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A cada sol nasce um novo dia.
Um novo começo.
A esperança de que as coisas serão melhores
hoje do que ontem.
Mas não para mim.
O meu nome é Eep.
E esta é a minha família.
Os Croods.
Se já não tinham uma ideia,
por as peles de animal
e a testa inclinada,
nós somos homens das cavernas.
A maioria dos dias
passamos na nossa caverna,
no escuro.
Noite após noite, dia após dia.
Sim. Lar doce lar.
Quando saímos,
lutamos para encontrar comida
num mundo cruel e hostil.
E eu luto para subsistir
a minha família.
Nós fomos os últimos em redor.
Costumava haver vizinhos.
Os Gorts, esmagados por um mamute.
Os Horks, engolidos por uma cobra areia.
Os Erfs, picada de mosquito.
Os Throgs, morreram de gripe.
E os Croods... Ou seja, nós.
Os Croods conseguiram,
por causa do meu pai.
Ele era forte,
e seguia as regras,
das pinturas nas paredes da caverna.
Tudo o que é novo é mau.
Curiosidade é mau.
Sair à noite é mau.
Basicamente, qualquer
coisa divertida é mau.
Bem-vindo ao meu mundo.
Mas esta é uma história sobre como
tudo mudou num instante.
Porque o que nós não sabíamos
era que o nosso mundo
estava prestes a chegar ao fim.
E não havia regras
nas nossas paredes da caverna
para nos preparar para isso.
Era suposto esperares
pelo meu sinal, Eep.
Eep.
Estivemos naquela caverna
uma eternidade.
Três dias não é uma eternidade.
É com esta família.
Eep podes vir aqui abaixo?
Estás a ser tão... tão dramática.
Não, não, não, Sandy, volta aqui!
Lembra-te do sinal.
Meninas bonitas esperam pelo sinal.
Assim que eu tiver a Sandy, eu vou
para dentro, e podes dar o sinal.
Não. Mas já estás cá fora.
Estou à espera do sinal, pai!
Esquece, Thunk.
Vem cá para fora.
Mas se não deres o sinal,
como sei que és o meu pai?
O sinal não é para saberes
que sou eu.
É para saberes que não fui
comido por um animal.
Então porque é que o
sinal é um barulho de animal?
Quero dizer, isso
apenas não confunde as coisas?
Eu ainda estou à espera
do sinal.
Mãe, estamos prontos para sair!
Mãe?
Ainda estou viva!
Ainda é cedo.
E tu ainda continuas gordo.
Formação do pequeno-almoço!
Quero ver alguma verdadeira
acção dos homens das cavernas lá fora!
Fazemos isto rápido.
Fazemos isto alto,
fazemos isto como uma família,
e nunca não ter medo!
OS CROODS
Fixe... pequeno-almoço...
Certo, quem é?
Vamos virar para ver quem é.
- Digam quando estiver no ar.
- Cabeça!
Cauda. Thunk está dentro
Posições!
Tudo bem.
Thunk, vai!
Vamos lá, Thunk.
É isso mesmo! Leva-o para a caverna!
Soltem o bebé!
Apanha-os, Sandy, vai!
Apanha-os, mãe!
Velhota fora de combate!
Eep, vinga-me!
Obrigado.
- Eep!
- Atenção!
Pai, podemos comer agora?
Espera até chegarmos em casa.
Eep, põe os travões!
Eep!
Quem está com fome?
Boa, pai.
Aqui está Thunk. Bebe.
Desculpa pai.
Parece-me que vai ser comida
rápida para esta noite!
Está tudo bem.
Eu comi na semana passada.
Dois avisos juntos!
Vão, vão, vão.
Vamos lá, vamos lá.
A escuridão traz a morte!
Sabemos isso.
A lua está cheia.
Noite de banho.
- Corre pela tua vida!
- Tu também mãe.
Eu não quero perder a
minha camada protectora.
Mãe, tens formigas.
Vês? Sandy não faz birra.
- Ela ainda está lá fora?
- Sabes que ela odeia a caverna, Grug.
Por favor, volta amanhã.
Como pode ela não gostar da caverna?
É tão acolhedora.
É um pouco escura, certo?
Não é assim tão escura.
Eep!
Vamos, eu tenho de fechar
a caverna.
Eep!
Está bem! Está bem!
Vamos.
Eep! Desce!
- Essa foi por pouco!
- Eu estava a ver. Eu estava bem.
O que estavas a fazer
lá em cima, Eep?
Não sei.
- O que estavas à procura?
- Nada.
Bem, então, porque
foste lá a cima?
- Eu não sei!
- Porque é que não sabes?
Pára de procurar por coisas!
O medo mantém-nos vivos, Eep.
Nunca não ter medo.
Qual é o sentido de tudo isso?
- O que foi isso?
- Quero dizer, porque estamos aqui?
Para que estamos a fazer isto?
Ninguém disse que
sobreviver é divertido.
Nada é divertido.
Será que podes vir aqui?
- Grug?
- Eep?
Sai!
- Sim. Está bem, só estava a...
- Sai!
Só não entendo porque ela
precisa da sua própria base.
É só isso. É só
disso que se trata.
Ela está a trabalhar em algumas
coisas e precisa de algum espaço.
Que coisas? Por quanto tempo
é que isto vai demorar?
Sério? Ela já
nem me ouve.
Vês, ela está a ouvir.
Se ela quiser sobreviver,
ela tem que seguir as nossas regras.
- Que tal uma história? Eep adora.
- É uma boa ideia.
- Que tal uma história?
- Sim, conta-nos uma história.
Tudo bem. Podes-me emprestar isso?
Obrigado.
Eep! O teu velho favorito!
Eu já não brinco com isso há anos.
Hoje à noite vamos ouvir a
história do urso Krispy.
Há muito tempo atrás, este
ursinho estava vivo.
Ela estava viva, porque
ela ouviu o seu pai
e viveu a sua vida na rotina
na escuridão e terror.
Então, ela era feliz.
Mas Krispy tinha um problema terrível.
Ela estava cheia de...
Curiosidade.
- Grug!
- Sim, sim.
E um dia, enquanto ela
estava numa árvore,
o ursinho curioso
queria subir até o topo.
E ainda não tinha subido
ao topo ela viu algo novo e
- morreu.
- Assim de qualquer maneira?
Sim! Seus últimos momentos de
terror ainda gélidos no seu rosto.
O mesmo final como todos os dias.
Já percebi pai. Nunca vou
fazer algo novo ou diferente.
- Homem esperto Thunk.
- Tudo bem, todos afiem os dentes
e vamo-nos juntar.
- Ar...
- Tu falas.
Eu sou uma pessoa, como tu.
Mais ou menos... como tu.
Está bem, está bem.
Podias... podias não te importares...
Isso faz cócegas.
Cala-te! Não era suposto
eu estar aqui.
- Eep desapareceu.
- O quê? Grug!
Fica na caverna!
Ena, és muito forte.
Não! Ele é meu!
- Por favor...
- Não! Não!
- Mas ele está a morrer!
- Eu apanhei-o.
Eu consigo arranja-lo.
Por favor...
Por favor. Eu odeio o escuro.
Vamos lá, vamos lá...
Ele faz o que lhe dizes?
Bem, sim, mais ou menos.
- Sol?
- Não, não. Fogo.
- Olá Fogo.
- Ele não está vivo.
Mas disseste que estava a morrer.
- Desculpa.
- Ele vem de onde tu vieste?
- Não, eu faço isso.
- Faz algum para mim.
- Está bem. Ele não sai de mim.
- Faz.
Faz. Faz acontecer!
Fazes isto muitas vezes.
Estás morto? Posso ter
o teu fogo se estiveres morto?
Esses são frios! Achas?
Conchas auditivas, activar.
Concordo. Menina Tigre,
precisamos de sair imediatamente.
Eu nem te conheço.
- Eu sou o Guy.
- Guy?
E este é o Cinto. Cozinheiro,
conversador, navegador,
também mantém as minhas
calças para cima.
- O que são 'calças'?
- Quem és tu?
- Eep.
- Deixa-me esclarecer, Eep.
O mundo está acabar.
- O quê?
- Vou chama-lo de... "O fim".
- Como é que sabes?
- Eu já vi. Está a vir para cá.
Primeiro, o chão vai tremer.
Depois vai-se romper.
Tudo cai lá dentro.
Fogo, lava. Eu não quero
parecer muito dramático, mas...
Acredita em mim, tudo o que está de pé
diante tudo isto aqui, terá desaparecido.
Temos que chegar ao terreno mais alto.
Eu conheço uma montanha,
Por ali.
É a nossa única oportunidade.
Vem comigo.
- Eu não posso.
- Tudo bem.
Aqui.
Se sobreviveres, chama-me.
Obrigado.
Olá?
- Pai!
- Magoaste-te? O que te levou?
Nada. Saí por mim mesma.
- Tu... o quê?
- Pai, deixa-me explicar.
Nunca me deixas falar.
Estás de castigo.
- Eep!
- Mãe!
Grug! O que aconteceu?
Sabes, estou tão danado agora
que eu não consigo falar com ela.
- Eep?
- Nunca irás acreditar.
Eu encontrei algo novo.
- Novo?
- Novo é um grande problema.
Esperem.
Eep, fica dentro do círculo
de matança da família.
- Mas não foi mau.
- Novo é sempre mau.
- Não. Ele era simpático.
- O quê? Desculpa-me, ele?
Bem, eu pensei que ele era um javali,
mas depois ele transformou-se
num rapaz.
Estranho. Geralmente é o inverso.
Eep tem um rapaz porquinho!
Eep tem um rapaz...
Havia um rapaz. Vejam, está bem?
Vou chamar-lhe.
O que se passa com vocês?
- Era perigoso.
- Foi lindo.
Queres ver perigo?
Aqui.
- O meu farejador!
- Tudo bem, Eep, já chega.
Vamos voltar para a
caverna, e tu vais ficar lá
até que sejas
mais velha que... tu sabes.
- Ela!
- O quê?
Não me podes manter aí
dentro para sempre!
Ele disse que isto iria acontecer.
Para à caverna.
Vão!
Cuidado!
Parem!
- Estão todos bem?
- Sim.
Grug, a caverna. Foi-se.
Não...
Vocês precisam de ver isto.
- Devíamos ir lá!
- Não. Não.
Ninguém vai a lugar nenhum.
O que mais disse esse rapaz?
- Vamos, Avó!
- Apenas vão. Vão!
Um, dois, três, quatro, cinco...
Seis.
- Onde estamos?
- Não sei. Não tenho a certeza.
Em baixo. Num local mais baixo.
Uma coisa é certa, não podemos
voltar para trás por onde viemos.
Sandy? O que é?
Não, não. Espera.
Volta, Sandy.
Não podemos estar
a descoberto desta maneira.
Precisamos de uma caverna.
Agora pisem onde eu piso.
Tudo bem.
Façam pouco barulho.
Esperemos que nada grande
saiba que estamos ainda aqui.
Esperem! Tudo bem.
Esperem! Tudo bem.
Esperem!
Esperem!
Tudo bem.
Esperem!
Esperem.
Então, pai, só para ficar claro, estamos
à procura exactamente a mesma caverna?
Se fosse eu... estava a
atirar isto lá para fora.
Se fosse eu a
escolher a caverna,
Eu escolhia uma caverna mais pequena.
Esperem!
- Pai!
- Eu trato disto.
Tudo bem, pai, dá-lhes uma sova.
Estou a adorar isto.
Pai, já percebi. Basta parar
de correr nos seus punhos!
Grug, quando terminares,
devemos ir andando.
É isso mesmo! Não conseguem
passar por isto!
Subam! Subam!
Mexam-se!
Caverna!
Vão! Vão!
Vamos, despachem-se!
Vamos! Vamos lá!
Olhem! Esta caverna
tem uma língua! Espectáculo!
Tudo bem. E faz um, dois,
três, quatro, cinco...
Seis.
E sete, se estamos a contar
com o Chunky o gato da morte.
Ele tem medo do escuro!
Esperem, nós estamos com medo
do escuro!
Círculo da morte!
Eep!
Eep!
- Cavernosos!
- Cavernosos?
Os homens das cavernas! Afastem-se!
Eles são praticamente animais.
- Vês os seus ossos, testas inclinadas?
- Sim!
- Os enormes dentes primitivos?
- Sim.
Os excessivos pêlos do corpo?
- Aquele até tem uma cauda!
- Sim.
Tudo bem. Fecha os olhos. Eu vou
ter que tirar as suas vidas.
Não, isso não vai ajudar.
Eles são a minha família.
O quê?
- O sol está nas mãos dele!
- Não, não, é fogo.
- De onde é que ele vem?
- Ele fez aquilo.
- Faz alguns para mim!
- Não sai dele.
Faz!
Sabe, é muito parecido
com a sua filha.
Óptimo, agora que ele está partido!
- É um sol bebé!
- Para trás. Não sabemos o que ele quer.
Agora vamos todos sentar aqui e
esperar que o sol volte.
E amanhã vamos
encontrar uma nova caverna,
e fingir que hoje nunca aconteceu.
Não é divertido isto, Eep?
Eep, não toques nele!
Só Deus sabe por onde ele andou.
Pai, a Sandy está a magoar o fogo!
Sandy! Sandy não!
O fogo não é um brinquedo.
- Que rapazinho tão bonito.
- Para trás!
Não, não, não, espera!
Ele gosta de mim! Está-me a morder!
Thunk! Tenta-te esconder na
relva alta e seca!
Pára, por favor!
Tenho apenas nove anos!
Bebés de fogo!
Olá.
Então, o teu pai, ele
está a tentar matar-me.
Sim. Mas eu não vou deixá-lo.
Aguenta-te, filho, volta!
Ele não vai parar.
Pára de me tocar!
Saiam!
Comam, bebés!
Morram!
Venci!
Eles não são tão assustadores
assim que os conheceres.
- Quem são vocês?
- Desculpa. Nós somos os Croods!
E tu és?
- Guy.
- Olá Guy.
Parece magia!
E cheira a comida.
Não comas isso, é novo.
Ainda vivos!
Vamos, continuem a comer!
Onde está o Guy?
Vais a algum lado?
A montanha. Terreno alto.
Fim do mundo, lembras-te?
Isso já aconteceu.
Destruiu a nossa caverna.
Não. Isso foi apenas o começo do fim.
O fim do fim ainda está por vir.
Eep. Larga-o.
Não o podemos deixar ir!
E se não encontrarmos
uma caverna antes do anoitecer?
E se levar alguns dias?
E se os pássaros voltarem?
Precisamos do fogo dele, palerma!
Tudo bem. Ficas connosco
até encontrarmos uma caverna.
O quê? Não, não vou! Não
me faças fazer parte disto.
Fica aqui, se quiseres,
mas deixa-me ir.
Eu tenho um sonho, uma
missão, uma razão para viver!
Agora já não!
Tenho uma ideia.
Vamos até aquela montanha.
É muito longe.
Pai já tem o seu coração
estabelecido numa caverna.
Há cavernas naquela montanha.
Já estiveste lá?
É uma montanha. As montanhas são
seguras. As montanhas têm cavernas...
Água. Paus.
Mãe, ouviste aquilo?
Eu posso ter o meu próprio pau!
Sim!
Paus e cavernas. Cavernas e
paus. Paus malucos. Vamos.
Pouco barulho!
Aquela coisa é estranha.
Não. Não. Não. Está tudo bem, Sandy.
É apenas um cinto.
Tomei uma decisão. Vamos
para aquela montanha!
Não me perguntem porquê.
É só um palpite.
- Parece-me o mais seguro.
- Eu não sei, Grug.
Na verdade nunca andámos
tão longe.
Acho que meus pés não
conseguem fazer isso.
Não vou viver o suficiente
para chegar lá.
Vamos fazê-lo.
Vamos lá, pensem só.
A nossa família toda,
embrulhados juntos
numa viagem longa e
lenta por todo o país?
Dias e noites, apenas só nós?
Contamos histórias.
Damos umas gargalhadas.
Tornar-nos-emos mais como uma família.
Tira-a de cima! Tira-a de cima!
Se não estás pronto para desafiá-la,
então não a olhes nos olhos.
Podes manter os teus braços gigantes
do teu lado do caminho?
Não é divertido isto? Estamos a fazer
a nossa primeira viagem juntos.
Pára de empurrar, ou eu
puxo a tua língua para fora!
Queres que volte com esta
família para trás? Queres?
Porque eu volto com esta família
para trás tão rápido...
- Pai, tenho que ir!
- Vá lá, tu consegues aguentar.
Não me parece.
Sandy, tira isso da tua boca.
Ainda assim tenho que ir!
- Tudo bem... e faz isso rápido.
- Pára com isso!
- Algo me mordeu!
- Eu não o culpo!
- Pai, posso descansar de carregá-lo?
- Não.
- E agora?
- Não!
- Agora?
- Não!
- Agora?
- Eu posso fazer isto o dia todo.
Não, não, não, e ainda não!
Eu não vou morrer com o estômago vazio.
Grug, estamos todos muito cansados.
- Comemos quando chegarmos lá.
- Está a demorar muito!
Vou agarrar um lanche.
Não faças isso! Ele
vai cortar-te.
Isso não é comida, ele é
um animal de estimação.
- O meu animal de estimação.
- O que é um animal de estimação?
Um animal que não se come.
Chamamos a isso crianças.
Nenhum homem devia ter um animal
de estimação. É estranho. E errado.
- É... comida!
- Não, não, por favor!
Não é isso. É aquilo!
Comida corrige tudo. Tudo bem,
mostra-me a tua cara de caçador.
Tu não! Ainda estás de castigo.
Vamos lá Thunk.
Doem-me os pés.
- Pareces tensa.
- Eu não estou tensa.
A menina irritada quer fazer o que
eles estão a fazer.
Eu não estava pronto.
Aguenta-te, Thunk. Estou a ir.
Porque estás a fazer isso?
- O que estão eles a fazer?
- A caçar.
Fica longe de mim!
Não, a sério, o que estão eles a fazer?
Tens uma tonelada de ovos.
Apenas faz outro ovo!
Agora estás a provocá-lo.
Aqui está.
Quem está com fome de escorpião?
O que aconteceu com
o ovo e o pássaro?
Sabes, perdemos eles.
Mas quando o pássaro pisou-me
e empurrou-me para o chão,
o escorpião agarrou-me, e
tu sabes, uma coisa levou à outra
e aqui estamos nós a comê-lo.
- Assim, quem ganha, ganha.
- Não é suficiente.
Não é suficiente. Preciso de mais.
Preciso de mais!
Vejam só.
Ela não me vai comer, pois não?
És muito magro. Se ela fosse
comer alguém, seria...
Mãe! Ela trancou a sua dentuça!
Dêem-lhe com um pau!
Fica longe de mim!
Seu velho monstro doentio!
Depressa! Põe o pau na boca dela!
Segurem-na quieta. Usa uma pedra.
Podes-lhe apenas bater nas pernas?
Porque estás a rebolar para fora?
Eu só quero algo para comer!
Tinhas insectos para o
jantar. Uma carrada de insectos!
Por favor! Eu deixo-te
ajudares-me a caçar.
- Sério?
- Não esperem por mim!
Contem a minha história.
- Tudo bem.
- O que chamas a isto?
- Uma armadilha.
- Como é que é isso?
Bem...
Há quanto tempo estás sozinho?
Então, o que fazemos?
Como é a tua actuação?
És boa nisto.
Eu... não.
- Desculpa. Não. Tudo bem.
- Desculpa-me.
- Esse é o meu braço!
- Certo, estou a movimenta-lo...
- Ele não pisou essa coisa de armadilha.
- Sim, já tinha reparado!
Onde está a Eep?
Ela é incrível.
- Eep!
- Pai, não!
É uma avalanche de sabores!
Parece que não vamos
ter nenhumas sobras.
O que são sobras?
Sabes, quando tens tanta comida
para comer que tens alguma de sobra.
Bem, nós nunca temos
assim tanta comida.
Grug, que tal uma história?
É uma boa ideia.
Que tal uma história?
Boa, uma história!
Conta-nos uma história!
Era uma vez
havia um pequeno tigre
que vivia numa caverna
com a sua família.
Havia um monte de regras, mas a maior
e a mais simples delas era,
nunca deixar a caverna durante a noite.
E a porta era tão pesada, que achavas
que seria mais fácil de te lembrares.
- Tão fácil de lembrar.
- Eu sei.
Mas, enquanto todos dormiam,
ela saiu de qualquer maneira.
- Não!
- Sim!
E não mais cedo do que ela tinha
feito, a sua caverna foi destruída
e toda a gente teve que ir
nessa caminhada longa e chata,
com algum maluco que conheceram,
e morreram!
O fim.
Eu não estava à espera dessa
reviravolta do fim.
As minhas histórias nunca acabam assim.
Fixe! Duas histórias numa só noite!
Está bem, mas não será tão
boa quanto a do Grug.
Era uma vez,
havia um belo tigre.
Ela vivia numa caverna com
o resto da sua família.
Seu pai e a sua mãe disseram-lhe:
"Podes ir aonde quiseres,
mas nunca chegues perto do
penhasco, pois podes cair."
E morreres.
Boa história.
Mas quando ninguém
estava a olhar...
Ela aproximava-se do penhasco,
quanto mais perto ela
chegava até ao limite,
mais ela podia ouvir, mais ela podia
ver, e mais ela podia sentir.
Finalmente ela estava no limite,
e ela viu uma luz.
Ela inclinou-se para tocá-la,
- E ela escorregou.
- E ela caiu.
E ela voou.
Para onde voou ela?
- Amanhã.
- Amanhã?
Um lugar com mais sóis no
céu do que consigas contar.
- Seria tão brilhante.
- Um lugar não como o de hoje, ou ontem.
Um lugar onde as coisas são melhores.
Amanhã, não é um lugar.
É... É...
- Não o consegues ver!
- É sim.
Eu já o vi.
É para onde eu vou.
Bem, nós vamos fechar os olhos
e dormir.
E quando acordarmos, vamos procurar
o lugar que tem tudo o que queremos.
- Amanhã?
- Uma caverna.
Foi mesmo à escapa.
Quase que nos apanhava.
- Eu estava a ver. Estávamos bem.
- Bem, temos que andar mais rápido.
Vocês não têm outra velocidade
além de "vagabundear"?
- Neste momento acho isto uma "farsa".
- Tens um minuto?
Como voou o tigre?
Só posso partilhar quando
estiver fora do tronco.
- Sou mais divertido assim.
- Deixa isso para mim.
Thunk, tens
uma aranha na cara.
Ele está solto!
Não pisem nessas estranhas,
pedras pontiagudas!
Queres dizer nestas rochas?
- Não pisem nestas pedras!
- Sai da frente, menina.
Olá? Ninguém ouviu! Ninguém está
a ouvir! Não podem andar aí!
Volta já aqui!
Bem, ali vai a nossa
oportunidade de sobreviver.
E o nosso tronco!
Tudo bem!
Saltar não ajuda. Quer dizer, só por
momentos, mas não melhora nada!
Está bem. Não andem sobre as mãos.
As mãos não ajudam em nada!
Eu posso ajudar-te, mas vamos ter
que fazer algumas mudanças por aqui.
O passeio de tronco acabou.
Larga o tronco.
Agora chuta-o para longe.
Mais longe.
- Sério?
- Tudo bem, espertalhão.
E agora?
Bonito peixe, bonito peixe.
Tudo bem, agora podes olhar.
Adoro-os! Mas onde estão os meus pés?
- Eles ainda estão lá.
Tudo bem.
- Realmente és pesada.
- Sério?
Obrigado.
Esperem!
Certo, ela já está de pé. Estamos bem.
Estou bem.
Estes sapatos são espectaculares!
De onde tiras estas ideias?
Vou chamá-lo de cérebro.
Tenho a certeza de que é
de onde as ideias vêm.
Pai, eu não tenho um cérebro.
Temo-nos dado muito bem
sem cérebro até agora.
Os homens das cavernas
não precisam de cérebros.
Temos estes.
É disto que estou a falar!
Ideias são para os fracotes!
Agora vamos até aquela montanha.
- Eu adoro aqueles.
- Bonitos peixes, não comam os meus pés.
Então como voou o tigre?
Ela saltou sobre o sol
e montou-o para o amanhã.
Não, não, não!
Olá, pai!
Adeus, pai.
- Já viram a chuva antes, certo?
- Não saímos muito.
Eep, parece perigoso.
Pai, dizes isso em tudo.
- Cuidado.
- Sério? Está bem.
Não, não, não! Nada fixe!
Não é nada fixe!
Nada fixe!
O urso diz: "A tua caverna?
Tenho despejado os meus
ossos aqui desde a semana passada."
- Essa é uma história engraçada!
- Não é uma história, é uma piada.
- O que é uma piada?
- Tu sabes, fazer apenas alguma coisa,
para te fazer rir.
- Aqui tens.
- Obrigado.
Uma para ti, e esta é para ti...
Está bem. Está bem,
já chega.
Não vejo porque as crianças
precisam das suas próprias conchas.
Então, se alguém
se meter em sarilhos,
podemos chamar os outros.
Espera, estás a dizer que
nos devemos separar?
Podemos tentar mais
caminhos ao mesmo tempo.
- É a maneira mais rápida de atravessar.
- Os Croods ficam juntos.
- À tua maneira não é seguro.
- Eles conseguem tomar conta do assunto.
- Nós conseguimos fazer isto, pai.
- Não, não, não.
É o meu trabalho manter-vos
seguros. Eu ainda estou no comando,
e não nos vamos separar.
Excepto para vocês os dois.
E ponto final.
Olá? Olá?
Estão todos bem?
- Estamos bem, Grug!
- Estou a entrar um pouco pânico.
Digam-me o que fazer. Apenas o
que eu faço? O que faço agora?
- Fica onde estas! Vou-te encontrar.
- Não. É muito lento.
Toda a gente, sigam em
frente e vamos sair.
Pai?
Sim.
Tudo bem.
Lembra-te, nunca não ter medo.
Tu consegues fazer isto!
Vai ficar tudo bem.
Eu vou desmaiar.
Sandy! Sandy!
Dá-me outro.
Deixaste cair isto.
Vem comigo.
Aqui rapaz, apanha!
Avó?
Mãe?
Grug?
Vou buscá-lo.
Menino bonito.
Quem é o meu menino bonito?
És tu. Sim, és tu. Olha para ti.
Precisas de um nome? Queres um nome?
Vou chamar-te de Douglas.
Consegues fazer truques?
Rebola.
Vá lá, Douglas. Rebola.
Menino bonito, Douglas!
Outrora estive apaixonada.
Ele era um caçador.
Era uma coleccionadora.
Foi um escândalo e tanto.
Dávamos um ao outro frutos silvestres.
Dançava-mos.
Depois o meu pai bateu-lhe com uma
pedra e trocou-me para o teu avô.
Croods, venham cá!
Grug, eles estão bem.
Guy está com eles.
Guy está com eles.
Está bem.
Bem, obrigado, obrigado por me trazeres
essa interessante actualização do Guy.
Tudo bem.
Eu vou para cima.
Porque não te juntas a nós quando
deixares de ser um grande chato.
Dormir em monte?
Que tal uma história?
Alguém?
Então o Thork disse:
"Sabia, eu desenhei isto."
Não faz sentido nenhum.
Eu sei que foi difícil para
ti para nos trazer, mas,
eles tiveram o melhor dia
das suas vidas.
Obrigado por isso.
Quero mostrar-te uma coisa.
Mais sóis no céu
do que possas contar.
Cada sol que atravessa o nosso
céu vem para descansar lá em cima.
- Amanhã.
- É onde estaremos seguros.
- Eu vou com o Guy.
- Não, a minha menina não.
- Vem connosco.
- Eu não posso ir sem o Grug.
Bem, isso faz um de nós.
Contem comigo.
Sério mãe?
Grug não faz ideia de como nos proteger.
Na verdade, ele não faz ideia de todo.
Não. Isso não é verdade. E acerca
daquela vez que ele...
- Ele...
- Aceita.
Se ele realmente tivesse
uma ideia da sua autoria,
eu teria um ataque cardíaco e morria!
Grug?
- Pai?
- Pai?
Ele é um homem grande. Como pode ele
simplesmente desaparecer assim.
Esperem. Vamos perguntar aquela
senhora feiosa se ela viu o pai.
Eu não o vi.
- O que estás a fazer?
- Pois. Fiquei acordado a noite toda.
Porque todas estas ideias
continuavam a surgir-me.
- Isso é uma cobra?
- Um cinto! Novo e melhorado!
E ainda é de Auto aperto.
O que é isso na tua cabeça?
- É chamado de desespero.
- Eu chamo-lhe 'tapete'. Rima com Grug.
E este... eu chamo-lhe
um 'passeio'. Rima com Grug.
Isso não rima...
Vai levar-nos a sítios mais rápido
do que sapatos.
Há pois! Tentem acompanhar!
- Quem me dera ter um 'passeio'.
- A pintura é uma coisa do passado.
Eu chamo a isto " foto instantânea".
Vamos fazê-lo de novo.
Acho que fiquei a ver estrelas.
- Eu chamo-os de 'óculos de sol'.
- O sol não me fere mais os olhos.
- De onde tiras estas grandes ideias?
- Uma vez que não tenho um cérebro,
elas vêm do meu estômago, mesmo lá do
fundo, depois novamente na minha mente.
- Grug, temos que ir andando.
- Vês, tenho ideias. Tenho pensamentos.
Assim. Eu chamo-lhe uma "casa móvel".
Não é porreiro?
- Vou chamar a este um 'elevador '.
- Mãe?
Eu sei. É mau.
Eu quase que sinto pena por ele.
Não, eu não sinto.
O que estás a tentar fazer, Grug?
Eu pensei que se eu pudesse
ter ideias como o Guy,
talvez a Eep me ouvisse.
Talvez ela não quisesse
ir com o Guy.
Grug. É disso que
se trata isto tudo?
E também pensei que poderia
matar a tua mãe, então...
Tu sabes, vence-ganha.
Estamos aqui!
Caverna! Todos lá para dentro! Vamos!
Despachem-se! Vamos! Vão! Vão!
Não!
- Acabou-se de cavernas, Grug.
- O quê?
Vamos saltar sobre o sol e
montá-lo para o amanhã com o Guy.
Esperem, esperem, então
vocês vão todos fazer isso?
- Thunk?
- Desculpa, pai.
Tens que parar de te
preocupar por todos nós.
É o meu trabalho preocupar-me.
É o meu trabalho seguir as regras.
- As regras não funcionam aqui!
- Mantiveram-nos vivos!
Aquilo não era viver, era apenas...
não morrer. Há uma diferença.
Ugga, todos, têm que me ouvir!
Estaríamos mortos se
Tivéssemos-te ouvido!
Temos que seguir o Guy agora.
- Guy?
- Guy, foge!
Isto não faz sentido!
Estamos a ficar sem tempo!
Está tudo a ruir. Estás a
ser irracional e contraproducente.
Grandes palavras enervam-me!
- Continua a falar!
- Contra medidas!
Lembras-te como estavas esta manhã?
Mudaste, lembras-te?
Homem das ideias?
O homem moderno?
- Eu sou um homem das cavernas!
- Não, não, não, espera!
Não! Que coisa é esta que te
salva dos meus socos?
- Alcatrão.
- Não.
Por favor...
- Eu tenho que voltar para eles!
- Tens que parar...
- Pára de lutar!
- Grug, pára!
Ninguém sai disto.
Acredita em mim.
Eu sei.
- A tua...?
- Família.
Sim.
Desculpa.
Eu era pequeno quando isso aconteceu.
A última coisa que os meus
pais me disseram foi:
"Não te escondas. Vive.
Segue o sol. Vais conseguir
até o amanhã."
Seguiste a luz.
A minha filha é muito parecida contigo.
Não. Ela é como tu.
Ela ama-te, mas esquece-se
sempre de dizer,
assim como tu esqueces de lhe dizer.
Eu acho que estava ocupado
mantendo-os todos vivos.
Está tudo bem.
Isso é o que os pais fazem.
Está correcto, e nós
não podemos fazer isso daqui.
Precisamos de uma das tuas ideias.
Vamos lá, tu consegues.
Cinto! Ideia de gerador
de emergência, activar.
Já sei.
Sim eu sei, mas,
ele está a fazer o melhor com
o que ele tem. Vamos.
Ali está ele.
Cinto, eu quero romance,
drama, sinceridade.
Comove-me.
Ele já nos viu! Essa é a nossa deixa.
Agora trabalha!
Ele não está a vir. Não acho que o
boneco pareça assustado o suficiente.
Assustado? Eu mostro-te o assustado!
Passa-me esses paus de ensaio!
Segura-te!
Boa!
Conseguiste!
- Grug!
- Pai!
Olá! Estamos bem!
Sim.
Estamos bem.
Grug, a decisão é tua.
Leva-nos para o amanhã.
Depressa! Vamos!
Nós vamos conseguir!
- Tinhas razão!
- Ali... ali está!
O sol! Vamos conseguir!
Podemos montá-lo para o amanhã.
Corram!
Eu não... não percebo. O sol
estava aqui! Estava mesmo aqui!
Temos que voltar para a caverna!
Depressa...
Rápido, rápido, fiquem juntos! Vamos
andando. Mexam-se... vamos, vamos!
Segurem todos a minha mão! Thunk vamos!
Vamos, vamos! Vamos ficar juntos!
Vamos...
Grug, o que se passa contigo?
Grug, vamos morrer se ficarmos aqui!
Grug, ouve-me!
Temos que voltar para a caverna.
Acabou-se escuro.
Acabou-se o esconder.
Acabou-se as cavernas.
Qual é o sentido de tudo isto?
Para seguir a luz.
Eu não consigo mudar,
não tenho ideias,
mas eu tenho a minha força.
E agora isso é tudo o
que vocês precisam.
Não. Não sabemos o que está lá!
Talvez nada. É muito arriscado!
É um risco.
Eu vou correr esse risco.
Sabes, eu queria atirar-te para
longe desde que te conheci.
- Isso é uma piada, certo?
- O que é uma piada?
Ele consegui!
Ele consegui.
- Está bem, Thunk. É a tua vez.
- Tu não vens, pois não?
Se consegues,
também consigo.
Fizeste bem.
Papá.
- Avó...
- Nada de lamúrias, atira-me apenas.
Espera! Surpreendeste-me hoje.
Cabeça-de-alho-chocho.
Ainda estou viva!
- Altura de ir.
- Não. Tenho muito para te dizer.
Preciso de corrigir tudo,
e eu não tenho tempo.
Eu posso corrigi-lo.
Isso serve bem.
- Como o chamas?
- Estava a pensar em chamar de 'abraço',
porque rima com Grug.
Mas podes mudar isso se quiseres.
Não, não, eu gosto de abraço.
Amo-te.
Eu...
Pai,
- Estou com medo.
- Nunca tenhas medo.
Ali. Estou a vê-lo.
Eu consegui.
Afasta-te! Para trás!
Eles estão em apuros. Aguentem-se!
Estou a caminho!
Como faço para passar?
Tenho que pensar.
O que faria o Guy?
O que faria o Guy?
O que faria eu?
Segura nisto.
Eu... tenho...
uma... Ideia!
Corre!
Boa!
Douglas!
Conheço aquele tipo!
Agarrem-se!
Não é seguro aqui.
Eu digo-lhe.
Nunca tive que lhe dizer.
Eep, se o teu pai estivesse aqui,
ele dizia-te para...
Saiam da frente!
Ena, soas tal e qual ele.
Saiam da frente!
- Papá!
- Ele consegui!
Ele está a montar o sol...
- Mas não muito bem.
- Saiam todos do caminho!
Grug!
Onde está o perigo?
Quem soprou a sua concha?
Também te amo!
Um, dois, três, quatro,
cinco, seis, e...
Sete.
E meio.
E oito.
- Nove...
- Douglas! Pai, salvaste-o!
Bem, o rapaz tem que ter
um animal de estimação.
Acontece que eu sou uma
pessoa de gatos.
Não!
Vocês realmente têm que ver isto.
Devíamos ir lá.
Boa!
A passar!
Esta sou eu.
Meu nome é Eep.
E esta é a minha família, os Croods.
Se não faziam ideia pelos óculos
de sol e animais de estimação,
não somos mais exactamente
homens das cavernas.
Vamos fazer outra vez.
Acho que fiquei a ver estrelas.
O nosso mundo ainda é
muito duro e hostil.
Mas agora sabemos que os
Croods vão conseguir,
porque nós mudámos as regras.
Aquelas que nos mantiveram no escuro.
E por causa do meu pai, que nos
ensinou que todos podem mudar.
Soltem o bebé!
Bem, mais ou menos...
Assim, a partir de agora,
vamos ficar aqui fora,
onde podemos seguir a luz.
Tradução e Legendagem
Baby