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Boa tarde. Conseguem ouvir-me aí atrás?
OK. Quantos de vocês estão familiarizados com o Projecto Venus?
Vou falar um pouco sobre ele para terem uma ideia dos objectivos que nos propomos atingir.
Nós achamos que o mundo actual caminha para a decadência.
A nossa linguagem foi desenvolvida há centenas de anos,
estamos realmente a falar uns para os outros em vez de falar uns com os outros.
Sendo assim, vou falar-vos um pouco sobre as propostas do Projecto Vénus.
Se não ficarem satisfeitos com as minhas respostas, digam.
Levantem a mão e digam "Você não respondeu à minha pergunta." Não sejam bem educados.
Se não entenderem alguma coisa, perguntem.
Agora é com vocês.
Ok. Então, isto é o que nós assumimos:
Que haverá guerra, pobreza e depressão contínuas,
até que todas as nações do mundo se juntem
e a Terra seja utilizada como património comum de todas as pessoas do mundo.
Se não entenderem isso, se pensarem que o dinheiro é a única coisa
em que vocês foram levados a acreditar, nesta cultura...
Quem ficar abandonado numa ilha com dez milhões de dólares,
sem água, sem peixe e sem solo fértil, não tem nada.
O dinheiro em si não é nada. Ele nunca representou entidades físicas,
que nos permitem viver. Os políticos, todos eles, não podem fazer nada para tornar o mundo num lugar melhor.
Eles não percebem a tecnologia, não sabem o que fazer.
Neste momento, todas as nações estão em decadência.
A nossa época é a primeira na História em que há guerras por todo o mundo, e desemprego.
A guerra tem sido sempre um grande negócio. Lembrem-se disso.
Não tem nada a ver com expandir a democracia a outros países.
Serve para os explorar, para tirar partido deles ao máximo.
Eu vou tentar demonstrar-vos isso.
Vamos assumir que algum de vocês foi recrutado para o exército. Que põe a sua vida à disposição para defender o país.
Sendo assim, devíamos recrutar compulsivamente toda a indústria de armamento,
para que ninguém faça lucro com ela. Assim, sim.
Se todas as indústrias forem recrutadas de modo a receberem o mesmo salário
que um soldado, e puserem as suas vidas à disposição para defender este país, assim sim.
Mas se há quem ganhe milhões de dólares a vender metralhadores, submarinos, aviões, assim não.
São negócios em grande.
Existe um livro chamado "Arms and the Men". Alguém já ouviu falar?
Incrível.
Um amigo meu foi piloto da Primeira Guerra Mundial.
Ele voou sobre um depósito de munições alemão chamado I.G. Farben
e tinha ordens para não o bombardear.
Ele não sabia porquê. Disse que passou lá 8 vezes, sempre com ordens estritas para não o bombardear.
Depois da guerra, descobriu porquê. A Dupont, uma empresa americana, detinha parte do capital da I.G. Farben.
Agora, outro aspecto da guerra:
Nós tínhamos andado a matar soldados japoneses nas ilhas do Pacifico Sul na Segunda Guerra Mundial.
A verdade é que Alexander P. Seversky , da Severski Aircraft Company
disse que o que nós (os EUA) precisávamos naquele tempos eram bombardeiros de longo alcance
para destruir os projectos energéticos Alemães. Destruir as barragens,
os geradores eléctricos e desactivar as fábricas.
Mas disparar sobre soldados nas trincheiras de cada ilha, não tem nada a ver com acabar com a guerra.
A guerra tem sido sempre um grande negócio carregado de mentiras e fraudes.
Agora, quantos americanos sabiam que os soldados americanos costumavam cortar as orelhas dos japoneses e fazer colares com eles?
Uma pessoa? Incrível. O livro chama-se "A New American History".
Se querem mesmo saber em que pé estamos, estamos como todas as outras nações; irremediavelmente corruptos.
O Centro para o Estudo das Instituições Democráticas, em Santa Barbara;
os seus escritores dizem que este é o país mais corrupto do mundo.
Agora, o que é que isso significa?
Isso significa que, de acordo com Charles A. Lindbergh, o pai dele
defendia que o governo devia imprimir dinheiro e disponibilizá-lo às pessoas, não à banca privada.
É permitido aos bancos privados emprestar dinheiro, mais dinheiro do que eles possuem.
Podem emprestar mais e cobrar juros sobre esse excesso. Isso é absolutamente corrupto.
Se vocês não entendem isto, tivemos sempre guerras, recessão, espansão, declínio.
e o que fazem nos nossos livros escolares, em particular nos nossos livros de história,
não descreve o nosso país como era, ou como é.
Todos os livros de história. E todas as pessoas na nossa história fizeram sempre tudo bem.
Eles nunca se enganaram, (risos) eles nunca tentaram e erraram...
Os vossos livros de história - Toda a gente diz o que é correcto. Não existe ninguém assim.
É assim em todo o mundo. Como é que vocês pensam que obtemos este território?
Nós tomamo-lo aos índios pela força. Depois tomamos a Califórnia e o Novo México.
Depois de roubarmos toda o território que precisávamos, então lembraram-se de criar um sinal a dizer: "Não roubarás."
O que é verdade na América, é verdade em todos os países.
Quando se dizia "Em Inglaterra, o sol nunca se põe" [no Império Colonial Britânico],
Como é que acham que a Inglaterra conseguiu controlar todos esses países, antigamente?
Eles tomaram-nos (pela força). Mas se eles tivessem perdido, teriam sido considerados ladrões.
Agora eles são considerados "Conquistadores", "Grandes Conquistadores".
Portanto, se percebem do que estou a falar,
o sistema monetário é a maior fraude que as pessoas alguma vez enfrentaram.
Pensem nisto: Hoje em dia, a América tem 300 submarinos.
cada um, e não sou eu que o digo, é o Departamento de Guerra (dos EUA),
tem mais poder destrutivo do que todas as guerras da História.
Um único submarino. Agora, o que é que vocês fazem com isto?
O que é que vocês podem conseguir com isso?
Mas existe um sítio para certos senadores e funcionários do governo.
Eles construíram um abrigo debaixo de uma montanha para onde ele irão em caso de guerra nuclear.
Bem, há lá alimentos, água, tudo o que necessitam para sobreviver durante 6 meses.
Para que é que alguém vai sair de lá? Alguma vez pensaram nisso?
Sair para um lugar queimado, radioactivo, contaminado?
Mas como conseguem ser tão estúpidos? O Pentágono é feito de pessoas, pessoal do exército.
E o pessoal do exército tem sido notavelmente estúpido, porque eles não lêem muito.
Eles não percebem isto: o que vocês teriam em Washington, se tivéssemos uma sociedade sã,
ou seja, mentalmente sã, teria um Pentágono de sociólogos,
cientistas sociais que poderiam fazer a ponte entre as diferentes nações.
Soldados são máquinas de matar. Eles foram treinados para matar.
Vocês olham para eles e dizem "Bem, pelo menos estão a lutar pelo nosso país." - Não, não estão.
Estão a lutar por petróleo e por predominância económica.
Desculpem-me por falar assim. Eu não gosto do que estou a dizer.
Gostava que fôssemos tipos decentes, mas não somos.
Eu não sou dono de nenhuma fábrica de munições. Eu não tenho ambições politicas.
O que eu acho é que os políticos dizem as coisas que as pessoas gostam de ouvir.
Eles não têm nada a ver com a verdade. Eles nem sequer sabem o que isso é.
Há algumas pessoas com quem eu me encontro, que se auto-proclamam "os caçadores da verdade."
Para ser um caçador da verdade, terias de saber tudo, para que soubesses o que é a verdade.
Portanto, não existe tal coisa. E há outras pessoas que dizem que
"O Homem é algo mais do que a soma das suas partes ." De certeza que já ouviram isto.
Uma lata de molho de tomate também. Um rebanho também é mais que a soma de suas partes.
E então? O Homem produz a imundície na atmosfera.
Poluição nos oceanos, na terra; o homem.
O Homem conduz misseis teleguiados. Eles não vão sozinhos.
O Homem constrói navios de guerra. Em última análise, é um ser humano quem larga bombas sobre as cidades
e depois dão-lhe uma medalha. E pintam um X na fuselagem por cada aldeia que bombardeou.
E as pessoas pensam, "Bem, isto é bom, ao menos estou a defender o meu país."
Depois há outro grupo de americanos que pensa que já tivemos uma democracia,
mas que, recentemente, os governos destruíram-na.
Nunca tivemos uma democracia! Deixem-me dizer-vos porque é que nunca tivemos uma democracia.
E deixem-me dizer-vos o que eu penso que seria uma verdadeira democracia.
O nosso presidente levantar-se-ia e criticaria outro país
durante uma hora ou hora e meia. Depois, convidaríamos o primeiro ministro desse país
a entrar no ar para dar o seu ponto de vista. Sabem, hoje em dia, se vocês forem acusados de algo,
têm o direito de confrontar o acusador em tribunal. Então, quando criticarem outro país,
convidem-no a dar o seu ponto de vista. Depois convidem o primeiro ministro da Suécia,
porque estão os dois só a dizer tretas. É esse o meu ponto de vista. É a isto que me refiro.
Numa democracia as pessoas dizem, "Bem, ao menos eu participo, é uma democracia participativa em que eu acredito."
Eu cruzo-me com essas pessoas a toda a hora e digo-lhes:
"O senhor acredita numa Democracia participativa?" "Sim, acredito."
"O senhor votou para o programa espacial?" "Bem, não."
"Votou para a guerra do Vietname?" "Suponho que não."
"Votou para o projecto do edifício do Capitólio ou das auto-estradas na América?" "Suponho que não."
Onde raio é que o senhor participa? Mas que fantasia!
E no entanto isto acontece a toda a hora... E ainda pensam que participam na selecção dos políticos?
Não! Eles são escolhidos para vocês.
Se tivéssemos uma democracia, teríamos 4 mil partidos políticos.
E eles iriam discordar e discutir uns com os outros.
E se tivéssemos uma democracia, a religião estaria no ar, todas as religiões ao Domingo.
E depois teríamos ateus e agnósticos a dar o seu ponto de vista. Isto é uma democracia.
Mas quando temos generais nas principais estações de comunicação
e almirantes da marinha, e direitos adquiridos, à procura da sua parte
para terem mais armamento, é o vosso dinheiro que vai para o armamento.
E quando nós bombardeamos outras cidades, não interessa onde elas são, estamos a fomentar o ódio,
ódio humano para o futuro.
E depois há outro grupo de pessoas que pensam que são espertas. São contra o aborto.
Seria de esperar que eles fossem contra a guerra porque lá, matam milhares de pessoas...
A bombardear crianças, toda a gente, bebés ainda não nascidos, mães.
O que se passa com estas pessoas? Bem, eu digo-vos o que passa.
São cerebralmente insuficientes! Não têm *** suficiente aqui em cima poderem desenvolver um raciocínio.
Até criaram deuses. Costumavam ter vários deuses antigamente.
Depois foram reduzindo e finalmente apareceram só com um deus.
Ora, o Deus do Judeus diz "Se um homem tirar um olho ao teu filho, tirarás o olho do filho dele."
O Deus cristão diz "Quando alguém te bate, dá a outra face." Todos estes deuses são diferentes.
Então, quando alguém diz "Acreditas em Deus?" "Qual deles?", contou-me o Einstein.
Quando eu lhe perguntei "Acredita em Deus?" Ele disse "Qual deles?"
Há tantos conceitos diferentes de Deus. Tantos conceitos diferentes de certo e errado,
do bem e do mal. Vou contar-vos umas coisas sobre o certo e o errado.
E quem for ***, que me ouça com atenção.
Se fores criado no Sul dos E.U.A como um branco,
numa região com pouca educação, falarás com um sotaque do Sul.
E dirias coisas como "Vou agarrar um preto, vou parti-lo todo."
De onde é que acham que isso vem? Vem do ambiente que o rodeia.
Não é que a pessoa seja atrasada mental. Não há nada de errado com uma pessoa do Sul ou um membro do Ku Klux ***.
Foi o ambiente em que ele foi criado.
E hoje em dia os psicólogos e os psiquiatras são tão estúpidos
que lidam com o indivíduo. É realmente o ambiente que os torna assim.
Se não me estão a entender: se vocês fossem criados desde pequenos
pelos caçadores de cabeças da Amazónia, por exemplo tu,
Se te digo "Não te incomoda, possuir dez cabeças encolhidas?"
Poderias responder "Sim, o meu irmão tem vinte."
E ele estaria perfeitamente ajustado ao lugar de onde veio.
Não existem pessoas boas ou pessoas más. Existem pessoas criadas em diferentes ambientes, nos quais elas acreditam.
Se vocês forem criados na Alemanha Nazi desde pequenos,
tudo o que vêem é "Heil Hitler!", "Deitschland über alles!", que significa "A Alemanha acima de todos",
vocês serão nazis, se nunca tiverem visto outra coisa.
Se ainda não me percebem: se pegarem num gentil menino judeu e o criarem numa família nazi desde pequeno,
ele torna-se nazi. Se pegam num bebé nazi e o criam numa família judia, ele torna-se um bom menino judeu.
Então o que são as pessoas, realmente?
As pessoas não conseguem pensar ou raciocinar. Deixem-me explicar,
para não se zangarem comigo. É muito fácil zangarem-se com o que estou a dizer.
A razão pela qual não conseguimos pensar é que somos criados numa cultura estabelecida, com valores estabelecidos.
Quando somos muito pequenos começam a por-nos lixo na cabeça.
"Quem é que te ama mais do que ninguém neste mundo?"
A criança diz "Eu não sei." "A mamã e o papá!"
"Qual é o melhor país do mundo?" "Não sei"
"Os bons e velhos EUA." Claro, os bons e velhos Estados Unidos!
E se fores criado na Arábia Saudita, ou se fores criado no Dubai, ou se fores criado na Alemanha,
é a mesma coisa. OK? A única verdadeira resposta
é declarar a Terra como património comum de todas a gente do mundo,
e todos os recursos partilhados por toda a gente do mundo.
Se ainda não entendem isto, com o que gastámos na Segunda Guerra Mundial,
nós, os alemães, os franceses, os ingleses, todo o dinheiro que gastámos em equipamento
poderia ter servido para construir hospitais por todo o mundo, escolas por todo o mundo, eliminado as barracas em todo o mundo.
Como é que se pode ser tão estúpido?
Ora, quantos de vocês terão ouvido falar no livro "Mind in the Making" de James Harvey Robinson?
Nem sequer está disponível na biblioteca das vossas escolas. Nem uma mão no ar!
Quantos de vocês ouviram falar do livro "As Armas e o Homem"?
Apareceu na revista Fortune, a explicar o sistema de lucro da guerra.
Houve uma altura em que até a revista Fortune publicava isso.
E há outro livro chamado "A Tirania das Palavras" de Stuart Chase.
Quantos de vocês é que os leram? O que aconteceu a estes livros?
Há outro livro chamado 'Cem Milhões de Porquinhos da Índia".
Alguém já ouviu falar? Foi um best-seller nos EUA. Atacava a indústria farmacêutica.
Dizia, "Porque é que a indústria farmacêutica não estuda o sumo de cenoura ou o sumo de aipo ou outros produtos naturais para tratar doenças?"
Porque assim não ganhavam dinheiro. Eles lucram três a cinco dólares por comprimido, porque é que iriam fazer isso?
Então, logo que esse livro se tornou um best-seller, a opinião pública exigiu
...um novo departamento em Washington chamado "Pure Food and Drug Administration".
Agora esse departamento está infiltrado pela indústria farmacêutica. Alguém sabia?
Incrível. Uma pessoa, duas pessoas, três pessoas.
Então, já estão a ver que não estamos num país livre. Nunca estivemos. Nunca tivemos uma democracia.
Numa democracia, onde pessoas livres...
Estão sempre a dizer-vos que todas as pessoas nascem iguais. Mas não nascem.
Alguns são altos, outros baixos, alguns gordos, alguns vêem mal.
Não nascemos iguais. O que querem dizer é que deviam ser dadas as mesmas oportunidades a toda a gente.
Vocês não conseguem fazer isso se derem uma boneca a uma miúda. Já estarão a programá-la.
Se atarem um laço no cabelo da menina, estão a programá-la para uma certa função.
Quando a minha filha tinha cinco anos, ela disse, "Quero um comboio eléctrico, não quero uma boneca".
Se lhe dás uma máquina de lavar, estás a programa-la.
A razão pela qual os homens são mais inventivos do que as mulheres, não é porque sejam diferentes.
É porque aos homens é dada uma visão mais ampla.
Deixem-me explicar-vos o que quero dizer, se não sabem o que é. Não vão aprender nos vossos manuais.
Quando éramos pequenos, costumávamos urinar juntos no campo e cruzávamos os fluxos de urina uns dos outros.
E um miúdo disse "Alguma vez viram um rapaz a cagar?" e outro responde "Não!"
"Venham, o Billy vai cagar e nós vamos vê-lo!"
Aqui está o que eles obtiveram. A forma como aquilo saía, permitiu que um homem inventasse uma máquina de extrusão.
Sabem o que é isso? Uma máquina que faz a extrusão do alumínio. [processo industrial de moldagem do alumínio]
Tiveram essa ideia ao ver um miúdo a cagar.
Agora, os homens... Quando eu era miúdo, atirávamos aranhas às meninas e elas assustavam-se.
Hoje elas coleccionam aranhas, as mulheres.
Estão a ver, isto acontece quando se lhes dá os mesmos horizontes que aos homens.
Se um homem tivesse um caso com cinco mulheres ao mesmo tempo, era considerado um Don Juan.
Se uma mulher se envolver com dois homens, é uma cabra. Quem escreveu este livro? Os homens.
Então pensem nisto, vocês são de segunda categoria.
Portanto, Deus não pega na pila de um homem para lhe dizer "Não a uses até ao casamento, senão ela cai no dia em que te casares!"
E aqui têm, estas tretas todas que se ouvem por aí... Na realidade, dizer que há "palavrões" não faz sentido.
Porque se fizeres uma tarte e eu não te conhecer, e tu a deixares cair, se calhar dizes, "Ora bolas!"
Se for ele a deixar cair a tarde, se calhar diz "Merda!" O que significa "Desculpa, deixei cair a tarte."
Assim como "Ora bolas!". Significa "Desculpa, deixei cair a tarte." Dizer que existem "palavrões" não faz sentido.
Fomos criados num certo ambiente. "Tens de usar esse tipo de linguagem?"
Quando discursei na Universidade de Columbia, eles disseram-me "O senhor tem de usar esse tipo de linguagem?"
"O senhor falaria assim se a sua mãe estivesse aqui?"
Então eu disse "Mãe, podes levantar-te?" E ela acenou.
Má linguagem [palavrões] é coisa que não existe.
Mas o que é mesmo horrível é o preconceito e a discriminação.
Ora, há muitos anos atrás aquele piloto de que vos falei há bocado, que voou sobre fábricas
de munições alemãs, era um membro de uma organização chamada Tecnocracia.
Quantos de vocês ouviram falar em Tecnocracia?
OK, os tecnocratas acreditavam na utilização da ciência e da tecnologia
em vez de políticas como um meio de governar.
Então eu fui assistir a duas ou três dos seus encontros e inscrevi-me, pareceu-me muito bom.
Depois apercebi-me de que não havia negros na organização.
Então dirigi-me ao Howard Scott, que era o engenheiro chefe,
e disse-lhe "Porque é que não há negros?" Ele respondeu, "Deixa-os criarem a sua própria secção."
Depois pensei "Porque é que não há orientais?"
Ele disse "A mente oriental não consegue entender a tecnologia." Isto foi há muito tempo.
Eu sabia, disse-lhe que ele estava a olhar para a primeira geração de orientais.
Pela altura da quarta ou quinta geração, eles vão ser tal e qual como nós.
E deixará de haver dialectos regionais. Ele insistiu "Não, não, a mente oriental nunca irá compreender a tecnologia."
Ele morreu há algum tempo atrás, e as suas ideias morreram com ele.
Não há nada de mal com a Tecnocracia, excepto aquelas áreas em que não posso estar de acordo.
Por isso renunciei, porque não ia conseguir defendê-los.
E então perguntei a mim mesmo "O que é necessário?"
Como é que se pode conceber uma sociedade onde não haja conflito?
Bem, sempre houve conflito. Sempre houve corrupção no governo.
Tem havido guerras desde sempre e a Bíblia diz que irá haver sempre guerras e rumores de guerras.
E haverá sempre pobres entre nós. Está escrito na vossa Bíblia.
Não posso aceitar esta porcaria. Eu acredito que o Homem cria Deus à sua própria imagem.
Um idiota qualquer a quem vocês rezam, e que está sentado num trono,
e que olha cá para baixo e consegue ver tudo o que estão a fazer.
Quer estejas neste mesmo edifício ou noutro sítio qualquer.
Dizem-nos que Deus criou tudo. Todas as galáxias, todo o universo, todos os insectos, todas as plantas.
e depois Jesus avança e insulta-o.
Imediatamente antes de o crucificarem, ele olhou para o céu e disse "Pai, perdoai-os por não saberem o que fazem."
Se Deus criou tudo, não tens que lhe dizer que eles não sabem o que estão a fazer.
É o que eu quero dizer por insulto. Quando um agricultor diz "Querido Deus, temos uma seca,
o meu milho está a secar, que tal uma chuvinha?" E Deus: "Caramba, obrigado por me avisares, não tinha pensado nisso."
Percebem? Reduzimos Deus a um estúpido qualquer que se zanga, cria inundações, provoca danos, sofrimento,
e que se não seguires as escrituras sagradas, te faz arder eternamente.
Isso não parece nada divino, parece psicopata, isso sim.
Quando eu vos digo que Deus é feito à imagem do Homem, vejamos vários países...
O conceito índio: um feliz terreno de caça. Nenhum índio imaginou automóveis de aço inoxidável.
Nenhum esquimó sonha com praias paradisíacas,
a menos que as tenham visto em filmes. Ou seja, não conseguem pensar em nada que não
esteja inserido na cultura em que foram criados. É por isso que cada pequeno grupo pensa que está certo.
Os nazis auto-proclamavam-se "a raça superior". Os judeus, "aqueles escolhidos por Deus".
Bem, se começarem a fazer este tipo de coisas, estão a separar as pessoas.
E quando se tem estudos feministas, estudos polacos, estudos judeus, estudos da raça negra,estão a separar as pessoas.
Toda a gente precisa de ar limpo, água limpa, terra arável, e uma educação pertinente.
Por outras palavras, como é que dependemos da floresta, se despejamos porcarias no oceano?
É melhor contar-vos isto. Há uns 45 anos, o exército dos Estados Unidos
largou 65 toneladas de substâncias tóxicas (gás de nervos) em Miami. Quantos de vocês souberam disto?
Um, dois. Na costa de Miami, perto da Corrente do Golfo.
Como é que amam o vosso país e fazem coisas como esta? Não percebem?
Einstein e Oppenheimer pensavam que se lhes dessem a fórmula,
para a bomba atómica, eles seriam com certeza suficientemente sensatos para a demonstrar no mar
e que diriam ao ***ão "Não queremos largar isto no vosso país. Mas podemos fazê-lo se não baixarem as armas já."
Não, largaram-na em Hiroshima e em Nagasaki.
Porque foram educados na velha treta Bíblica de que a vingança é merecida.
Se fazem coisas como esta, estão a criar ódio durante séculos.
Por isso estou a tentar dizer-vos certas coisas... Claro que eu podia estar a dar uma linda palestra intitulada "Deus Abençoe a America".
Mas quem é que são vocês para dizerem a Deus quem abençoar? Se ele criou toda a gente, e vocês dizem "Deus abençoe a América"
quem são vocês para fazerem isso? Toda a gente sabe o que Deus quer, excepto Deus.
Porque o Homem cria Deus à sua própria imagem.
Um tipo que se zanga, que cria dilúvios, não pode ser Deus.
Então fui a outra Igreja, andava à procura da verdade, quando era jovem e não sabia muito.
Andava à procura da verdade. Então fui às igrejas satânicas,
porque queria ver o que é que eles diziam. Eles acreditam que o Diabo comanda o mundo,
e que há mais provas que o demonstram do que em relação a Deus:
assassinos em série, bombas, guerra permanente, despejos no oceano, envenenamento da atmosfera...
Eles pareciam fazer algum sentido. Mas claro que também não acreditei nessa treta.
Eu só estou a contar-vos em que é que outras pessoas acreditam, e elas são tão sinceras como vocês.
Os japoneses crescem com os mesmos preconceitos sobre vocês, que vocês inventaram sobre eles.
E referimo-nos aos nazis como sendo cruéis.
Se arranjarem o livro de H. G. Wells chamado "Outline of History",
esse livro diz que os EUA estavam a transferir cerca de mil alemães
para campos de concentração. Mas o exército alemão estava quase a apanhá-los
e então puseram-nos numa grande vala e metralharam-nos a todos.
Bem, não existe nenhum filme realmente anti-guerra.
Talvez o "A Oeste Nada de Novo" ou o "The Vickers".
Sabem quantos filmes foram rodados numa perspectiva pró-guerra? Milhares deles.
E eu lembro-me do "A Oeste Nada de Novo".
Um inglês agarra o arame farpado e está prestes a saltar,
e rebenta uma bomba, e aparecem apenas duas mãos no arame farpado.
Eles nunca mostram os horrores da guerra porque senão o recrutamento não subiria.
E os rapazes no exército, muitos deles, pensam que estão a defender o país.
A única maneira de defender este país é construir pontes entre as nações.
Eu disse a mim mesmo há uns anos atrás: "Nações diferentes pensam de maneira diferente".
Elas têm valores distintos. Alguns deles têm 20 mulheres e isso é normal para esse país.
Então, como é que é suposto fazer a ponte entre as várias nações?
Então o que eu fiz quando tinha 21 anos, foi ir a encontros do Ku Klux ***
e dissolvi o grupo num mês e meio. Quero dizer, em Miami.
Depois fui a encontros do Conselho de Cidadãos Brancos. Eles odeiam estrangeiros.
E dissolvi-os num mês.
Depois perguntei a algumas pessoas em Brooklynn: "Quem é que são os mais "atrasados" desta zona?"
E disseram-me: "Bem, os árabes da Atlantic Avenue."
Então eu perguntei "Porque é que os acham retrógrados?"
"Eles ainda acreditam que a Terra é plana."
Então eu disse: "Bem, tenho que ir ter com estes tipos." Se não conseguir influenciá-los, como é que vou mudar o mundo?
Então procurei o tipo que mandava naquilo, o nome dele era Elbaz.
Chamei-o e disse "Posso entrar e falar consigo, Elbaz?"
Ele falou na sua espécie de dialecto, "De onde teu pai nascer?"
Eu disse, "Libanês." Ele disse, "Muito bem, muito bem. Tu ser árabe?" Eu disse "Eh."
Significa "sim" em árabe. Eu não sou árabe. "Vem e encontra eu."
O que significa, "Vem e encontra-te comigo." De forma que eu fui e encontrei-me com ele. E ele disse-me:
"Tu acreditar que mundo ele redondo?" Eu disse "Sim."
"Tsk, tsk, tsk." Significa, de acordo com a sua formação, "Não pode ser."
Então apontou para a sua cabeça a mostrar que era inteligente.
Disse-me, "Se mundo ele redondo, homem cair aqui,
toda água cair do mundo. Já estão a perceber?
E eu pensei "Meu, tenho de apanhar este gajo se quero mudar o mundo."
Então dei-lhe um balão, e esfreguei o balão com peles [de animal], muito rápido.
E dei-lhe flocos de cereais e disse-lhe para os manter a uma certa distância do balão.
Ok? E todos os flocos de cereais... Quando esfregas estás a criar electricidade estática...
E todos os flocos saltaram para o balão.
E ele perguntou "Mundo ele magnético?" Eu disse "Eh." "Ahhh."
Ele foi à sala ao lado e explicou-o aos outros árabes.
A maior parte das pessoas não gosta de confrontar alguém que pense de maneira diferente.
Agora, podes dar-te bem com todos se disseres: "Pessoal, a Terra é um bocado redonda e também um bocado plana."
E assim consegues dar-te com montes de gente. Mas não é assim que funciona a ciência.
Antes acreditava-se que as estrelas giravam à volta da Terra, que a Terra era o centro do universo.
e entretanto isso foi desmentido. Nós ainda acreditamos em deuses e demónios.
Se forem ao México, as divisões de uma casa de classe média estão a diferentes alturas.
E eu perguntei "Porque é que fazem as divisões a diferentes alturas?"
"Porque o diabo não gosta de subir ou descer degraus. Ele gosta de andar num nível plano.
E eles acreditam nisso de forma séria. Da mesma maneira que um cristão faz isto antes de saltar de uma plataforma de mergulho,
ou de ir lidar um touro. Agora, tentem imaginar isto. Na Roma antiga,
provavelmente ao Sábado, não estou certo do dia, a família inteira ia assistir aos Cristãos a serem atirados aos leões.
E a criança diria "Papá, na próxima semana podemos ir ver os cristãos a serem lançados aos leões?"
"Se te portares bem!"
Então, seriam estas crianças malucas? Não. Aquilo era normal naquela altura.
Se tivesses crescido no mundo árabe, alguém olha para um objecto à venda como se não estivesse interessado.
Tu dizes "Quanto é que quer por isto?" e ele diz "10 dólares".
"Dou-te 3 dólares." Ora, isto é normal para este país.
Quando um tipo vem à Sears, sendo árabe, pergunta "Quanto quer por este relógio?"
como se não tivesse muito interessado. O vendedor nem sequer sabe. O vendedor vê a etiqueta e diz "$8.95''.
"Dou-lhe 2 dólares." "Raios partam estes estrangeiros!"
Entendem? É normal aquela pessoa fazer aquilo, devido ao sítio de onde veio.
Conseguem compreender? Não há boas ou más pessoas. Um assassino em série é feito assim.
Se é geneticamente defeituoso, não tem culpa.
Se o seu cérebro está deformado, não tem culpa.
No entanto, o psiquiatra actua ao contrário. Tenta mudar a pessoa.
É realmente a cultura que realmente lixa as pessoas.
Percebem o que estou a dizer? A cultura. Não existem "palavrões".
Apenas expressões diferentes.
Por isso é que todos os vossos deputados mentem. Os democratas mentem sobre os republicanos,
os republicanos mentem sobre os democratas. E mesmo tipos como o Carl Sagan
tentam angariar dinheiro para comunicar com extra-terrestres.
Querem construir grandes antenas.
Se os democratas não conseguem comunicar com os republicanos, e os maridos com as mulheres
como raio é que vamos comunicar com extra-terrestres?
Vamos assumir que existem extra-terrestres.
Qualquer coisa que consiga viajar centenas de milhões de anos-luz no espaço não é como nós.
Eles não quererem conhecer o vosso presidente. O vosso presidente seria um idiota.
É um homem ignorante. O Bush e todo o seu grupo. Mesmo estúpidos.
Os democratas ficam apenas um pouco atrás. Mas um governo inteligente é coisa que não existe.
O governo é gerido de forma a manter as coisas tal como estão.
As pessoas são eleitas para cargos políticos não para mudar as coisas, mas para manter as coisas como estão.
O mesmo para as universidades, elas dependem de financiamento das grandes corporações.
Por isso é que tipos como eu não têm grandes hipóteses de discursar para alunos universitários.
Sou considerado não um "boat-rocker", mas um "boat-sinker".
Portanto, se afundas o barco, se falas francamente e dizes a verdade, as hipóteses
de apareceres na rádio, na NBC, na CBS são nulas.
Porque eles dependem dos patrocinadores.
Quando eu fui ao programa do Larry King, estive no ar quatro vezes, ele disse-me "O senhor ataca as farmacêuticas,
as tabaqueiras, as empresas de automóveis." Eu nunca ataquei as empresas de automóveis.
Foi isto que eu disse no programa do Larry King: "Se tiveres um airbag frontal,
tudo bem. Mas se fores atingido de lado, a tua cabeça é projectada contra o vidro.
Todo o interior tem de ser forrado com airbag." Percebem aonde quero chegar? Ok.
Então ele perguntou "Porque é que eles não fazem isso?" Eu disse "Larry, não posso responder a isso. Apenas te posso dizer que eles não o fazem."
Depois disse "Se não queres que haja guerra, Larry,
tens que unir todas as pessoas do mundo."
E eles não sabem como fazer isso. Querem levar lá a democracia.
Não se consegue levar a democracia a um país que tem um conjunto diferente de valores,
a não ser que eles a desejem. Como é que eles a desejam? Através da educação.
Conseguem educá-los? Claro que não. Não se consegue controlar as pessoas,
a menos que as tornem tão desinformadas quanto possível.
Para melhor conseguir controlá-las.
Se ensinarem as pessoas a pensar e a raciocinar não conseguem, em tempos de guerra, arranjar
pessoas que se alistem no exército. Não conseguem mover pessoas em ***.
Então tornam-nas todas praticamente idênticas. É isto que eu quero dizer.
Se ensinássemos história, história verdadeira, a "New American History",
seria a história do nosso país, os erros que cometemos, as coisas boas que fizemos.
Seria assim para todos os países.
As pessoas nem sempre fazem as coisas certas. Não conseguem.
E por isso vivemos num mundo controlado. E os vossos filhos no futuro vão-vos dizer:
"Não era óbvio que os senadores eram comprados, os governadores eram comprados,
compravam as pessoas para fazerem o que lhes mandavam? Não era óbvio?"
Suponho que não.
Se acabarem com o sistema monetário, não se vão conseguir vender medicamentos.
Não se pode comprar senadores. Não se pode comprar as pessoas. Entendem o que quero dizer?
Enquanto houver dinheiro, não interessa quem elegem... Vocês podem dizer "Bem, se calhar se elegermos pessoas decentes
para o governo..." Nada disso. Mesmo que tivessem as pessoas mais decentes do mundo,
tiradas das melhores igrejas que arranjarem, se ficarmos sem recursos, elas teriam de mentir,
de enganar, de matar, de roubar. É de recursos que as pessoas precisam.
Não de dinheiro. Acesso aos recursos.
Há alguém que tenha problemas com isto?
Então, vou só beber um bocadinho se não se importam. Obrigado.
Portanto, o que nós defendemos é uma economia baseada em recursos. Nada de dinheiro.
Recursos, quero dizer, actualmente uma pessoa "normal" sozinha está lixada.
Uma pessoa "normal" pergunta, "Quanto é que vai custar construir uma dessas vossas cidades?"
Não é assim que devemos colocar a questão. Devemos perguntar "Será que temos os recursos
para alojar toda a população mundial, para dar tratamento médico a toda a gente e tudo o resto...?"
Sim, temos. Temos recursos mais do que suficientes. Se considerarmos o dinheiro gasto na Segunda Guerra Mundial,
poderíamos ter acabado com todos os bairros de barracas do mundo ter dado instrução às pessoas, ter criado as melhores universidades,
sem propinas. Porque é que as fazemos sem propinas? Porque quanto mais inteligentes são os miúdos, mais ricos somos todos nós.
Todos os miúdos que se drogam, que passam o tempo nos centros comerciais... não têm sitio para ir.
Devia haver centros de arte, centros de música,centros culturais, grupos de teatro, onde as pessoas pudessem ir.
Elas andam por aí em centros comerciais e lojas de roupa porque não há para onde ir.
E o governo, deixem-me dizer isto, o governo e a indústria
estão-se a borrifar para as pessoas. Se não estivessem, nunca deslocalizariam a sua produção.
Se eu tiver uma grande fábrica e pagar mais que o salário mínimo,
não consigo aguentar-me, a partir do momento em que outros deslocalizam a produção para a China. Percebem?
Ninguém vai investir na empresa que constrói parques infantis para os filhos das funcionárias
da fábrica. Quer-se o dinheiro gasto em publicidade aos produtos para que os lucros sejam maiores.
Então é aí que se investe. Portanto, no sistema monetário, somos todos uns filhos da mãe. Ele torna-nos nuns filhos da mãe.
E digo mais, quem não for, que consulte a sua conta bancária para ver o resultado.
Por isso é muito difícil ser-se decente ou justo num sistema monetário.
Um advogado é um tipo que consegue usar as palavras para fazer o que quiser com elas.
Especialmente se for um bom advogado. Ele consegue fazer o vosso sistema parecer mau.
Por isso, no futuro não haverá advogados, nem banqueiros, nem correctores de bolsa.
Ninguém que ganhe dinheiro, mesmo não se dedicando ao país.
Por isso, no futuro vamos ter engenheiros de estruturas, engenheiros químicos...
Já agora, eles vão gerir o país. Eles simplesmente vão lidar com os problemas.
Não é fácil de entender. Eu não defendo uma elite de técnicos.
Tenho tanto medo disso como de outro sistema qualquer.
Defendo, isso sim, uma gestão inteligente dos recursos da Terra.
Era a isso que me referia. Portanto o que temos de fazer primeiro é um levantamento global
daquilo que temos. Quanta terra arável, de quantas fábricas dispomos,
quantas minas de carvão, camiões, navios, aviões. E pela quantidade do que tivermos
poderemos determinar, sabendo quantos casos de fibrose quística,
e todas as outras doenças, e isso determinará o número de hospitais a construir.
Não pode ser um palhaço qualquer a dizer "Acho que vou construir um hospital aqui. Boa zona,
uma boa comunidade e tem potencial de futuro."
Não. O que se faz é uma pesquisa para ver quais as necessidades, e fornece-se o que é necessário.
Se não fizerem isso, irão ter guerra e crime constantes.
Há um lugar na Jamaica chamado "Ocho Rios" onde oito rios
se juntam. E há tanta maravilhosa água potável
que eu nunca vi ninguém a entrar, de dia ou de noite, para roubar água.
Porque existe em tanta quantidade. Agora, se as pessoas tiverem
acesso ao que precisam para viver, elas não roubarão.
Se as pessoas podem ir a um centro como uma biblioteca e requisitar qualquer livro...
Sabem, antes de existirem bibliotecas públicas, houve mulheres a manifestarem-se por bibliotecas públicas.
E atiraram-lhes tomates podres. Foram espancadas e postas na prisão.
Mais tarde, conseguiram a biblioteca. Mas a razão da oposição à biblioteca era:
Se os livros fossem disponibilizados de graça, as vendas de livros nas livrarias estariam ameaçadas.
Mas quando as pessoas começaram a ler compraram mais livros que nunca
porque eram mais cultas. Por isso quero construir um centro de câmaras em todas as cidades, onde qualquer
ser humano pode entrar e levar qualquer tipo de câmara, tal como numa biblioteca.
Depois, qualquer instrumento musical. Isto é que é amor ao vosso país
e o amor ao povo americano. Se puderem ter acesso ao que precisam.
Mas se as famílias, algumas não muito instruídas, não souberem como alimentar os filhos
dão-lhes comida de plástico. Não porque sejam maus pais, mas porque não sabem.
Um falhanço na educação. Nas escolas devíamos aprender a relacionarmo-nos
uns com os outros. Como fazer a ponte numa disputa. Como ter uma opinião diferente da
do teu melhor amigo e não te zangares. É isso o futuro.
Aprender a partilhar ideias, não o ego.
Actualmente, o ego é um dos maiores problemas do mundo.
"Olha, eu fiz isto." "Consigo correr mais rápido que tu."
"O meu papá é mais forte do que o teu". Ou "Consigo andar de bicicleta mais rápido e mais longe."
É isso o ego. Quando aprendemos a partilhar ideias, aperfeiçoamos toda a gente.
Quando as guardamos para nós, permanecemos indivíduos estúpidos.
E agora alguém diz, "Bem, algumas pessoas nascem com melhor cérebro que outras."
Ou seja, o tecido cerebral tem mais neurotransmissores.
Se o teu cérebro for melhor que o dos outros, tornas-te num Nazi mais rapidamente numa cultura Nazi.
Um bom cérebro não tem qualquer mecanismo de discriminação, para além da experiência.
Por exemplo, se cheirares uma rosa, uma mulher jovem, e gostares,
da próxima vez que vires algo parecido com uma rosa, se tiver pintas, pintas pretas,
tens tendência para ir cheirá-la. E se o teu nariz e os teus olhos arderem
durante três dias, a próxima flor com um padrão diferente que vires,
vais pegar nela assim e cheirá-la? Não, não vais. Por isso se diz que "aprendeste".
o teu comportamento foi modificado pela dor.
Aprender é uma péssima palavra, criada há muito tempo.
E ainda hoje utilizamos essas palavras. "Vêmo-nos ao nascer do Sol."
O Sol não nasce, a Terra é que roda naquela direcção.
Lembrem-se, a nossa língua foi criada há séculos,
e torna quase impossível conversarmos uns com os outros.
Nós conversamos uns com os outros. "Olá, como vais? Está um lindo dia, é bom ver-te."
Se ele diz, "Não muito bem, preciso de dois mil dólares para uma operação.
Podes emprestar-mos?" E eu digo, "Não." "Então porque me perguntaste como é que estou?"
Que espécie de farsantes somos nós, afinal? Portanto, isto do
"Bom dia," "Como está?" "Prazer em vê-lo," "Como vão as crianças?"
É tudo treta. A não ser que haja hospitais, cuidados médicos para todos
e todos estiverem bem, para que os médicos não tenham de trabalhar 18 horas por dia,
ou dez horas por dia. Eles deviam trabalhar quatro horas por dia.
E quando uma fábrica instala uma máquina nova o patrão não diz
"Agora vocês trabalham quatro horas por dia, recebem mais e têm um mês de férias."
Ele despede. Já não precisa de vocês porque a máquina faz o vosso trabalho.
É por isso que as pessoas não gostam de máquinas. Não as usam para ajudar as pessoas. Mas nunca...
...ouvi falar de uma máquina que...
...cinquenta computadores portáteis não dizem "Vamos apanhar-te! Se não for nesta semana, na próxima
ou daqui a três semanas." Não querem saber. As máquinas não têm ambição.
E, segundo Hollywood, as máquinas vão tomar o controlo.
Nenhuma máquina dirá alguma vez, "Caramba, eu gostava de mandar na vida das pessoas."
As máquinas não sentem impulsos emocionais. Não têm fome.
Elas não sentem rancor. Se pegar num computador e o pintar, o outro ao lado não diz
"Porque é que não me pintas a mim?" Estão a ver, elas não se zangam.
Nos filmes de Hollywood sobre o futuro, as pessoas usam raios laser para se queimarem umas às outras.
Isto não é o futuro. São tretas de Hollywood.
Agora, o livros "1984", "Admirável Mundo Novo", "Quem é John Galt?" ("Atlas Shrugged" no original). É isto que nós temos.
OK? Agora vou abrir aqui um espaço para perguntas
e tenho a certeza que nem todos concordam, por isso não sejam educados. Se houver algo que não entendam,
se discordarem de algo, por favor levantem a mão. Sim?
E falem alto porque ouço mal...
Estudante: Ao ver o filme e ouvir a sua palestra,
a sua descrição do futuro, parece maravilhoso. O que não entendo
é a transição de onde estamos agora até chegarmos lá. Porque parece que
especialmente quando fala da 2ª Guerra Mundial e tudo o que se gastou
na guerra que podia ter sido gasto na construção de hospitais nos bairros de lata. Mas se imaginarmos que
os Nazis não tinham sido derrotados na 2ª Guerra Mundial, então como seria a Europa...
Jacque: A sua questão é essencialmente "Como vamos de um ponto para o outro?"
Estudante: Sim. Jacque: É basicamente isso?
Primeiro que tudo, tem de haver um choque. É isso que faz com que as pessoas pensem.
Se perderem os seus empregos, as suas casas. Se isso não acontecer, elas não querem saber.
Enquanto tiveres o que comer e como pagar a renda, está tudo bem.
O sistema está a ruir por todo o mundo. O sistema monetário está a ir por água abaixo.
Estas condições são necessárias. Se não perceberem que
foi a última depressão... tenho de vos contar isto. Quando era miúdo, muita gente
deu a entrada para comprar automóveis, casas, caravanas, a prestações
e os bancos faliram. Penso que alguns de vós saberão disto.
Quantos sabiam disto? Quando os bancos faliram, as pessoas não puderam pagar as suas casas
E os bancos disseram, "Tem três semanas para sair, a menos que faça o pagamento."
Bem, não podiam pagar. Por isso foram despejados. E cinquenta milhões de americanos,
quando eu era miúdo, dormiam por aí em qualquer canto. Para mim isso estava errado.
Claro que muitos de vocês nunca viram tal.
Tenho 93 anos, por isso sabem que estou a falar do meu tempo,
e talvez não do vosso. E vi todas aquelas pessoas a dormir em lotes para construção.
Então aconteceu algo novo: Cerca de 10 ou 15, ou mesmo 30 mil veteranos
manifestaram-se em Washington. Veteranos da 1ª Guerra Mundial.
Foram-lhes prometidos 600 dólares quando saíssem do exército, para recomeçarem a sua vida.
Mas o governo não estava em posição de lhes pagar, por isso deu-lhes I.O.U.'s (promessas de pagamento).
e os veteranos responderam, "Não posso pagar a renda com 'promessas'. Não posso alimentar os meus filhos."
E foram de muletas e de cadeiras de rodas, e dormiram à volta do edifício do Capitólio
em Washington. Aquilo parecia muito mal.
Por isso disseram, "Douglas MacArthur," que era o capitão, "tira-os daqui.
Isto não parece bem." Então ele pediu-lhes que se fossem embora mas eles não foram.
Responderam, "Não saímos daqui até recebermos a pensão que nos prometeram."
Então o Douglas MacArthur ordenou às tropas para lançar gás lacrimogéneo sobre os veteranos.
Podem procurar em qualquer... especialmente no "The New American History".
Isso não está nos livros da escola. Imensas coisas são retiradas dos livros e fazer isso
é o mesmo que mentir. O livro "Cem Milhões de Porquinhos da Índia" é uma mentira.
Quero dizer, se não o disponibilizarem ao público. Os livros que são retirados
das bibliotecas porque eles acham que não devemos saber essas coisas,
ou que vão prejudicar o país. Não gosto nada disso. Sim?
Roxanne: Mais sobre a transição?
Muito bem, voltamos à transição. A transição começa com um colapso.
Durante o colapso, durante a Depressão, havia pessoas que faziam discursos em cima de caixotes
por toda a América. Em todo o lado.
Um grupo era a "Mankind United" [Humanidade Unida]. Outro chamava-se...
Bem, este outro era a Igreja de Deus e pregava o "regresso aos valores da família",
Socialismo, Comunismo, Nazismo, todo o tipo de ideias fervilhavam durante a depressão.
Foi isso que as gerou. Uma vez eu estava a falar com um socialista
e perguntei, "Quando vocês chegarem ao poder, como vão alojar as massas?"
ele respondeu, "Quando chegar a altura tratamos disso."
E eu perguntei, "Já têm algum plano de acção para isso?" Ele disse, "Não."
Depois fui ter com outro homem que falava sobre o comunismo. Ele disse, "Vai-te embora, pequenote."
Estava lá imensa gente mais velha.
E respondi, "Não, quero ouvir de um comunista o que é o comunismo."
Ele perguntou, "Porquê?" "Porque não acredito no que os democratas dizem sobre os republicanos
ou no que os republicanos dizem sobre os comunistas. Quero ouvir o que um comunista tem a dizer."
Então ele disse, "Podes ficar."
Então quando ele acabou eu disse, "Tenho mil perguntas para te fazer."
Ele respondeu-me "Tens que ir à LJC". Eu perguntei, "O que é isso?"
"Liga dos Jovens Comunistas." "Quem são eles?"
"Tens aqui a morada." E eu fui lá.
Havia lá miúdas de 10 anos e rapazes até aos 17
e liam livros como "Crime e Castigo".
Crianças a lidar com literatura profunda.
"Caramba, estes miúdos são fora de série."
Então depois da reunião levantei a minha mão e perguntei, "Como vão alojar as massas?"
Eles responderam, "Pensamos nisso quando chegar a altura."
Perguntei, "Como vão prevenir a corrupção no governo?"
E diziam, "Bem, trataremos disso quando chegar a altura."
Eu propus, "Vamos criar o departamento técnico do Partido Comunista para encontrar
formas de prevenir a corrupção e alojar as pessoas."
Eles disseram, "És um revisionista." E perguntei, "O que é isso?"
"Estás a desviar-te dos ensinamentos de Karl Marx." "Estou a tentar ajudar."
A propósito, eu ajudaria qualquer pessoa. Independentemente de que país fosse.
E eles diziam, "Estás a desviar-te dos ensinamentos de Marx. Tens de ir embora."
Então o vice-presidente da Liga dos Jovens Comunistas levantou-se e disse,
"Vá, vamos ouvi-lo." E expulsaram-nos aos dois.
Foi essa a minha experiência com o Partido Comunista. Eu queria mesmo ajudar
qualquer que fosse o país. Ajudaria qualquer um. Não me interessa qual é a sua filosofia.
Não funciona. Daí o meu interesse.A transição será muito dolorosa.
Haverá muito sofrimento. Porque as velhas ideias vão colidir com as novas.
E se um número suficiente de pessoas entenderem o Projecto Vénus,
procurem no nosso site, thevenusproject.com
Procurem. Estão lá todo o tipo de questões colocadas por milhares de pessoas.
E respondemos a todas as questões, e não é elitismo
não é a tecnologia a governar as pessoas.
É um método de funcionamento social que realça o que há de melhor nas pessoas.
O que quer que isso seja. Sim?
Tem alguma questão aí ao fundo?
Sim?
Estudante: O seu plano parece mesmo uma abordagem comunista
na medida em que advoga uma forma de governo centralizado, ou administração centralizada.
Através da tecnologia, dos computadores, certo?
Eu tenho medo de um governo central na medida em que não há qualquer tipo
de fiscalização ou avaliação, mas tem de haver algo que faça a manutenção das máquinas, que as regule
e depois, se assim for, então as pessoas que fazem a manutenção têm influência sobre a máquina
e consequentemente podem afectar, de acordo com os seus interesses pessoais, a própria máquina. Se houver
inteligência artificial que evolua ao ponto que defende ser possível, esse potencial,
o que é impede a máquina de evoluir para um nível cibernético como no Exterminador Implacável?
Jacque: Tomar o poder? As máquinas tomam o poder?
Estudante: Antes de responder, queria deixar claro que sim, concordo que uma máquina
não é motivada por impulsos químicos como um ser humano,
o que sugere que irá ter uma abordagem simples e empírica,
e essa é uma ideia agradável, mas como humanos temos valores que uma máquina não pode avaliar,
por exemplo a ideia de manter pessoas com deficiência mental vivas.
Se pensarmos nos princípios da eugenia e similares, há abordagens científicas
às comunidades com as quais não concordamos a nível pessoal porque achamos
que ninguém deve morrer apenas porque não são tão úteis à comunidade como
os aqueles que mais contribuem.
Jacque: discriminação baseada na saúde, discriminação baseada em capacidade mental?
Estudante: Correcto. Se na selva...
Jacque: Vou tentar responder. Estudante: Ok.
Jacque: Nas áreas onde não houver solo fértil, podemos
cultivar de forma hidropónica, sem solo.
Há regiões no oceano onde podemos colocar unidades suportadas
onde podemos cultivar alimentos para as pessoas, no oceano.
Há várias plantas comestíveis. Não há qualquer escassez.
Por isso, apenas em caso de escassez severa é que tal aconteceria.
Agora, estão a deixar pessoas sair da prisão porque não têm dinheiro para as alimentar.
Por isso estão a libertar muita gente. Eles acham que fumar erva
ou algo do género, não é assim muito perigoso. Mas mais tarde, vão ter falta de dinheiro outra vez
e cada vez mais criminosos serão libertados E haverá cada vez mais crime
actualmente, devido à escassez. Por isso, no nosso sistema, tentamos prover
às necessidades de todos, porque uma pessoapode ficar cega ou desenvolver fibrose quística
ou uma doença cardíaca. Portanto forneceremos aos laboratórios de investigação tudo que precisarem.
Basta de mendigar tostões para investigação médica, ou esta ou aquela
doença. Temos os recursos para fornecer tudo o que os laboratórios de investigação precisem.
É por isso que o pessoal médico passa a vida a pedir mais dinheiro para pesquisa.
Isso não é próprio de uma sociedade sã. Vejam o dinheiro que gastamos em navios de guerra,
em aviões de combate. Milhares de milhões de dólares. Porque é que não gastam esse dinheiro
em investigação médica? Para que é que é preciso andar a mendigar tostões?
Agora, se ainda tiverem dificuldade [em imaginar], pensem que no pólo Norte e no pólo Sul
se pode armazenar os excedentes alimentares das várias nações, pô-los lá à disposição,
para o caso de haver um terramoto no ***ão, Hong-Kong ou noutro sítio qualquer, teríamos montes de comida
para o que fosse preciso, em vez de alguém vir à vossa escola e perguntar
"Podes trazer um pacote de aveia, e tu uma lata de molho de tomate para os pobres Japoneses?"
Assim já estaríamos preparados. E quando perguntam, "Então e os acidentes rodoviários?"
Os acidentes de automóvel resultam de negligência técnica.
Actualmente existem uns aparelhos, penso que a maioria de vocês já viu. Quando entram na vossa
garagem e as luzes acendem; [Podia-se colocar] algo semelhante num automóvel.
Assim eu não podia colidir com o teu carro mesmo que quisesse. Se me aproximasse a menos de 12 metros, os travões
seriam activados. E perguntam ainda, "Então e as crianças que atravessam a rua para ir à escola?"
Bem, podemos ter uma parte do passeio onde a criança carrega num botão para atravessar
e o pavimento levanta-se assim, de modo que nenhum carro a atropele.
É desta forma que mostramos o nosso interesse. Os nossos problemas não são políticos,
são técnicos. Se ainda não compreendem isso, quando eu era miúdo
e pesquisem isto se não acreditam em mim,
os eléctricos costumavam ter uma plataforma e quando se entrava num, havia assentos a todo o comprimento.
E quando as pessoas se atrasavam para o trabalho, subiam para a plataforma
e penduravam-se. E eram atropeladas por carros. Por isso, pintaram uma grande placa que dizia, "Por favor,
entre no eléctrico mas não se pendure na plataforma." Mas quem estava atrasado
continuou a pendurar-se na plataforma. Então arranjaram uma mangueira para o condutor
no eléctrico, ao longo de toda a plataforma. Mas assim que o eléctrico começava a andar, ele entrava.
E as pessoas desciam da plataforma. Isto durou 10 anos.
Até que a empresa dos eléctricos contratou uma consultora de engenharia.
E eles perguntaram, "O que é que vocês querem?"
"Não queremos que as pessoas se pendurem na plataforma." "Está bem." Então passaram a recolher a plataforma quando se entrava no eléctrico.
E o problema acabou ali. A maior parte dos problemas são técnicos,
não políticos. Os políticos não fazem ideia de como resolver problemas.
E é muito fácil reduzir as divergências entre as nações,
se não as atacarmos. Quando fui às primeiras reuniões do ***
e um homem me perguntou, "Tu que és um tipo inteligente, o que pensas do Ku Klux ***?"
Respondi que era uma bela organização mas que não ia suficientemente longe.
Eles sentiram-se provocados, "Que queres dizer com isso?" E então pode-se falar com eles.
Mas se os atacarmos, viram-se contra nós. Percebem? A razão e a lógica
são nada mais do que tretas, não funcionam com as pessoas comuns. Um dia, eu trouxe um rapaz Japonês para minha
casa. A minha mãe disse, "Não quero gente dessa laia aqui"
suficientemente alto para que o rapaz ouvisse. Ele disse, "Adeus, Jacque."
E eu pensei, "Caramba, se não consegues entender a mente da tua mãe, como é que vais mudar o mundo?"
Então pensei, "Usei apenas a razão e lógica." A minha mãe dizia, "De maneira nenhuma.
Não quero gente dessa laia aqui." Vou contar-vos o que aconteceu.
Até que eu contei à minha mãe que, uma vez, estava a nadar no rio a Leste
e não conseguia chegar à margem e o Misanto me atirou um salva-vidas.
Não era verdade. O Misanto, o rapaz Japonês. A minha mãe perguntou
"Queres dizer que ele te salvou a vida?" Eu respondi, "Sim." E ela disse, "Oh meu Deus! Fui mal-educada com ele!" "Pois foi."
E ela, "Mas não sabia que ele te tinha salvado a vida." "Bem, agora já sabes."
"Por favor, Jacque, pede-lhe para voltar. Quero pedir-lhe desculpa.
Convida-o para vir cá jantar na Sexta. Quero pedir-lhe e dizer-lhe que estou arrependida."
Eu disse-lhe, "Agora, não sei se voltará." para fazer com que suplicasse ainda mais.
E ela suplicava, "Por favor Jacque, pede-lhe que volte."
Então contei ao Misanto, "Quando entrares, a minha mãe vai-te abraçar
e beijar-te porque ela está habituada a fazer isso."
É por isso que quando alguém me pergunta, "Acreditas no amor? Amas a tua mãe?"
Eu respondo, "Em que aspecto?" No que diz respeito ao racismo, ela era racista e era hostil
aos estrangeiros. Por isso não a amava nesse aspecto. É por isso que digo às pessoas
que isso do amor é um disparate. Agora, deixem-me explicar-lhes o que quero dizer com isso para
não se zanguarem comigo. Há alguém aqui que goste de tudo o que já fez na vida?
Ok. Portanto, todos nós já fizemos coisas estúpidas no passado, fizemos coisas de que não gostamos.
Agora, se viverem com uma réplica de vocês próprios, quanto tempo estariam juntos?
Portanto, às vezes adoramo-nos a nós próprios, outras vezes não. Por isso, se se apaixonarem
por um homem e um homem se apaixonar por uma mulher. Estão casados durante alguns anos.
Às vezes, ela ama-o, às vezes não o ama tanto. Às vezes não gosta dele e pronto.
E às vezes volta a amá-lo. Portanto, é algo flutuante, não é constante.
Compreendem? Não se amam a vocês próprios o tempo todo, assim como não
amam outra pessoa a toda a hora. Portanto, já que compreenderam isto,
porque antes disso acontecer, as pessoas ficam confusas. Uma moça contou-me que pagou a faculdade de medicina ao namorado.
E quando ele acabou o curso, fugiu com a melhor amiga dela. "Caramba, ele é mesmo
uma pessoa horrível." E eu disse, "Não, não há nada de mal com ele. Tens é uma péssima capacidade de julgamento."
Não há nada de errado com o mundo em que vives. Quando pensas que devia ser
de uma dada maneira e não é, ficas aborrecida. Mas são os teus próprios valores que não prestam,
e não o mundo. Se convidarem alguém para vossa casa que não tenha onde
viver nem onde dormir, e essa pessoa vos roubar a vós, os bons Cristãos,
um monte de coisas e se for embora, diriam "Mas que filho da mãe nojento." Mas são vocês
que têm fraco discernimento. Por isso, temos de aprender a olhar o mundo de forma honesta.
E dessa forma, conseguimos chegar a melhores conclusões. Tinha uma questão?
Estudante: Sim, queria apenas referir-me ao que este senhor estava a dizer há pouco.
Enquanto as pessoas estiverem a tentar descobrir em que sociedade querem viver,
alguém vai ter sempre que procurar algum tipo de consenso que as pessoas devem
seguir. Mas o problema é que vivemos numa sociedade livre,
onde toda a educação, todo o conhecimento, toda a informação que conseguimos absorver
vai estar disponível. Por isso, se não quisermos aprender alguma coisa-- ou digamos
que alguém constrói realmente uma máquina e que ela acaba por ser prejudicial à
sociedade e etc, temos a oportunidade de dizer, "Esperem, consigo provar que esta máquina
é prejudicial." E pode ir e mostrar às pessoas. Se conseguir prová-lo,
toda a gente vai dizer, "Ena, tens razão. Precisamos de deixar de usar isto
e mudá-la, alterar tudo o que for preciso."
Mas se oferecer a toda a gente a mesma educação e as mesmas oportunidades,
todos vão ficar habilitados, não apenas um-- Uma pessoa em particular
pode surgir com uma boa ideia e pode funcionar e isso seria óptimo.
Mas se alguém encontrasse uma falha, podiam sempre ajustá-la, e mostrar-lhes.
Roxanne: Qual é a sua questão?
Estudante: Oh, queria só falar do que ele tinha dito antes.
Roxanne: Mas você fez seis ou sete perguntas.
Outro estudante: Eu sei, peço desculpa. Mas, acho que se falássemos de uma questão simples, como é que tentamos prevenir a corrupção?
Roxanne: Se será possível tomar o controlo às máquinas, se for preciso? É isso?
Jacque: As máquinas não controlam as pessoas.
As máquinas apenas produzem materiais, e entregam-nos aos supermercados.
Não controlam as pessoas.
Estudante: É verdade, é assim que as máquinas e coisas do género são.
Eu sou programador informático por isso percebo como é que as máquinas obtêm informação
Como disse antes, pode sempre-- desde que--
Tipo, não existe nenhum programa informático que possa alguma vez passar-me pelas mãos e que eu diga,
"Bem, isto está estragado." e coisas do género. Posso mostrar-lhe onde está mal e como se pode consertar.
Está provado. Por isso, numa sociedade como essa, todos se tornam "críticos" no sentido em que
podem sempre olhar e dizer, "Ok, isto está avariado e eu posso arranjá-lo e mostrar às pessoas."
É por isso que acho que esta é uma excelente ideia.
Roxanne: As máquinas como decisoras. Será que podem "passar por cima" das pessoas--
Jacque: As máquinas como decisoras?
Roxanne: Como é que tomam as decisões? Jacque: Sim, como.
Estudante: Bem, pode-se ignorar as máquinas mas é através das pessoas...
Jacque: Vou responder a isso. Creio que percebo o que quer saber.
Hoje em dia, o exército do EUA... Quero contar-vos como era antigamente.
Um piloto costumava olhar para fora do avião e dizer, "Estou a 1 ou 2 km de altitude."
Hoje em dia têm o radar Doppler. Diz exactamente a altitude a que nos encontramos, quantos metros,
centímetros acima do solo. Nenhum ser humano consegue fazer isso. Cerca de nove meses atrás,
os computadores eram capazes de manipular mil triliões de bits de informação por segundo.
Não há conjunto de seres humanos que consiga fazer isso. Por isso os humanos estão a perder terreno
em termos de capacidade de percepção e avaliação, simplesmente porque não conseguem.
Não conseguem. Vocês não conseguem ver um electrão, mas com um microscópio de electrões, as capacidades humanas
são melhoradas. Portanto não há nada com que nos preocuparmos relativamente às máquinas.
Alguém tinha uma questão antes de si, lá atrás.
Sim?
Estudante: Então e se o programador for corrupto? Então e se...
...quem fizer o radar Doppler--
Jacque: Se o programador for corrupto e programar algumas máquinas, outras máquinas bloqueiam. [N. do T: Sistemas de múltipla segurança]
Em primeiro lugar, vocês têm de compreender que não há lucro num sistema não-monetário.
Se pagar a alguém cinquenta mil para causar um bloqueio nos computadores, ele fá-lo.
Mas num sistema que não utiliza dinheiro, ninguém recebe nada. Não é possível vender drogas,
não se pode abrir uma casa de prostituição, não há jogo ilegal, não se pode importar
produtos para o país, porque não se pode corromper senadores.
Mas só se abolirmos o dinheiro. Enquanto houver dinheiro não interessa quem é eleito,
vai de certeza tornar-se corrupto. Sim?
Estudante: Bem, ouço alguns senhores a dizer, basicamente, como é que se pode confiar
numa máquina quando na realidade foi um ser humano que a construiu--
Jacque: Muito bem. Como é que podemos confiar numa máquina? Ela não se preocupa com as pessoas, não tem quaisquer sentimentos.
Roxanne: Não, Jacque. Se são seres humanos a programar as máquinas, como podemos confiar nelas?
Jacque: Eu respondo.
Quando eram pessoas que operavam os elevadores, não sei se alguém ainda se lembra disso
nunca chegavam realmente a pôr os pés no chão, estavam sempre a subir e a descer.
Agora, carrega-se no botão 18 e vai-se lá ter quase sempre.
Portanto, hoje em dia as máquinas raramente falham. Há linhas de produção
onde os automóveis são montados por máquinas, são colocadas as portas, as rodas.
Claro que por vezes avariam, mas nunca tantas vezes como os seres humanos.
Portanto, temos máquinas programadas para fabricar automóveis, certo?
E fazem um trabalho melhor, mais rápido e verificam-no, tudo.
Então, temos supermercados, de onde se levam bens,
e o computador do supermercado vai encomendar produtos em vez de alguém
fazer o inventário com lápis e papel. Não precisamos disso.Então o que fazemos é encurtar
o dia de trabalho para todos. Em vez de duas semanas, teremos um mês de férias.
Produzimos imensos barcos para velejar. Aqui está um aspecto negativo:
No futuro, ninguém é proprietário de nada. Vocês têm de se livrar da propriedade.
Ninguém é dono da sua mulher, nenhum homem pode serproprietário da sua mulher e dar-lhe ordens.
Ela é uma pessoa independente, toma as suas próprias decisões. Mais ninguém
alguma vez vos irá controlar. Não haverá subserviência, nem há dívidas, empréstimos
a juros. Compreendem o que quero dizer? Apenas dessa forma, algo
menos que isso não irá resultar. Sim?
Deixem-me dar uma oportunidade a este rapaz aqui.
Estudante: Desde o princípio dos tempos e do Homem, tem havido
trocas [comerciais]. Se está a propor um sistema não-monetário,
então como é que...
as pessoas sentem motivação para fazer outra coisa qualquer?
Qual é o incentivo se não houver dinheiro?
Jacque: Há um grupo de incentivo chamado "Médicos sem Fronteiras".
Quantos daqui já ouviram falar? Eles trabalham em troca de nada.
A ideia de bem-estar deles é ajudar as pessoas.
E ninguém prometeu cinco mil dólares ao Martin Luther King para ele ir lutar para o Sul.
Ele fê-lo por convicção. Jesus, Mahatma Gandhi trabalharam em troca de nada.
Nunca ninguém lhes prometeu nada.
"Se fizeres isto dou-te uma casa no campo." Nada disso.
Tudo aconteceu sem dinheiro. Agora, se vos disserem
que o dinheiro gera incentivo, ele também estimula a fraude,
a corrupção, o suborno do cunhado, percebem o que quero dizer?
Gera todo o tipo de incentivos. O senhor tinha uma questão?
Estudante: Sim, todos estamos interessados na situação dos computadores
e estou sempre a lembrar-me disto... As máquinas de voto
são um bom exemplo. Mesmo que a sociedade seja...
Vamos supor que andávamos a usar boletins de voto até uma certa altura, e que a sociedade era
mais ou menos livre, na medida em que todos tínhamos algo a dizer sobre o que passava
à nossa volta. Agora temos computadores e sabemos com base nas eleições de 2000, pelo menos muitos
de nós sabem, que esses computadores foram adulterados. E as pessoas que estavam a ajudar, que estávamos a eleger
para ajudar a tomar decisões na nossa sociedade, queriam uma oportunidade para
se apoderarem de tudo e tomar decisões sobre todos nós. Como é que impedimos esse tipo de
corrupção de voltar a surgir, quando um programa informático adulterado...
Jacque: O Projecto Vénus não defende a presença de pessoas no governo. Máquinas,
teremos um governo composto por máquinas. Mas não é preciso ter medo. Deixem-me explicar.
As máquinas do departamento agrícola tratam do solo.
Se o lençol freático diminui, a máquina bombeia água para lá. Se os nutrientes mudam,
a máquina envia nutrientes para lá. Já não é preciso que esteja lá alguém.
Não precisamos que ninguém diga ao presidente "Há cheias terríveis nesta zona"
E o presidente pergunta, "É muito mau?" E respondem-lhe, "Bem, há 5000 desalojados
nos próximos dias podem ser 15.000." Então, o presidente entra num avião
voa até lá e diz, "Sim, realmente há aqui inundações." E depois?
Nós queremos construir sistemas de controlo de cheias para desviar as águas
para unidades de armazenamento. E não mandar o presidente para outro sítio e dizer, "Aqui há seca."
ou "Temos isto ou aquilo." Isso não resolve nada. A política não serve para nada.
Na verdade, as crianças do futuro dirão, "Papá, não percebias que a política
era corrupta na sua essência? Todo o sistema monetário, o sistema bancário?"
Roxanne: Não haveria pessoas em posições de vantagem diferencial.
Comportam-se dessa forma actualmente porque lucram com isso.
Mas se viverem numa sociedade onde todos têm acesso às suas necessidades, não há razão
para haver corrupção. Nos termos em que a concebemos... Estás a tentar pensar
sobre isso nos termos da sociedade actual. Estás a pensar nas ideias dos filmes que
te são dados e a extrapolar o sistema de livre iniciativa para a sociedade das máquinas.
Estudante: Não, não estou. Está a dizer-me o que eu estou a pensar.
Roxanne: Ok, vamos tentar outra vez.
Estudante: À luz de... Eu li umas citações de Krishnamurti
no "Addendum". Para Krishnamurti, o objectivo principal era
que nós temos de ser a nossa própria luz, e não dependermos de outras pessoas.
E quando ele ensinava isto, a primeira coisa que queriam fazer era torná-lo
no próximo Messias. É a natureza humana. Como fugimos a isso?
Jacque: Ok. Em primeiro lugar, quero dizer-te que todos os livros que existem actualmente
sobre psicologia dizem que natureza humana é coisa que não existe. Existe, isso sim, comportamento humano.
Vou contar-vos o que aconteceu quando fui ao Pacífico Sul.
Quando eu tinha 21 anos, todos os indígenas de Tuamotu andavam completamente nus.
E nunca vi um indígena educado lá a olhar fixamente para o corpo de uma mulher.
Nadavam nus desde que tinham esta altura. E olhavam sempre para
os olhos de uma rapariga, nunca para o corpo. Mas aqui na América, a câmara
foca o decote quando a rapariga se inclina para a frente. Depois as pernas. Depois
o rabo quando ela caminha. É isso que influencia os homens. "Ei, olha-me para aquela miúda."
E as mulheres dizem, "Bem, é assim que os homens são." Mas não, não é.
Vem da sua educação nesta cultura. Porém, no Pacífico Sul, onde todas as raparigas andam nuas
não é possível... Ninguém coleccionava fotografias de mulheres nuas.
Foram criados assim. Agora, se levasse a sua avó para a praia de Miami
e ela visse aquelas raparigas a andar com o rabo à mostra, "Isto foi longe demais!"
Ela tem razão tendo em conta de onde ela veio, mas não em relação ao nosso tempo.
Percebem o que quero dizer? A vossa avó carrega
as convenções do seu tempo. Por isso, não podem pegar em pessoas que são obsoletas
pô-las imediatamente num mundo novo. Temos de as orientar.
Por isso falamos do ambiente como o factor mais importante. Hoje em dia,
os geneticistas andam à procura do gene homossexual. Alguns andam à procura
do gene democrático, vejam lá. Até que ponto chega a estupidez? Quando é óbvio que
se um *** ou um branco ou o filho de um membro do Ku Klux *** for criado por negros,
ele andará e falará como um ***.
Se pegarmos num *** e o educarmos em Inglaterra, em Oxford, ele vai falar
com sotaque de Oxford. Se pegarmos num *** e o educarmos na Alemanha, ele vai dizer
"Deutschland Über Alles!" tal como um alemão. Dizer que o "comportamento ***" é inato
ou que os homens são gananciosos por natureza não faz qualquer sentido. É um disparate e
vocês aprendem-no na vossa cultura. Porque vocês são culpabilizados nesta cultura.
E a razão pela qual o casamento foi criado; se andassem por aí a ter sexo com cinquenta mulheres,
não se saberia a quem é que os bebés pertenciam. Por isso, quando se casam na comunidade,
toda a gente sabe que é responsável pelos bebés da jovem com quem está.
Por isso, o casamento foi instituído para salvar os reis e os nobres
de terem que suportar os vossos filhos. É uma declaração solene da treta.
E se depois não se derem bem, já agora, o advogado diz, "A separação vai custar-vos
dois mil dólares." Mas quem é que ele se julga? Onde é que foi buscar essa ideia?
Se não gostam de alguém, porque não hão-de poder ir-se embora? O advogado diz que têm
que seguir este procedimento. Depois aquele homem de colarinho branco que vos declara
marido e mulher. Mas quem é ele? Como é que pode declarar-vos marido e mulher?
E a Bíblia diz, "Duas pessoas que realmente se amam, ninguém pode separar."
E quando realmente gostam de uma pessoa e os vossos pais dizem, "Não te quero a andar com ele."
Vocês não ligam nenhuma. Ok, tem outra questão?
Estudante: Sim, nos exemplos que deu sobre como as pessoas antigamente trabalhavam
nos elevadores, e depois máquinas em linhas de montagem de automóveis
com mais tecnologia, que se vai tornar mais proeminente
e que vai - se as máquinas fazem as coisas melhor do que as pessoas,
então são elas que as vão fazer e não as pessoas. Então o que é que as pessoas vão fazer?
Jacque: Em primeiro lugar, conheço um tipo, um rapazote que desenhou uma--
e perguntam-me, "Será que a máquina pode ser melhor do que o homem que a desenhou?"
Este rapaz desenhou uma máquina para pegar num comboio de mercadorias e esvaziá-lo.
Ele não consegue fazê-lo. Aqueles que desenham as máquinas para deslocar garrafas de coca-cola,
uma pessoa não as consegue deslocar tão rápido.
As máquinas são sempre mais rápidas do que o seu criador. Portanto, a sua questão..
Roxanne: O que é que as pessoas vão fazer?
Jacque: O que é as pessoas vão fazer? Existirão centros de arte, de música, irão encenar peças de teatro,
escrever concertos, viajar, velejar, fazer mergulho, restaurar os recifes, inventar coisas.
Todos os soldados voltarão para a escola, para se tornarem inovadores sociais.
Pessoas que trabalham na resolução de problemas. Que mundo maravilhoso teríamos
se tivéssemos soldados a trabalhar na resolução de problemas.
Percebem o que estou a dizer? A profissão de soldado é irrelevante.
Um agente da polícia é geralmente- Espero que não haja nenhum polícia aqui,
tem uma profissão irrelevante. Hoje em dia, podemos criar carros, que quando chegam
a uma zona de velocidade limitada, não andam mais do que a essa velocidade.
Podemos carregar no acelerador até ficarmos azuis, mas não anda mais depressa.
Hoje em dia, podemos fazer as coisas de forma a não precisar de leis.
Todas, ou 90% das leis criadas pelo Homem são completamente disparatadas.
A única lei que interessa, já agora, é a lei natural.
Se não dormirem o suficiente, ou não ingerirem nutrientes, ficam doentes.
Independentemente da vossa filosofia. Mas a religião é uma das maiores
causas de conflitos, porque nos diz o que é
certo e o que é errado, ou bom e mau. Isso depende da cultura.
Eu acho que, no futuro, os juízes serão vistos como criminosos.
Acho que, no futuro, os advogados serão vistos como criminosos.
Portanto, muitas das coisas que consideramos correctas actualmente- Um jovem a piloto
que carrega num botão e despeja *** sobre uma aldeia, é aclamado como herói de guerra.
Nós chamamos-lhe criminoso. Mas eles não- Vocês sabem qual era a antiga definição de criminoso?
Aquele toma um objecto vosso sem a vossa permissão.
Mudaram a definição. Actualmente, é aquele que é apanhado.
Assim é melhor. Assim, Washington está cheia deles, como podem ver no telejornal.
Mais alguma questão? Sim, você aí atrás?
Estudante: Falou sobre a forma como, nos novos livros de história e assim,
como temos tendência a esconder coisas que talvez não queiramos ouvir.
Talvez os crimes de guerra que o povo, os Americanos em geral, cometeu no passado...
É uma espécie de censura, acho eu. Como é que
o senhor apresentaria informação previamente censurada
a pessoas que na verdade não a querem ouvir? Acredito naquilo da
ignorância ser felicidade. Como é que nos podemos livrar da censura e trazer tudo à
colação? E se, mesmo assim, as pessoas não quiserem ver, como é que as forçávamos a fazê-lo?
Roxanne: Se nos livrássemos da censura, como é que iríamos convencer
as pessoas a olhar para essa informação que elas não--
Em primeiro lugar, não sei o que quer dizer com "censura". No futuro, será permitido ler
tudo o que se quiser ler, mas não será permitido prejudicar ninguém.
Se alguém prejudicar outrem, será ajudado, em vez de ser posto na prisão. Ok?
Não há qualquer necessidade de censura. Imagine que alguém quer construir um avião
com asas apontadas para a frente. Outra pessoa quer construí-lo com as asas em V.
Quem decide? Construímo-lo com as asas para a frente, para trás.
Não temos de nos preocupar com quanto vai custar. Nós temos os recursos.
Portanto, é permitido tentar tudo. Se quiser tentar
criar um comprimido que aumenta o oxigénio no sangue, para que possa nadar debaixo de água
durante uma hora e meia. Não lhe é permitido dá-lo ao seu filho, mas pode tentar
em si próprio. Está bem?
Estudante: Acho que ele está a perguntar, se não houver censura,
como é que se mantem, por exemplo, informação que uma pessoa não quer, longe dela?
Jacque: Como posso eu saber que informação é que uma pessoa--
Estudante: Imaginemos por exemplo que não quer ver pornografia.
Jacque: Não quero ver o quê?
Estudante: Vamos supor, por exemplo, que uma pessoa não quer ver aquilo que nós
chamamos hoje pornografia. E não existe censura, por isso vamos supor que
essa pornografia--
Jacque: Eu não disse que não tínhamos censores. Foi outra pessoa que o disse.
Nós temos--
Estudante: Estava a tentar explicar a questão dele--
Jacque: Nós educamos as crianças para serem capazes de se relacionarem umas com as outras.
De falar, de comunicar com uma linguagem referencial. Isso significa,
actualmente acho que a maior parte de vocês foi educada para acreditar que
toda a gente deve ter o direito à sua opinião. Não é verdade? A maioria?
Imaginem que vivem do outro lado da rua em frente a minha casa. E eu vejo
10 indivíduos a sair do vosso apartamento. Eu posso ter todo o tipo de opiniões, certo?
Podeserum instrutor de língua, de ballet. Mas se damos a todos
o direito à sua opinião, estamos a gerar uma série de novos problemas.
Eu disponibilizaria as coisas. Tudo o que quisessem saber, diríamos
onde procurá-las. Como a Internet. Podem encontrar imensas coisas.
Portanto, deixem as pessoas ter acesso à informação. O que eles chamam de transparência.
Não há necessidade de prejudicar as pessoas. Não haveria prisões na nossa sociedade.
Não há polícia, exércitos, marinhas, não há autoridade à qual tenhamos que responder.
Construiríamos barcos à vela para vocês usarem. Não teriam de ir ter com o Fresco e dizer,
"Posso usar o barco este Domingo?" E eu respondo, "Há cinquenta pessoas antes de ti."
Construímos mais do que é pedido para que que possam levá-los vocês mesmos. A única diferença
é que o vosso barco é monitorizado por satélite. Em caso de incêndio no mar,
sabemos onde ir buscá-los. Não se trata de um Big Brother que vos observa.
Estou a falar de segurança para vosso próprio bem. Percebem o que estou a dizer?
Não há necessidade de magoar ninguém. Sim?
Estudante: Não vai precisar de controlar a população para se certificar
de que há recursos suficientes?
Jacque: Não ouvi.
Roxanne: Há controlo populacional de forma a não ultrapassar os recursos?
Jacque: Bem, quando se usa o termo "controlo populacional", as pessoas ficam assustadas.
Fazemos um estudo sobre a capacidade de carga da Terra
e isso diz-nos quantas pessoas é que a Terra pode suportar. Se exceder isso,
vai haver subnutrição, doenças e disputas territoriais.
Percebem isso? Um pedaço de terra suporta um número limitado de pessoas.
Se houver mais do que aquilo que o solo pode suportar, vai haver
doenças, subnutrição e problemas.
Estudante: Então como é que nos certificamos de que não excedemos os limites dos recursos?
Jacque: Bem, o comité dos inquéritos diz-nos quantos hospitais--
Roxanne: Temos de educar as pessoas.
Jacque: Têm de ser educadas.
Estudante: Tem de ser feito através de controlo anticoncepcional ou eutanásia?
Roxanne: As pessoas têm de ser educadas.
Estudante: Bem, educar as pessoas não as impede de reproduzir.
Jacque: Mostramos-lhes um filme chamado "Equilíbrio Dinâmico na Natureza".
Se produzir mais pessoas do que a terra pode suportar, estes são os problemas
que irão enfrentar. Agora, se eles não compreenderem isso, isso é outro problema.
É disso que estás a falar? Roxanne: Há várias formas de controlo de natalidade.
Estudante: Certo.
Jacque: Estás a falar sobre pessoas que não entendem o equilíbrio dinâmico?
Não podes plantar milhões de flores numa dada área, o solo ficará esgotado.
Por isso, é preciso que haja um departamento agrícola que diga
"Eis como se pode cultivar mais flores. Pomos aditivos no solo."
Leva mil anos a criar uma polegada de solo superficial. E os idiotas hoje
constroem cidades novas mesmo por cima dele. Cortaríamos a superfície do solo, e iríamos colocá-la em aterros,
porque sabemos mais do que os do passado que costumavam construir mesmo por cima das coisas.
Hoje, constroem um dique para gerar energia. Mas os peixes não conseguem voltar
aos sítio da desova quando se constrói um dique. Por isso, todos os nossos diques teriam áreas com degraus
por onde os peixes podem voltar ao lugar da desova. Percebem?
Quero dizer planeamento total. Hoje, desenhamos um dique para produzir electricidade.
No futuro, é uma visão geral. Percebem a diferença?
Não há lucro nisto para ninguém. Sim?
Estudante: A minha questão é, a população actualmente está a aumentar exponencialmente.
Jacque: Sim.
Estudante: E prevejo que vá continuar dessa forma.
Jacque: Até. Estudante: Até--
Jacque: O sistema colapsar.
Estudante: Até o sistema colapsar ou, enquanto houver acesso a--
Jacque: Esperamos lançar este filme antes do sistema entrar em colapso total.
Senão, irá retroceder. Não tenho qualquer controlo.
Estudante: Mas não disse que é preciso haver um colapso para haver a transição?
Jacque: Mais do que agora. Se pessoas suficientes virem o Projecto Vénus,
e descobrirem de que é que se trata, descobrirão que ninguém sai magoado. Não queremos matar
capitalistas, comunistas, ninguém. São todos vítimas da cultura.
Não há prisões, nem polícia. Se entendem o que eu digo,
falem aos vossos amigos sobre isto. Olhem, o Projecto Vénus não é perfeito, é simplesmente
muito melhor do que o sistema actual. E vai ficar melhor.
E não há fronteiras finais. Não há utopia, não há os melhores edifícios, os há melhores computadores portáteis.
Todos os anos irão mudar e melhorar. Chama-se a isto sociedade emergente.
Hoje em dia, temos uma sociedade estabelecida. É fixa e funciona de acordo com certas leis.
No futuro, todas as sociedades serão, "Anda daí e diz-nos como melhorar."
Cadeiras e tudo o resto.
Roxanne: Usa o microfone. Não sei se te conseguem ouvir lá ao fundo.
Jacque: Ok, conseguem ouvir-me aí atrás? Nós precisamos de uma sociedade emergente.
Não de uma sociedade estabelecida.
Roxanne: Jacque. Tem alguma questão?
Estudante: Sim. A minha pergunta é: você defende a abolição de
formas de castigo na educação das crianças?
Roxanne: Está a dizer--
Roxanne: Defender o castigo na educação das crianças é essa a sua questão?
Estudante: Defenderia, sim, a abolição do castigo?
Roxanne: Defenderias o castigo na educação das crianças?
Jacque: Bem, deixem-me contar-vos como educamos as crianças.
Não as mandamos fazer exercício. Temos um grande lago na cidade.
E temos uma ilha no meio do lago, sessenta metros acima
com uma loja de artesanato onde se pode fazer qualquer coisa, de graça. Para chegar, tem de
remar. É preciso trepar a colina. Por isso, vamos desenhá-la no nosso ambiente.
Por isso, para ir à biblioteca, têm de trepar uma colina e atravessar a floresta e
seguir diferentes direcções. É onde o fazemos. Não mandamos as crianças lá para fora.
Se detestamos fazer exercício, estamos a envenenar-nos.
Sabem disso? Portanto, os miúdos teriam a motivação para ir à loja de artesanato.
Integramos a motivação. É assim que a natureza funcional. Quando uma raposa vê um porco-espinho,
não sabe o que é. Aproxima-se aos poucos até ficar presa.
E depois mantém-se afastada dos porcos-espinhos. É o melhor professor do mundo.
Roxanne: Jacque, há uma pergunta ali.
Jacque: Sim?
Estudante: Sim, eu queria saber que tipo de procedimentos ou protocolos é que
este projecto adoptaria se as pessoas se rebelassem. Porque parece que isto é uma espécie de
cultura ou algum tipo de terra para os bons entre os bons. Parece que
se alguém se quisesse tornar numa ditadura, quero dizer, num ditador
conseguiria fazê-lo se de alguma forma tivessem acesso às máquinas.
conseguiria fazê-lo se de alguma forma tivessem acesso às máquinas.
e apoderar-se do sistema?
Deixem-me dizer isto: em primeiro lugar, todos vivem bem.
Não há pobres, ninguém passa fome. Portanto, se alguém-- se tu quisesses tomar o poder
estarias a apoderar-te do quê? Vives numa boa casa. Não tens nenhuma propriedade
no futuro. Tens acesso a tudo, como uma biblioteca pública,
a câmaras de televisão, a tudo o que queiras. Estão lá para vossa utilização.
O conceito de propriedade era bom há cinquenta ou cem anos atrás.
O mercado livre era espantoso, há cem ou cinquenta anos atrás. Mas hoje, temos
a capacidade de produzir em abundância. Olhem para os vossos centros comerciais.
Podemos produzir tudo o que precisemos. Já não temos de cobrar nada às pessoas.
Quero contar-vos onde fui buscar estas ideias. Isto é capaz de vos ajudar.
Roxanne: Espera, posso, Jacque, espera, deixa-me só responder a isto,
eles pensam que o Hitler manipulou, sabem que se diz que o Hitler manipulou a Alemanha,
bem ele não podia ter feito isso. Um ditador não pode chegar ao poder a menos que o povo
alemão tivesse esse sistema de valores para começar. Quando se tem uma população
educada, e não só em certas áreas,
mas a uma grande escala, que é multi-disciplinar, sabe muito sobre vários
assuntos, não é possível que alguém venha e lhes dê ordens acerca do que têm de fazer.
Seriam ajudados em vez de terem essa capacidade de mobilizar as pessoas.
Estudante: Eu não compreendo, porque acho que de alguma forma,
vai ter de haver algum tipo de trabalho humano, porque se alguém
se apoderasse das máquinas, então teriam o controlo dos recursos.
Eles têm a máquina que faz os alimentos, por isso se eu controlar a máquina
que faz a vossa comida, vocês não comem. Isso significa que vocês têm de me construir um castelo.
Eu quero que a minha casa seja maior que a vossa.
Jacque: Se tens acesso a tudo o que precisas, toda a comida, cuidados médicos,
porque haverás de querer fazer isso? Há algo de errado com a cabeça do homem?
Estudante: Possivelmente, não sei.
Jacque: Se houver, é ajudado. Não é colocado na prisão.
Estudante: O comportamento humano ao longo dos séculos Jacque: Eles desenvolvem automóveis e aviões
Estudante: O comportamento humano ao longo dos séculos--Jacque: Se o avião tem uma tendência
Roxanne: Porque os humanos sempre viveram em escassez.
Não existe tal coisa como natureza humana. Existe comportamento humano,
e isso sempre foi mudando. Estudante: É isso que estou a dizer, comportamento humano.
Roxanne: Isso mudou constantemente porque viverem na mesma privação
e com vantagem diferencial. Se mudarmos o ambiente, vamos obter um comportamento diferente.
Estudante: Mas quem é que muda o ambiente? Quem é que vai criar os padrões?
Para moldar o ambiente? Jacque: Tu. Se compreenderes o que digo,
se concordares que o comportamento é moldado pela cultura. Se cresceres no sul
vais falar com uma ***úncia do sul, aceitas isso?
Se nunca viste mais nada? Estudante: Acredito que...
Jacque: O que queres dizer com natureza humana? As nossas visões--Estudante: Não estou a falar de natureza humana,
Estudante: Estou a falar de comportamento humano, e disse isso desde o início.
É o comportamento humano que quer sempre ser melhor e estar no topo.
Quem é que vai estabelecer o modelo a seguir?
Jacque: Ok. Agora percebo o que queres dizer. Estudante: Quem quer que estabeleça o modelo
Estudante: Quem quer que estabeleça o modelo vai ter o controlo então.
Jacque: Ok, vamos supor--Outro estudante: Mas nós fazemos isso com a nossa vida, percebes...
Jacque: Não vêm, porque é que alguém quer estar no topo?
Acham que é um problema do ego? Ou porque é que alguém quer passar por cima de outra pessoa?
Eu prefiro trabalhar com as pessoas, do que por cima delas. Se eu conhecer alguém
que saiba menos sobre aviões, imaginem que eu trabalho em aparelhos de segurança aérea,
e diziam antigamente que não era possível retirar um avião de um rodopio.
Por isso, desenhei extremidades para as asas que se viravam durante o rodopio e baixavam o avião.
Então, aprendem a dizer "Não sei como retirar um avião de um rodopio."
As pessoas dizem, "Nunca serás capaz de retirar o avião-" Essa linguagem é ego.
Por exemplo, perguntaram aos cientistas, "Conseguem levar o homem à Lua?"
e sabem o que é que eles responderam? "Não sabemos."
"Como assim não sabem?" "Bem, não sabemos o que é que um homem pode suportar."
Eles dizem, "O que é que isso quer dizer?" "Temos de o colocar num centrifugador
e ver quando é que adormece." Aos nove G's, nove gravidades ou seis gravidades.
Isso significa que não se pode lançar um foguetão demasiado depressa porque senão as pessoas morrem.
É isso que eu quero dizer com "Não sei" . Então, põem um homem num rotor.
E dizem, "Não sabemos como dar água ao homem que está no espaço."
"Como não sabes? Dêem-lhe um copo de água."
Se puxar o copo, a água fica no mesmo sítio em forma de bolhas.
Por isso não se pode dar um copo de água ao homem. Então tem de se pôr a água como num tubo de pasta de dentes.
E aperta-se e bebe-se. É por isso que o homem diz, "Não sei."
Isso é a coisa mais difícil de aprender, "Não sei."
Hoje há homens que dizem, "Nunca chegaremos a Marte, nem daqui a mil anos."
Vocês pensariam que eles não leram estudos sobre o assunto. Nah, é apenas a opinião deles.
Digam apenas, "Não sei. Não é a minha área. Nem sequer sei como é que os foguetões funcionam."
Isso é honestidade. Se alguém disser, "Ouçam, sempre houve acidentes de automóvel
por isso irá haver sempre acidentes de automóvel." Bem, é um idiota.
Isto não é um inovador. Mas se forem inovadores, não há nada que não pensem
ser possível de ser conquistado. Sim? Tento essa zona?
Estudante: Posso dizer uma coisa? Posso dizer-lhe uma coisa, senhor?
Estudante anterior: Sim.
Estudante: Está a dizer que, está a perguntar-se porquê, como é possível que
ninguém vá querer ser maior e melhor e querer
dominar, mas no mundo em que vivemos, e a forma como o mundo tem sido
temos classes sociais. Temos a classe superior, a média e a baixa.
Numa sociedade a sério, vivendo na terra com a terra simplesmente, porque é que precisa de
ser melhor? Não está a tentar provar nada a ninguém, está só a viver
a sua vida na terra numa sociedade igualitária. Não há necessidade de ser melhor do que alguém
porque não há níveis de qualidade, percebe o que quero dizer?
Não há médio, alto e mais alto. Há simplesmente vida e viver.
Não precisa de ser melhor que alguém. Porque haveria de querer isso?
Estudante anterior: Mas é esse o comportamento do corpo humano. Não pode simplesmente pegar
Estudante anterior: num puro--Estudante: Porque é o ambiente em que estamos.
Estudante anterior: Mesmo que isso seja verdade, não é possível remover isso fisicamente do corpo humano.
Não é possível retirar esse comportamento do--
Estudante: Eu nunca tive esse comportamento.Roxanne: Ele está a dizer que não se pode alterar esse comportamento.
Jacque: Competição humana. Se for criado num ambiente de competição
como "Eu consigo correr mais rápido do que tu." "Ah sim?" "Sim!" e depois correm.
Por isso se correr mais rápido do que tu, isso torna-me melhor do que tu?
As pessoas fazem isso porque não são reconhecidas o suficiente. Agora, vão ter de
acreditar no que eu vou dizer, porque já não se vê isto hoje em dia.
Mas quando eu era miúdo, as pessoas costumavam sentar-se num poste telefónico durante uma semana.
Quebrem o record. Alguém alguma vez ouviu falar disto? Porque é que faziam isso?
Porque estavam a tentar dizer, "Olhem para mim, raios! Eu existo!"
Muito poucas pessoas têm reconhecimento actualmente. Então dizem, "Isso que fizeste foi uma boa coisa"
mas a maioria das pessoas não é reconhecida e por isso fazem o pino durante quatro horas
para serem reconhecidas. Esta é a doença da nossa sociedade. Todas as crianças devem ser recompensadas.
Todas as crianças devem ser encorajadas a avançar.
Roxanne: Há uma questão ali.
Estudante: Então o que estou a ouvir, no fundo, é que para isto funcionar--
a condição humana tem de ser completamente removida.
Jacque: Para que isto funcione, a condição humana- Estudante: Tem de ser removida.
Estudante: Tipo quer estejamos numa cultura específica, ou numa sociedade diferente,
o problema é que há sempre a necessidade de ser bem-sucedido ou de- Jacque: De se destacar?
Senhor: De sobressair e se todos recebem as mesmas oportunidades, os mesmos objectivos--
Jacque: As crianças recebem crédito na escola. Se fizerem algo de que o professor gosta, recebem um Muito Bom.
A pessoa ao lado recebe um Satisfaz. Isso cria inveja e ciúme de imediato.
Por isso, nas escolas do futuro encorajamos todas as crianças a trabalhar.
Por outras palavras, gostava de ter um quadro para vos mostrar,
mas quando os miúdos fazem um desenho horrível, o professor pendura-o. Eu nunca fiz isso.
Eu pegava no desenho onde desenhavam pessoas como figuras rígidas e dizia
"Este tipo come alguma coisa?" E ele dizia "Fi-lo demasiado magro."
E logo a seguir o miúdo acrescenta ***. Não deixem que uma criança faça um desenho infantil,
e não o pendurem. Por outras palavras, diga-lhes como melhorá-lo.
Eu pego em crianças de quatro anos e ensino-as a desenhar como se tivessem vinte anos.
Porque o próprio artista aprende a desenhar ao longo do tempo,
e nem sempre sabe como o faz. Diz, "Acho que é a natureza.
Desenho há bastante tempo." Mas é um mau comunicador.
Se ainda não me compreendem, não sabemos-
muitas pessoas pensam que alguém inventou a língua.
E dizem que o objectivo real da vida é comunicar. Isso não é verdade.
O que aconteceu foi que o um homem bateu com o cotovelo e disse "ahh".
Depois bateu com o joelho e disse "uhh".
Depois comeu uma coisa da árvore e disse "mmm".
A língua é uma extrapolação de todos aqueles sons ao longo de muitos anos.
Ninguém se sentou à mesa e inventou a língua.
Tal como ninguém se sentou e inventou a roda.
Que é o que ensinam nas escolas actualmente. "Alguém inventou a roda.
Isso foi o início da idade da máquina." Não é verdade.
Quando um tronco caiu por cima de outro e o homem o puxou, ele rolou.
E "ah, isto é bom." Bem, se há uma pedra no caminho, isso impede a coisa
de rolar. Então cortaram a casca da árvore. E eventualmente, tinham duas rodas
à disposição. Mas ninguém se sentou e inventou qualquer coisa. Isso é um disparate.
Uma pessoa desenvolve uma ideia até um certo ponto, outra pessoa acrescenta algo e gradualmente
surge um automóvel. Mas ninguém se sentou e fez assim- e inventou um avião.
Bem, quando trepamos uma encosta, não sei quanto a ti, mas procuramos pelas partes planas.
Se não pisarem as partes planas, escorregam. Então depois de viverem lá durante dez anos
parecem degraus. Roxanne: Não te conseguem ouvir lá atrás.
Jacque: Parecem degraus. Mas- Quando ele se move molda os degraus.
Mas não se chega à colina e se diz "Preciso de degraus para subir". Isso não é possível.
Ninguém inventou a hélice. Há muitas coisas que nascem nas árvores
que rodopiam até ao chão. Tenho a certeza que já as viram.
Não há nada que o homem tenha concebido que seja original.
Incluindo a tecnologia sem fios. Incluindo Tesla. Posso dizer-vos onde é que ele a foi buscar
se querem mesmo saber. E posso dizer-vos de onde vêm as ideias.
Não vêm do nada. Não vêm de um homem que pensa sobre isso.
Isso é um disparate. Não sabem- os próprios artistas não sabem como fazem as coisas.
Eu costumava pegar nas crianças e dava-lhes um pau e elas faziam um risco em zig-zag na areia.
E acidentalmente, esse zig-zag parecia Abraham Lincoln.
Percebem o que quero dizer? E o miúdo dizia, "Este é Abraham". Eu dizia, "Não me mintam,
fizeste apenas assim e isso aconteceu..." "Pois foi."
Sabem, qualquer coisa-- as crianças pegam num lápis e desenham todo o tipo de linhas.
Se por acaso se parece com um pássaro, desenham-lhe um olho. Percebem?
São pequenos aldrabões. Roxanne: Há uma questão lá atrás.
Jacque: Sim, senhor?
Estudante: Falou de como seria bom se tivéssemos soldados que
eventualmente trabalhassem e aprendessem e construíssem coisas que ajudassem a sociedade.
Como é possível chegar a esse ponto quando neste momento e num futuro próximo
há uma necessidade de proteger o nosso modo de vida? Como seria possível manter
esse modo de vida sem defender através do uso da força. Quando outras pessoas,
por uma razão qualquer, querem destruir a nossa forma de vida. Ou vivemos nós ou vivem eles.
Sabe, não Outro estudante: Viste o Zeitgeist?
Estudante: O quê? Outro Estudante: Viste os filmes do Zeitgeist?
Jacque: Ok, como é que protegemos o estilo de vida de que falo sem soldados?
Roxanne: Não, não, este estilo de vida. Está a falar de hoje? Como é que protegerias o modo de vida actual sem soldados?
Estudante: Sim. Roxanne: Como protegerias o modo de vida actual sem soldados?
Jacque: Não é possível. Os soldados representam o sistema, não a maioria das pessoas.
A polícia representa o sistema, não a maioria das pessoas.
Se a maioria das pessoas fizesse algo contra o sistema
a polícia matá-los-ia. A polícia é uma ferramenta e um instrumento do sistema.
Se os polícias no futuro, se houver algum durante a transição,
se estiverem a conduzir o vosso carro e oscilarem muito, o agente da polícia vai dizer
"Posso ajudá-lo? Para onde é que quer ir?"
E respondem, "Tenho uma dor de cabeça terrível e não sei..." Eles vão ajudar-vos.
E não, "Onde aprendeu a conduzir? Mostre-me a sua carta de condução."
Estes são brutamontes, não seres humanos. Como disse, a maioria dos soldados são máquinas assassinas.
Já não são humanos. E tenho pena de dizer isto,
mas nós queremos educar seres humanos no planeta que se preocupem com o ambiente
e uns com os outros. Tudo o que fique aquém disso não vale a pena salvar.
Sim?
Estudante: O seu website diz que tem, penso que 8,4 hectares lá em baixo na Flórida?
Roxanne: Mm-hm.
Estudante: Tem uma propriedade na Flórida, certo?
Jacque: Sim. Estudante: Está a tentar avançar com um modelo para esta civilização ao
criar ou ao começar--Roxanne: É um centro de investigação. Escrevemos livros e fizemos vídeos,
vamos ter uma estação televisiva lá, uma estação on-line. Estamos a treinar--
vamos afiliar-nos em breve com universidades, treinar
arquitectos e engenheiros nesta nova forma de pensar.
Roxanne: Temos lá imensas coisa. Estudante: Mas estão realmente a tentar criar uma comunidade?
Roxanne: Não-- bem, estamos a levar pessoas para lá mas para objectivos específicos.
Roxanne: Mas queremos expandir-nos para outra localização, para uma primeira cidade.
É esse o nosso objectivo. Mas antes disso, gostaríamos de fazer um filme.
Achamos que não se pode pegar em pessoas de hoje e mudá-las para uma nova cidade
e o resultado ser muito diferente. Queremos fazer um grande filme que circule
pelo mundo inteiro, mostrando a vida do futuro. Mas todos os filmes actuais
sobre o futuro é prejudicial. É como o sistema de mercado livre extrapolado
para o futuro. E todas estas restrições e todas estas máquinas assassinas.
Queremos mostrar um futuro positivo que estabeleça uma direcção na qual as pessoas trabalhem.
E depois queremos fazer "flashbacks" de como vamos daqui para ali
para ajudar a responder às questões das pessoas.
Estudante: É que é tudo um ideal. É uma bela visão,
e gostaria de ver as imagens e gosto imenso do conceito. Mas é difícil de ver como
vamos ser capazes de chegar lá a partir daqui sem matar pessoas, sem--
Jacque: Estavas aqui quando falei sobre o Ku Klux ***?
Estudante: Certo.
Jacque: Quando lhes queremos dar a volta, se formos mais espertos que eles,
não dizemos, "Esta organização a que pertences é horrível".
Quando um homem me pergunta, "O que achas do ***?" eu digo, "É uma grande organização,
mas não vai longe o suficiente." Então ele diz "Que queres dizer?"
Estás a ver, tens de ser esperto o suficiente para não antagonizar as pessoas que pensam de forma diferente
de ti. Acredito que as pessoas são muito sinceras quando dizem
"Não conseguem mudar a natureza humana." Querem dizer que tanto quanto
já observaram, os humanos sempre foram gananciosos, sempre cometeram crimes,
independentemente da sua nacionalidade. E isso é verdade porque as condições
sempre foram de escassez. Não digo que não. Sempre foram.
Por isso, se forem criados numa família com sete irmãos e vos passarem
a roupa do irmão mais velho, vocês dizem, "Papá, porque é que eu fico com a
roupa usada e o Billy tem roupa nova?" Ele diz, "Porque não posso comprar roupa nova
para todos." Então depois de arranjar um trabalho, nunca usa roupa usada.
Percebem? Porque é que é assim? Porque recebia roupa em segunda mão.
Agora, isso é verdade em vários casos. E ainda há pessoas hoje
que têm sido-- Bem, deixem-me usar animais, algo que provavelmente vocês
não sabem. Quando um animal não consegue chegar às tetas da mãe para beber o leite, suponham que ela tem três filhotes,
o mais pequeno é empurrado para trás pelos outros cães,
eles são sempre empurrados para trás. Esse cão ou lobo ou raposa torna-se sempre o líder.
Sabiam isso? Quantos de vós sabiam isso? Nem uma única mão.
Percebem o que digo? O que é empurrado para trás muitas vezes
torna-se sempre no líder. Essas são as condições que se encontram no comportamento animal
que tornam o animal em líder e os outros não. Isso é o que a investigação
descobre. Também já descobriram- Sentiram intuitivamente
que se pegassem num bebé chinês, ele aprenderia Chinês mais depressa do que um bebé inglês
que fosse exposto à língua chinesa. Por isso, experimentaram e ambos aprenderam ao mesmo tempo.
Seria de imaginar que, falando Chinês há gerações, talvez o bebé aprendesse
um pouco mais depressa-- não, não foi assim. Portanto, quando testamos as coisas
eu trabalhei para a industria aeronáutica durante muito tempo e nos primeiros tempos,
costumavam terminar um avião e diziam que conseguia aguentar
onze quilos por cada 30,5 cm. Sabiam que eles amontoam sacos de areia
por cima da asa até se partir? E parte-se a partir dos 12 quilos por-
Eles dizem, "É verdade, os nossos cálculos estão certos." Eu adoro esse sistema.
Outra coisa que costumavam fazer, quando acabavam um avião novinho em folha de uma companhia aérea
elevavam-no no ar, e a 7,5 metros acima do solo cortavam o cabo.
Boom! E cai no chão, para verem se o equipamento de aterragem aguenta.
Adoro esse sistema. Melhor que os cálculos ou outra coisa qualquer.
Então se eu desenhasse uma ponte...
... a única diferença é que teríamos pés tipo parecidos com barbatanas.
Ok? Agora, a razão pela qual inventam estes duplos.
Porque às vezes o filho de uma pessoa importante viola alguém.
E diz, "Foi o duplo que veio debaixo do solo."
Percebem, muitas pessoas em postos altos salvaram-se assim.
Quero falar-vos das caças às bruxas de Salem. Quem as conhece?
Quem sabia que por cada bruxa que encontravam, herdavam a conta bancária dela
e a propriedade dela. Sabiam isso? Quem sabia?
Só quatro ou cinco pessoas. Portanto, havia uma boa razão para encontrar bruxas.
Desculpem, não sou vosso inimigo, sou mesmo vosso amigo.
Estou a tentar falar-vos sobre uma nova forma de pensar.
Foram expostos ao velho método a maior parte da vossa vida. Não vão entrar nisto imediatamente.
Não nos conhecemos assim tão bem, mas se virem o Projecto Vénus,
vão obter respostas muito detalhadas. Trabalhei toda a minha vida para tentar descobrir
se existe algo para além do mundo físico.
Porque muitos sacerdotes costumavam ir aos meus seminários e diziam,
"Jacque, o teu problema é que não acreditas na natureza humana,
e não acreditas em nada metafísico."
Eu dizia, "Senhor, nunca vi nada metafísico. Você já viu?" e diziam "Sim."
"Leve-me lá" Então levaram-me a uma mulher que tinha poderes de telecinesia.
Sabe o que é? É mover objectos sem lhes tocar.
Ela tinha uma campainha por baixo da mesa com quatro aparelhos vibratórios de borracha.
A mesa estava polida, ligeiramente inclinada e havia vibrações regulares
que moviam o objecto ao longo da mesa. Mas, eu já fui a milhares de sessões.
Trouxemos pessoas da Índia, porque havia um homem que dizia
que nunca usava o telefone, usava telepatia. Sempre, telepatia.
Então eu disse, "Tudo o que tens de fazer é ler-me a mente uma vez." Para não haver coincidências.
Se era uma pessoa idosa, na casa dos setenta suponham, ele dizia, "Houve uma morte na família.
Há três semanas ou há..." Há sempre uma morte na família quando se tem setenta anos.
Por isso, acho que ele se baseava nas probabilidades. Então eu disse, "E se eu pensar em algo
relacionado com uma área técnica e não conseguires usar uma linguagem técnica,
consegues descrever o acontecimento?" Ele disse, "Sim".
Eu disse, "Óptimo." Então imaginei um ratinho branco deste tamanho a ir ao jardim zoológico
e a comer um elefante, mas não fica maior e continua a andar.
Se ele falasse disso, era telepatia. Não é algo provável,
se tens uma irmã, talvez penses nela. Percebem o que quero dizer?
Toda a gente tem uma irmã em quem pensa, quer dizer, a maioria das pessoas.
Então, ele não adivinhou. "Bem, se calhar ele tem realmente aquele poder
mas não funcionou desta vez." Então imaginei uma serrote de madeira,
sabem aqueles que os carpinteiros usam? Um serrote de madeira com pernas. E o serrote caminhava até uma floresta,
e uma árvore olha para o serrote e a árvore corta o serrote a meio.
Era algo muito invulgar. Se fosse telepata, teria acertado.
Percebem? Mas se estão a pensar, "Estava a pensar no meu tio Harry,
"Estás a pensar nalgum familiar teu, correcto?"
"Sim, no meu tio Harry." Isso encontra-se dentro das probabilidades.
Outra vez tive um casal em minha casa. Diziam que tinham o poder da telepatia.
Então eu disse, "Óptimo. Só preciso de uma demonstração." Então o homem pôs a mulher
no meu quarto. Eu não o conhecia. E murmurei-lhe ao ouvido
"Abraham Lincoln." E a mulher dele saiu imediatamente e disse, "Sussurraste ao
ouvido do meu marido "Abraham Lincoln." Então era assim que funcionava: eles preparavam posturas
Se ele se sentava com os braços cruzados, era Lincoln. Se se sentava assim
era Jefferson. Se estava sentado assim, era o Cary Grant, o actor de cinema.
Percebem? Tinham um sistema próprio que ninguém conhecia.
É uma linguagem esotérica, embora pareça que usam uma linguagem normal,
a linguagem deles é comunicada de forma diferente.
Uma vez, um homem foi ao meu laboratório e disse, "Jacque, posso demonstrar-te telepatia,
para que fiques convencido." E eu digo, "Força. Não tenho razão para não acreditar.
Gostava apenas de ver uma demonstração."
Então ele disse, "Quero que telefones a este homem na Inglaterra e murmures, e escolhas
um actor qualquer das tuas fotografias com actores." Acho que escolhi Clark Gable, há anos atrás.
E disse, Clark Gable." E ele disse, "Agora telefona a este tipo na Inglaterra. O nome dele é Frachmorn."
Telefonei ao Frachmorn e ele disse, "Estou a ver um homem com cabelo encaracolado, muito alto, cabelo preto
e chama-se Clark Gable." Quando telefonei a este sujeito na Inglaterra.
Estão a perguntar-se como é que aquilo funcionou. Bem, aquilo convenceria a maior parte das pessoas. Funciona assim:
Ele tem um amigo em Inglaterra, que se chama Benson. Se perguntássemos pelo Sr. Worthington,
isso significava Abraham Lincoln. Ele tinha uma lista de nomes. Compreendem?
Mas se não soubessem isso, "Eu ouvi com os meus próprios ouvidos." diziam-me as pessoas.
Não há magia nenhuma, nada. Não há rodas a girar sem qualquer ligação, ou uma unidade
magnética na parede a girar. Não há magia. Agora, eu li
que uma mãe se levantou a meio da noite. Não sei o que foi, ela disse que tinha tido uma pressentimento
estranho de que "Algo aconteceu ao meu filho na guerra. Tenho a certeza."
E no dia a seguir, recebeu uma carta do departamento da defesa. Tenho a certeza que já ouviram falar disto.
Quantas pessoas ouviram falar disto? Então telefonei ao departamento da defesa e perguntei, "É verdade?"
E eles responderam, "Recebemos quinze mil cartas por dia a dizer
que 'algo aconteceu ao meu Jimmy,' e nunca nada aconteceu."
Por isso vocês ouvem falar dos casos que realmente aconteceram. Percebem o que estou a dizer?
Não há magia. As pessoas querem acreditar em magia porque as faz sentir melhor.
Gostam de acreditar na vida além da morte. Sabem, quando batem a bota
e encontram os vossos familiares todos. Há 20, ou 40 ou 50 ou mil anos atrás,
os chimpanzés, esses é que são os vossos familiares. O que é que fazem no Céu o dia todo, cantam?
E o Senhor disse que vos colocou aqui para o adorarem.
Isso não é Deus, é um psicopata. E estou a tentar dizer-vos que o Homem não consegue conceber Deus.
E é nessa área que a tecnologia se está a desenvolver. Estão a tentar criar um Deus.
Estão a tentar fazer automóveis inteligentes o suficiente para vos dizerem, "Verifica os pneus.
Não têm pressão suficiente." E então o pneu é retirado automaticamente e o ar é
bombeado. Compreendem? O vosso computador irá dizer-vos
para o desligarem a uma certa altura. O vosso automóvel, depois de o conduzirem,
quando saírem do veículo, ele vai ligar-se ele próprio para carregar a bateria.
Não terão de fazer nada disso. O futuro é um lugar fantástico. Sim?
Estudante: Então o que é que acha que acontece depois de morrermos? Morremos, simplesmente-
Jacque: Bem, não se trata do que eu penso. Se morrer, imaginem que colocam debaixo de três palmos de terra,
as plantas ficam mais altas. O que significa que eu estou a desaparecer, e as plantas estão a crescer.
E as minhocas estão a ficar mais gordas. Aquilo de que somos feitos sempre andou à nossa volta.
Porque vocês são feitos das plantas que comeram, das galinhas que comeram.
Sempre estiveram à nossa volta. Agora, o que as pessoas não entendem, é
de onde é tudo isto veio? Essa é a grande questão.
Bem, se estudarem ciência, descobrirão que podem pegar numa bola de aço
e aquecê-la até vinte milhões degraus e parece que desaparece.
Mas foi convertida para energia radiante. Não é possível destruir ou criar matéria.
Podem mudá-la. Podem comer cenouras e ficar mais altos.
Algumas das cenouras formam o vosso cabelo, os vossos olhos e tudo o resto.
Mas a matéria nunca é criada. Não há provas de que a matéria possa ser criada.
Ou destruída. Mudada, sim. Podem pegar em qualquer coisa e desfazê-la em pó.
Ou quando eu morrer irão haver gases a sair e as plantas irão crescer
e os abutres irão engordar mais um pouco, se eu morrer acima do solo.
Mas não podem-- podem destruir a organização chamada Fresco,
mas aquilo de ele é feito voltará para os besouros e os insectos e outras coisas.
É uma coisa terrível. É preferível acreditar que continuamos e reencontramos os nossos entes queridos.
Por isso é que as pessoas são facilmente persuadidas com, "És um bom homem e a tua bondade
será recompensada." Agora, isso é uma coisa boa para se dizer na igreja. Agora, as pessoas da igreja,...
Toda a Bíblia está sujeita a interpretação. Tudo o que lá está escrito.
É por isso que existem os Adventistas do Sétimo Dia, os Católicos,
porque está sujeita a interpretação. A ciência não.
Obrigado pelo vosso tempo, espero que ainda sejamos amigos.