Tip:
Highlight text to annotate it
X
Em 16 de maio de 2011, o The New Yok Times publicou
um artigo de opinião intitulado "O Muito Atrasado Estado Palestino"
por Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina
Neste artigo, Abbas pediu às Nações Unidas para que reconhecesse formalmente
um Estado palestino com base nas fronteiras pré-1967,
independente das negociações com o Estado de Israel.
O artigo foi publicado só alguns dias antes do muito aguardado discurso de Barack Obama
no qual o presidente também tentaria iniciar as negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestina
Para chegar a um acordo sobre uma solução para dois Estados, Obama declarou
que Israel precisaria concordar em retornar às fronteiras pré-1967
modificadas por trocas de terras acordadas mutuamente.
Agora, nem Abbas nem Obama podem explicar como alguém
poderia ter reconhecido um Estado palestino designado pelas Nações Unidas
que os próprios líderes palestinos e os Estados árabes tinham rejeitado!
Sobre os problemas na Irlanda, o poeta William Butler Yeats escreveu certa vez
"grande ódio, quarto pequeno, nos mutilaram no início".
Na Palestina, no início, havia um quarto espaçoso, espaço mais que suficiente
para um próspero Estado judaico e um próspero Estado árabe.
Depois que a Primeira Guerra Mundial terminou com o desmantelamento do Império Otomano,
a Liga das Nações estabeleceu o Mandato para a Palestina,
incluindo toda a terra que hoje é Israel, Cisjordânia e a Faixa de Gaza,
além de todo o território a leste do rio Jordão, agora chamado de Reino da Jordânia.
A área sob o Mandato era tão grande quanto a Síria
e cerca de metade tão grande como o Iraque.
No entanto, a população total do tempo era inferior a um milhão,
dos quais 10% eram judeus.
Foi nesse vasto território subdesenvolvido e despovoado que o Mandato Britânico tinha prometido,
nas palavras da Declaração Balfour de 1917,
"apoiar o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu."
A declaração também prometeu que
"nada será feito que possa prejudicar os direitos civis...
e religiosos dos existentes comunidades não-judaicas na Palestina."
Uma aberta imigração judaica foi incentivada à Terra Santa,
como era a liberdade de religião, de expressão e de reunião para os árabes da Palestina,
direitos que tinham faltado sob domínio turco.
Mergulhados por mais de dois séculos de atraso e de dilacerante pobreza,
os palestinos nunca foram reconhecidos pelo Império Otomano
como possuindo qualquer identidade nacional.
Os palestinos rapidamente se aproveitaram da sua nova liberdade para falar sem rodeios,
exigindo um fim à imigração judaica, que tinha apenas começado.
Um representante árabe disse, durante a conferência de paz de Paris,
"empurremos os sionistas no mar ou eles nos mandarão de volta para o deserto."
Aref Dajani, um líder palestino de Jerusalém, advertiu que "é impossível viver com os judeus.
Em todos os países onde eles estão no momento, eles não são desejados
porque eles sempre chegam para sugar o sangue de todos.
Se a Liga das Nações não vai ouvir o apelo dos árabes,
este país vai se tornar um rio de sangue."
Como prometido, o sangue fluiu quando o pedido palestino
para acabar com a imigração judaica não foi concedido.
Jerusalém foi o marco inicial para os primeiros ataques árabes regulares às comunidades judaicas.
Em abril de 1920, palestinos de cidades vizinhas encheram a Cidade Velha.
O prefeito muçulmano de Jerusalém e outras autoridades estimularam a multidão
a iniciarem uma jihad (guerra santa) contra os judeus.
"Se não usarmos a força contra os sionistas e contra os judeus,
nós nunca nos livraremos deles", pressionou um editor jornalístico, Areef al-Areef.
A multidão então gritou: "vamos beber o sangue dos judeus!"
Gritando frases islâmicas como "religião de Maomé nasceu com a espada",
milhares surgiram através do Bairro Judeu e em direção à Jerusalém Ocidental.
A multidão desabafava sua ira contra qualquer judeu que pudesse encontrar,
queimando e saqueando casas e lojas e até mesmo atacando policiais britânicos e árabes.
Depois de vários dias de tumultos, o número final foi de seis judeus mortos,
centenas espancados e uma destruição generalizada de propriedades.
O que ficou conhecido como o Nebi Musa Riot
foi o tiro de abertura de uma guerra de 90 anos para reverter a Declaração de Balfour.
E logo as coisas pioraram, como os Aliados, para amenizar os temores dos monarcas árabes,
separaram a terra a leste do rio Jordão para fora da área total acessível para os imigrantes judeus
e criaram o Emirado da Transjordânia.
Conciliar as aspirações dos árabes e judeus se tornou muito mais tênue após a Declaração Balfour
tendo sido carregada para fora, a uma área truncada da Palestina, desde o rio Jordão até o mar Mediterrâneo.
Havia agora muito menos espaço e muito mais ódio.
As décadas que se seguiram foram marcadas pela violência perpétua contra os judeus,
tanto na Palestina quanto na Europa.
As duas estavam muitas vezes ligadas.
Sob a liderança do Grande Mufti e presidente do Conselho Supremo Muçulmano,
Haj Amin al-Husseini, os árabes da Palestina fizeram uma jihad sem fim contra os seus vizinhos judeus.
Quando os britânicos enviaram uma comissão real para investigar uma solução,
os judeus - representado por Chaim Weizmann - pressionado por uma partição do território em dois Estados,
mesmo que o território assinalado aos judeus tenha sido do tamanho de uma toalha de mesa.
O relatório final da Comissão Peel, publicado em julho de 1937,
propôs a seguinte divisão: aos judeus foi oferecido um Estado independente
em um pequeno enclave, ao longo da costa do mar, de Tel Aviv ao norte do país,
constituindo cerca de 20% do território que restava do Mandato Britânico,
enquanto os árabes palestinos iriam receber 80% para o seu próprio Estado.
Desesperada por qualquer meio para serem capazes de trazer um grande número
de judeus europeus ameaçados, os sionistas relutantemente aceitaram o plano de partição da Comissão.
Liderados pelo Mufti, os árabes rejeitaram partição fora de controle
e pressionaram com uma revolta armada contra o Mandato.
Os britânicos conseguiram conter a violência por um tempo.
Al-Husseini foi enviado para o exílio, ultimamente,
à Alemanha nazista de Hitler, onde viveu como convidado especial do Führer.
Mas severas limitações foram colocadas sobre a imigração judaica para a Terra Santa,
nos anos que antecederam o Holocausto,
o que, sem dúvida, conduziu diretamente à morte milhares de judeus europeus.
Agora, após as atrocidades da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha abandonou
a autoridade por meio do Mandato, entregando para o recém-formada Organização das Nações Unidas (ONU).
A ONU criou ainda uma outra comissão para tentar descobrir o que fazer com o território disputado.
O Comité Especial das Nações Unidas sobre a Palestina recomendou
por um voto de 7 a 3, ainda uma outra solução para dois Estados,
um outro plano de partição, para a Assembléia Geral.
Este plano teria visto o território dividido quase igualmente entre judeus e árabes.
Mais uma vez, os sionistas fizeram sua aceitação pública da proposta e,
mais uma vez, funcionários árabes anunciaram que qualquer partição seria recebido com rios de sangue.
Pouco depois, os 20 membros da Liga Árabe enviaram o seu recém organizado exército
da Libertação Árabe contra os judeus da Palestina.
Elementos de cinco exércitos árabes regulares, do Egito, Jordânia, Síria, Iraque e Líbano, invadiram
Israel em 15 de maio de 1948. O Secretário Geral da Liga Árabe, Abdul Rahman Azzam, prometeu:
"Esta guerra será uma guerra de extermínio e de um massacre memorável
que será falado como os massacres mongóis e as Cruzadas"
Mas, apesar de seus números esmagadores e retórica esquentada, após um ano de luta,
era o Estado judeu que ganhara a vitória decisiva.
Com base nas linhas do Armistício de 1949, o território de Israel se expandiu em quase 40%.
Os árabes palestinos foram os grandes perdedores.
Pela segunda vez em 10 anos,
os seus líderes rejeitaram um plano de partilha que lhes teria dado independência e mais terras,
designado para o seu Estado, menos que para o Estado judeu.
Em vez disso, eles terminaram sem nada, e 650.000 palestinos tornaram-se refugiados.
O rei da Jordânia, Abdullah, enviou sua Legião Árabe para ocupar a Cisjordânia palestina,
e anexou o território ao seu reino.
O Egito tomou a Faixa de Gaza, e para os próximos 18 anos, negou aos palestinos quaisquer direitos civis.
Nunca ocorreu aos governantes da Jordânia ou do Egito criarem um Estado
para os palestinos desabrigados, nem novos líderes palestinos,
como Yasser Arafat, protestaram contra a ocupação de suas terras por governantes estrangeiros.
Por 3 vezes na última década, primeiros-ministros israelenses ofereceram aos líderes palestinos um Estado independente,
muito mais generoso do que qualquer coisa
que a Jordânia ou o Egito tivessem controlado, mesmo quando eles controlavam a Cisjordânia e Gaza.
Em Camp David, em 2000, o primeiro-ministro Ehud Barak
concordou com as fronteiras sugeridas pelo presidente Clinton, que teria estabelecido
um Estado palestino com a Cisjordânia/Gaza, com alguns ajustes territoriais,
tendo os palestinos ficado com a Jerusalém Oriental como sua capital.
Por conta própria, o presidente da Organização da Libertação da Palestina, Yasser Arafat, saiu de negociações,
voltou para casa e lançou a segunda Intifada.
Invocando o ódio islâmico contra o judeu como justificativa, os palestinos realizaram uma campanha de 3 anos,
ataques suicidas brutais contra pizzarias, salões de festas e discotecas israelenses.
Em 2005, o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon decidiu que
era contra os interesses da Segurança de Israel governar os 1,1 milhão de palestinos na Faixa de Gaza.
Sharon desmantelou todos os assentamentos judaicos e puxou à força
israelenses de volta atrás das fronteiras entre Israel e Gaza de 1967,
mesmo sem qualquer troca de terras.
Como bônus adicional, Israel deixou os palestinos uma próspera
Indústria de exportação de flores para ajudar a alavancar a economia local.
A resposta palestina a essa generosidade?
Primeiro, eles destruíram as estufas doadas, e em seguida, lançou
uma guerra de mísseis e foguetes contra alvos civis em Israel.
Em uma reunião em setembro de 2008, em Jerusalém, o então primeiro-ministro israelense
Ehud Olmert apresenteou ao presidente Mahmoud Abbas um mapa detalhado
de um futuro Estado palestino que, com trocas de terras, constituiria perto de
100% do território da Cisjordânia e de Gaza antes da guerra de junho de 1967.
Olmert também se ofereceu dividir Jerusalém, permitindo que
aos palestinos alocar sua capital na parte oriental da cidade.
aos palestinos alocar sua capital na parte oriental da cidade.
Prometendo voltar no dia seguinte para mais discussões,
Abbas tomou o mapa de Olmert de seu escritório em Ramallah, a poucos quilômetros fora de Jerusalém,
para que os seus assessores pudessem estudá-lo. Mas nunca mais Abbas voltou com o mapa.
Esta foi a última vez que os líderes israelenses e palestinos se encontraram.
Muitas vezes, ao longo dos últimos 63 anos,
tanto a comunidade internacional, quanto o Estado de Israel ofereceram aos árabes da Palestina um Estado próprio.
Em cada uma das vezes, as ofertas se encontravam com mais violência contra os cidadãos judeus
Nem o presidente Abbas nem o Presidente Obama ignoram este fato.
Ambos simplesmente escolheram por ignorá-lo.
Para Sr. Abbas, essa recusa parece ser parte de uma consistente linha tecida ao longo da guerra árabe contra os judeus.
As posições do Sr. Obama permanecem mais misteriosas.
Subtitles by the Amara.org community