos soldados são tão honrados,
porque razão 25% dos sem-abrigo norte-americanos são veteranos?
Quarto: pare de sustentar as companhias de energia
Se vive numa casa, saia da rede.
Investigue meios de tornar o seu lar auto-sustentável
com energia limpa.
A energia solar, eólica, e outras formas renováveis
já são realidades de consumo baratas
se considerarmos o custo infinitamente crescente das energias tradicionais.
Provavelmente serão um investimento mais barato com o passar do tempo.
Se conduz, compre um carro de menores dimensões
e considere uma das muitas novas tecnologias
que podem tornar o seu carro num híbrido, eléctrico
ou que o faça funcionar com outras formas
que não as do sistema.
Quinto: rejeite o sistema político.
A ilusão da democracia é um insulto à nossa inteligência.
Num sistema monetário não existe verdadeira democracia
e nunca existiu.
Há dois partidos políticos controlados pelo mesmo grupo,
de lobistas corporativos
que são colocados nas suas posições pelas corporações,
com a popularidade criada artificialmente pelos média que elas próprias controlam.
Num sistema de corrupção inerente,
a mudança de liderança a cada quatro anos é quase irrelevante.
Em vez de fingir que o jogo político faz algum sentido
foque a sua energia em como transcender este sistema falido.
Sexto: junte-se ao movimento
Vá a "thezeitgeistmovement.com"
e ajude-nos a criar o maior movimento de *** pela mudança social
que o mundo já viu.
Temos de mobilizar e educar todos,
sobre a corrupção inerente do nosso sistema mundial actual
e sobre a única verdadeira solução sustentável:
declarar todos os recursos naturais do planeta
como bem comum de todas as pessoas.
Informar todas as pessoas sobre o estado real da tecnologia
e como todos podemos ser livres,
se o mundo trabalhar junto, em vez de lutar entre si.
A ESCOLHA É SUA.
Você pode continuar a ser um escravo do sistema financeiro
e assistir às contínuas guerras, depressões e injustiças em todo o globo
enquanto se distrai com entretenimento fútil e lixo materialista.
Ou pode focar a sua energia numa mudança verdadeira, duradoura e significativa,
com o poder real de sustentar e libertar todos os humanos
sem deixar ninguém para trás.
Entretanto, a mudança mais relevante deve ocorrer primeiro
dentro de si.
A verdadeira revolução é a revolução da consciência.
E cada um de nós precisa primeiro de eliminar
o ruído dissociador e materialista
que fomos condicionados a pensar como verdade
enquanto descobrimos, amplificamos e sintonizamos
com o sinal vindo da verdadeira e empírica unidade.
ESTÁ NAS SUAS MÃOS.
"O que estamos a tentar, com toda esta discussão e retórica
é ver se podemos fazer uma radical
transformação da mente.
Não aceitar as coisas como elas são,
entendê-las, mergulhar nelas, examiná-las.
Use o seu coração, a sua mente e tudo o que possui, para descobrir
um modo diferente de viver.
Mas isso depende de si e de mais ninguém
Porque nesta questão não existe professor, nem aluno,
não existe líder,
não existe guru, nem mestre, nem salvador
você mesmo é o professor, o aluno, o mestre, o guru e o líder.
Você é tudo
e...
"Entender é transformar o que existe"
Movimento Zeitgeist em Portugal zeitgeistportugal.org