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Rajan Patel: O algoritmo de pesquisa do Google é constituído por várias centenas de sinais
que tentamos conjugar para fornecer os melhores resultados para cada utilizador.
Amit Singhal: Só no ano passado,
lançámos mais de 500 alterações ao nosso algoritmo.
Ou seja, fazendo as contas,
alteramos o algoritmo quase todos os dias, por vezes, mais de uma vez.
Scott Huffman: Analisamos muito profundamente cada potencial alteração
para tentarmos ter a certeza de que é a solução certa para os utilizadores.
Mark Paskin: O primeiro passo para melhorar a Pesquisa Google
é ter uma ideia.
Scott Huffman: Há quase sempre um conjunto de pesquisa motivadoras
e o desempenho dessas pesquisas não é tão bom como desejaríamos.
Então, os engenheiros de classificação criam uma hipótese
acerca do sinal, dos dados,
que podemos integrar no algoritmo.
Amit Singhal: Testamos todas as ideias que nos parecem sensatas
através de *** científicos rigorosos.
Mark Paskin: O primeiro *** é com avaliadores.
Tratam-se de pessoas externas que foram formadas para avaliar
se uma classificação é mais relevante e de melhor qualidade do que outra.
Rajan Patel: Mostrámos a estes avaliadores um conjunto de consultas
que a experiência dos engenheiros poderá estar a afetar.
Confirmamos também estas alterações com experiências com utilizadores reais.
Mark Paskin: E fazemo-lo através de um processo chamado Isolamento.
Enviamos para o Isolamento uma fração muito pequena do tráfego real do Google.
Calculamos muitas métricas diferentes.
Scott Huffman: Em 2010, realizámos mais de 20 000 experiências diferentes.
Todos os dados da avaliação humana e da experiência com utilizadores
são, então, disponibilizados a um analista de pesquisas.
Sangeeta Das: Regra geral,
é atribuído um único analista a partir do momento
em que falamos com os engenheiros para tentar saber mais sobre a alteração.
E o impacto é bastante pequeno, como veem.
Mark Paskin: Temos, depois, uma reunião para decidir o lançamento,
na qual o líder da equipa de pesquisa analisa esses dados
e toma uma decisão.
Amit Singhal: Devíamos certamente corrigir isso.
Sangeeta Das: Em última análise, o objetivo da equipa de analistas de avaliação da pesquisa
é, simplesmente, tomar uma decisão informada e baseada nos dados
e apresentar uma opinião imparcial.
Amit Singhal: OK?
Bom, não foi aprovada.
A equipa saberá o que se passa.
Se os nossos *** científicos dizem que é útil para os utilizadores do Google,
então lançá-la-emos no Google.
Mark Paskin: Há já vários anos,
o Google oferece sugestões de ortografia para consultas
que contêm gralhas ou erros ortográficos.
Ou seja, às vezes escreve uma consulta e poderá ver
"quis dizer" e, depois, uma consulta alternativa.
Se não escrever bem o nome do seu remédio
e não clicar em "quis dizer",
poderá obter resultados que contêm esse erro ortográfico,
e estes resultados tendem a não ter muita qualidade.
Por isso, pensámos noutro tipo de interface
a que chamamos "substituição total de página."
E em vez de "quis dizer",
verá, na parte superior da página,
"A apresentar resultados para."
E, caso tenhamos cometido um erro,
há um outro link, "Pesquisar antes por"",
que contém a consulta que escreveu.
Chamamos a esse link "alçapão de fuga."
Sempre que um utilizador teve de clicar no alçapão de fuga
porque o algoritmo ortográfico cometeu um erro,
queríamos garantir que havia 50 outras vezes
em que recebiam a sugestão ortográfica correta
sem terem de clicar em "Quis dizer".
Também foi analisado, nos dados de tráfego real,
o número de vezes que os utilizadores clicavam no alçapão de fuga
para garantir que o sinal dos utilizadores que obtemos das experiências com eles
estavam alinhados com o sinal que recebemos das nossas avaliações regulares.
Levámos o assunto à Comissão de Lançamento
e, com base nas avaliações dos avaliadores e nas experiências com utilizadores,
tornou-se óbvio que os nossos engenheiros tinham feito o que deviam fazer.
E por isso procedemos ao lançamento.
Amit Singhal: Quando aliamos o interesse da Google ao interesse do utilizador
como nós fizemos,
todos ficam a ganhar.
Mark Paskin: Investimos muitos recursos para perceber o que é útil para os utilizadores.
Rajan Patel: Irá esta alteração ajudar utilizadores
não só nos Estados Unidos ou em inglês,
mas em todo o mundo?
Scott Huffman: Penso que nos entusiasmamos
quando sentimos que tivemos uma ideia que ajuda realmente muitos utilizadores.
Amit Singhal: Os utilizadores voltam sempre ao Google
apesar de terem a hipótese de escolher um motor de pesquisa
sempre que abrem um navegador.