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A assembleia Vai agora ouvir uma declaração
de Sua Excelência Benjamin Netanyahu,
Primeiro-ministro do estado de Israel.
Tenho grande prazer em saudar Sua Excelência Benjamin Netanyahu,
Primeiro-ministro do Estado de Israel.
Obrigado. Obrigado.
Convido-o a dirigir-se À Assembleia Geral.
Obrigado, Sr. Presidente.
Senhoras e senhores,
Israel tem estendido a sua mão em paz
desde o momento em que foi estabelecido há 63 anos.
Em nome de Israel e do povo Judeu,
Eu estendo essa mão hoje, de novo.
Estendo-a ao povo do Egipto e da Jordânia,
Com amizade renovada para os vizinhos com quem fizemos a paz.
Estendo-a ao povo da Turquia,
com respeito e boa-vontade.
Estendo-a aos povos da Líbia e da Tunísia,
com admiração por aqueles que tentam construir um futuro democrático.
Estendo-a aos demais povos do Norte de África
e da Península Arábica
com quem queremos forjar um novo começo.
Estendo-a aos povos da Síria, Líbano e Irão,
com admiração pela coragem daqueles que lutam contra uma repressão brutal.
Mas muito especialmente,
eu estendo a minha mão ao povo Palestiniano,
com quem nós buscamos uma paz justa e duradoura.
Senhoras e senhores,
Em Israel a nossa esperança pela paz nunca diminui.
Os nossos cientistas, médicos, inovadores
empregam o seu génio para melhorar o mundo de amanhã.
Os nossos artistas, os nossos escritores enriquecem o património da humanidade.
Agora,
eu sei que esta não é exatamente a imagem de Israel
muitas vezes retratada nesta sala.
Afinal, foi aqui em 1975
que o anseio antigo do meu povo
de restabelecer a nossa vida nacional na nossa terra bíblica ancestral...
foi então que tal foi rotulado, vergonhosamente, de racismo.
E foi aqui em 1980,
aqui mesmo,
que o acordo de paz histórico entre Israel e Egipto
não foi louvado;
foi denunciado!
E é aqui que, ano após ano
Israel é injustamente posto de parte para condenação.
Ele é posto de parte para condenação
mais vezes do que todas as outras nações do mundo juntas.
Vinte e uma das 27 resoluções da Assembleia Geral
condenam Israel - a única verdadeira democracia do Médio Oriente.
Bem, este é um papel infeliz da Organização das Nações Unidas.
É o teatro do absurdo.
Não só apresenta Israel como o vilão;
como coloca frequentemente vilões reais nos papéis principais:
A Líbia de Kadafi presidiu à comissão da ONU para os Direitos Humanos;
O Iraque de Saddam chefiou o Comité da OUN para o Desarmamento.
Poder-se-ia dizer: isso é passado.
Pois, eis o que se passa agora - agora mesmo, hoje,
o Líbano controlado pelo Hezbollah é quem agora preside
ao Concelho de Segurança da ONU.
O que significa, de fato, que uma organização terrorista
preside ao corpo ao qual foi confiado que garanta a segurança do mundo.
Impossível inventar estas coisas.
Portanto aqui na ONU, maiorias automáticas podem decidir qualquer coisa.
Elas podem decidir que o sol se põe no ocidente ou que nasce no ocidente.
Penso que o primeiro já foi pré-ordenado.
Contudo elas podem igualmente decidir - elas já decidiram
que o Muro Ocidental (das Lamentações) em Jerusalém,
o local mais sagrado do Judaísmo,
é território Pelestiniano ocupado.
E contudo mesmo aqui na Assembleia Geral,
a verdade pode às vezes vir ao de cima.
Em 1984 quando fui nomeado embaixador de Israel nas Nações Unidas,
Visitei o grande rabi de Lubavich.
Ele disse-me,
e, senhoras e senhores, eu não quero que nenhum de vós se ofenda
pois pela minha experiência pessoal ao servir aqui,
eu sei que há muitos homens e mulheres de honra,
muita gente capaz e decente, a servir aqui as suas nações,
mas eis o que o rabi me me disse.
Ele disse-me, "servirás numa casa de muitas mentiras".
E mais ele disse, "lembra-te que mesmo na maior escuridão,
"a luz de uma única vela pode ser vista ao longe".
Espero que hoje a luz da verdade brilhe,
mesmo que por alguns minutos,
numa sala que tem sido há demasiado tempo
um local de escuridão para o meu país.
Assim, como Primeiro-ministro de Israel,
não vim aqui para ganhar aplausos.
Eu vim cá para falar a verdade.
A verdade é...
a verdade é que Israel quer paz.
A verdade é que eu quero paz.
A verdade é que no Médio Oriente em qualquer altura,
mas especialmente nestes dias turbulentos,
a paz tem de ser ancorada na segurança.
A verdade é que não podemos alcançar a paz através de resoluções da ONU,
mas unicamente através de negociações entre as partes.
A verdade é que até agora
os Palestinianoos têm-se recusado a negociar.
A verdadae é que Israel quer a paz com um estado Palestiniano,
mas os Palestinianos querem um estado sem a paz.
E a verdade é que vós não devereis deixar que isso aconteça.
Senhoras e senhores, quando eu vim cá pela 1ª vez há 27 anos,
o mundo estava dividido entre o Ocidente e o Leste.
Desde então a Guerra Fria terminou,
grandes civilizações ergueram-se após séculos adormecidas,
centenas de milhões foram tirados da pobreza,
ínumeros mais estão prontos para serem os próximos,
e o mais notavel é que até agora esta mudança histórica monumental
tem na sua maioria ocorrido pacificamente.
Todavia um mal está agora a erguer-se entre o Oriente e o Ocidente
que ameaça a paz de todos.
Não procura libertar, antes escravizar,
não construir, mas destruir.
Esse mal é o Islão militante.
Ele oculta-se sob o manto de uma grande religião,
contudo assassina Judeus, Cristãos e Muçulmanos da mesma forma
com uma imparcialidade implacável.
A 11 de Setembro matou milhares de Americanos,
e deixou as torres gémeas em ruínas.
Ontem à noite coloquei uma coroa no memorial do 11/09.
Foi profundamente comovente.
Mas enquanto eu me dirigia para lá, uma coisa ecoou na minha mente:
As palavras ultrajantes do Presidente do Irão ontem neste tribuna.
Ele deu a entender que o 11/09 foi uma conspiração Americana.
Alguns de vós deixaram este salão.
Todos vós o deveriam ter feito.
Desde o 11/09, militantes Islámicos chacinaram inúmeros outros inocentes
em Londres e Madrid, em Baghdad e Bombai,
em Tel Aviv e Jerusalém, em todo o lado em Israel.
Eu creio que o maior perigo que o nosso mundo enfrenta
é que esse fanatismo se muna com armas nucleares.
E isso é precisamente o que o Irão está a tentar fazer.
Conseguis imaginar aquele mesmo homem que vociferou aqui ontem -
consigueis imaginá-lo munido com armas nucleares?
A comunidade internacional tem de travar o Irão antes que seja tarde demais.
Se o Irão não for impedido,
nós enfrentaremos o fantasma do terrorismo nuclear,
e a Primavera Árabe poder-se-ia tornar em breve no Inverno Iraniano.
Tal seria uma desgraça.
Milhões de Árabes tomaram as ruas
para substituir tirania por liberdade,
e ninguém beneficiaria mais do que Israel
se aqueles comprometidos com a liberdade e com a paz prevalecessem.
Esta é a minha grande esperança.
Mas como Primeiro-ministro de Israel,
não posso arriscar o futuro do Estado Judaico com esperança.
Os líderes devem ver a realidade tal como ela é e não como deveria ser.
Devemos fazer o nosso melhor para formar o futuro,
mas não podemos simplesmente desejar que os perigos do presente desapareçam.
E o mundo ao redor de Israel
está definitivamente a tornar-se mais perigoso.
O Islão militante já tomou o Líbano e Gaza.
Está determinado em destruir
os tratados de paz entre Israel e o Egipto
e entre Israel e a Jordânia.
Envenenou muitas mentes Árabes Contra os Judeus e Israel,
contra a América e o Ocidente.
Opõe-se não às políticas de Israel mas à existência de Israel.
Alguns argumentam que a propagação do Islão militante,
especialmente nestes tempos turbulentos -
se quiserdes abrandá-lo, argumentam eles,
Israel tem de se apressar a fazer concessões,
a assumir compromissos territoriais.
E esta teoria parece simples.
Basicamente, é assim:
Deixai o território, e a paz avançará.
Os moderados serão reforçados, os radicais serão mantidos à distância.
E não vos preocupeis com os detalhes aborrecidos
de como Israel se defenderá na prática;
forças internacionais farão esse trabalho.
Estas pessoas dizem-me constantemente:
"faça uma oferta ampla, e tudo se resolverá".
sabem, há apenas um problema com essa teoria.
Já a tentamos e não funcionou.
Em 2000 Israel fez uma oferta de paz abrangedora
que foi ao encontro praticamente de todas as exigências Palestinianas.
Arafat rejeitou-a.
Os Palestinianoos lançaram então um ataque de terror
que ceifou mil vidas Israelitatas.
Depois disso, o Primeiro-ministro Olmert fez uma oferta ainda mais abrangente em 2008.
O Presidentee Abbas nem sequer respondeu.
Contudo Israel fez mais do que ofertas amplas.
Nós efetivamente deixamos território.
Nós retiramos do Líbano em 2000
e de cada centímetro quadrado de Gaza em 2005.
Tal não apaziguou a tempestade Islâmica,
a tempestade Islâmica militante que nos ameaça.
Apenas trouxe a tempestade para mais perto e fê-la mais forte.
Hezbollah e Hamas dispararam milhares de roquetes
sobre as nossas cidades
a partir dos vários territórios que esvaziamos.
Reparem, quando Israel deixou o Líbano e Gaza,
os moderados não derrotaram os radicais,
os moderados foram devorados pelos radicais.
E lamento dizer que as forças internacionais
como a UNIFIL no Líbano e a EUBAM em Gaza
não impediram os radicais de atacar Israel.
Nós deixamos Gaza na esperança de paz.
Nós não congelamos os colonatos em Gaza, nós desenraizamo-los.
Fizemos exatamente o que diz a teoria:
Saiam, regressem às fronteiras de 1967, desmantelem os colonatos.
E eu não creio que as pessoas recordem o quão longe nós fomos para o conseguir.
Nós desenraizamos milhares de pessoas dos seus lares.
Tiramos crianças das suas escolas e infantários.
Demolimos sinagogas.
Chegamos a deslocar entes queridos dos seus túmulos.
E então, tendo feito tudo isso,
demos as chaves de Gaza ao Presidente Abbas.
Agora, a teoria diz que tudo se deveria ter resolvido,
e o Presidente Abbas e a Autoridade Palestiniana
poderiam então construir um estado de paz em Gaza.
Vós podeis recordar que o mundo inteiro aplaudiu.
Eles aplaudiram a nossa retirada como um ato de grande estadismo.
Foi um ato de paz arrojado.
Porém, senhoras e senhores, nós não tivemos paz.
Nós tivemos guerra.
Nós tivemos o Irão, o qual através do seu representante Hamas
expulsou prontamente a Autoridade Palestiniana.
A Autoridade Palestiniana colapsou num dia.
Num dia.
O Presidente Abbas disse há pouco neste tribuna
que os Palestinianos estão armados apenas com as suas esperanças e sonhos.
Sim, esperanças, sonhos
e 10 mil misseis e roquetes Grad fornecidos pelo Irão,
sem mencionar o rio de armas letais
que agora afluem a Gaza do Sinai, da Líbia, e de outras partes.
Milhares de mísseis já choveram nas nossas cidades.
Podereis portanto compreender que, dado tudo isto,
os Israelitas perguntam e com razão:
O que impedirá isto de se repetir na Cijordânia?
É que a maioria das nossas grandes cidades no sul do país
ficam a poucas dezenas de quilómetros de Gaza.
Mas no centro do país, frente à Cijordânia,
as nossas cidades estão a poucas centenas de metros
ou no máximo a poucos quilómetros de distância da orla da Cijordânia.
Portanto, eu pergunto-vos.
Será que algum de vós...
algum de vós traria o perigo para tão perto das vossas cidades,
das vossas famílias?
Agiríeis tão temerariamente com as vidas dos vossos cidadãos?
Israel está preparado para ter um estado Palestiniano na Cijordânia,
todavia não estamos preparados para ter lá outra Gaza.
E é por isso que precisamos de tomar providências de segurança concretas,
as quais os Palestinianos simplesmente se recusam a negociar conosco.
Os Israelitas recordam as lições amargas de Gaza.
muitos dos críticos de Israel ignoram-nas.
Eles aconselham irresponsavelmente Israel
a percorrer de novo o mesmo caminho perigoso.
Leiam o que estas pessoas dizem e é como se nada tivesse acontecido,
seguem repetindo o mesmo conselho, as mesmas fórmulas
como se nada disto tivesse acontecido.
E estes críticos continuam a pressionar Israel
a fazer grandes concessões
sem primeiro assegurar a segurança de Israel.
Eles louvam aqueles que alimentam inconscientemente
o corcodilo insaciável da militância Islâmica
como se fossem estadistas audazes.
Eles apresentam como inimigos da paz
aqueles de nós que insistem
que temos primeiro de erguer uma barreira firme para manter o crocodilo lá fora,
ou, pelo menos, cravar uma barra de ferro entre as suas mandíbulas.
Assim, face aos rótulos e às calúnias,
Israel deve considerar melhor conselho.
É melhor a má publicidade do que um bom elogio (fúnebre),
e melhor ainda seriam uns média justos
cujo sentido de história fosse além do pequeno-almoço,
e que reconhecesse as legítimas preocupações de Israel com segurança.
Eu acredito que em negociações de paz sérias,
estas necessidades e preocupações podem ser devidamente abordadas,
porém elas não serão abordadas sem negociações.
E as necessidades são muitas, pois Israel é um país tão pequeno.
Sem a Judeia e a Samária, a Cijordânia,
Israel tem ao todo 14,5 quilómetros de largura.
Eu quero pô-lo para vós em perspectiva,
uma vez que estais todos nesta cidade.
Trata-se de cerca de dois terços da extensão de Manhattan.
É a distância entre o Parque Battery e a Universidade de Columbia.
E não vos esqueçais que quem vive em Brooklyn e Nova Jersey
é consideravelmente mais simpático do que alguns dos vizinhos de Israel.
Como é que se proteje então um país tão pequeno,
cercado de gente que jurou a sua destruição
e armada até aos dentes pelo Irão?
Obviamente que não se pode defendê-lo apenas de dentro de um espaço tão estreito.
Israel precisa de maior profundidade estratégica,
e é exatamente por isso que a Resolução do Conselho de Segurança 242
não exige que Israel saia
de todos os territórios que capturou na Gerra dos Seis Dias.
Ela falou sobre retirada de territórios,
para assegurar limites defensáveis.
E para se defender
Israel deverá portanto manter uma presença militar Israelita a longo-prazo
em áreas estrategicamente críticas na Cijordânia.
Eu expliquei isto ao Presidente Abbas.
Ele respondeu que se um estado Palestiniano
vier a ser um país soberano,
não poderá nunca aceitar tais arranjos.
Porque não?
A América tem mantido tropas no ***ão, Alemanha e Coreia do Sul
há mais de meio século.
A Inglaterra teve uma base aérea no Chipre.
A França tem forças em três nações Africanas independentes.
Nenhum desses estados alega não serem países soberanos.
E há muitos mais temas de segurança vitais
que têm de ser abordados.
Como o tema do espaço aéreo.
Outra vez, as pequenas dimensões de Israel criam problemas de segurança enormes.
A América pode ser atravessada por um avião a jato em 6 horas.
Atravessar Israel, demora apenas três minutos.
Deverá o espaço aéreo minúsculo de Israel ser retalhado a meio
e entregue a um estado Pelestiniano que não esteja em paz com Israel?
O nosso maior aeroporto international
fica a poucos quilómetros de distância da Cijordânia.
Sem paz, passarão os nossos aviões a ser alvos dos mísseis antiaéreos
colocados no estado Palestiniano adjacente?
E como impediremos o contrabando para a Cijordânia?
Não se trata meramente da Cijordânia, tratam-se dos montes da Cijordânia.
Que dominam a planície costeira
onde vive a maior parte da população de Israel.
Como poderíamos prevenir o contrabando para esses montes
desses mísseis que poderiam ser disparados sobre as nossas cidades?
Eu coloco estes problemas porque eles não são problemas teóricos.
Eles são muito concretos.
E para os Israelitas, eles são questão de vida e morte.
Todas estas potenciais brechas na segurança de Israel
têm de ser seladas num acordo de paz
antes de um estado Palestiniano ser declarado, não depois,
porque se o deixarem para depois elas não serão seladas.
E estes problemas rebentar-nos-ão na cara e rebentarão com a paz.
Os Palestinianos devem primeiro fazer a paz com Israel
e obter então o seu estado.
E mais quero dizer-vos.
Após a assinatura de um tal acordo de paz,
Israel não será o último país
a dar as boas-vindas a um estado Palestiniano
como novo membro das Nações Unidas.
Nós seremos os primeiros.
E há mais uma coisa.
O Hamas tem violado a lei internacional
ao manter o nosso soldado Gilad Shalit cativo há cinco anos.
Eles não concederam uma única visita sequer à Cruz Vermelha.
Ele é mantido numa masmorra, na escuridão contra todas as normas internacionais.
Gilad Shalit é filho de Aviva e Noam Shalit.
Ele é neto de Zvi Shalit,
que escapou ao Holocausto ao vir, nos anos 30,
ainda rapaz, para a terra de Israel.
Gilad Shalit é filho de todas as famílias Israelitas.
Todas as nações aqui representadas deveriam exigir a sua libertação imediata.
Se quereis hoje fazer passar uma resolução acerca do Médio Oriente,
essa é a resolução que devereis passar.
Senhoras e senhores, no ano passado em Israel
na Universidade Bar-Ilan,
este ano no Knesset e no Congresso Norte Americano,
eu apresentei a minha visão para a paz
segundo a qual um estado Palestiniano desmilitarizado reconhece o estado Judaico.
Sim, o estado Judaico.
Afinal, este é o organismo que reconheceu o estado Judaico
há 64 anos.
Ora, não achais que chegou a hora dos Palestinianos fazerem o mesmo?
O estado Judaico de Israel
protejerá sempre os direitos de todas as suas minorias,
incluindo os mais de um milhão de cidadãos Àrabes de Israel.
Gostaría de poder dizer o mesmo acerca de um futuro estado Palestiniano,
já que oficiais Palestinianos deixaram claro no outro dia,
aliás, creio que o fizeram aqui mesmo em Nova York.
eles disseram que o estado Palestiniano não permitiria nele nenhum Judeu.
Eles serão livres de Judeus.
Judenrein (do Alemão: limpo de Judeus).
Isso é limpeza étnica.
Hoje em dia há leis em Ramallah
que castigam com pena de morte a venda de terra a Judeus.
Isso é racismo.
E vós sabéis que leis isto evoca.
Israel não tem qualquer intenção
de alterar o caráter democrático do seu estado.
Só não queremos que os Palestinianos tentem alterar
o caráter Judeu do nosso estado.
Nós queremos que eles desistam da fantasia
de inundar Israel com milhões de Palestinianos.
O Presidente Abbas estave há pouco aqui,
e disse que a raíz do conflito Israelo-Palestiniano
são os colonatos.
Bem, isso é estranho.
O nosso conflito tem sido travado...
tem sido travado por quase meio século
antes de haver um único colonato Israelita na Cijordânia.
Portanto, se o que o presidente Abbas disse fosse verdade,
então creio que os colonatos a que ele se refere
são Tel Aviv, Haifa, Jaffa, Be'er Sheva.
Talvez seja o que ele quis dizer o outro dia
quando ele disse que Israel tem ocupado a terra Palestiniana
há 63 anos.
Ele não disse desde 1967; ele disse desde 1948.
Espero que alguém se dê ao trabalho de lhe colocar essa questão
pois ela ilustra uma verdade simples:
a raíz do conflito não são os colonatos.
Os colonatos são um resultado do conflito.
É um tema que tem de ser abordado e resolvido
no curso das negociações.
Mas a raíz do conflito sempre foi e continua infelizmente a ser
a recusa dos Palestinianos em reconhecer
o estado Judaico dentro de quaisquer fronteiras.
Acho que chegou a altura da liderança Palestiniana
reconhecer o que todos os líderes sério internacionais já reconheceram,
de Lord Balfour a Lloyd George em 1917, ao Presidente Truman em1948,
ao Presidente Obama há tão só dois dias aqui mesmo:
Israel é o estado Judaico.
Presidente Abbas, deixe-se de rodeios acerca deste assunto.
Reconheça o estado Judaico, e faça a paz conosco.
Em caso de paz genuína,
Israel está preparado para assumir compromissos dolorosos.
Nós acreditamos que os palestinianos não devem ser
nem cidadãos de Israel seus seus súbdito.
Eles deverão viver no seu próprio estado livre.
Mas, tal como nós, eles deverão estar prontos para fazer compromissos.
E nós saberemos que eles estão prontos para compromissos e para a paz
quando começarem a levar a sério os requisitos de segurança Israelitas
e quando pararem de negar a nossa ligação histórica
à nossa terra ancestral.
Eu ouço-os muitas vezes a acusar Israel de "Judeizar" Jerusalém.
É como acusar a América de "Americanizar" Washington,
ou os Ingleses de "Anglicanizarem" Londres.
Sabeis porque nos chamam "Judeus"?
Porque viemos da Judeia.
No meu gabinete em Jerusalém, há um selo ancestral.
Trata-se de um anel - chancela de um oficial Judeu do tempo da Bíblia.
O selo foi encontrado mesmo ao pé do Muro Ocidental (das Lamentações),
e data de há 2 700 anos, do tempo do Rei Ezequias.
O nome do oficial Judeu está inscrito no anel
em Hebraico.
O seu nome era Netanyahu.
É o meu último nome.
O meu primeiro nome, Benjamin,
retrocede mais mil anos a Benjamim,
Binyamin, o filho de Jacob, também conhecido como Israel.
Jacob e os seus 12 filhos
percorreram estes mesmos montes da Judeia e da Samária há 4 mil anos,
e, desde então, tem havido uma presença Judaica contínua naquela terra.
E para aqueles Judeus que foram exilados da nossa terra,
eles nunca deixaram de sonhar em regressar:
os Judeus em Espanha, nas vésperas da sua expulsão;
Judeus na Ucrânia fugindo aos pogroms;
Judeus lutando contra o gueto de Varsóvia, enquanto os Nazis os cercavam.
Eles nunca deixaram de sonhar, nunca deixaram de ansiar.
Eles sussurravam: no próximo ano em Jerusalém.
No próximo ano na terra prometida.
Como Primeiro-ministro de Israel,
falo em nome de cem gerações de Judeus
que foram dispersos pelas terras,
que sofreram todos os males debaixo do sol,
mas que nunca abandonaram a esperança de restabelecer a sua vida nacional
naquele que é o único estado Judaico.
Senhoras e senhores,
eu continuo a ter esperança
que o Presidente Abbas seja meu parceiro na paz.
Eu trabalhei arduamente para fazer avançar a paz.
No dia em que assumi o cargo,
propus negociações diretas sem pré-condições.
O Presidente Abbas não respondeu.
Eu esbocei uma visão para a paz de dois estados para dois povos.
Ele seguiu sem responder.
Levantei centenas de bloqueios de estrada e pontos de controle,
para facilitar a liberdade de movimento nas áreas Palestinianas;
isto permitiu um crescimento fantástico da economia Palestiniana.
Porém, mais uma vez - nenhuma resposta.
Eu dei um passo sem precedentes
ao congelar novas construções nos colonatos por 10 meses.
Nenhum Primeiro-ministro o tinha feito antes, nunca.
Mais uma vez...
vós aplaudis, mas não houve resposta.
Nenhuma resposta.
Nas últimas semanas,
oficiais Americanos apresentaram ideias para retomar as conversações de paz.
Havia aspetos, nessas ideias, acerca de fronteiras que eu não gostei.
Havia aspetos acerca do estado Judaico
que, estou seguro, os Palestinianos não gostaram.
Mas com todas as minha reservas,
eu estava disposto a andar para a frente com essas ideias Americanas.
Presidente Abbas, por que não se junta a mim?
Nós temos de deixar de negociar acerca das negociações.
Vamos simplesmente andar para a frente.
Vamos negociar a paz.
Passei anos a defender Israel no campo de batalha.
Passei décadas defendendo Israel no tribunal da opinião pública.
Presidente Abbas, você dedicou a sua vida
a promover a causa Palestiniana.
Deverá o conflito prosseguir por gerações,
ou vamos permitir que os nossos filhos e os nossos netos
falem em anos vindouros de como
nós achamos uma maneira de pôr termo (ao conflito)?
Esse deve ser o nosso objectivo,
e é isso que eu acredito que podemos alcançar.
Em dois anos e meio, encontramo-nos em Jerusalém uma só vez,
apesar da minha porta ter estado sempre aberta para si.
Se preferir, eu vou a Ramallah.
Aliás, tenho uma sugestão melhor.
Acabamos ambos de voar milhares de quilómetros para Nova York.
Agora estamos na mesma cidade.
Estamos no mesmo edifício.
Então vamos reunir-nos hoje aqui nas Nações Unidas.
Quem nos poderá impedir?
O quê que nos pode impedir?
Se ambos queremos verdadeiramente a paz,
o quê que nos pode impedir de nos encontrarmos hoje
e dar-mos início às negociações de paz?
E eu sugiro que conversemos aberta e honestamente.
Escutemos um ao outro.
Façamos como se diz no Médio Oriente: falemos "doogri".
Significa falar com franqueza.
Eu dir-lhe-ei as minhas necessidades e procupações.
Você dir-me-á as suas.
E com a ajuda de Deus, encontraremos um terrano comum para a paz.
Há um velho ditado Árabe que diz que não se pode aplaudir com uma mão.
O mesmo acontece com a paz.
Eu não posso fazer a paz sozinho.
Eu não posso fazer a paz sem você.
Presidente Abbas,
Eu estendo a minha mão - a mão de Israel - em paz.
Espero que agarre essa mão.
Somos ambos filhos de Abraão.
O meu povo chama-lhe Avraham.
O seu povo chama-lhe Ibrahim.
Partilhamos o mesmo patriarca.
Habitamos a mesma terra.
Os nossos destinos estão interligados.
Realizemos a visão de Isaías
"a gente que caminhou na escuridão verá uma grande luz."
Que essa luz seja a luz da paz.
Em nome da Assembleia Geral
desejo agradecer ao Primeiro-ministro do Estado de Israel
pela declaração que acabou de fazer. �