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Oi! É o Sr. Andersen. Bem-vindos ao meu podcast sobre o sistema digestivo. Um
dos meus animais favoritos é a mosca-varejeira. A mosca-varejeira suga a secreção do animal morto e
cria uma pequena bolha que evapora deixando pra trás somente a parte sólida, isso porque
existe muito fluido na secreção. A mosca-varejeira é um exemplo de um organismo que se alimenta de líquidos.
O que é uma forma singular de se alimentar. Temos também os animais filtradores. Um exemplo
é a baleia azul tomando um monte de água do oceano, esguichando a água para fora e
usando sua barbatana para reter os Krills . Ou um organismo que se alimenta de detritos, como uma lagarta
que mora dentro do substrato de uma folha. Mas a maioria de nós ingerimos alimentos em porções. Quer dizer
nós ingerimos nossa comida em pedaços, e depois temos que digeri-la e absorvê-la
dentro do nosso corpo. Eu quero começar com a imagem de um doughnut. A razão disso é que
faz você salivar com vontade de comer um doughnut. Mas também porque tem um
furo nele. Se você colocasse o dedo neste orifício, seria
muito parecido com o alimento se movimentando através do orifício que é o nosso sistema digestivo. Em outras palavras, o alimento
vai se mover da sua boca ao seu ânus, mas não está realmente dentro de você
Quando você coloca seu dedo no orifício de um doughnut, ele não está tecnicamente dentro
do doughnut. Assim como a comida passando pelo seu sistema digestivo, não está tecnicamente
dentro do seu corpo. Ela só passa através desse orifício no seu corpo. Podemos até absorver
este material dentro do nosso corpo, mas não até que ele fique muito pequeno. Assim, você é o que você come.
O que significa isso? Bem, existem basicamente quatro tipos de macromoléculas que formam
os organismos vivos, de carboidratos à ácidos nucléicos. Desta forma você vai pegar a comida, como
esta pizza, vai romper a estrutura dos polímeros reduzindo-os a minúsculos monômeros e daí
recombiná-los dentro de você. Então, quando você olha para mim agora, o que você realmente
vê é a proteína que estava na comida que eu comi semanas ou meses atrás. Uma boa maneira de ver se
você entendeu o sistema digestivo é se quando chegarmos ao fim deste podcast e eu
mostrar essa pizza novamente, você poderia explicar cada uma dessas quatro grandes macromoléculas
de carboidratos à proteínas, lipídios, ácidos nucleicos? Onde é digerido? Se você
compreender onde e como elas são digeridas, então você realmente entende como funciona.
Mas a coisa toda começa com a Teoria Pavloviana. Pavlov foi um cientista russo
que usava cães para medir a quantidade de saliva que eles formavam. Havia um sino que ele tocava.
Basicamente, ele condicionou os cães de tal forma que quando ele tocava o sino eles começavam
à salivar. É do mesmo jeito que funciona com a gente. Tem um episódio da série "The Office"
em que Jim usa em Dwight a teoria Pavloviana com a batida de um sino e uma bala de menta.
Vale a pena conferir. Basicamente, quando vemos a comida, começamos a salivar. Nós temos
glândulas, três grandes glândulas, que produzem saliva e a expelem
em nossa boca. A saliva tem água, mas principalmente muco. E uma enzima
chamada amilase. A amilase faz a quebra do amido, a amilose do amido. Ela fará a quebra
ou iniciará a quebra do carboidrato. Assim, nossos dentes estão lá para mastigar
e formar o bolo alimentar. Nossa língua está lá para levar de volta o alimento até os dentes, mas no final
vamos formar um bolo, e esse bolo vai ser movido para baixo no nosso esôfago. Aqui
nesse lugar temos uma epiglote que vai fechar, porque não queremos que a nossa comida vá para
dentro da nossa traquéia e nossos pulmões. Assim, se você engolir, nesse momento você pode
sentir essa epiglote se mover quando movimentamos o alimento dentro do nosso esôfago. Nós temos o controle
até aqui, mas logo ele estará passando entre músculo liso e por fim acabará no estômago.
E aí, o que está acontecendo no estômago? Bem, nós vamos ter um esfíncter aqui que fecha
E um esfíncter aqui. Assim, a comida vai acomodar-se dentro do nosso estômago. Vamos
quebrar o alimento quimicamente e mecanicamente. Há uma série de músculos dispostos neste sentido
Músculos dispostos nesse sentido. E músculos neste sentido. Basicamente, eles irão
amassar o alimento. E quando não há nada lá, você pode ouvir, seu estômago
roncando enquanto tenta moer nada. Então, basicamente, essa é a digestão mecânica e
o alimento vai ficar lá por minutos ou horas sendo triturado. Mas também temos a digestão
quimica no estômago. Há duas células que você deve guardar. Elas são as células principais
e as células parietais do estômago. Basicamente, elas são as células que estão na parede do estômago.
Nós também produzimos muco porque não queremos digerir o próprio estômago. Dessa forma
existe muco aqui. Duas substâncias então que são produzidas são o ácido clorídrico, que
são produzidos pelas células parietais. O ácido clorídrico vai se mover
pra cá. Sua função não é digerir o alimento, mas criar um ambiente ácido
para que outro substância química, chamada pepsina, possa iniciar a quebra das proteínas.
Assim a digestão de proteínas começa a ocorrer aqui no estômago quando começamos a desmaranhar
as grandes proteínas em cadeias simples de aminoácidos as quais podemos no final digerir
no duodeno. Okay! Então esse é o estômago. Na sequência, vamos passar para o duodeno. O duodeno
é a primeira porção do intestino delgado. Existem algumas coisas importantes
que se ligam aqui. A primeira delas é a vesícula biliar. Nós vamos então
ter o ducto biliar que vai despejar a bile no duodeno. O que ela contém?
Ela contém os sais biliares. Os sais biliares são importantes porque se alguma vez você já tentou misturar gordura com
água ou óleo com água, por ser hidrofóbica você não consegue misturar. O que é legal
sobre estes sais biliares é que eles vão de fato envolver os lipídios. Torná-los muito menores
conseguindo emulsificar a gordura. E desta forma que podemos começar a fazer a quebra das gorduras. Okay. Então, isto
é importante. Em seguida, temos uma porção de enzimas que vêm, oops... deixa eu voltar, uma porção de
enzimas que saem do pâncreas. O pâncreas é importante porque
pode regular o açúcar no sangue. Mas ele também sintetiza, é uma glândula, sintetiza todas
estas enzimas. A lipase pancreática entrará no duodeno e
fragmentará os lipídios. A amilase pancreática é também importante porque vai
fragmentar os carboidratos. Temos também tripsina e quimotripsina. Elas fragmentarão
diferentes tipos de aminoácidos ou entre as ligações de diferentes aminoácidos de tal forma que possamos quebrar
as proteínas em seus principais constituintes. Temos também nucleases que são produzidas
no pâncreas também. Desta forma nós temos uma grande quantidade de enzimas que são produzidas pelo pâncreas
e elas farão a quebra dos diferentes tipos de alimento à medida que entram no nosso corpo. Continuando,
nós nos movemos para baixo no intestino delgado para o jejuno e o íleo. Como se
seguissemos o alimento, isso seria o duodeno. Se seguirmos o alimento, passamos
por este tipo de labirinto até o final do nosso intestino delgado. Esta primeira parte desse labirinto é
chamado jejuno. O que acontece aqui é que vamos terminar de fazer a digestão
do alimento e depois vamos começar a absorção de nutrientes. Como isso funciona? Bem, se este
é o revestimento do intestino delgado, temos essas vilosidades e microvilosidades. Existem
capilares que se estendem para cá e mais pra fora e
transportam os nutrientes para dentro do nosso organismo. Como conseguimos levar esses nutrientes para dentro do nosso organismo? Bem,
alguns por difusão molecular, mas muitos por transporte ativo, ativamente movendo o material para dentro
Deste modo, quando chegarmos até o final do íleo, teremos praticamente digerido e
absorvido a maior parte do alimento que precisavamos processar. Na realidade, nós não vamos mais
fazer a digestão desses monômeros à medida que avançamos dentro do intestino grosso. Então o que é que ele faz?
Bem, também chamado de cólon. Tem três partes distintas. Tem o cólon ascendente,
o cólon transverso e o cólon descendente. Mas essencialmente, à medida que esse resíduo se move pelo cólon ou
intestino grosso, reinvidicamos a água contida no resíduo. Também tem um monte de bactérias
que vivem aqui e que podem liberar vitaminas contidas no nosso alimento para que possamos absorver-las também.
Por isso é importante ter essas bactérias lá. Isso é uma coisa que eu não falei antes. Este
é o apêndice. O apêndice é na verdade o resquício de uma estrutura e tem um monte de bactérias dentro dele.
Às vezes ele pode inflamar e isso é um problema, porque se ele supura, essas bactérias
entram no nosso corpo, nós estamos em apuros. Ele em sí não tem uma função. Mas se olharmos para certos
animais, como um coala, por exemplo, seu apêndice ou seu ceco é bem grande, tipo
uma coisa que se parece com isso. E basicamente o que acontece é que as folhas são empurrados para baixo
aqui. E as bactérias vão ajudá-lo a fazer a digestão. Mas considerando que não comemos
muitas folhas, não precisamos dele. E então vamos ver o quanto você entendeu. Você pode associar cada um deles?
Onde ocorre a fragmentação dos carboidratos? Você se lembra? E as proteínas?
E os lipídios? E os ácidos nucléicos? Bem, vamos começar com carboidratos. A digestão do carboidrato
começa na boca, porque temos amilase na boca. Mas é também
no duodeno. Porque temos amilase pancreática. E as proteínas? A quebra das proteínas começa
no estômago, não na boca. Mas aqui vamos ter pepsina, lembra?
Ácido clorídrico para baixar o pH. E à medida que nós passamos para cá, vai ser a tripsina e o quimotripsina
que vão ajudar a fazer a fragmentação. E as lipases? Oh...desculpa. Lipídios
há duas coisas sobre lipídios que você deve se lembrar. Nós temos a vesícula biliar. A vesícula biliar
vai produzir sais biliares para emulsificar os lipídios. E daí, vamos ter as lipases
que saem do pâncreas. E, finalmente, temos nucleases que vão fragmentar
aqueles ácido nucleicos. No final, nós então absorvemos todos esses nutrientes no intestino delgado.
Todos esses vasos conduzem os nutrientes até o fígado onde vamos decidir o que fazer
com esses elementos essenciais à vida. Mas, no final, acabámos por reutilizá-los em nossas células.
Em outras palavras, onde você obteve o seu DNA? Onde você obteve seus açúcares? Onde você obteve as suas
proteínas? É na sua alimentação. E agora que você pegou tudo isso e fragmentou em pequenos monômeros
nós pode reutilizá-los para formar os polímeros que nos formam. Então esse é o seu
sistema digestivo e espero que tenha sido útil.