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Seu carro,
o sistema de aquecimento em sua casa,
seu fogão a gás.
A maior parte da energia que você usa
vem de combustíveis fósseis,
que apresentam alguns problemas.
Primeiro, há quantidades limitadas de combustíveis fósseis,
assim, quanto mais usamos, menos temos.
Segundo, o uso de combustíveis fósseis
é a principal causa da mudança climática
porque libera grandes quantidades
de dióxido de carbono na atmosfera.
Os biocombustíveis provêm de fontes renováveis naturais, como as plantas,
então, têm o potencial de reduzir nossa dependência
dessas provisões limitadas de combustíveis fósseis
e reduzir o risco da mudança climática.
Hoje, a maioria dos biocombustíveis são feitos de grãos de milho
que, por fermentação, transformam-se em etanol.
Mas temos um suprimento limitado de milho,
portanto, ele não é solução, para essa parte
de suprimento limitado, no dilema.
Também são necessários muitos recursos para cultivar milho.
Ataque 2!
Uma solução potencial:
usar celulose em vez de grãos de milho para fazer etanol.
A celulose é muito mais abundante que o milho
e usa menos energia para ser produzida.
De fato, é a molécula orgânica mais abundante no planeta!
A celulose é o principal ingrediente
encontrado na membrana da célula de uma planta.
As plantas produzem celulose da água e do dióxido de carbono
durante a fotossíntese.
Assim, enquanto que o uso de combustíveis fósseis produz dióxido de carbono,
o uso de etanol de celulose pode ajudar a remover
o dióxido de carbono da atmosfera.
O principal obstáculo é que a molécula de celulose,
uma longa cadeia conectada de glicose
protegida por uma bainha molecular resistente,
é dificil de ser isolada.
Produzir etanol a partir da celulose
significa primeiro retirar essa bainha protetora
e então separar a celulose
em moléculas individuais de glicose.
Somente depois de termos isolado cada molécula de glicose,
é que podemos começar a fermentação.
Mas alguns micro-organismos,
como bactérias ou fungos,
quebram a celulose para obter energia o tempo todo.
Por exemplo, vacas leiteiras comem alimentos,
como feno ou alfafa, que estão cheios de celulose.
Micróbios que vivem no estômago delas
produzem uma enzima, chamada celulase,
que isola as moléculas de celulose
para que a vaca possa usar o que restou como energia.
Agora os pesquisadores estão estudando
esses tipos de micro-organismos,
na esperança de encontrar uma forma melhor
de separar a celulose,
a fim de que possamos usá-la para nossas necessidades de energia.
A solução, eles pensam,
está em encontrar micróbios na natureza que consigam produzir
os tipos de celulase que necessitamos.
Esse processo de pesquisar, na natureza, espécies
que possam fazer produtos de valor
é chamado de bioprospecção.
Para testar se uma amostra de micróbios pode ou não
separar efetivamente a celulose,
os pesquisadores criam o micróbio em um tubo de ensaio.
Então, adicionam uma fonte de celulose
como única forma de energia.
Se o micróbio não pode produzir celulase
e quebrar a celulose,
o tubo de ensaio permanecerá inalterado.
Mas, se o micróbio produz as enzimas
que estamos procurando,
ele será capaz de isolar a celulose,
usá-la como energia
e crescer no ambiente do tubo de ensaio.
Se a amostra microbiana pode isolar
a celulose no tubo de ensaio,
há uma chance de que podemos usá-lo para criar
um fonte de combustível renovável e sustentável
para nossos carros a partir da celulose.