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Você tem fósforo? Não estou achando os meus.
Sim, eu tenho.
Obrigada.
A primavera chegou, notou? É um dia muito bonito para trabalhar.
É mesmo.
Vamos sair daqui, viajar e ver o mundo. Que tal?
Combinado.
Trabalha na Forsberg, não é? Não é bom, hein?
-Já viu a quitanda onde trabalho? -Fria, não é?
No último verão, pensei que minha bunda ia congelar.
Você viu ''Canção de Amor'' no Garbio?
Você gostaria de...
De ver o filme com você? Eu adoraria.
Que tal hoje à noite?
Ótimo.
Preciso ir agora. Nos vemos na entrada do cinema às 1 9:00.
-Até logo. -Até logo.
Há um toque de primavera no ar.
É verdade.
Onde está aquele maldito rapaz?
Sumiu de novo, mas vou ensinar-lhe uma lição.
Diga-lhe que preciso das faturas.
São 1 5:30. Disse ao cliente que as xícaras estariam lá às 1 5:00.
Aquele rapaz nunca se mexe, e agora ele some.
Mande-o embora, Johan, aqui não é uma casa de repouso.
E peça para ele trazer as xícaras 53 da loja, se ainda tiver.
Devem ter sobrado algumas, ao menos que ele as pegou sem perceber.
Onde você estava?
Por que sumiu assim, Lund?
-Traga todas as xícaras 53 da loja. -Não sobrou nenhuma, eu lhe disse.
Não sobrou? Eu já lhe disse inúmeras vezes: tome nota disso.
Sem desculpas. E pegue duas dúzias das 28.
-E aquele outro pedido? -Ele pode entregá-lo agora.
Ele sempre tenta ficar grudado em mim...
E as faturas? Lund foi tomar café durante o horário de trabalho?
Obviamente. Eu mesmo vou pegá-las.
-Mais alguma xícara 28? -Pelo menos, dez dúzias.
Sempre preciso ficar em cima de você, como agora com as 53.
-Ele quebrou algo novamente? -Elas escorregaram.
E as faturas? Quantas vezes eu preciso te lembrar?
-Eu mesmo vou pegá-las para você. -Que faturas?
Em branco, é claro: chegou a hora da contabilidade mensal.
Agora, faça essa entrega muito rápido. Vamos!
Você criou raiz, seu maldito saco de batatas?
Pode me beijar agora, querido.
Adeus, meu amor.
Talvez não nos vejamos nunca mais.
Adeus, meu amor.
Adeus.
Ela não era maravilhosa?
Há pessoas que têm boa vida, casas bonitas, são tratadas bem por todos...
e vão de carros caros a clubes, discotecas e outros lugares.
Olhe para aquela linda blusa na janela.
Sim, é bonita.
Abrace-me para que eu não fique com frio.
Pode me beijar agora, Harry.
Somos loucos um pelo outro, não é?
Monika...
Estou louca por você.
Para mim, só há você.
Estou com frio: não podemos ficar sentados aqui por muito tempo.
Abrace-me de novo antes de irmos.
Não está chateada comigo, está Monika?
Eu acho você legal.
-Verdade? -Claro que sim. Vamos agora.
-Olá. -Olá, está bonito.
Você precisa ir para casa antes?
Não, mas estou com o uniforme de trabalho.
Achei que pudéssemos comer alguma coisa na minha casa.
Meu pai está num clube náutico...
ele está jantando com os amigos antes do encontro anual...
Então, pensei que pudéssemos...
Você é meigo. Será adorável, é quase como se estivéssemos casados.
Você é diferente dos outros, é como o personagem de um filme...
vamos.
Sua casa é bonita.
Se lá em casa fosse tudo tão arrumado assim, mas as crianças quebram tudo.
Quem é essa?
Minha mãe. Ela estava sempre doente e morreu quando eu fiz 8 anos.
Meu coitadinho Harry.
Sente-se enquanto eu faço o café.
É só um presentinho para você.
Para mim? Vou abrir.
Elas sempre estão na moda. Obrigada, Harry.
De nada.
Sinta como a meia é macia.
-É a sua perna que é macia. -A perna é sua agora.
-Vou deixá-la aqui. -Deixe-me inteira, não irei embora.
Não vou deixá-la ir.
Vem cá.
Meu pai!
Ele parece que está doente de novo.
Parece que a gente estava fazendo o que fazia?
Não, ele não enxerga bem sem os óculos.
Você deve ser Monika.
-Espero não estar atrapalhando. -De maneira alguma.
-Está doente? -Sim, eu tive de abandoná-los.
Meu estômago, como sempre.
Não consigo melhorar...
é melhor eu ir para o hospital de novo.
Não ligue para mim, senhorita, tenho meus sofrimentos para aguentar.
Deixe para lá, o mundo é assim.
Vou sentar um pouco na cozinha.
É melhor sairmos para que ele possa ir dormir.
Vou levá-la em casa.
Parece que a gordinha da Monika está com namorado novo.
Fique quieto senão vou contar ao zelador que roubou a bicicleta dele.
Não faria isso com um velho amigo, faria Monika?
Vou deixá-la continuar com o seu namorado...
O Lelle é um perigo.
Diga a seus pirralhos para não chutar...
a minha porta quando passarem.
E você diga ao seu homem para parar de roncar...
e deixar a gente dormir.
Monika, acorde.
Pegue a bituca que está no bolso do meu casaco.
-O que você vai me dar? -Tem puxa-puxa lá, divida.
Vamos.
Mamãe, me dê o fósforo.
Quietos!
Vamos, levante.
Não fique aí de camisola.
Monika suja!
Calem a boca!
Fiquem quietos!
-Onde eu coloco isso? -Aí no chão.
-Tire a mão. -Vale a pena passar a mão nela.
Pensei que tinha se aposentado.
Preciso de uns trocados.
Odeio esses caras: por que não vão para casa e apalpam suas mulheres?
Talvez isso não os deixe excitados.
-Estou cansada de tudo isso. -Vamos sair hoje à noite.
Nada feito, eu tenho um namorado firme agora.
Você também? Até a Pyret está comprometida...
-ficou sabendo? -O chefe!
Diga a seu encarregado para ele...
colocar essa garrafa na minha conta.
Vá logo, antes que eles fechem.
Examine bem e separe as ruins.
Vou ajudá-la a colocar aí em cima.
Vai sair comigo nesse final de semana?
Não, eu terminei com você, então saia!
Pare!
Está bem, fique aí até que o diabo a carregue.
A nota da entrega.
-Não vai entrar agora? -Não, estou ocupado.
Uma saideira antes de você entrar.
Vamos.
Essa é das boas.
-Até logo. -Até mais.
O que você quer agora?
Não se lembra? Faz 25 anos que nos conhecemos.
Eu tinha esquecido, mas você se lembrou.
Então, eu lhe trouxe um bolo e uma garrafa.
Os meninos vão gostar do bolo.
Deixe isso para lá, venha me abraçar.
Que lâmpada, hein?
Não se pode ler em paz?
Pegue as velas e vamos fazer de conta que é Natal.
Parece o Natal. Estou com uma garrafa.
-Tem picles? -Sim.
-Não chute meus sapatos novos. -Deixe as coisas no lugar então.
Bêbado, como sempre.
Vou te ensinar, sua pirralha!
Não chore, eu não tive a intenção, mas fico louco quando ouço...
Não precisa mais se preocupar comigo, não ficarei mais aqui.
Ela está ofendida.
Seu velho bobo!
Por que está aqui, Monika?
Meu pai está louco.
-O que ele fez? -Ele me bateu...
está louco, eu não disse?
Eu liguei na Forsberg, mas você não estava lá.
-Eu levei o papai ao hospital. -Posso ficar com você então?
Não, a minha tia veio para ajudar, ela está com as chaves.
Eu não vou voltar para casa de novo.
Espere aqui, vou entrar e ver o que posso fazer.
-Vou entrar também. -Espere no saguão.
Sim, ela está lá.
Prometi a um amigo que lhe emprestaria o saco de dormir, ele vai acampar.
-Mas ainda está muito frio. -Eu prometi.
Bem, não é da minha conta.
Os pais não deviam deixar seus filhos...
acamparem antes de o tempo esquentar.
-Estou saindo. -Não demore muito.
Talvez eu não volte antes de você sair.
Tem coisa para fazer aqui até as 24:00.
É o barco do meu pai, podemos morar nele.
Tem um pouco de cheiro de tinta.
Estou ensopada, mas ficarei com frio se tirar o casaco.
O saco de dormir é quente.
Não quero amassar a minha saia.
Tire sua calça, senão ela vai perder o vinco.
Que pernas belas e longas você tem.
O que foi agora?
Eu perdi o horário, vão reclamar no trabalho.
Sai do trabalho na semana passada. Deixe o trabalho de lado hoje.
Vou voltar logo depois das cinco.
Vou trazer algo para comermos.
Você tem dinheiro?
Estou quebrada.
-Isso está bom? -Sim, vai dar.
Até mais.
Cuide-se bem.
-Isso é hora de chegar ao trabalho? -Desculpe-me, perdi o horário.
Justo agora que estamos tão ocupados. Isso é irresponsabilidade.
-Devo entregar aquelas? -Não, embrulhe o pedido urgente antes.
O velho está vindo.
Agora, fique sabendo: ele sabe que você se atrasou.
Então, decidiu vir enfim.
Meu pai está doente e eu não ouvi o despertador.
Ele está saindo com aquela vagabunda da quitanda.
-Cuide de sua vida! -Olhe a língua!
Esse rapaz não tem jeito.
Não use esse tom, Lund. Tenho recebido reclamações de você.
Tenho feito o melhor, mas sempre me maltratam, é melhor eu sair.
Faça uma semana de aviso prévio.
Não, vou deixar o rapaz sair. Escreva uma carta de recomendação para ele.
Ele perde o salário de uma semana, mas recebe o dinheiro das férias.
Vamos, se mexa.
Você embrulha, eu estou saindo.
Mas temos tanto para fazer, não posso fazer hora extra.
Eu também.
Johan, eu tenho um gole de...
Então, está bom.
Monika! Monika!
-Oi. -Oi.
Agora podemos ir para onde quisermos.
Lembra o que disse sobre viajar?
Bem, que os outros se danem agora.
Gostaria de matar todos que querem nos impedir e nos fazer rastejar.
Deixe-os se matarem de trabalhar, o que isso nos importa?
Vamos viajar agora mesmo.
Pule.
Harry, acorde. Vamos.
Eu perdi o horário.
-Eu não perdi o horário. -O café está pronto. Foi eu que fiz.
Conseguiu acender o fogão? Você é esperta.
Harry!
Acho que agora estão se matando de trabalhar na Forsberg.
E estão guardando caixotes na minha quitanda.
Nós nos rebelamos contra eles e contra todos.
Lembra-se da história que lemos ontem? ''O Amante sem Lei''.
Eu não sei dançar.
Não ligue, você é o mais bonito de todos.
Deixe comigo.
Vamos, eu conheço um píer melhor.
Vamos.
Aquele não é o Lelle?
Você está louco. Vamos.
Sabe...
eu sempre fui sozinho, de certo modo.
Minha mãe ficou doente quando eu tinha 5.
E morreu quando eu tinha 8.
Isso afetou meu pai de maneira estranha: ele ficou muito quieto.
Todas as noites, comíamos em casa, eu e ele, sem falar uma palavra.
Só ficávamos sentados.
Nunca fiquei sozinha em casa. Os meninos são barulhentos e quebram tudo.
Papai chega em casa bêbado, gritando e, às vezes, bate na gente.
Mas ele é engraçado também.
Sua vida não foi melhor do que a minha.
Monika, pensei em estudar em casa.
Se eu me dedicar, posso me tornar um engenheiro, sempre gostei de máquinas.
No ano passado, consertei o motor do barco, papai não conseguiu.
Poderíamos nos casar quando você se tornar engenheiro, não seria legal?
Eu acho que estou grávida.
É verdade?
Então vamos voltar, preciso trabalhar, e você precisará se alimentar direito.
Eu não voltarei, quero passar esse verão exatamente desse jeito.
Harry, você é a melhor pessoa que eu conheço...
Monika...
você e eu faremos algo na vida.
Só vamos gostar um do outro.
Vou estudar e trabalhar para que possamos nos casar...
e viver numa casa boa e ter coisas boas, nós e o bebê.
E quando você chegar em casa, o jantar vai estar pronto...
e nós passearemos com as crianças aos domingos...
e eu não precisarei trabalhar, e ficarei em casa e terei sempre boas roupas.
Teremos tudo juntos, vamos ficar juntos.
Só você e eu.
Vamos dançar.
Um passo para cá. Um passo para lá.
É isso.
Você está fora de ritmo.
-Você é muito chata. -Vamos.
O que aconteceu?
O barco está pegando fogo, há alguém lá.
Ele te machucou?
Pare! Não faça isso!
Monika, nosso vizinho está mudando.
Aqui vai o primeiro copo!
Agora o segundo copo!
Vamos beber!
Coma isso.
Vamos.
Cogumelos fritos, cozidos, na sopa - aqui, ali e em todo lugar.
Nosso Harryzinho será um cogumelo, e não um menino.
Precisamos pensar em algo.
-Voltar para casa, talvez. -Eu não quero ir.
Mas você precisa de alimentação adequada.
Lembra-se daquele pomar que vimos duas noites atrás?
Maçãs são melhores do que cogumelos. Também há batatas.
-E se nos pegarem? -Ninguém me viu roubar o leite.
Você também ficou assustado.
Bem, você precisa comer.
Se você está medo, eu mesmo vou lá com o barco.
-Não pode ir sozinha. -Venha junto, então.
-Ainda não está escuro o bastante. -Ninguém sabe disso.
Hoje é sábado, as pessoas vão para seus chalés nos finais de semana.
Podemos dar uma olhada, pelo menos.
É claro que podemos dar uma olhada.
Sua ladra! Sua ladra!
Venha aqui!
Deixe que eu vou pegá-la!
Não é tão fácil como pensava, garota. Vamos dar uma olhada em você.
Pensei que fosse um rato. Fiquei tão assustada...
que deixei cair a leiteira.
A melhor coisa é deixar a polícia cuidar de você.
Qual é o seu nome?
O policial está a caminho, não vai levar nem 1 0 minutos de carro.
Então, você vai dormir na cadeia...
talvez não pela primeira vez.
Coma.
Não é do seu gosto?
Depois disso, preciso de uma cerveja para me acalmar.
Largue-me!
Harry!
Harry!
Por que não me ajudou?
Não sabia onde você estava.
Você devia ter adivinhado que eu tinha sido pega.
Você devia ter ficado no barco. Pensei que tinha ido pegar maçãs.
Não teríamos carne se eu tivesse ficado no barco.
Preciso me alimentar bem. Se você não consegue, eu vou.
Acho que torci o meu tornozelo.
-Vamos, me mostre. -Não, está me machucando.
Provavelmente, não é grave.
Estou cansada de tudo!
Estou grávida, não tenho roupas, nada.
As coisas vão dar certo para nós.
Precisamos resolver as coisas e nos casar.
Vou trabalhar para nós três.
Eu não quero voltar.
Mas está ficando muito frio para ficar.
Eu não quero nada! Eu não quero!
Por que uns sempre têm boa sorte, enquanto outros nunca têm?
Monika...
nós temos um ao outro, não é?
Não tem mais chá?
E também não tem álcool para o fogão.
Precisamos esperar até voltarmos.
De qualquer jeito, o verão foi ótimo.
Mas tudo está diferente hoje.
Gostaria de voltar para a cidade?
Não assistimos a um filme desde ''A Garota que era um Sonho''.
Nós estivemos sonhando.
Harry, estamos em casa de novo.
Vamos mostrar-lhes que podemos nos virar.
Agora, tenho uma razão para trabalhar, Monika.
Meu irmão ficou seis meses no hospital, agora está no sanatório.
Então, eu fico de olho nas crianças e, bem, você sabe...
a Srta. Eriksson está grávida e eles querem se casar.
Qual é a idade deles?
Harry tem 1 9 e ela 1 7.
Bem, são muitos jovens.
Sim, se não fosse pela criança, mas precisamos pensar...
Um momento.
Por serem menores de idade, precisarão de uma autorização da justiça.
Nós fizemos isso, aqui estão os documentos.
Espero que quando saírem os proclamas do casamento, eles possam se casar.
Entendo. Há alguns formulários para serem preenchidos.
Espero que sejam gêmeos: eles te ligarão quando tudo terminar.
Atenda, é para você.
Alô. Quem é?
Deu tudo certo? Ela está bem?
Sim. É mesmo?
Que bom. Obrigado.
Não passou de um susto, não é?
É verdade.
É uma menina, e tudo deu certo.
Agora, vá...
e volte sóbrio amanhã de manhã.
Vista sua melhor roupa e compre flores. Cravos.
-Vermelhos? -Não, verdes, para a sua idade.
Harry!
Está bem?
Que flores bonitas.
Está triste por ser uma menina?
É claro que não.
Não temos um Harryzinho.
Vamos chamá-la de Monika, está bem?
Acho que June é um nome muito mais bonito.
June Monika.
Não quer ir vê-la?
Minha menininha...
precisa dormir agora.
Dorme...
minha filhinha.
Não consegue fazê-la ficar quieta?
-Veja se você se sai melhor. -Não, ela já vai dormir.
''Segundo Pitágoras, o quadrado da hipotenusa...
é igual à soma dos quadrados dos catetos.
É importante decorar essa fórmula''.
Monika, acorde! São 7:30.
-E daí? Por que me acorda? -Minha tia está vindo.
Eu não a suporto: ela sempre reclama da arrumação.
Mas a ideia foi sua.
É claro, é legal da parte dela cuidar da criança enquanto você está fora.
Fique com isso.
-Consegue se virar bem? -Não é muito...
-mas estará de volta na sexta, não é? -Essa é a ideia.
Talvez eu consiga economizar um pouco da diária.
Por que estamos sempre sem dinheiro?
Monika, espere até eu terminar os meus estudos.
E agora? Não temos dinheiro para ver um filme. Vivemos como porcos.
Podemos sair quando eu voltar.
De qualquer jeito, não tenho nada para vestir, então é isso.
Estou fazendo o que eu posso!
''Mas pague o aluguel sem falta, hoje é o último dia'', ele disse.
Preciso de um casaco novo.
Você sai por aí, eu tenho de cozinhar em casa.
Divirta-se, sem precisar cuidar da June.
Não se esqueça que a minha tia acha que você está trabalhando de novo.
Boa ideia a minha, hein? Ficaria louca com a criança dia e noite.
-Bom dia. -Bom dia.
Vou conseguir, apesar de que faz tempo...
que cuidei dos meus filhos.
Bem, todos precisam ajudar. A empresa foi boa ao lhe dar o trabalho.
Sim.
Cuide-se bem.
Você também.
Próxima parada: estação central de Estocolmo.
-Quase em casa. -Fomos bem no trabalho.
Não sei como conseguimos encaixar a coisa...
naquele espaço.
-Cansado, rapaz? -Nem um pouco.
Demoramos para nos acostumar ao trabalho:
é só sua terceira vez conosco.
Lund é um bom trabalhador, peça ao chefe para mantê-lo no nosso grupo.
Lembra-se do último rapaz, aquele preguiçoso? Sempre roubando cigarros.
Tudo bem, Lund. Você trabalhou bem...
todos nós gostamos de você.
É sempre a mesma emoção quando se vê...
a cidade de novo.
Se for rápido, pode ir para a cama com a mulher, para dar um abraço.
O que ela dirá quando eu chegar em casa um dia antes do esperado?
''Deve ter trabalhado muito para chegar em casa, sentiu muito a minha falta?''
Ela pode ficar mais do que surpresa, se outro cara estiver na cama com ela.
Falem o que quiserem, é uma emoção ver a cidade.
Faça como quiser, para mim tanto faz. Você tem feito isso há muito tempo.
Não dá para conversar com você!
Bem, e daí?
É melhor a gente se separar, não podemos continuar assim.
Você acha que eu sou a culpada, mas não sou.
-Não importa de quem é a culpa. -Você só estuda e faz suas coisas.
Para tornar as coisas melhores para nós e para a menininha.
Você está sempre economizando, não podemos comprar nada.
Você comprou coisas.
Com o dinheiro do aluguel. Precisava ter algo para vestir, não é?
Podemos ser despejados a qualquer momento, mas agora isso não importa.
Vá embora! Não aguento mais você resmungando.
Mas eu preciso ganhar para pagar o aluguel, hein?
Não estaríamos assim se não vivêssemos essa vida de família.
Estou cansada. Quero dormir. Vamos conversar amanhã.
Deixa que eu tiro.
Além do mais, eu fiquei feia.
Não sei por que as coisas ficaram assim entre nós.
Você nunca se importou comigo, você sempre fez suas coisas.
Não quero ser enterrada aqui, somos jovens, precisamos nos divertir.
Mas tudo que fiz foi para melhorar as coisas para nós.
Jogue a culpa nisso.
Diga-me...
com quantos você dormiu enquanto eu ganhava dinheiro...
para sua diversão?
E você, que não teve vergonha de ir para cama com o Lelle?
Eu estava apaixonada.
Não bata em mim.
Não bata em mim.
Monika.
Um monte de lixo.
Cinco kronor por tudo.
Agradeça-nos por levar isso embora.
Mas meu marido pagou 50 kronor só pela luminária.
A senhora não entende...
7,50 kronor, nada mais.
Obrigado por cuidar dela. Vou levá-la para casa agora.
-Mas você e seu pai não podem... -Quero cuidar dela.
Bem, é sua filha, e a mãe a abandonou.
Não posso vender por esse preço.
10 kronor, é nossa oferta final. É pegar ou largar.
Vou ficar com a luminária, então.