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Olá e bem-vindo ao Google Play.
Sou Chris Hewett.
"Além da Escuridão - Star Trek" é um dos filmes
mais aguardados do verão.
E tenho o prazer de estar com o vilão do filme,
o homem que está em todos estes cartazes
atrás de mim e que faz o enigmático
e maligno John Harrison.
Ele é Benedict Cumberbatch.
Olá.
Obrigado pela presença.
Olá.
Como vai?
É um prazer estar aqui.
Solicito permissão para persegui-lo.
A Frota Estrelar não busca vinganças, Kirk.
Talvez devesse, senhor.
Jim, você não pensa em perseguir
este homem, pensa?
Não tenho ideia do que devo fazer.
Eu sei apenas o que posso fazer.
Você é um homem muito popular.
Bem... sim.
Eu sou?
Digo isso porque pedimos aos usuários
do Google+ e de outras redes sociais para enviar
perguntas a você e fomos bombardeados.
Pareciam torpedos de fóton.
Nós fomos bombardeados.
Eles tinham muitas perguntas.
Gosto da referência.
Obrigado.
E algumas eram bem pessoais.
As pessoas queriam saber
seu perfume e sua fruta favorita.
Que absurdo.
São detalhes muito íntimos.
A cor da sua escova de dente.
Terrível, terrível.
Que piada horrível.
Querem saber tudo.
Não sou bom nisso.
Minha escova de dente favorita?
Não, a cor da sua escova.
A cor da minha escova?
Isso.
É muito íntimo.
Sim.
Quando as pessoas pensam em como
eu escovo meus dentes de manhã e de noite,
isso me preocupa.
Prefiro manter o enigma, por isso
vou manter a cor da escova em segredo.
Ok.
Vamos ignorar esta.
Temos ótimas perguntas aqui.
Vamos começar com esta.
Vem da Cumberbatch Web.
Certo.
Talvez você os conheça.
Adam, Montserrat e Edrich fizeram a mesma pergunta:
você ganhou muitos fãs
pelo trabalho em "Sherlock" e "Star Trek"
e essa legião vai aumentar.
Você ficou intimidado por trabalhar em uma franquia
com tanta história com toda essa expectativa,
e com fãs tão dedicados?
É uma boa pergunta.
Sim e não.
O primeiro "Star Trek" feito por J.J.
em 2009 me fez perceber que a franquia estava
em boas mãos e, para ser honesto,
ele é um excelente diretor e uma pessoa incrível.
Minha única preocupação era seguir a ideia
que ele tinha para esta versão do filme.
Essa era minha expectativa.
Senão, eu ficaria louco.
Não tem como agradar todo mundo.
Alguém sempre vai reclamar,
dizer que você não presta.
E tudo bem.
Isso é normal.
As coisas são assim mesmo.
Eu sei como os trekkies se sentem,
e eles têm todo o direito.
Tenho muito respeito por eles, porque não se trata
de simplesmente fazer um papel.
É ter um nível de conhecimento e compreensão
do assunto.
Mas isso é estranho porque requer um domínio
sobre esse conteúdo, que inicialmente
foi um processo criativo recebido pelo público,
e agora o público tem controle sobre ele.
Isso tem um lado bom e um ruim.
Existe uma cultura que respeito
e quero conhecer e já aprendi bastante
ao fazer o filme.
Então esse era um medo que eu tinha
pela presença dos fãs.
Embora eu deva dizer, muitos deles foram
generosos.
Independentemente das opiniões que tenham,
são apenas opiniões.
Eles não vão me matar, espero.
É um comportamento normal de quem tem
uma ligação forte com um conteúdo muito rico
e com esse culto que é a Jornada nas Estrelas.
Você pensou nisso quando...
Não durante a preparação,
pelos mesmos motivos.
Eu não queria pensar no que esperavam de mim,
no que eu devia fazer,
ou nesse universo.
Mas agora penso nisso
e acabei assistindo mais do que quando criança,
tanto aos filmes quanto ao programa de TV,
e fiquei surpreso pelo nível de sofisticação,
humor, generosidade e um alto teor de moralidade
exibido nos episódios.
E houve muitos momentos voltados a questões específicas,
seja o primeiro beijo entre raças,
ou em relação à identidade, ao propósito e à integração,
além de uma ideia magnífica e utópica
sobre como pode ser a democracia no futuro,
uma tropa estrelar que pertence a um universo
vinculado pela democracia, não pela guerra,
nem pela violência e tudo mais que a ameace.
É interessante.
O que J.J faz, de forma generosa,
principalmente com meu personagem,
é complementar isso.
Ele emprega essa generosidade de forma shakespeariana
em todos os personagens, de uma maneira
que a série original também faz, e espero que isso
honre as intenções e as expectativas
de todos os fãs.
A segunda pergunta é de Nadia:
você tem algo em comum com John Harrison?
Eu pareço um pouco com ele, mas normalmente meus olhos
têm um pouco mais de luz
do que no pôster.
Estou brincando.
Se tenho algo em comum com ele?
Bem, sim.
Sou muito fiel.
Sou bastante tribal com as pessoas que eu gosto.
Sou muito protetor de quem é próximo a mim
e de quem eu amo, e isso inclui as pessoas
com quem trabalhei neste filme.
É uma reflexão importante encontrada no trabalho de J.J.
sobre família e suas relações, amizades e lealdade,
e dá certo porque é algo
com que todas as pessoas conseguem se relacionar,
e não está restrito a filmes de ficção científica
ou a filmes de ação.
É algo que todos podem desfrutar
por esse mesmo motivo.
E acho que esse é um aspecto
que compartilho com Harrison, porque os atos dele
são violentos, maldosos e contínuos,
mas os motivos são puros e baseados em uma moral
e em uma paixão humana de lutar pelo injustiçado,
lutar pela sobrevivência do seu povo,
da sua tribo, e garantir o equilíbrio
entre as forças neste mundo moderno
ou futurista em que ele vive.
Ele é um terrorista, mas alguns o veem
como um libertador.
Geralmente, o terrorismo nasce
da luta de uma minoria por compreensão
e pela capacidade de revidar politicamente
com superpoderes ou o que chamamos de democracia
imposta sobre eles, ou despotismo, ou a ausência de regras ou leis.
Momentos extremos exigem ações extremas,
e na cultura popular é comum termos muitos vilões
com motivações baseadas no terrorismo
por causa disso.
Está muito presente na nossa cultura popular.
Ainda estamos entendendo tudo isso,
porque é a realidade.
Em minoria.
Vamos sair atirando.
Eu sou melhor.
Em quê?
Em tudo.
Sharon,
India, Aggie, Annie e Aurora Luna
querem saber se é mais divertido
fazer o vilão do que o herói e se foi difícil encontrar
seu lado malvado.
Parece a pergunta sobre
teatro, televisão, rádio ou cinema.
Não é fácil dar uma resposta genérica,
principalmente neste caso. Ele é complexo, mas nem tanto,
é apenas um vilão.
O importante é que ele exige
compaixão e respeito.
Em relação às cenas de briga, às cenas de ação,
tudo isso é muito divertido.
E adorei fazer o antagonista de personagens icônicos
como Kirk e Spock.
Foi incrível trabalhar com Chris e Zach,
que são atores fantásticos
e bons amigos.
Foi divertido.
Muito divertido.
E quanto a jogar pessoas na parede,
atravessar janelas, pular e sair voando,
parecia um sonho. Como quando saímos correndo
e de repente decolamos. Pelos menos
é assim quando eu sonho.
E foi ótimo fazer isso na vida real,
usando os equipamentos em uma acrobacia ensaiada.
É impressionante.
Realmente empolgante.
E a equipe de dublês era sensacional.
Eu, Marcus e Martin De Boer, meu dublê,
ficávamos trabalhando com o dublê de Zach.
O tempo todo, ensaiávamos as lutas e os movimentos
e mudávamos quando J.J. não gostava de algo,
enfatizando algum movimento e mudando a psicologia
das lutas.
Agora, posso ter o prazer de assistir isso no cinema
e pensar "Puxa!"
"Fui eu que fiz aquilo."
Era algo que sempre quis fazer,
e achava que conseguiria,
mas não tinha certeza.
Mas com a ajuda daquelas pessoas,
eu não tinha como errar.
Acho que o resultado ficou muito bom.
É isso.
A resposta é "Sim".
Eu gosto de encarar meu lado mau.
Você não sabe o que fez.
Vou pisar em seus cadáveres.
De Cumberbatch Collins, o que aconteceu
de mais engraçado nas filmagens?
Ah, tivemos muitas histórias.
Eu sofri uma pegadinha que agora
todos já conhecem sobre o creme de fóton.
Nós fomos ao NIF, um lugar de pesquisas científicas.
Esse lugar existe, Ed Moses é o responsável,
ele é a única pessoa que merece ganhar
um Prêmio Nobel.
É apenas questão de tempo,
não tenho dúvida.
Essa frase é minha.
O lugar se chama National Ignition Facility.
Fica em Livermore, na Califórnia, próximo a San Francisco.
O nível de segurança lá é muito alto,
mas fomos liberados para filmar.
Foi um milagre eles nos deixarem entrar.
O lugar parece ficção científica, e nós estávamos vestidos
como os personagens, então a semelhança entre os atores
e os funcionários do lugar era incrível.
Nós estávamos em um prédio onde se lança feixes de laser
em um ponto de hidrogênio menor que um fio de cabelo.
Tudo isso em meio a um complexo industrial
com produtos químicos.
A ideia é fundir hidrogênio desse jeito,
gerando apenas água e uma quantidade incrível
de energia.
É uma forma pura, não poluente e muito eficiente
de produzir energia, que poderá ser usada
se der certo, e acho que vai,
acredito que sim.
Espero que sim.
Enfim, este é o contexto da história que vou contar
sobre um ator que fez Stephen Hawking, Oppenheimer,
Joseph ***, que é um botânico,
um cientista que usa o cérebro,
para o bem.
Eu fui enganado por Simon Pegg e Chris Pine,
que me convenceram, junto com toda a equipe
de forma meio estranha.
Foi algo meio surreal.
Parecia que todos estavam envolvidos.
O que é isso?
Creme de fóton.
Você passa o creme de fóton em pontos do rosto.
Não precisa esfregar.
Basta colocar em pontos do rosto.
Achei que tinha a ver com algum tipo de fluxo,
quer dizer,
nossas têmporas são responsáveis
por alterar a temperatura dos nossos corpos.
Assim como quando colocamos gelo em nossos pulsos
ou na testa para nos resfriarmos.
Achei que aquilo fazia sentido.
Pontos de pressão, estão associados
ao funcionamento do nosso sistema.
E o J.J. tinha me dado uma página cheia de diálogos.
Eu estava com pressa.
Eu corria pelos corredores carregando uma arma
e fazendo o papel de machão, falando bem rápido,
diferente dos outros personagens que eu fiz.
Eu recebi o roteiro às 8h da manhã
e meia-hora depois eu tinha que filmar.
Estava meio atônito.
E então passaram o creme de fóton em mim.
E também falaram que eu devia liberar os nêutrons
deste jeito.
A gente teria que liberar os nêutrons.
Eu pensei, "nêutrons?".
São elementos inofensivos do átomo.
Não entendi direito.
Mas acabei fazendo.
E até mesmo o homem mais sisudo,
o cara mais metido a macho, o típico americano,
com aperto de mão forte, aquele cara cheio de estilo
e que fala grosso,
ele também ficou fazendo isso.
Certo, pessoal vamos lá,
todos precisam fazer.
Liberem os nêutrons.
Liberem os prótons.
Ele também fez.
Liberando, liberando.
E Chris disse que não se sentia bem.
"Estou com dor de cabeça".
Simon falou o mesmo.
"Estou com dor de estômago".
"Isso é seguro?"
"Eu não sei."
Durante o almoço, tivemos que assinar algo.
E esse seria o momento.
Já havíamos passado o creme e liberado os nêutrons
umas três vezes.
E naquele momento eu teria que ler
o aviso e saberia a verdade.
Mas eu não li.
Estava preocupado,
Gormley tinha comemorado o aniversário
e estava de ressaca.
Era um dia importante.
Muitas cenas de ação.
Era um momento tenso.
Aquele homem estava nervoso.
Seríamos expulsos se não assinássemos
o papel.
Eu assinei sem ler.
O J.J. ficava me seguindo
e fazendo isto.
Ele só fazia isto.
E outras pessoas se aproximavam.
Eu falei com um assistente, sobre a minha assinatura.
"Devo colocar..."
"Preciso escrever com letras maiúsculas".
"Você acha uma boa ideia?
Ele começou a rir e saiu dali.
Eu pensei, "Que rude".
"Só queria ajudar".
Isso não é engraçado.
E no final da tarde, eu finalmente descobri.
Simon iria ler o aviso em voz alta.
E ele fez de forma horrível, acho que de propósito.
Ficou ruim.
E J.J. pediu para eu ler.
"Deixe o vencedor do prêmio Olivier ler"
Eu peguei o papel, bem formal.
Fiz o melhor que pude, estufei o peito
assumi a posição correta e anunciei em voz alta:
"Eu, ator de 'Star Trek', aqui conhecido como Projeto HH
nesta instalação denominada NIF,
afirmo ter conhecimento de que o creme de nêutron
é completamente inútil".
Como é?
E toda a equipe começou a chorar.
Nunca vi risadas como aquelas.
Ficaram rindo uns cinco minutos.
E eu também fiquei rindo
e chorando, mas estava envergonhado.
Foi um momento divertido.
Eles sabiam que podiam fazer aquilo
e que eu aceitaria a brincadeira,
e essa era a ideia.
Fantástico.
Foi muito engraçado.
Diga que estará no DVD.
Espero que sim.
Acho que sim.
Tenho a sensação de que estará.
De fato.
A história não acaba ali.
Você, Simon Pegg, Chris Pine e
Zachary Quinto saíram uma noite
e foi muito divulgado.
Você tem as...
Não tenho as fotos, mas...
Mas você as viu?
A favorita era uma de todos nós, como na cena do Jeep
em Zoolander, segurando as bebidas.
Era algo desse tipo, um movimento parecido
que eles fazem.
A Internet é excelente em produzir
coisas loucas e criativas, e esse momento
foi muito agradável.
Nos divertimos muito em San Francisco,
foi muito engraçado.
Esta é a última pergunta.
Ela vem da equipe do Google Play.
Olá, equipe do Google Play.
Dos filmes anteriores de "Star Trek",
foram 11 no total,
qual é o seu favorito?
O segundo
é muito bom, pelo que sei.
É muito bom.
O segundo é o melhor.
Gosto de números pares.
Você concorda com essa teoria,
dos filmes pares?
Um pouco, mas aprecio elementos
de todos eles.
São pessoas bem distintas, Picard e Kirk.
Gosto muito da atuação de Patrick Stewart.
Foi ótimo ver um inglês
dar um ar shakespeariano a um personagem
bastante shakespeariano.
E como eu disse antes, o universo Trek
trata os personagens com muita generosidade,
assim como J.J.
Mais um número par.
É verdade.
Esse é o 12º filme. A regra continua.
Muito obrigado
por dizer isso.
Excelente.
Nosso tempo acabou.
Benedict Cumberbatch, obrigado pela presença.
Foi um prazer.
Obrigado.
Espero vê-lo novamente.
Obrigado.
Acesse o Google Play para conseguir descontos
nos seus filmes favoritos de "Star Trek".
Até a próxima, tchau.
Tchau.