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Vou por atalhos
Se faço curva, faço nó
Eu não tenho timão nem direção maior
Criando atalhos
a golpes de satisfação
Faço escultura em luz de lampião
Meu oriente é
rente à televisão
dos passos que passeiam no ***ão
Menino, a lente é
vidro de aumentar visão
e a mente é de alimento à solidão
Porque eu não quero ficar aqui
Enquanto uns dormem
Quero um balão pra poder subir
E avise que eu vou voltar
Se não cair
Fazendo um talho
A ponta é de faca sem dó
Entrega ao punho em sua direção
E assim me valho
de verbo ou de coisa melhor
e aceito a cicatriz como perdão
Deixa eu me explicar sem medo tão mais cedo quanto for
Assim não é preciso impressionar
Cale-me com um segredo Que eu não possa ver a cor
Talvez seja mais fácil de acordar
Porque eu não quero ficar aqui
Enquanto uns dormem
Quero um balão pra poder subir
E avise que vou voltar
Se eu não puder viajar
Me encontre aqui
Talvez eu vá me esconder em mim
Em mim
Em mim
Em mim
Em mim