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Peter Joseph /
Movimento Zeitgeist
Palestra 'Definindo Paz'
- 12 de Fevereiro de 2012
'ZFest', Tel Aviv, Israel
Shalom!
Em momentos como este,
adoraria saber falar Hebraico.
Não tenho ideia do que ele acabou de
dizer, mas farei uma pequena introdução
antes de começar
o discurso em si
em reconhecimento ao Movimento
Zeitgeist de Israel
que tornou isto possível.
[Aplausos]
Meu nome é Peter Joseph.
Trabalho em uma organização
chamada Movimento Zeitgeist.
Enquanto grande parte das minhas palestras
são sobre ineficiências econômicas inerentes
que alimentam grande parte da
agitação civil, abuso ecológico
e depravação em geral
que vemos no mundo hoje
e também sobre conquistas científicas
existentes, porém não aplicadas
que poderiam resolver boa
parte destes problemas
sem mencionar a criação
de um novo design social
gerado a partir de uma
outra maneira de pensar
que, virtualmente, garantiria
sustentabilidade ambiental
e social, se implementada
o foco central desta palestra
é um pouco mais temporal.
É diferente de qualquer outra
palestra que já ministrei.
E o título dela é
'Definindo Paz: Economia
o Estado e Guerra'.
Está dividida em 4 seções.
A primeira intitulada 'A
História do Conflito Humano
e o Debate da Natureza Humana'.
Como será mostrado adiante, o
contumaz conceito de que nós
humanos, somos própria e
inalteravelmente agressivos
e territoriais será
devidamente abordado.
Descobrindo que sociedades
primordiais não se engajaram
em guerras massivas, e que
a maioria dos conflitos
especialmente a mobilização de larga
escala que vemos no mundo moderno
são, na verdade,
resultado de condições
reais ou artificiais que logram
o ser humano à uma
posição de agressão.
Isto então nos guiará a considerações
sobre nossa condição ambiental
e às formas, estruturais e
psicológicas, que as abrangem
levando ao entendimento
que, quanto às guerras
suas condições são,
geralmente, definidas
pelo estado.
Parte 2: 'O Personagem
Estado e Repressão'.
Consideraremos a origem do estado
moderno e suas características.
Diz-se haver um grupo
de qualidades comuns
que pertencem a essas
concentrações de poder.
Adiante e aprofundadamente,
a influência do estado
nos valores da cultura
serão abordados
especialmente em relação
à lealdade, patriotismo
e quão fácil tem sido
para um pequeno grupo com
interesses políticos e comerciais
convencer o público de que suas guerras
são morais, corretas e benéficas.
Então, na Parte 3:
'A Cultura da Guerra
Negócios, Propriedade
e Competição'
aprofundaremos nas
motivações subliminares
que parecem ter criado
este estado e seu poder.
E a propensão à guerra
propriamente dita será abordada.
Focando-nos nas raízes
de nosso sistema social
demonstrando que não
só a guerra é natural
para os métodos
econômicos que utilizamos
é também inevitável.
Será expresso que a base estrutural
e a psicologia resultante
existentes no sistema de
economia monetária de mercado
a qual governa o mundo
hoje, é o núcleo central
do conflito humano mundial.
Na seção final, Parte
4: 'Definindo Paz
um Novo Contrato Social'
será considerada a lógica causal
do que descrevemos anteriormente e
de forma reducionista, deduziremos
quais características sociais
permitem paz, e quais não
e como nós, como uma sociedade
mundial, podemos resetar
nossas condições sociais para permitir
este inédito equilíbrio humano
antes que seja tarde demais.
Antes de começar, preciso
comentar um assunto mais amplo
que sinto seja
subestimado pelo mundo.
Aparentemente, reside no núcleo social
como uma confusa inaptidão histórica
às mudanças (o que creio
ser notado por todos)
não só no contexto
de guerra global
a qual vemos quase como natural
no mundo de hoje, infelizmente
mas também em relação a mudanças
sociais, de senso comum, para o melhor
as quais são sistematicamente rejeitadas,
sem argumentos lógicos legítimos.
Muito simples, a opinião
tradicional parece estar
em constante conflito com
o conhecimento emergente.
Por exemplo, uma vez que uma
instituição ideológica estabelece-se
comumente, com amplo
consenso da população
uma armadura atemporal emerge
cuja implicação é a de que esta prática ou
crença, passa a ser empírica à condição humana
e durará para sempre.
Notamos esta característica nos pensamentos
econômicos, políticos e religiosos
mais amplamente, mas nenhuma
disciplina intelectual
ou advento social
parece estar imune.
Até aqueles que se
auto-proclamam cientistas
alegando prezar a ética vigorosa
exigida pelo método científico
muitas vezes caem, vítimas de
parcialidades tradicionais
e lealdades falsas,
desviando suas conclusões.
Essas lealdades são,
quase sempre, cunhadas
a partir de uma tradição, um hábito
cultural com suas instituições dominantes
onde essas personalidades
são manipuladas.
Creio que o Dr. Gabor Maté tenha
abordado este tema com maestria:
"É simplesmente uma
questão fatual histórica
que a cultura intelectual dominante
de uma determinada sociedade
reflita os interesses do grupo
dominante desta sociedade.
Numa sociedade escravocrata, as crenças acerca
dos seres humanos e dos direitos humanos
irão refletir as necessidades
dos proprietários de escravos.
Numa sociedade que é baseada
no poder de certas pessoas
de controlar e lucrar com a vida
e obra de milhões de outros
a cultura dominante intelectual irá refletir
as necessidades do grupo dominante.
Se você olhar além do tabuleiro, as ideias
que permeiam a psicologia, a sociologia
história, política econômica
e ciência política
fundamentalmente refletem
certos interesses da elite.
E os acadêmicos que os
questionam demasiadamente
tendem a serem postos de lado ou serem
vistos como uma espécie de 'radicais'."
Um breve olhar sobre as ideias que
já foram consideradas absurdas
impossíveis, subversivas
ou até mesmo perigosas
e que mais tarde passaram a
servir para o progresso humano
mostra um padrão claro de como podemos
ter-nos enganado com nossas lealdades.
É axiomático dizer que muitas
ideias que permitirão o progresso
e beneficiarão a sociedade no futuro,
serão terrivelmente inaceitas
e combatidas nos dias atuais.
Parece que quanto mais amplamente
benéfica a nova ideia, em retrospectiva
pior é a reação inicial
pela cultura contemporânea.
Um argumento, e um caso clássico,
é o reconhecimento penoso e lento
da natureza mecanicista da
causalidade científica no mundo
uma compreensão e
método que facilitou
cada atributo do progresso
humano na história
desde soluções para
resolução de doenças
até o advento da abundância
de produção tecnológica
à nossa compreensão da
própria condição humana
e como o planeta funciona.
O método científico,
que é realmente
a materialização da
lógica e da aplicação
não foi só combatido com a
condenação mais herética
por essas instituições históricas
de poder político e religioso
é, lamento dizer,
ainda hoje, rejeitado
em muitas áreas do
pensamento e da aplicação.
Perspectivas anti-ciência
tendem a residir em questões
de suposta moralidade
fundamentadas em um vasto deserto
de perspectivas subjetivas.
Um exemplo clássico são
os avanços tecnológicos
que têm sido utilizados para fins
prejudiciais, tais como o armamento
que claramente não tem nada
a ver com a tecnologia
mas com a motivação distorcida
pela cultura que o está usando.
A reivindicação mais sofisticada é a de que o
método científico simplesmente não é objetivo.
Vocês encontrarão este ponto de vista
sustentado pelos primeiros filósofos ocidentais
como Thomas Hobbes
ou Robert Boyle.
Neste caso, realmente
encontro alguma simpatia
mas apenas no que diz
respeito à uma certa ironia
dada a contínua interferência
da cultura sobre o resultado
de conclusões ostensivamente
científicas, como observado antes.
Os chamados cientistas não devem ser
confundidos com o método da ciência.
Muitas vezes, a influência
cultural e depósitos de valores
são simplesmente de um viés demasiado forte
para permitir a objetividade necessária.
O mais controverso o
novo achado científico
maior é a dissonância, e é isso
que mostra o registro histórico.
Em um texto clássico, pelos
autores Cohen e Nagel, intitulado
'Uma Introdução à Lógica e Método
Científico' (um livro que recomendo)
este ponto foi muito bem fundamentado
no que diz respeito ao processo
de avaliação lógica empírica e sua
independência da psicologia humana.
Afirmando: "A distinção lógica
entre deduções válidas e inválidas
não depende do nosso modo de pensar (o
processo acontecendo na mente de alguém).
O peso da evidência não é em
si um acontecimento temporal
mas uma relação de implicação entre
determinadas classes ou tipos de proposições.
Claro, o pensamento é necessário
para apreender tais implicações
no entanto, isto não faz da
física um ramo da psicologia.
A constatação de que a lógica não pode
ser restrita ao fenômeno psicológico
nos ajudará a discriminar entre a
nossa ciência e a nossa retórica
concebendo esta última como a arte
da persuasão ou da argumentação
de modo a reduzir a
sensação de segurança.
Nossas disposições emocionais tornam
muito difícil para nós a aceitação
de certas proposições, não importa o
quão forte seja a evidência a seu favor.
Uma vez que todas as provas dependem da
aceitação de certas proposições como verdades
nenhuma proposição pode
ser provada verdadeira
para aquele que está suficientemente
determinado a não acreditar."
O que é que compreende
esta força que impede
o que poderíamos chamar de pensamento objetivo?
Condicionamento cultural e seus valores.
Parece muito óbvio, mas, infelizmente,
somos todos suas vítimas.
Nós, seres humanos, não temos
pensamentos ou ações espontâneas.
Somos organismos causais perpetuando
uma cadeia de ideias e reações
sempre existindo em um
'domínio intermediário'.
Voltando ao contexto central,
faz-se crítico apontar
que não há nada mais entranhado,
no sentido cultural de identidade
do que o nosso nascimento dentro
de amplas instituições sociais
com os valores que perpetuam.
Quanto mais velha a tradição
mais forte a luta
para preservá-la.
O mundo, em muitos aspectos,
é, agora, um choque iminente
entre conceitos
tradicionais teimosos
mantidos por instituições que continuam
a lucrar com a sua exploração
e a realidade científica e
avaliação lógica emergentes
que se provam certos em iluminar
aquilo que, como uma espécie
temos mais próximo da verdade.
Conforme inicio esta avaliação
da natureza da guerra e da paz
um assunto controverso, na verdade,
gostaria que todos ouvissem a si mesmos
monitorando suas próprias reações pessoais,
diante das declarações que faço.
Quando encontrarem algo que não concordam,
honestamente, perguntem a si mesmos
de onde está vindo
essa dissonância?
Está vindo de uma
análise técnica
onde as variáveis estão sendo levadas
em conta, no seu próprio mérito
desconsiderando o mensageiro?
Ou será que o desacordo vem de perspectivas
que só podem basear-se em
valores culturais cômodos, que
para melhor ou pior, têm definido o que
vocês acham ser normalidade empírica
independentemente de
ser verdade ou não.
Dito isto, vamos remover algumas coisas
do caminho em relação a mim mesmo
dado o território sensível
que estou prestes a entrar.
Não estou aqui para falar com condenação
sobre qualquer país, partido político
reivindicação religiosa
ou instituições em geral.
Não estou aqui para argumentar em favor da
guerra ou contra o imperialismo dos EUA.
Não estou aqui para inflamar o viés
no conflito israelo-palestiniano
nem estou aqui para representar o julgamento
de qualquer partido ou poder explicitamente
apesar das atrocidades intermináveis
destacadas pela história.
Por quê? Porque quando se trata de mudar,
e quero dizer a verdadeira mudança
todos os ângulos atualmente
acolhidos no debate comum
e seus postulados, sistemas
internos de soluções 'na caixa'
são inválidos quando o contexto mais
amplo é entendido em relação à guerra.
Precisamos pensar em um
nível diferente agora.
Dado que o quadro de referência, não pode,
logicamente, ser fiel a qualquer país.
Não tenho nenhuma lealdade a
qualquer pessoa, guru, ou líder
ou qualquer tipo de submissão.
Não sustento nenhuma lealdade a qualquer raça, religião,
partido político ou credo
ideológico estabelecido
e o mais importante, não tenho
nenhuma fé empírica de permanência
em qualquer hipótese
de suposto fato
histórico, atual ou futuro,
além da compreensão
de que todas as concepções
humanas conhecidas evoluirão
mudarão, refinar-se-ão, daqui até
o final de nossa existência.
A única constante é a mudança.
[Aplausos]
A única constante é,
obviamente, a mudança.
Enquanto parece um paradoxo
de auto-cancelamento
a finalidade do registro histórico em
si é realmente o de obtermos deduções
de tudo o que vemos na história,
qualquer que seja a disciplina
e quando aplicarmos o método
científico de avaliação a seus padrões
podermos tirar
conclusões relevantes.
Isso é, basicamente, o que
fazemos com nossas mentes.
Ciência é a nossa ferramenta para criar um
mundo melhor para todos os seres humanos
preservando o habitat,
e, simplesmente
(como este trabalho irá descrever)
é só quando mudamos a estrutura
do sistema social
global predominante
ou seja, a sua premissa econômica, que
precede todos os outros na causalidade
que o que poderia ser chamado
de 'paz mundial' é possível.
Parte Um: A História do Conflito
Humano e o Debate da Natureza Humana.
Parece que grande parte das
culturas do mundo ainda possuem
grandes visões supersticiosas
da conduta humana
territorialidade e supostas
inevitabilidades da guerra
tanto do ponto de vista de
provocação ofensiva, como de defesa.
Tem sido argumentado, historicamente, que os
humanos têm uma tendência inata para a violência
implicando em casos extremos que,
independentemente da natureza da circunstância
um comportamento violento e
dominador entrará em erupção
quase ao acaso, como uma válvula
de pressão liberando vapor.
Portanto, como diz a lógica, a
postura de guerra e proteção
é considerada uma consequência
natural e inevitável para todos.
Esta ideia tem assumido várias
formas metafísicas na história
sendo, provavelmente, a mais notável,
a noção religiosa de bem e mal:
o mal existente como uma força espiritual
que simplesmente não pode ser interrompida
só protegido contra.
Como será discutido mais tarde, esse
uso da dualidade do bem e do mal
juntamente com muitas outras hipóteses
verdadeiramente supersticiosas
ainda é, muito mais, uma parte da
motivação da política retórica
que trabalha para granjear o apoio
público para os estados de guerras.
Uma poderosa ferramenta de propaganda,
na verdade, especialmente dado o fato
de que a maioria dos seres humanos
neste planeta ainda assume
essas formas religiosas de
causalidade inerentes à credulidade.
No entanto, se você perguntar à maioria
dos indivíduos moderadamente instruídos
o que querem dizer
com o termo 'mal'
a definição provavelmente seria
rebaixada ostensivamente
para a noção científica
de instinto humano.
Dado a proximidade desses
equivalentes contextuais
acho que o Dr. James Gilligan do Centro de
Estudos da Violência da Universidade de Harvard
nos Estados Unidos, teve a
resposta mais direta. Afirma:
"Uma razão do argumento instintivo
para o comportamento violento
é apoiar o status quo.
Se a violência é inata e instintiva,
então, é claro que não há nenhum ponto
na tentativa de mudar o nosso
sistema social e econômico."
O que a história e a ciência moderna
realmente mostram a respeito
da condição sociológica humana,
acerca dos padrões de violência
nos debates da natureza humana?
Encontraram o 'gene de guerra'
que permite que este instinto
nos faça matar outras
pessoas em ***?
Existe alguma coisa nas ciências
físicas que pode expressar
uma causalidade empírica,
residente na biologia evolutiva
ou até mesmo na
psicologia evolutiva
do organismo humano, que expresse
a violência inevitavelmente?
A resposta, como a pesquisa sociobiológica
moderna tem mostrado, é, claramente, 'não'.
Verificou-se que toda
a base da suposição
que trouxe a conclusão de que os seres
humanos são naturalmente violentos
vem de uma comparação
estreita de eventos
com elevados níveis de omissão, com
respeito a quais circunstâncias
ou condições, permitem
tais eventos.
Existe apenas um fator
universal que pode ser medido
no que diz respeito ao desenvolvimento
e execução de violência
civil ou militar,
que é o ambiente.
A única variável rastreável
conhecida universalmente
é a natureza física e
sociológica do ambiente
onde o ser humano tem se
desenvolvido ou existe.
No cerne de nossa
definição humana
está, realmente, o ambiente em si,
algo que acho bastante interessante.
Como espécie, as nossas instalações,
físicas e mentais, foram selecionadas
e tidas remanescentes através
da evolução biológica
que selecionou o que melhor permitiu
a nossa aptidão e sobrevivência.
Somos, literalmente, uma
manifestação do ambiente físico
e das leis naturais da física
que governam esse ambiente.
Isto é o que a evolução é: um
processo de moldagem do universo
conformando, lentamente, novas entidades
emergentes às condições existentes
para que trabalhem. É por isso que existimos na
Terra e temos os componentes que necessitamos
parar respirar.
Diferentemente de existir em Vênus.
Se evoluíssemos lá, teríamos
componentes muito diferentes
para sermos capazes de sobreviver
lá, se é que poderíamos.
Mesmo a nossa expressão genética,
que se tem como o cerne
de nossa natureza humana
psicológica, supostamente fixa
é, na verdade, controlada
por estímulos ambientais
(algo que as pessoas não
falam suficientemente).
Por exemplo, se você levar uma criança ao
nascer e colocá-la em um quarto escuro
durante um certo período, a propensão genética
para ver simplesmente não se desenvolverá.
Se você pegar um bebê, no
nascimento, alimentá-lo e abrigá-lo
mas nunca tocar ou dar carinho
não só a criança não crescerá,
como provavelmente morrerá
porque carinho é intrínseco à
fase infantil de desenvolvimento:
influência ambiental.
No final, o que se verifica é
que o maior fator determinante
influenciando o organismo
humano, a longo e curto prazo
é o ambiente que nos rodeia, com os
nossos genes reagindo a esse estímulo
dentro de uma determinada
gama de possibilidades.
Quanto mais aprendemos
sobre essa relação
maior parece ser o leque de possibilidades
que se revela, em vários níveis.
O maior leque de possibilidades
ativado pela causalidade ambiental
está à nível cultural.
Quando percebemos a magnitude da influência
cultural sobre a psicologia e sociologia
humana, notamos, brilhantemente
que o imperativo mais
profundo que temos
em tratando-se de mudar
o comportamento humano
é alterar as circunstâncias
onde existimos
tanto no que diz respeito à sobrevivência propriamente
dita, como ao acesso às necessidades da vida
e segurança, às influências
educacionais e culturais sutis
que moldam a maneira como vemos
o mundo e uns aos outros.
Não significa dizer que os humanos não têm
uma natureza derivada evolutivamente.
Nosso instinto geral
de viver, de procriar
até mesmo para
defender-nos, se ameaçados
certamente temos essas tendências;
não somos folhas em branco.
A consideração de nossas respostas
automáticas comuns ou os chamados instintos
são, na verdade, fatores a se
considerar, em geral, na equação
apesar de os distorcerem
extremamente.
O que se sabe é que temos uma
gama comportamental previsível
baseada, quase inteiramente,
nas condições presentes
e a diferença entre um ser
humano pegar uma arma
e matar outro a sangue frio, como a
instituição de guerra formalmente exige
e outro que escolhe não fazer, é
puramente uma invenção cultural.
O que separa um serial killer
que seleciona um tipo de perfil
para assassiná-lo sistematicamente
de um soldado que
faz a mesma coisa?
Onde está o liame moral?
Para mim, por mais controverso
que possa parecer, não existe
pois realmente não
há um liame moral
quando as circunstâncias da
pessoa são consideradas.
Pois cada pessoa é e só pode ser
uma consequência de seu ambiente
tanto através da indução biológica,
como da programação cultural
e esta última tem muito
mais peso que a primeira
quando se trata de comportamento
humano e de escolha.
Desculpe-me pela abordagem.
Para aqueles que possam pensar
que tal noção é perigosa
e fria, imoral
talvez com a suposição de que os seres humanos
necessitam de algum tipo de orientação moral
de civilidade, como o tradicional
mandamento religioso:
"Não matarás".
Pergunto do ponto de
vista mais pragmático:
Têm esses ideais
seculares feito algo
para parar a violência mundial
aparentemente interminável
os abusos entre os homens
e as explorações inumanas
que vemos diariamente?
A resposta é, obviamente, 'não'.
Moralidade filosófica imposta
não salvará o mundo.
Apenas um plano
calculadamente tangível
que altere nossas circunstâncias, de
forma que tais ações percam seus méritos
parará este comportamento
considerado imoral.
Com isso fora do caminho, tomemos
um breve exame da história
e sua relação com o conflito.
Começarei em um lugar inesperado:
nossos ancestrais primatas.
Estudos antropológicos antigos que
tentaram justificar a violência humana
costumavam comparar os seres humanos aos
nossos primeiros estágios evolutivos
pela sua semelhança padrão.
Superficialmente, parece lógico
uma vez que partilhamos cerca de 95
- 99% do DNA de chimpanzés
e outros primatas nesse espectro.
Parece impressionante.
Também pode parecer impressionante
que moscas de fruta
partilham cerca de 60%
dos genes humanos
mas admitamos que esta relação com o
comportamento é dúbia, na melhor das hipóteses.
Isso porque a partilha
de genes neste contexto
tem quase nenhuma relevância
por mais contra-intuitiva
que pareça esta abordagem.
Independentemente disso, há, de fato,
comportamentos comuns relacionados à violência
que vemos entre a sociedade humana
e a sociedade primata não humana
como a estratificação social,
até mesmo assassinato
elementos de violência
organizada, reações de vingança
resposta de confiança
e desconfiança
e uma série de outras reações certamente
reconhecidas em nossa própria espécie.
Como a cultura humana, também
mostram variações únicas e exceções
para este comportamento, com
base em experiências e condições
que deixam tais noções
de caráter universal
difíceis de diagnosticar
empiricamente.
Por exemplo, um antropólogo e
neurocientista da Universidade de Stanford
que passou décadas estudando uma tropa
de babuínos na África, surpreendeu-se
ao testemunhar uma transformação
social após os machos Alfa
do grupo envenenarem-se
por acidente e morrerem
restando apenas, na tropa, aqueles
subalternos, menos agressivos.
Esta remoção dos Alfas
e seus domínios
aparentemente transformou este grupo em
um com níveis muito baixos de violência
e agressividade,
nunca vistos antes
não só na geração atual, até
mesmo uma década depois
devido à mudança
ambiento-cultural da tropa
eles ainda mantêm níveis
baixos de agressão
mesmo quando incluídos novos
machos migrados de outras tropas
possuídos pelas tendências
agressivas normais.
Eles são realmente capazes de
condicionar os novos membros
em padrões, em média,
baixos de agressão
daí, o condicionamento cultural.
Este é um achado único. Isso significa
que os babuínos podem ser condicionados
para vestirem ternos e dirigirem
carros em manifestações pela Paz
e cantarem 'Imagine' do John Lennon?
Claro que não.
Estamos lidando com uma faixa de comportamentos.
Portanto, a questão pertinente seria:
Qual a faixa comportamental
do ser humano?
Parece que, na biologia, quanto
mais simples o organismo
(especialmente o seu desenvolvimento cognitivo,
se houver) menor a flexibilidade que ele tem.
O exemplo clássico seria formigas, que mostram
comportamentos totalmente previsíveis
quase como sendo meras
máquinas bioquímicas
desenvolvendo-se de
maneira automática
mas quanto mais complexo o organismo,
de um modo geral, mais versátil será.
Se examinarmos o que entendemos hoje
sobre a evolução cerebral humana
desde sua condição de répteis
até os primeiros mamíferos
às mudanças nos mamíferos
desenvolvidos, a evidência indicará
que o estado atual de nosso córtex
cerebral, especialmente o neo-córtex
é o que nos permite uma compreensão
única, adaptável e flexibilidade
que não damos valor na sociedade,
ou mesmo, não reconhecemos.
Isso também é evidente nas grandes
e variadas expressões culturais
que vemos e temos visto
no mundo historicamente.
É algo único, onde em
um lado do planeta
temos comunidades pacifistas
com pouca ou nenhuma violência
enquanto, do outro lado:
massacres diários.
Sendo que nenhuma evidência
destaca diferenças psicológicas
entre as raças, apenas as
condições regionais e culturais
podem explicar essas
enormes dissonâncias.
Isso remete à história comum da
sociedade humana e da guerra.
Provavelmente o melhor lugar para começarmos:
o vasto período da existência humana
como caçadores-coletores
antes da Revolução Neolítica
e do advento da agricultura
e suas ferramentas
sendo cerca de
12.000 anos atrás.
Esquecemos, frequentemente, que 99% do
que definimos como ***-Sapiens (nós)
viviam em estruturas sociais
igualitárias e não estratificadas
com baixos níveis de violência, e
mobilização em ***, para guerras
praticamente inexistentes
tal como conhecemos.
Os poucos grupos de
caçadores-coletores que ainda existem
em bolsões isolados, demonstram
estes padrões pacíficos.
Acontece que após a
Revolução Neolítica
com o advento da capacidade
de controle do nosso ambiente
logo, produção e
armazenamento de alimentos
a criação de ferramentas, o ordenamento
das regras de trabalho, etc.
os gérmens de nosso atual sistema
socioeconômico foram estabelecidos.
Faz-se simples notar como o
conceito básico de valor
derivados do trabalho, deram lugar a
um sistema protecionista e recíproco
de troca de trabalho, mesmo que
tais valores e noções de mercado
não fossem descobertos até
os séculos XVII ou XVIII.
Tendo continuada esta progressão,
a partir da Revolução Neolítica
os estilos de vida passivos, e muitas
vezes nômades, de caçadores-coletores
foram lentamente substituídos pelas
tribos sedentárias e protecionistas
e, eventualmente, situaram
sociedades do tipo cidade.
É aqui onde começamos a ver
a guerra como a conhecemos
incluindo a tecnologia que
permite esse tipo de armamento
sendo esta apenas uma
manifestação da primeira.
Nas palavras de Richard A. Gabriel em um
texto chamado 'Uma Breve História da Guerra'
"A invenção e disseminação
da agricultura
juntamente com a domesticação
de animais no século V a.C.
são reconhecidas como os desenvolvimentos
que prepararam o cenário para o surgimento
dos primeiros complexos
urbanos em grande escala.
Essas sociedades que aparecem quase que
simultaneamente por volta de 4000 a.C.
no Egito e na Mesopotâmia,
usavam ferramentas de pedra
mas, em 500 anos, estas ferramentas
deram lugar ao bronze.
Com a fabricação do bronze
veio uma revolução na guerra."
É também o período em que
o conceito de estado
e o estabelecimento das
forças armadas surgiram.
"Essas primeiras civilizações produziram o
primeiro exemplo de estado regido por instituições
inicialmente como chefias centralizadas
e, mais tarde, como monarquias.
Ao mesmo tempo, a centralização exigiu a
criação de uma estrutura administrativa
capaz de dirigir social ...
[Problema técnico com microfone]
O desenvolvimento de instituições estatais
centrais e um aparelho de apoio administrativo
inevitavelmente, deram forma e
estabilidade para as estruturas militares.
O resultado foi a
expansão e estabilização
das castas guerreiras,
anteriormente soltas e instáveis.
Por volta de 2700 a.
C., na Suméria
existia uma estrutura militar
totalmente articulada
e um exército organizado e estável,
de acordo com parâmetros modernos.
O exército, como instituição, emergiu sendo
uma parte permanente da estrutura social
dotado de fortes reivindicações a
favor de sua legitimidade social
tendo estado conosco
desde então."
Desde aquela época dessas formas
primitivas da civilização moderna
tem havido milhares de guerras
a maioria das quais tem a ver com a
aquisição de recursos ou território
onde um grupo está, ou tentando
expandir seu poder e riqueza material
ou tentando proteger-se de outros, que, por
sua vez, tentam conquistá-lo e absorvê-lo.
Este continua sendo o estado
essencial das coisas hoje.
A pergunta a ser feita é: Por
que essa tendência persiste?
Onde está sua causa raiz?
O que motiva o massacre de um exército
de maneira friamente programada
em benefício do estado?
Como ficará claro, à medida que
prosseguimos nesta conversa
a tendência para a guerra não é uma
característica humana universal, que exige vazão
mas uma vulnerabilidade
muito sensível
do senso de identidade social,
do sentimento de aceitação
medo e preocupação pessoal comum,
que, se devidamente organizados
podem ser manipulados a serviço de
um grupo em detrimento do outro.
O debate da natureza humana acerca da
violência não mostra universalidades
revela uma tendência de
resposta altamente provável
quando certo estímulo ambiental
é apresentado ao homem
para gerar medo ou ofensa.
O que vem acontecendo desde o
início do período da guerra moderna
não é uma anomalia
da sociedade humana
nem parece ser uma tendência
humana incontrolável.
Ao contrário, parece ser uma
característica natural de:
1) A função da instituição do Estado e
sua necessidade inerente de controle
juntamente com sua
causa primeira
os pressupostos de escassez de
recursos, fundamentais à economia
a superstição e a psicologia
que isso perpetua.
Parte Dois: O Estado,
Caráter e Coerção
Sendo a própria natureza da guerra moderna
quase que representada universalmente
por uma entidade social e um aparato
governamental conhecido como o estado
vamos considerar suas
características gerais básicas.
A primeira nota é a sua
base de auto-proteção.
Como o Estado nasceu
da soberania tribal
onde a autoridade independente
reivindica uma área geográfica
(uma região roubada
de algum outro grupo
que provavelmente irá reivindicar
a mesma coisa em outro momento)
a questão da proteção é
inerente e consequente.
não só a proteção
de forças externas
mas, pelo que pode ser legitimamente chamado,
em termos feudais, de 'seus sujeitos'.
Estes sujeitos também são obrigados,
historicamente, a manter um dever
ou responsabilidade, em prol da
preservação institucional do Estado.
Este remanescente medieval não se restringe
à relação de "servitude ao seu país"
como ingressar nas forças armadas, mas é
também encontrado nas noções de traição
rebelião e outras
proteções legais
que funcionam diretamente
contra os cidadãos
se eles saírem
"demais" da linha.
Também é importante ressaltar que
esses elementos de proteção interna
foram atualizados para
meios mais modernos
como o conceito, relativamente
novo, de 'terrorista'
e sua definição inerentemente
ampla, ambígua
que pode ser aplicada a ambos os
cidadãos, domésticos e estrangeiros
admitindo uma forma ainda mais
flexível de proteção interna
devido à sua ambiguidade.
No que tange as características gerais
e a natureza da interação dos Estados
entidades estatais
(desculpem-me) em todo o mundo
é geralmente seguro dividi-los
em categorias de superpoderes
poderes, sub-poderes e, em termos
feudais, estados vassalos.
Após a Guerra Fria, os EUA emergem
como a primeira superpotência do mundo
conforme definido pelo seu
poderio militar e econômico.
Os poderes, muitos dos quais
estão ganhando força hoje
e podem ser chamados, hoje,
de super-poderes paralelos
são as outras grandes economias,
como China, Inglaterra, Rússia, etc
cada uma sempre com
enorme poder militar.
Os sub-poderes poderiam ser
considerados os mais passivos
ainda que independentes,
enquadrando a maioria
enquanto os estados vassalos, são
os que operam em subserviência
aos estados de poder, muitas vezes
fornecendo vantagens econômicas
através da subjugação,
em um nível ou outro.
Com respeito à subjugação, esta
é uma característica essencial
da natureza predatória
da instituição estatal.
É importante ressaltar que
as táticas de subjugação
que é o que, em muitos aspectos,
fornece o 'poder' aos outros estados
mudaram ao longo dos tempos, tornando-se
mais sigilosas em suas guerras.
Alguns destes métodos não chegam
a ser fisicamente violentos
pelo menos, não
superficialmente.
Estes incluem abordagens
econômicas de guerra que servem
como atos de agressão
completos, em si mesmos
ou uma parte de um
prelúdio processual
à ação militar tradicional, que vem
sob a forma de tarifas comerciais
sanções, dívidas por
meio de coerção
e outros métodos menos
conhecidos, secretos
normalmente ligados
a um tipo de dívida
nas relações com o
Banco Mundial ou FMI
ou das Nações Unidas,
em forma de sanções.
Estas instituições
financeiras globais
têm interesses comerciais e
estatais pesados por trás delas
e têm o poder de impor dívidas
para socorrer países que sofrem
à custa de qualidade de
vida de seus cidadãos
muitas vezes assumindo o controle dos
recursos naturais ou industriais
através de privatizações ou outras
maneiras que poderiam enfraquecer
a capacidade de um país, no sentido
de torná-los dependentes de outros
e de suas indústrias.
Isto é simplesmente uma forma
mais velada de subjugação
do que vimos com o Império Britânico
durante a sua expansão imperial
e a Companhia das Índias
Orientais, a força comercial
que se aproveitou dos recursos
regionais recentemente conquistados
e da mão-de-obra na
Ásia, no século XIX.
Alguns analistas comparam o império
britânico com os Estados Unidos
e analisam como os EUA
ganhou o seu status
através de, não apenas,
pressão militar
mas através desta estratégia
econômica complexa e disfarçada
que posiciona outros
países como subjugados
aos interesses econômicos
e geo-econômicos dos EUA.
Por quê?
Porque, como será abordado mais
detalhadamente na Parte III
apesar da retórica
supersticiosa em oposição
o Estado não é nada mais
que uma manifestação
e extensão do
paradigma econômico.
É uma entidade econômica
na sua forma mais pura
e isso é algo que muitos hoje
parecem não entender completamente.
A conduta do Estado é baseada
em métodos de auto-proteção
por qualquer meio necessário.
Aqueles que condenam os Estados Unidos
como um império
empresarial do Estado
como se tal disposição fosse uma
anomalia do comportamento do Estado
não levam em conta a
premissa econômica
sobre a qual ele se baseia, como
veremos, à medida que avançarmos.
Questões básicas à parte
vamos agora nos aprofundar na
tendência coerciva do Estado
no que diz respeito à sua
postura perante a guerra.
Uma vez que, por trás do estado (como
qualquer instituição) estão seres humanos
e seus valores, a questão
do condicionamento em ***
em suporte à integridade do Estado, é
fundamental para sua sobrevivência.
Como a história tem mostrado,
quando se trata de guerra
o público em geral,
raramente, ou nunca
tem interesse no conflito
apenas os políticos e
seus financiadores têm.
Então, eles trabalham para
seduzir seus súditos ao apoio.
O patriotismo, a honra,
a cruzada moral:
O primeiro ponto sobre todas as
guerras interestaduais em preparação
é que nunca se expressam
como sendo ofensivas
apenas defensivas, a defesa
comum, como é chamada.
Nos EUA, Departamento de Defesa é o
nome do nosso Ministério da Guerra.
Soa nobre, ao mesmo
tempo que implica
uma suposição de
medo do externo.
Enquanto grande parte do público vê o
medo num sentido tradicional e invasivo
o medo mais relevante
é em nível estadual.
Ele é discreto e tem a ver com
um medo do poder estatal:
a perda do poder.
Talvez, o melhor exemplo
disto está na obra
do ex-conselheiro de Segurança
Nacional, Zbigniew Brzezinski
'The Grand Chessboard' ('O Grande
Tabuleiro de Xadrez'), onde ele detalha
uma série de observações e
previsões extremamente precisas
em relação ao que fará os
Estados Unidos permanecer
como a grande potência mundial, especificamente,
sua necessidade de controlar a Eurásia
e o Oriente Médio.
Nesta postura, o medo surge
de um pressuposto axiomático
de que a liderança global dos
EUA seja o único caminho.
O jogo de xadrez deveria estar
sempre em nosso próprio
favor, ou então, talvez
o mundo todo sofreria
como resultado.
É uma visão
imperialista clássica
onde os americanos e seus
aliados devem controlar tudo
porque entendem mais.
Juntando à esta suposição,
baseada no medo, se os EUA
não é o poder imperial,
então, outro será
e ferirá nossos interesses
que no estágio atual de maturidade
social, seria inevitável
(e isto que Brzezinski argumenta),
mas em nenhum momento
há uma reflexão viável
sobre o equilíbrio social.
Simplesmente não é considerado
o que é absolutamente
característico da entidade Estado
e sua fundamentação, por isso, não
devemos culpar Brzezinski por sua visão.
Ele simplesmente expressa
a triste normalidade
embora, como iremos descrever,
ela seja totalmente desumana
e extremamente insustentável.
Ele afirma que "a América é, hoje,
a única superpotência mundial
e a Eurásia a arena
global central.
Daí, o que acontecer com a distribuição
de poder no continente euro-asiático
será de importância decisiva para
a primazia mundial da América
e para o seu legado histórico.
Transmutando em
terminologia que remonta
à idade mais brutal
dos impérios antigos
os 3 grandes imperativos
da estratégia geo-imperial
são impedir a conspiração e manter uma
dependência segura entre os vassalos
mantendo os clientes
dóceis e protegidos
e, também, impedindo a
agregação entre os bárbaros.
Doravante, os EUA
pode ter determinado
como lidar com coalizões regionais que
buscam remover a América da Eurásia
ameaçando o status dos EUA
como uma potência global."
Se você ler este trabalho, que
foi escrito há 15 anos atrás
notará, mesmo agora
que o Estado imperialista americano
e seus aliados vêm atuando
sobre esse interesse
específico, explicitamente.
No entanto, você não verá o
establishment político ou a mídia
expressando essa visão ao público
nos seus boletins diários
embora Brzezinski argumente
como se fosse de senso comum.
Os meios de comunicação,
corporações e o Estado
recorrem às antigas táticas
de coerção psicológica
que se baseiam inteiramente numa espécie
de fantasia metafísica da retórica
que utiliza ideias
como a fé e a moral
patriotismo e a ideia de honra,
o medo na defesa comum
e outros conceitos, em
grande parte, vazios
que só servem para
mobilizar a população
em apoio aos interesses
da parte bélica.
Thorstein Veblen, sociólogo e
economista, que será "pouco" citado
nesta apresentação, colocou
melhor isso em 1917:
"Qualquer patriotismo servirá de
formas e meios aos interesses bélicos
e à gestão competente,
mesmo se as pessoas
não são habitualmente propensas
a um temperamento belicoso.
O sentimento patriótico ordinário
manuseado corretamente
pode ser facilmente
mobilizado à investida bélica
por qualquer órgão de congressistas
razoavelmente hábeis e bitolados
dos quais existem
abundantes ilustrações."
De fato abundantes
pois o cerne de toda a
motivação social belicosa
circunscreve um subconjunto
de valores intangíveis
que são, de todas as formas,
extremamente xenófobos
neuróticos e irracionais.
Veblen continua "Também é uma
generalização bastante segura
que, uma vez as hostilidades
tenham sido iniciadas
pelos congressistas interessados,
o patriotismo da nação
pode confiantemente ser incluído
no apoio desse investimento
independentemente dos
méritos da briga."
Creio melhor contextualizar isso
hoje com o bordão americano
que provavelmente mais transporta-nos a
outros países "Eu sou contra a guerra
mas apoio o exército!"
Isto é o que poderia ser chamado
de "dubiedade orwelliana clássica"
e tem sido muito eficaz
na redução dos protestos
ao mesclar-se ao
conceito de honra
e à natureza sacrificial
do papel dos soldados.
Aqui é onde as cerimônias,
trajes elaborados
medalhas e títulos de autoridade
encontram seus lugares.
Formaliza-se a honra através de cerimoniais,
medalhas e postos de respeito
eventos e outros adornos
que impressionam o público
quanto ao valor das
ações dos soldados
e, portanto, o valor bélico
que eles representam.
Isso também cria
um tabu cultural
onde insultar qualquer
elemento do aparato bélico
é visto como um
desrespeito ao sacrifício
às Forças Armadas, à sua honra,
reforçando assim a ampla ilusão
de que o ímpeto bélico é um ato
nobre com participantes nobres.
Emparelhada com a noção de honra
e o efeito por ela representada
reside a melhor ferramenta
para a cruzada: a moralidade.
Veble continua: "Qualquer interesse
bélico, esperançoso em ser desfechado
deve carregar a sanção moral da
comunidade ou da grande maioria
na comunidade. Consequentemente,
tornando-se a primeira preocupação
do congressista bélico investir
sua própria força moral
a favor da aventura desejada.
Há dois focos principais
de motivação:
1) A preservação ou promoção
do interesse material, real
ou imaginário, da comunidade
2) Reivindicação
da honra nacional.
Talvez devesse ser
acrescentado um terceiro:
o avanço e a perpetuação
da cultura "da natureza".
Este último ponto sobre a perpetuação
da cultura 'da natureza'
é melhor exemplificado pelo
slogan imperial ocidental
de buscar espalhar a
'Liberdade e Democracia'
numa noção metafísica /
religiosa, pura e simples.
O significado real desta frase, poeticamente
fantasiosa, ainda que totalmente vazia
tem mais a ver com a perseverança dos
interesses privados e sua liberdade
do que com alguma objeção moral à
suposta desumanidade de outro país
ou com o interesse de 'libertá-los',
ou coisa do gênero.
Não é diferente do
que as cruzadas
infames e ideológicas
da Idade Média
que sempre tiveram um interesse
subjacente material e territorial
em benefício aos
poucos nos bastidores
apesar da sobreposição
religiosa alegada na história.
Não consigo pensar em
nada mais poderoso
que a mobilização de
valores morais religiosos
a serviço dos poucos que realmente
ganham com a empresa bélica.
A noção de liberdade e
democracia é tão persuasiva
quanto a noção histórica de um grupo
religioso em busca da salvação de outro
através da invasão e subjugação.
Espero ter esclarecido
esta conexão.
Reconhecido isto, consideraremos o
desdobramento do empreendimento bélico.
Com a semente de patriotismo e
do reforço sentimental contínuo
numa dada população, cujos políticos
procuram incentivar a guerra
o primeiro passo é, geralmente, um evento
que cria uma imposição direta de medo
acoplado à uma violação da
metafísica da honra nacional.
Zbigniew Brzezinski compreendeu isto
muito bem e disse sobre a questão:
"A atitude do público
americano de projeção externa
do próprio poder americano tem
sido muito mais ambivalente.
O público apoiou o engajamento
americano à 2ª Guerra Mundial
em grande parte por causa do choque provocado
pelo ataque japonês a Pearl Harbor.
Conforme os EUA torna-se uma
sociedade multicultural
fica mais difícil atingir um consenso
sobre questões de política externa
exceto numa circunstância
de ameaça externa
direta, massiva e clara."
Isso pode não ser
apenas uma ameaça
num sentido real, mas
também num metafísico
demonstrado em uma desonra
ou indignação intangível.
Se analisarmos a história,
digo a das guerras dos EUA...
(como norte-americano, é com esta
que tenho mais familiaridade)
se a analisarmos, descobriremos
que o ponto de provocação
que conduz à guerra é, quase
sempre, de natureza menor
em proporção, ao que se segue, há uma
indignação moral e neurose de honra
irracional e integralmente
exacerbadas
que levam à retribuição,
à procura de vingança
manipulando o credo da ***
acerca de tais coisas.
Por exemplo, desde a Guerra
Mexicano-Americana de 1846
iniciada por uma briga envolvendo
a dominação mexicana do Texas
a mídia passou a relatar,
improvisadamente, que
"Os mexicanos estão matando nossos garotos no Texas!
" em todos noticiários.
Nesta pequena guerra,
roubar terras do México
custaram-nos 30.000 mortes
ao longo de alguns anos.
30.000 mortes e isso
foi há muito tempo.
A Guerra do Vietnã, provocada por
um suposto ataque de torpedo
que não matou ninguém, mas arrecadou
o apoio público a um envolvimento
que matou cerca de 3,5
milhões de seres humanos!
Quase todas estas guerras imperiais,
incluindo a inclusão dos EUA
em guerras mundiais, comportam-se
como danos, na aparência estatística
grosseiramente amplificados por reações
ultranacionalistas do público.
O entendimento sociológico
básico foi formalizado
num plano da CIA chamado
'Operação Northwoods'
quando os EUA estavam procurando uma
desculpa para invadir Cuba na década de 60.
Planejavam realizar uma série
de ataques terroristas internos
e depois culpar Cuba, de forma a chamar
atenção e obter apoio do público
portanto, explorando a sua indignação moral e seu medo.
Este é um registro público
e ouso acrescentar
o rei de todos os eventos
religiosos modernos
um que provocou todos os
níveis de indignação moral
desonra e neurose patriótica
os acontecimentos de 11 de setembro de
2001 provam, além de qualquer dúvida
que a causalidade de uma dada
provocação não precisa ter
qualquer caráter relacionado
às ações tomadas pelo Estado
considerando um choque suficiente
e um fervor ultranacionalista.
Mesmo que a alegação
oficial do governo dos EUA
fosse absolutamente verdadeira
as ações tomadas pelo governo e
seus aliados, em seguida ao ataque
não tinham qualquer
relação com o mesmo.
Absolutamente nenhuma,
se você prestou atenção.
[Aplausos]
Apenas deu guarida ao fluxo
de revide patriótico
permitindo uma mobilização
imperial virtualmente livre.
Voltando ao ponto mais importante
do caráter estatal, além dos EUA
os atos de 11/9 também abriram as comportas
à uma ampla redefinição de termos
em quase todas estruturas
de poder do mundo
porque, intrinsecamente, estas
estruturas, a entidade estatal
são auto-suficientes em
sua própria definição.
Eles realmente não se preocupam com
qualquer outro país ou com sua população.
Não se trata de algo moral.
É a maneira que foram construídos.
Da Turquia à Rússia, até
Israel, Reino Unido, etc
o benefício de 11/9 foi enorme para
o Estado que, ocultando do público
o externo, engolfou e
exacerbou seu poder.
Registrando, não há nenhuma
guerra contra o terrorismo.
Não pode haver ...
[Aplausos]
Não pode haver tal coisa como
uma guerra à uma abstração.
Não possui uma premissa operacional.
Não possui um local
e, pior ainda, não possui
um noção de vitória
sem mencionar que todos os atos do
'terrorismo' são estatisticamente inválidos
com relação às verdadeiras
ameaças à sociedade humana
e à saúde pública, mas isso
é para outra conversa.
Trilhões de dólares gastos numa questão,
quando temos pessoas morrendo
de tantas outras coisas, onde o
dinheiro poderia ser aplicado
mas todos sabemos qual
é a real intenção:
A verdadeira guerra a ser travada é a favor da
resolução de problemas e da harmonia humana.
A verdadeira guerra está no
equilíbrio de poder e justiça social.
A verdadeira guerra é sobre a
instituição da igualdade econômica.
Infelizmente, a estabilidade social
não é uma característica buscada
pelas grandes empresas estatais,
pois não oferece qualquer vantagem.
O verdadeiro instrumento do terrorismo
não é como um ato de violência
por uma subcultura incrivelmente
pequena e desesperada
mas uma ferramenta de
desculpa para o Estado
em favor de consolidação de mais poder,
externo e interno. Não me aprofundarei.
Completando esta seção da palestra
sobre a manipulação da sociedade
pelos poderes do Estado, de forma
a reforçar a integridade do mesmo
à custa de outros estados e seus
indivíduos, muitas vezes sou questionado:
O que então define a coesão
social e confiança em comunidade?
Não seria patriotismo e orgulho nacional,
de alguma forma, forças positivas?
Se você for pensar nisso, quase
todas as noções de comunidade
tem basicamente sido substituídas
pela premissa, sempre fracionante
da competição de mercado e
da privatização de tudo.
Há poucas reminiscências
no mundo que incutem
um capital estruturalmente social
e confiança em comunidade.
Mesmo aqueles estados
denominados igualitários:
Noruega, Suécia, etc
estão mostrando
grandes padrões de crescimento e
igualdade de renda desequilibrados
daí, sua perda em comunidade.
Está ficando cada vez pior, em outras palavras.
Para fins internos, pode-se dizer
que o patriotismo tem uma serventia
já que é a única coisa que resta,
mas apenas dentro dos interesses
da comunidade isolada.
No entanto, lamento muito dizer,
este tribalismo pode facilmente
ser revertido contra outras
forças, na mesma lógica.
Tenho certeza de que houve grande
camaradagem e apoio interpessoal entre
os 10 milhões de
soldados nazistas
mas que a coesão nacionalista
também facilitou
um dos maiores exemplos
de destruição social
e divisão do mundo moderno.
Em um nível diferente, como
nota final, neste ponto
nossas economias estão fora de escala
e são internacionais por natureza.
Eles têm que ser.
Nacionalismo patriótico não tem lugar
na nossa realidade terrena técnica, em qualquer
nível, especialmente em se tratando disto.
O Estado, tal como existe é
realmente um redutor incrível
de eficiência técnica
quando se trata de apoiar
a população humana através
de produção e semelhantes.
O respeito ao meio ambiente
como um todo também é perdido
por causa dos limites
que são estabelecidos.
Realmente, desacelera certos atributos
e responsabilidades inerentes
ter essas paredes territoriais.
Não é economicamente eficiente.
Não permite agirmos
de modo responsável
em relação ao ambiente, e acho que
estamos começando a notar essas questões
cada vez mais, em
vários aspectos.
Mesma premissa: Ainda hoje a
ideia de 'fabricado nos EUA'
(eu mesmo vi um "feito em
Israel", enquanto estava aqui)
é um mantra comum para a
publicidade do comércio agora.
No entanto, esta intenção é de uma
ineficiência técnica imediata
pois uma produção adequada é um assunto
inerentemente global em todos os aspectos
incluindo o usufruto do
conhecimento do mundo.
Todo mundo é colaborador do conhecimento;
não há conhecimento isolado;
é impossível supor que apenas o seu
país poderia produzir coisas isoladas.
É um organismo de conhecimento
que continua a evoluir.
No verdadeiro sentido da palavra,
a economia não pode ter limites
e restrições.
É simplesmente muito ineficiente.
Você pode operar dessa maneira,
mas você não estará operando
realmente no verdadeiro
sentido de gestão terrena
que é o que uma economia é,
portanto, redução de resíduos.
Nacionalismo patriótico não é apenas
perigoso, é tecnicamente ineficiente.
Coesão social só pode ser
verdadeiramente sustentada
numa escala humana mundial, com
lealdade entre nós, o habitat
e as leis da natureza, uma realidade
técnica, não uma poética.
Caso contrário, você não terá nada, além
de ineficiência, conflitos e degradação
que é exatamente o
que temos agora.
Nas palavras de Albert Einstein
"Nacionalismo é uma doença infantil:
É o sarampo da humanidade."
[Aplausos]
Parte III: A Cultura de Guerra,
Negócios Privados e Concorrência
Na seção prévia, conhecemos algumas
características essenciais da entidade estatal.
Agora eu gostaria de
expressar a premissa óbvia
ainda que grosseiramente ignorada
e fundamental da sua existência
que reforça a lógica de todas as
características citadas anteriormente.
Quando refletimos sobre os
valores fundamentais do Estado
e seu interesse em auto-proteção,
juntamente com a propensão geral
de expansão territorial
e comercial
daí, os impérios rotativos
vistos historicamente
achamos que o núcleo da instituição
é realmente um ponto culminante
nascido a partir de
determinados pressupostos
ou seja, aqueles que
definem a fundação
do que chamamos de
economia moderna hoje
ou, especificamente,
economia de mercado.
Gostaria, em primeiro lugar, salientar
que ao tentar falar empiricamente
não vejo mérito em termos, como
capitalismo ou livre mercado
ou socialismo ou comunismo
ou qualquer outro "ismo"
que, realmente, servem
como limites do debate
na discussão do funcionamento social,
uma vez que representam um quadro
truncado de referência no que diz respeito à
nossa economia e o que significa uma economia.
A premissa verdadeiramente
fundamental
de todas essas instituições tradicionais
é muito mais antiga no tempo
do que qualquer economista
tradicional admitiria.
O que descobrimos é que a evolução do
sistema econômico que conhecemos hoje
tem estado em sintonia com a evolução
contínua da entidade estatal.
Se queremos diagnosticar o que é
que inicia a guerra, a subjugação
e disputas territoriais, juntamente com
uma possível solução para a paz mundial
precisamos dar um passo para trás,
muito distante, e examinar a estrutura
que deu origem à
estruturação da nossa vida
e valores, pessoais e sociais.
Como observado anteriormente, a Revolução
Neolítica foi um momento decisivo
para a maneira pela qual a
sociedade humana organizava-se.
Com a compreensão súbita, logo em seguida
eclipsada, da causalidade científica
emergindo lentamente, nossa nova
capacidade de controlar o ambiente
e produzir, estrategicamente, mais
do que era disponível até então
deu a luz à uma classe produtora
e as trocas comerciais em si
tornaram-se especialidades
agregando-se ao modelo sócio-econômico
como parte fixa e integrante.
Esta nova base de organização
social, eventualmente avançou
ao uso de símbolos que
representassem o valor de troca
dentro do comércio, de um bem
ou serviço, chamado "dinheiro"
que, de fato, foi a introdução
de uma nova commodity,
através desta abstração.
Este valor monetário inerente
uma noção abstrata
de valor do papel
(mesmo com o padrão-ouro,
ainda era abstrato)
levou ao conceito
de investimento.
O trabalho lentamente tornou-se
cada vez mais centralizado
conforme a empresa ou fábrica
tornou-se propriedade
da classe de investidores
que lidava com o dinheiro
como commodity, podendo
comprar o produtor.
Então, com o avanço natural
da ciência e tecnologia
lentamente reduziu-se a eficiência do
ser humano como produtor (mecanização)
de todos os novos conceitos
de serviço e produção
por uma questão de manutenção do
sistema de trabalho estabelecido
uma transformação ocorreu, onde
o papel original da pessoa
mudou da de um produtor que se
aproveitava diretamente da troca
por interesse pessoal, para um
veículo de servidão aos interesses
da classe de proprietários
e investidores.
Hoje, como consequência, a forma de
participação social mais bem remunerada
que, na verdade, nada se relaciona com
os processos de manutenção da vida
ou com o conceito original de
economia, é o investimento.
Como será reiterado adiante, esta
consequente classe de proprietários
é a que atualmente manda no
mundo, falando coloquialmente.
O sociólogo Thorstein
Veblen resume esta questão
a partir de um ângulo ligeiramente
diferente, mas bem preciso:
"As teorias padrões da ciência econômica
assumiram os direitos de propriedade
e contrato, como premissas axiomáticas
e ferramentas finais de análise.
E suas teorias são geralmente
desenhadas desta forma:
modeladas às circunstâncias da indústria
artesanal e do pequeno comércio."
O que ele esclarece com isso são
as noções simplistas do produtor
logo no início, antes
da tecnologia moderna.
"Essas teorias parecem sustentáveis, no
todo, quando utilizadas na aplicação
à situação econômica,
daquele tempo recuado
abrangendo praticamente tudo o que é
dito na questão dos salários, poupança
na economia e eficiência
da gestão e da produção
pelos métodos da iniciativa privada que se
assentam nesses direitos de propriedade
e contrato, regidos pela
busca do ganho privado.
É quando estas teorias padrões
são aplicadas à situação atual
que superou as condições
de produção artesanal
que parecem inoperantes
e aberrantes.
O sistema competitivo, assumidos
por essas teorias padrões
como condições necessárias
à sua própria validade
e sobre o qual elas são projetadas
como uma cobertura defensiva
pareceria, nas condições
anteriores de pequena empresa
e contrato de pessoal, ter tanto
uma suposição passivamente válida
como premissa, como um esquema
aceitável de expediente
das relações e movimentações econômicas.
" Ele continua
"Sob essa ordem artesanal
e de pequeno comércio
que levou à padronização
destes direitos de propriedade
da forma acentuada que vemos nos
direitos e costumes modernos
o homem comum teve uma possível
chance de livre iniciativa
e auto-direcionamento, representadas na
busca de uma profissão e de subsistência
na medida dos direitos de
propriedade que lhe cabiam.
A complexidade das coisas,
no que tange a eficácia
da propriedade institucional no
direito primitivo de propriedade
mudou substancialmente.
O sistema competitivo, em
grande medida, deixou de operar
como uma liberdade natural rotineira,
de fato; particularmente, no que tange
a sorte do homem comum - a ***
de pessoas sem dinheiro."
O autor então justifica-se.
E este é o ponto mais crítico
"Pelo menos na concepção popular e,
presumivelmente, em algum grau, também de fato
o direito de propriedade servia como
uma garantia de liberdade pessoal
e uma base de igualdade,
assim, seus apologistas
continuam a olhar
para a instituição.
Em um grau muito apreciável,
esta complexidade das coisas
e das concepções populares
mudaram desde então.
Embora, como seria de esperar, a
alteração nas concepções populares
não manteve o ritmo com as
mudanças de circunstâncias.
Na transição à tecnologia maquinaria, o
aparato tornou-se uma unidade de operação
e o controle, claramente, não pertence
mais ao indivíduo ou ao aparato isolado
mas a um grupo articulado de tais
aparatos trabalhando em conjunto
como um sistema
equilibrado (corporações)
sob uma gestão empresarial
coletiva e, coincidentemente
os trabalhadores individuais têm
caido à posição de fator auxiliar
quase como uma
peça de suprimento
sendo debitado como um item
de despesa operacional
de modo que, neste momento, o direito
de propriedade deixou de ser
de fato, uma garantia de liberdade
pessoal para o homem comum
e passou a ser, ou está chegando a
ser, uma garantia de dependência."
Ele escreveu isso em 1917
para evitar uma
divergência aparente
acerca das grandes falhas da economia
de mercado monetário, em geral
mantendo-se a par com o foco
específico de guerra, o estado
e como evolução desta
fundação do núcleo econômico.
É fundamental a compreensão
do pensamento de Veblen
por ressaltar o que
é o crescimento
de uma premissa econômica
abstrata de propriedade
com uma mudança de poder da classe
geral de trabalhadores/produtores
para a classe de
investimento e negócios
que são, na realidade, uma
perversão prejudicial
do conceito de produtor -
a base original da teoria
pois essas pessoas não
contribuem em nada, literalmente
à base técnico-artística e
científica da indústria;
no entanto, elas são agora
o foco do interesse.
Curiosamente, devido ao
poder já conquistado
por essa classe de
investimento e propriedades
temos uma entidade
estatal que não só opera
como uma manifestação desses valores
de concorrência e de propriedade
mas atrai a maioria
dos seus governantes
para o conjunto riqueza,
negócios e pool de operações.
Surpresa!
Estes valores também criam e
perpetuam um sistema legal
o qual trabalha para beneficiar não apenas
os interesses da classe proprietária
mas também o interesse
de sua expansão
que é uma marca do
empreendimento de capital
o qual se manifesta na tendência,
monopolista e imperialista
que define uma característica essencial
do estado de grandes dimensões.
Como monopólio comercial
no mundo comercial
quanto maior o establishment
mais ele tende a querer
aumentar o seu tamanho.
É uma visão de negócios básica.
Sobre a questão da propriedade e,
portanto, inevitável atrelamento
à classe de governança,
Veblen declara
"Os funcionários responsáveis e os
seus principais oficiais administrativos
que podem ser razoavelmente chamados
de governo ou de administração
são invariavelmente e caracteristicamente
tirados dessas classes beneficiárias:
nobres, cavalheiros,
ou empresários
todos chegando ao posto
para o objetivo em questão;
o ponto de tudo isso é que
o homem comum não partilha
desses recintos, muito
menos desses conselhos
os quais são os responsáveis por
conduzir o destino das nações."
Acrescenta, em respeito à
orientação legislativa
a qual essas classes beneficiárias definidas
pelos valores de investimento e propriedade
estão no controle
"Pode-se incluir nisso, com
certeza, todo o aparato legal
e todas as agências coercitivas da
lei e da ordem, que, de prontidão
defenderão os direitos
primitivos de propriedade
sempre que algo for feito em oposição
a seu desconsentimento ou restrição.
Há um interesse forte
e contumaz conectado
à manutenção da fé pecuniária
(que significa dinheiro)
e a classe onde estes coletes de interesses
materiais encontram-se, também está
investida dos poderes
coercitivos da lei"
o que significa que você
está ferrado duplamente.
Dito de outra forma, os fatores que
permitem que a classe alta e de propriedade
que têm sido codificadas pela
aceitação quase religiosa
dos direitos de comércio,
de propriedade e exploração
como a prática do regime social
são reforçados pelo regime jurídico
através do próprio eleitorado
que beneficia a maioria pelo próprio sistema
econômico e toda a sua ineficiência.
Quando se trata do estado
de iniciação de guerra
não é preciso muita criatividade para entender
os interesses, comerciais e financeiros
que estão realmente por trás
disso, especialmente agora.
É suficientemente ruim
que a natureza básica
da culminação da instituição
estatal seja econômica
auto-preservativa e de
exploração em geral
mas quando cada guerra
é levada em conta
e as especificidades de quem ganhou
e quem perdeu são entendidas
um novo patamar de
predatorialismo configura-se
assim como um nível
totalmente novo de aversão.
No passado, o roubo básico de
terra e seus recursos inerentes
eram, mais ou menos, o benefício
central de guerras interestaduais.
Hoje, podemos estender esses
benefícios econômicos
para os gastos militares maciços
que têm grandes impactos
sobre o PIB e o comércio
a reconstrução das áreas
conquistadas devastadas pela guerra
filiais estatais subsidiárias
o empurrão contínuo da integridade de
um país através de tarifas comerciais
sanções debilitantes e
imposições de dívida
por causa da subjugação
da população
em benefício às
indústrias transnacionais
e muitas outras convenções
modernas, que, universalmente
beneficiam, na maior parte,
um número pequeno de pessoas
e, novamente, as classes de
propriedade e investimento.
Este aspecto é melhor expresso
por um dos oficiais mais condecorados do
Exército dos Estados Unidos do século 20
o major-general Smedley D. Butler.
Ele escreveu um livro após a I Guerra Mundial
chamado de 'War Is a Racket'
('Guerra é uma mentira').
Ele tinha isso a dizer sobre
a indústria de guerra
"A guerra é uma mentira. Ela sempre foi.
É, possivelmente, a mais antiga
facilmente, a mais rentável,
certamente, a mais cruel.
É a única de âmbito internacional.
É a única
em que os lucros são contados em
dólares e as perdas em vidas.
Passei 33 anos e 4 meses
no serviço militar ativo
e, neste período, passei a maior parte do
tempo como um musculoso de alta classe
para as grandes empresas: para
Wall Street e os banqueiros.
Em suma, eu era um mentiroso,
um gângster do capitalismo.
Eu ajudei a fazer o México e,
especialmente, o Tampico seguro
para os interesses petrolíferos
americanos, em 1914.
Eu ajudei a fazer do Haiti
e Cuba um lugar decente
para os bancários nacionais
recolherem receita.
Eu ajudei no estupro de meia dúzia
de repúblicas da América Central
em benefício a Wall Street.
Eu ajudei a purificar o Nicarágua
para a casa bancária internacional
"Brown Brothers", de 1902 a 1912.
Eu trouxe luz à República Dominicana para os
interesses açucareiros americanos, em 1916.
Eu ajudei a corrigir Honduras para as
companhias americanas de frutas, em 1903.
Na China, em 1927, eu ajudei a
fazer com que a Standard Oil
continuasse o seu caminho
sem ser molestada.
Olhando para trás, eu poderia ter
dado a Al Capone algumas sugestões.
O melhor que ele podia fazer era
operar sua mentira em três distritos;
Eu operei em três continentes."
É incrível!
[Aplausos]
Gostaria de concluir
esta seção apontando
que esta análise é de
um aspecto muito amplo
por causa da audiência global
abrangida por esta palestra
e da relevância deste
esquema de abordagem ampla.
Guerra, enquanto a sua unidade nuclear
histórica é, de fato, econômica
também pode ser a força
direta da ideologia, cruzada
e direito moral como
um motivador central
não só em relação à sanção
pública, como observado antes
mas também como um componente ativo
da motivação em nível estadual.
No entanto, esta é a
exceção, não a regra.
Mesmo com a fundação religiosa,
ostensivamente guiada
do Estado de Israel, e o suposto
direito divino admitido
como pano de fundo para sua reivindicação
de propriedade contra a Palestina
os fatores decisivos ainda
estão para serem encontrados
de maneira central,
como econômicos.
Como será observado na próxima seção,
a paz, provavelmente, não surge
a partir da interação
de qualquer estado
ou de qualquer nível de governança pela
classe proprietária, a classe beneficiária.
Ela virá do povo, seus sujeitos...
[Aplausos]
que trabalhará para superar,
inteiramente, o poder da soberania
percebendo que o nível
humano de lealdade
é a única perspectiva possível.
[Aplausos]
Parte IV: Definindo Paz
- Um Novo Contrato Social
Como todos sabemos, a paz hoje não é
definida por uma reconciliação amigável
de diferenças por largos
esforços de colaboração.
Não, hoje a paz é definida
pelo armamento competitivo
e a premissa geral de 'destruição
mutuamente assegurada'
como foi cunhada em
relação à Guerra Fria.
Hoje a paz é apenas uma
mera pausa entre conflitos
na fase de civilização global.
Há uma guerra acontecendo em algum
lugar praticamente o tempo todo.
Quando não há, as grandes
potências estão ocupadas
movendo seus pequenos tanques na areia,
construindo armas mais avançadas
vendendo antigas para
algum outro país aliado
que, basicamente,
porta-se da mesma maneira
tudo sob o título de, não apenas
proteção, mas, também, um bom negócio.
Estabelecimentos militares
de hoje têm à sua disposição
as formas mais avançadas
de propriedade tecnológica
empregando alguns dos melhores
cientistas do planeta
neste empreendimento
de morte orquestrada.
Quando consideramos o aumento
exponencial da tecnologia da informação
ocorrendo no mundo, o que
facilita níveis cada vez maiores
de avanço, material e
técnico, e avanço de armas
a realização é que níveis
incalculáveis de destruição humana
e planetária, possivelmente,
nos espera.
Nas palavras de Albert Einstein
como testemunha da
expressão da bomba atômica
"Nossa tecnologia excedeu
nossa humanidade."
A pergunta a ser feita é se nós, como
sociedade, suficientemente, madura
podemos lidar com as
possibilidades incríveis
do nosso novo
avanço tecnológico?
Tecnologia, que também poderia
beneficiar o mundo de maneira profunda
ou beneficiará nossas premissas,
tribais e xenófobas, de divisão
e de egoísmo econômico?
Pelo menos, no passado, imaturidade
social, prevalência de territorialismo
e dominância, teve um custo limitado,
mas temos armas nanotecnológicas
que acabarão por transformar a bomba
atômica numa catapulta romana
sendo necessário e urgente um novo nível
de responsabilidade e consciência social
pois isso não é mais uma
questão de segurança nacional.
É uma questão de
segurança mundial.
Parafraseando um dos meus heróis,
Carl Sagan, o astrônomo americano
e ávido defensor do pensamento
científico e sua aplicação na sociedade
"É quase como se houvesse um Deus
e ele nos desse uma escolha.
Podemos usar as nossas capacidades tecnológicas
emergentes para melhorar a vida da espécie humana
e criar uma abundância onde ninguém
precise sofrer privação ou fome
ou podemos criar melhores
meios de destruirmo-nos.
Essa é nossa escolha."
Nosso sistema econômico global é
baseado em um darwinismo social
que declara que se todos olharem
apenas para seu próprio interesse
muitas vezes, à custa dos outros
que estão, basicamente, buscando
a mesma coisa, em teoria
uma ordem maior de equilíbrio
social ocorrerá magicamente.
Esta é a fundação
mágica meta-filosófica
de figuras, como o pai do
livre mercado, Adam Smith
e sua noção de 'mão invisível'
mas as coisas mudaram.
Chegamos a um ponto, onde
o nosso auto-interesse
precisa, desesperadamente,
tornar-se interesse social
se esperamos sobreviver às
muitas provações pela frente.
A nossa aptidão evolutiva está
se tornando um imperativo social
não um pessoal ou
auto-interessado.
Nosso auto-interesse deve tornar-se
interesse social, se esperamos sobreviver
porque eles são,
em suma, os mesmos
se você, realmente,
seguir a lógica.
Ou nos tornamos uma sociedade
globalmente consciente, singular
com os valores centrais respeitáveis
como núcleo fundamental, ou perecemos.
Ou mudamos ou morremos.
Hoje, os EUA, Israel e
outras extensões do império
estão estimulando os estados do Irã e
da Síria em uma crescente e próxima
provocação acerca de
recursos energéticos
outros atos de comércio, controle
geopolítico e geoeconômico
da Eurásia, como Brzezinski
apontou 15 anos atrás.
A recente retirada das tropas americanas
do Iraque já liberou alguns recursos
e dado que maior parte das
campanhas presidenciais
tendem a perseverar na reeleição
do presidente em exercício
não seria surpresa para mim se
víssemos emergirem conflitos
antes das eleições
de 2012 dos EUA.
No entanto, o Irã não é Iraque.
Está em equilíbrio econômico com a Rússia e China
as duas outras superpotências, com
capacidades militares enormes.
Não está fora de questão o prenúncio
de que qualquer invasão do Irã
gerará, rapidamente, uma
desestabilização global do poder
onde uma guerra mundial
poderia começar.
Se você examinar as despesas
militares dos grandes poderes
verá uma curva ascendente, acelerando,
na maioria dos casos, na última década.
Acordo comercial militar desses
poderes, como a venda recente de
U$30 bilhões em armas para a Arábia
Saudita, revelam a intenção de crescer.
Por outro lado, a Rússia
continua a vender armas à Síria
outro estado na mira
do império dos EUA.
O Ministro de Relações Exteriores russo, Lavrov,
declarou, em meados de janeiro deste ano
na sua conferência
anual de imprensa
que a Rússia usaria seu poder de
veto no Conselho de Segurança da ONU
para bloquear qualquer resolução que apela
à força militar a ser usada contra a Síria
dizendo também que a Rússia
está "seriamente preocupada"
sobre a ação militar contra o
Irã estar sendo considerada
e juram que Moscou faria
de tudo para impedi-la.
"As consequências serão
gravíssimas", disse.
"Isso provocará uma reação em
cadeia e não sei onde vai parar."
Da mesma forma, no final de 2011,
um major-general chinês comentou
"A China não hesitará em proteger o
Irã, mesmo numa 3ª guerra mundial"
de acordo com a NDTV, uma
estação de notícias chinesa.
Essas reações fazem sentido, sendo o
Irã um componente chave de energia
e profundamente enraizado aos interesses
geo-econômicos das potências regionais.
No final, quem sofrerá com os
interesses desses estado...
essas intervenções do
Estado, o imperialismo
e até mesmo com a luta e
falta de reconciliação?
(pois o imperialismo está em ambos
os lados, se você pensar sobre isso.
As motivações são as mesmas.
)? O povo sofrerá.
Possivelmente, em uma escala
trágica, levando em conta
a automação crescente
das aventuras militares
onde, hoje, menos pessoas são
necessárias, com aeronaves drones
que podem ser controladas remotamente,
a milhares de quilômetros de distância
entrando em combate sem
perda militar direta.
Nem entrarei na questão
da perda de empatia
que implica em violência,
ainda mais fria, no horizonte
porque as pessoas estão
separando-se do ato de assassinato
através de meios automatizados. Acho que o Dr.
James Gilligan explica melhor
"No passado, ao longo de
quase toda a história humana
a principal ameaça à sobrevivência humana
foi a natureza. Hoje, é a cultura."
Portanto, não só o protesto, direto
e tradicional, precisa persistir
em sua capacidade limitada
mas é tempo das pessoas do mundo
começarem a formar uma nova aliança
que desafia não só o
comportamento, doentio e viciado
do Estado e seu incentivo, interminável
e juvenil, à guerra competitiva
porém descendo também à raiz
de sua natureza causal:
o sistema econômico
de mercado monetário
e suas noções metafísicas
de propriedade, riqueza
energia, comércio e competição.
Nas palavras de Thorstein
Veblen, em 1970
"Constatou-se, no
decurso do argumento
que a preservação da presente
lei e da ordem pecuniária
com todo o seu incidente de
propriedade e investimento
é incompatível com um
estado de paz e segurança.
Este esquema atual de investimentos,
negócios e sabotagem (industrial)
deve ter uma chance bem melhor
de sobrevivência, em longo prazo
se as condições atuais
de preparação bélica
e "insegurança"
nacional forem mantidas
ou se a paz esperada for deixada
em um estado problemático
suficientemente precário, para manter
animosidades nacionais em alerta
e, assim, negligenciar
os interesses nacionais
particularmente, o
bem-estar público.
Assim, se os projetores desta paz,
como um todo, estão inclinados
a procurar termos concessivos
em que a paz pode ser duradoura
deve, evidentemente, ser parte
de seus esforços, desde o início
colocar a caminho
a diminuição (parada)
e revogação (fim)
dos direitos de propriedade
e do sistema de preços
que esses direitos sustentam."
Reafirmando, a paz não
é uma característica
do atual modelo de prática econômica.
A pergunta então é:
Que tipo de modelo econômico
(se houver mesmo um)
recompensaria, inerentemente, um estado
de paz em sua própria construção?
Como o método científico de raciocínio
fez o seu caminho na vida cotidiana
com a dissipação lenta de
superstição em todo o mundo
(pelo menos com respeito
à organização social)
um meio, novo e poderoso, de
pensamento está surgindo.
Este meio de pensamento
coloca a base da economia
sobre os princípios
das leis naturais
e não sobre os caprichos do
comportamento humano primitivo
e outras dualidades falsas e coisas
que são bagagem de nossa evolução.
É neste trabalho que o Movimento
Zeitgeist encontra a sua vocação.
A revolução de nossa premissa econômica,
de supersticiosa à científica
não só irá transcender a
grande falha da guerra
a neurose de poder
do Estado, bem como
superará as grandes ineficiências
associadas. Permitirá
e reforçará, um mundo de aperfeiçoamento
humano, além de qualquer coisa já vista.
Respeito social e ao meio ambiente
(que é desesperadamente necessário)
e abundância de um material que
nossa tecnologia poderia criar
se a permitirmos
algo que o mundo jamais viu.
Assim como tivemos uma grande mudança de
paradigma social pós Revolução Neolítica
estamos à beira de uma mudança
igualmente forte de consciência
conforme galgamos à uma era de
pós-escassez e colaboração global.
Hoje não há nenhuma razão técnica para
qualquer ser humano morrer de fome
estar sem moradia ou roupas,
não ter educação avançada
acesso à saúde pública,
tanto física quanto mental.
Se pudermos transcender esse período
***, que, atualmente residimos
civilizações futuras certamente
olharão para trás com horror
à loucura enorme de nossas
ações, medos e arrogância.
Talvez um novo termo será cunhado para
descrever a época em que vivemos.
Gostaria de sugerir 'A
Era da Ignorância'.
Em conclusão, farei uma
consideração em respeito
à superação dessa
máquina de guerra.
Não virá do Estado ou como eles
dizem 'sendo éticos no poder'
nem virá através das classes de
propriedade e investimento controladoras
as quais projetaram a função
da sociedade como nós a vemos.
A paz mundial virá de um aumento
global da solidariedade pública
no nível humano civil,
virá a partir de
uma rejeição em ***
dos valores distorcidos
e táticas de manipulação vinda do
estado e dos seus valores comerciais.
Virá de um movimento mundial,
ausente de fronteiras
noções raciais ou partidos
políticos e religiosos
baseado nas semelhanças imutáveis
que compartilhamos como espécie
que simplesmente diz: "Não, não
vamos jogar este jogo mais."
Enquanto o mundo está desmoronando ao
nosso redor com o desemprego crescente
o esgotamento de recursos, a
expansão da dívida sem limites
e pressão de colapso, o que
poderia fomentar ainda mais
a motivação para a guerra
internacional, como mostra a história
talvez não haja um melhor
momento da história moderna
para se levantar e começar a fazer
algo de uma forma muito ativa.
1% do mundo está no controle
de mais de 99% da população,
no conceito mais amplo.
Eu, realmente, não posso esperar
para ver os olhares em seus rostos
quando 99% perceberem o quanto
de energia eles realmente têm.
[Aplausos]
Em conclusão, nas palavras
imortais de Carl Sagan
"Os velhos apelos ao chauvismo
racial, *** ou religioso
ao fervor nacionalista estão
começando a não funcionar.
Uma nova consciência está se desenvolvendo,
que vê a Terra como um organismo único
e reconhece que um organismo em
guerra consigo mesmo está condenado."
Somos um planeta. Obrigado.
[Aplausos]
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