Tip:
Highlight text to annotate it
X
- Tradução e Sincronia - JohnKesada
- Revisão - dougsan
Abril de 2002.
Arnold Schwarzenegger começa a filmar
O Exterminador do Futuro 3, A Rebelião das Máquinas.
Último filme de O Exterminador do Futuro.
Uma das franquias mais bem sucedidas de todos os tempos.
Aos 55 anos, Arnold é uma das estrelas
mais bem pagas em Hollywood,
mas sua influência nos filmes vai além dos números.
Ele, com certeza, mudou a cara dos heróis de filmes de ação.
Smith,
Wesson...
...e eu.
Hoje em dia, as pessoas esperam por
personagens maiores que a vida.
Mas Arnold também foi maior que a vida
na vida real.
Vamos começar a malhar?
Isso é uma flexão.
Olha ele fazendo flexões.
Muito bem. Fez muito bem.
Ele é, com segurança, o pai da nova onda, Pumpologia.
Seu rosto apareceu em milhares de revistas
publicadas em centenas de línguas ao redor do mundo.
Através do poder de sua personalidade
introduziu músculos ao público em geral.
As pessoas adoraram.
É interessante que a cultura mudou.
Arnold é um ícone. Um cara que sempre ganha.
Apesar de sua grande fama e riqueza, é fácil esquecer
que tudo começou a partir de um documentário independente
de 1977, chamado Pumping Iron.
O filme introduziu ao mundo um
personagem, que em todos os aspectos,
é incrível como o Exterminador do Futuro ou Conan.
Este personagem era o próprio Arnold Schwarzenegger.
O que fizemos foi criar uma história sobre fisiculturismo.
Nós tivemos a incrível oportunidade
de entrar nessa subcultura
e realmente definir o que era.
Antes de Pumping Iron, os fisiculturistas
tinha problemas com sua imagem.
Não era levada a sério.
Fisiculturistas estavam apenas nos quadrinhos.
"Era uma tal de flexão de bíceps...
...desde que o Popeye abriu sua última lata de espinafre."
Havia um certo estigma.
Caras inseguros.
Pessoas tentando superar seu complexo de inferioridade
em lugares escuros.
Em outras palavras... Idiotas e loucos.
Mas o diretor de Pumping Iron, George Butler,
estava disposto a romper esse velho estereótipo
e substituir por algo novo para fisiculturistas...
Personalidade.
Obviamente, ele não suspeitava da estrela que Arnold era.
Eu me lembro quando criança, estar assistindo e pensando...
Ele tem um sotaque engraçado, mas com certeza é grande.
Ver a competição.
Ver esse pessoal e ver como eles faziam
jogos psicológicos uns com os outros.
Era fascinante.
- Eu te vejo. - Eu também te vejo.
Com essa barra acima da minha cabeça.
Eu não estou nervoso.
Com certeza Arnold tinha encanto, charme, carisma...
Você pode imaginar a sensação de
ser 6 vezes campeão do Mr. Olympia?
Anteriormente, todos pensavam que
o corpo perfeito era apenas isso.
Músculo, músculo e mais músculo.
Mas depois Pumping Iron, você podia ter personalidade.
Ser carismático e divertido.
Se boxe tinha Muhammad Ali, fisiculturismo teria Arnold.
Era controverso.
O 'pump' é tão satisfatório para mim
como fazer sexo com uma mulher e ter um orgasmo.
Era encantador.
O que você acha?
Você pode fazer isso?
E como Ali, ele era um vendedor nato.
Vendendo não apenas fisiculturismo,
mas a si próprio.
Você treina todos os dias?
Treino com pesos 6 vezes por semana.
Corro 3 vezes por semana
e faço outros exercícios que não deveríamos
falar aqui na frente das pessoas.
Eu faço tudo.
Mas Pumping Iron fez mais do que divulgar o fisiculturismo
foi a principal força motriz da Revolução Fitness.
No final dos anos 70 e início dos anos 80,
americanos inspirados pelo menos
pelos músculos que viram em 'Pumping Iron'
se juntaram aos fisiculturistas na academia.
Se tornou um círculo social num primeiro momento
e se tornou um bom lugar
para conhecer pessoas na academia.
Último lugar do mundo
que você esperaria conhecer sua futura esposa
era na academia.
Nunca aconteceu, mas o fez.
Os caras todos diziam: - Talvez seja legal,
vou passar um tempo aqui.
É bom. Eu quero entrar em forma,
então vou malhar aqui.
Mas quando os Estados Unidos começou a ir a academia...
...Arnold estava saindo de cena.
Impulsionado por uma ideia maluca.
Ele pensou que poderia negociar seu fisiculturismo
na famosa Hollywood...
Eu adoro atuar,
então talvez eu possa começar
uma carreira nova. Quem sabe?
Foi um passo ousado.
Seu físico enorme que o ajudou a vencer competições,
tinha nada a ver com o perfil tradicional de Hollywood.
Conversa com agente (1976).
Isso é interessante porque você não é um cara
que é exibido em programas de televisão.
Os fatos são tais que também estão
familiarizados com o que nós pedimos.
Antigamente, os telespectadores sabiam
que o herói é grande e forte,
porque o roteiro dizia isso.
Esse é o homem que estou atrás.
Eu me lembro quando eu comecei a atuar
no início dos anos 50.
Não eram muitos atores que malhavam.
Era o jeito que ele andava e que montava no cavalo.
Todas essas coisas diziam quão forte ele era.
Nos anos 50 e 60, você poderia fugir da morte...
Você dizia: - Ok, o Super-Homem tem super
músculos e assim por diante...
Quando Arnold tentava descobrir como
entrar nos moldes de Hollywood...
Diretor John Milius tentava descobrir
como reviver "Conan" dos quadrinhos
convidando um fisiculturista.
Para Arnold, a oportunidade não poderia ser melhor.
Se não tivéssemos Arnold, teríamos que criá-lo.
De repente, Arnold apareceu como uma estrela
de um grande filme de Hollywood...
Mas agora os músculos não eram suficientes.
Tiveram aulas de atuação, de equitação,
de esgrima e de dicção.
3333 e 1 / 3.
O bom vinho cresce em vinhedos.
Haviam dúvidas do que ele poderia fazer,
mas ele sempre teve a dúvida
de alguém subindo uma montanha até a metade.
Como faço para chegar lá?
Vai chegar lá escalando.
"Conan, o Bárbaro" foi um sucesso devastador,
e colocou Hollywood sob aviso.
Ele não deveria parecer com um campeão de fisiculturismo.
Era definitivamente o tempo de entrar em forma.
Arnold continuou crescendo
e o seu padrão se elevou para outro nível.
Nós, cineastas, tínhamos que achar roupas e fantasias
para colocar nessa extraordinária criatura.
Nesse gigante.
Eu vou voltar!
Existem certos padrões.
Se você quer mostrar algo no cinema.
Você tem que ter os melhores
e sem ajuda de dublê.
O herói não se esconde mais
sendo um requisito mostrar o abdômen.
Vamos jogar.
Nos anos 80, os estúdios produziram
vários filmes de ação.
Todos estrelando heróis musculosos.
Os espectadores nos anos 70 aumentou.
Não importava para onde olhassem.
Fomos os novos heróis dessa nova era.
Todos tínhamos uma coisa em comum.
Mostrávamos o corpo preparado.
Nós amávamos aplaudir aquilo
porque nós apreciávamos.
Porque sabíamos o que era preciso fazer...
Para se ter isso.
Homens e mulheres iam assistir o filme com muita ação.
Mas poderiam sentar e dizer...
Sim! Ele dá conta do trabalho
e muito mais.
Eu acho que foram filmes que celebraram o homem.
Eu tenho convicção de que me inspirou.
Porque havia um cara que levava todos os chutes no traseiro.
Em "Predador", especialmente, foi incrível.
Especialmente a cena no final.
"Vem cá, me mate, estou aqui."
"Me mate. Faça!"
" Venha cá, me mate, estou aqui."
Foi fantástico.
Agora ser forte e musculoso não era apenas legal.
Era admirável.
Uma nova geração cresceu com os filmes de ação.
Levantando pesos para evitarem de serem chamados
menininhas.
Nós somos fortes, você é um perdedor.
Acho que alguma pessoas acharam os filmes uma farsa.
Arnold, olhe para isso!
Que tal isso.
Vocês me deixam doente.
Isto é o que você tem que fazer.
Assim.
De repente, parecia que todos estavam em forma.
De algumas academias escuras no início dos anos 70,
uma completa indústria multibilionária surgiu.
Todos os dias, pessoas comuns se inscrevem
para tonificar, moldar e esculpir o corpo
em academias gigantescas
cheias de máquinas cromadas para musculação.
Fisiculturismo e fisicalidade se tornaram importantes.
Está certo se orgulhar do seu corpo.
Muitas pessoas não querem necessariamente
ser grande como Arnold Schwarzenegger.
Ou não tenham aspirações de serem Mr. Olympia.
Mas querem ver mudanças no próprio corpo
após entrarem na academia.
Eu só quero entrar em forma.
E não foram só os homens que malharam.
Nos filmes, mulheres musculosas estavam em ação.
As revistas de moda vendem roupa íntima
com a mesma frequência que mostram abdomens definidos.
Ícones da música começaram a malhar pesado
por treinadores para serem magros e definidos.
Nos esportes, atletas que por anos
foram prevenidos de ter um corpo musculoso.
Aprenderam mais.
Porque ser maior significa ser mais forte.
E ser forte, é bom.
Os pugilistas são agora treinados agora por fisiculturistas.
Assim como os atletas de tênis, basquete
e até mesmo de golfe.
Equipes olímpicas profissionais
contrataram instrutores de musculação.
Não só os atletas.
Lembra de quando os idosos não podiam levantar peso
sob risco de um ataque cardíaco?
Não mais.
Estudos mostraram que treino de força
pode melhorar a saúde cardiovascular,
fortalecer os ossos,
aumentar a flexibilidade e o equilíbrio.
Mesmo combater diabetes, artrose e depressão.
Milhões de pessoas se envolveram
em programas educacionais
de treinamento de força
e de exercícios aeróbicos.
Dietas ricas em proteína e outras loucuras.
Arnold fazia essas coisas na década de 70 e 60.
O fisiculturismo, que antes era
considerado subcultura de maníacos
tornou-se agora parte de nossa cultura.
É difícil lembrar da época em que levantar peso era estranho.
Ele tornou socialmente aceitável.
Pumping Iron foi um grande avanço nessa história.
Eu não sabia que seria da forma que foi.
Então, eu estava totalmente surpreso.
Gostaria de dizer que sabia desde o início...
Mas não foi assim que aconteceu.
Ainda me recordo do dia que falava sobre
como agora. E refletir.
Eu dizia para mim mesmo: - Como isso aconteceu comigo?
Como isso se tornou realidade?
Logo a seguir. O filme que lançou
a carreira de Arnold Schwarzenegger.
E ajudou a iniciar a Revolução Fitness.
'Pumping Iron'
Fique ligado após o filme para cenas exclusivas
de bastidores da criação do filme.
Incluindo cenas cortadas nunca antes vistas do filme.
E entrevistas atuais com elenco e equipe.
Na primeira vez que eu assisti,
eu fiquei desesperado.
Ele absolutamente sabia como descobrir
suas fraquezas individuais
e atacá-los.
Eu fui ao extremo muitas vezes.
E agora o documentário que começou tudo isso.
Remixado e remasterizado.
'Pumping Iron'...
Fiquem ligados. O documentário já vai começar.
Mais de 100 horas de filme foram filmadas para Pumping Iron.
Metros e metros de filme largados num depósito...
...até que chamaram a atenção da Cinemax.
Grande parte desse material nunca foi visto.
Vamos lá!
Muito antes da frase 'Pumping Iron' se tornar
parte do vocabulário cotidiano de fitness.
Era o título de um documentário de baixo orçamento
que lutou contra as probabilidades
para se tornar um clássico.
No aniversário de 25 anos do filme...
Cinemax apresenta a história por detrás de 'Pumping Iron'.
O filme que introduziu ao mundo
um carismático campeão
de fisiculturismo de 28 anos
conhecido como Arnold.
Com cenas cortadas nunca antes vistas do filme...
A única coisa que restou de Arnold é besteira.
E também entrevistas com elenco e equipe
25 anos depois do filme ser lançado...
Na primeira vez que assisti,
eu fiquei desesperado.
Eu fui ao extremo muitas vezes.
Houve um grande esforço para se fazer o filme
e as pessoas riam de nós.
Cinemax apresenta uma história de suor,
dor, músculo e glória
nos anos de ouro do fisiculturismo.
Raw Iron - The making of Pumping Iron
Fevereiro, Columbia, Ohio.
Arnold Schwarzenegger está na cidade para o 'Arnold Classic'.
A competição anual de fisiculturismo
realizada desde 1976.
Juntamente com o Mr. Olympia,
é a primeira competição para o esporte.
Fisiculturismo percorreu um longo caminho
desde que 'Pumping Iron' foi lançado em 1977.
Os competidores estão maiores do que nunca.
Assim como o espetáculo.
O 'Arnold Classic' é um exorbitante espetáculo
como um grande concerto de Rock'n Roll.
E os fisiculturistas são grandes estrelas.
Nestes dias, existem mais de 175 mil fisiculturistas
competindo em 169 países.
Hoje, Schwarzenegger dá ao vencedor
mais de 400 mil dólares em prêmios.
Mas também encontra seus velhos amigos nos bastidores.
Vários fisiculturistas da época de 'Pumping Iron'.
Bill Grant.
Ed Corney
Mike Katz
Franco Columbu
e Lou Ferrigno.
Bom te ver. Incrível.
Éramos irmãos.
Ajudávamos uns aos outros. Treinávamos juntos.
Éramos parte de uma família.
Onde está o seu filho, Michael?
- Logo ali. - Michael, venha aqui.
Como vai? Tudo bem? Bom te ver.
25 anos atrás vimos você pequeno
em Pumping Iron com 3 anos de idade.
E ele mostrou uma pose, lembra?
É duro. Sinta o músculo dele como é duro.
Você é tão grande. O que aconteceu?
Ainda tenho. 25 anos depois.
Dá pra acreditar?
Pumping Iron mudou a minha vida inteira.
Você vai lhe dar todos os conselhos errados?
Não é difícil para mim lhe dar conselhos errados.
Agora só os conselhos corretos.
Foi muito divertido e entusiasmo.
Bom. Mantenha assim.
Foi incrível.
Eu gosto de te imitar dizendo...
A mãe dele está falando da minha mãe.
Ele está falando de musculação.
Ele está falando de musculação.
Ele está falando de me desconcentrar.
Se pode me calar depois, então pode me calar agora.
Então, é tudo igual, nada mudou.
Quando penso na época do Pumping Iron em 1975,
quando fizemos o filme.
Eu definitivamente sinto falta.
Antes de 'Pumping Iron', ele era conhecido
como o "O Carvalho Austríaco".
Mas era desconhecido fora do marginal
e incompreendido esporte
chamado de fisiculturismo competitivo.
Era um mundo pequeno com 300 pessoas
que iriam a competição naquela noite.
Eles iriam a loucura por Arnold Schwarzenegger.
Então ele era rei para 300 pessoas.
Meu Deus.
Arnold não tinha estourado daquele mundo ainda.
Fotógrafo George Butler e escritor Charles Gaines
ficaram fascinados com
com a subcultura do fisiculturismo.
E juntos criaram um livro chamado 'Pumping Iron'.
Que falava do jovem fisiculturista austríaco.
Butler queria transformá-lo em um filme,
mas Arnold queria se aposentar.
Desde de que se mudou para a América em 1968.
Ele ganhou o título máximo de fisiculturismo, Mr. Olympia,
por 5 anos consecutivos.
E não era o suficiente.
George Butler veio até mim e disse:
"Eu tive uma grande ideia. Devemos fazer um filme."
"Mas só vai funcionar se estiver nele."
"Se você se aposentar agora, você não estará nele."
"Então não vai funcionar."
Butler conhecia o mundo louco e esquisito do fisiculturismo
e queria mostrá-lo num filme fascinante.
Mas como conseguir patrocinadores?
Vai ser difícil...
Foi após a década de 70,
no auge da Revolução Cultural.
A última coisa na cabeça das pessoas
eram corpos musculosos.
Ele me deu um grande obstáculo para superar
que era tornar Arnold Schwarzenegger elegante.
Na época, o padrão mais celebrado no mundo era...
magreza.
No fundo eu sabia que
através da história, sempre existiu
pelo menos um fisiculturista conhecido em todo o mundo.
Sandow na virada do século
foi um dos artistas mais bem pagos do mundo.
Charles Atlas nos anos de 20 e 30.
Steve Reeves na década de 50 fez uma fortuna com filmes.
Depois de convencer Arnold a competir
por mais um título de Mr. Olympia.
O diretor George Butler começou
suas primeiras filmagens.
Você tem uma imagem? Bom.
Preste atenção nesses dois caras aqui.
O conceito era simples.
Filmar o intenso treino para o Mr. Olympia.
Depois filmar a competição em si.
Deixar a história acontecer na frente da câmera.
Ele começou filmando um *** para os patrocinadores.
Nessa metragem nunca antes vista
são as primeiras cenas filmadas para 'Pumping Iron'.
Arnold malha nos bastidores
para uma exibição de poses.
Arnold, você vai concorrer a Presidente?
Quando Nixon for cassado.
É que...
Há muita pressão, sabe?
Eu estou competindo por 10 anos.
Depois de 10 anos, eu sinto que é o suficiente.
É hora de dar chance a outra pessoa.
E...
- Deixe-nos um ganhador. - Sim.
Acha que Louie pode te derrotar?
Ele não vai.
Não existe isso.
Durante os anos 70, eu era invencível
e não havia esperança para qualquer um
se aproximar de mim.
Não havia essa possibilidade.
Porque eu sabia que uma vez com o título
seria impossível alguém tirá-lo de mim.
Mas se a vitória de Arnold era inevitável.
Onde está o drama?
Onde está o conflito?
Todo herói de um filme tem que mostrar
sua luta contra algum obstáculo.
Butler teve que encontrar um...
Eu queria encontrar um grande antagonista para Arnold
e apareceu Louie Ferrigno de Brooklyn, Nova York.
1,94 m de altura, pesando 125 kg.
Pele morena.
Editor da revista 'Muscle', Joe Weider,
já tinha observado Lou.
Para Weider, a velha história de Arnold
ganhar novamente estava obsoleta.
Mas um confronto para o Mr. Olympia
entre Louie e Arnold...
Isso era perfeito.
E é exatamente o tipo de competição
que venderia revistas.
Ele ganhou o Mr. Universo de 1974 na Itália.
Weider voltou
e me recordo que estava com um ar de alívio.
"Temos um novo campeão no horizonte."
Eu tinha que motivá-lo.
Então eu fui ao ginásio e o vi levantando 225 kg.
Ele disse: - O que você acha, Joe?
E eu disse que poderia ser melhor do que isso.
Ele ficou louco.
Sim, e por isso ele criou isso tudo.
E eu achei muito bom, porque os fãs adoraram.
Foi exatamente assim que atuei em Pumping Iron.
Nessa cena cortada de 'Pumping Iron'.
Weider e Schwarzenegger discutem a real possibilidade
do campeão perder para o maior e mais sedento, Ferrigno.
Você quem viu Lou há poucos dias em Nova York.
Como ele está?
Ele parecia muito forte.
Ele era meu ídolo quando comecei no fisiculturismo.
Claro, se você tem um ídolo como Arnold.
Você quer vencê-lo. Quer ser o melhor.
Assim que vou na TV na África.
Formidável.
Grande o bastante para mim.
Butler tinha o seu antagonista.
Desde 1969, ninguém me venceu.
Então, por que devo achar
que ele baterá meu recorde?
Eu não sei. Ele está treinando duro.
- Não, ele é... - Ele é grande...
e preparado como você.
- Não. - O que acontece...
se você perder?
Para melhorar o drama, os cineastas
tiveram que dar uma "bombada" no conflito.
Esta é para o Arnold, Louie.
Esta é a razão pela qual documentários
são tão efetivos,
porque é possível fazer algo com pessoas reais
que um romancista não poderia imaginar.
Foram criados diálogos entre os personagens
para tornar o filme mais interessante.
Se fosse apenas o esporte,
você poderia ver por 10 minutos e teria visto tudo.
Mas se observar as personalidades,
você pode acompanhá-los...
O confronto foi definido.
O Rei Dourado contra o Príncipe das Trevas.
Naqueles tempos, eu estava fora desse mundo,
porque eu era a única pessoa em Brooklyn...
Brooklyn contra Venice, Califórnia.
Uma cidade bizarra de praia.
Um refúgio para artistas e hippies,
estranhos e esquisitos.
De um jeito estranho, fisiculturismo se ajustou ali.
Se o esporte teve um epicentro
foi a legendária 'Gold's Gym'.
Que foi aonde os cineastas começaram a filmar.
Venha Franco.
Que droga é essa?
Pose lateral de peito. Não de frente, Franco.
Isso. As coisas mudam um pouco assim de lado.
Olhe Franco. O que você tem que fazer
quando eu disser de lado.
Então mostre o lado do peito e deixe aparecer.
Se você não tem, não mostre.
Não mostre.
A camaradagem que tínhamos era incrível.
Nós treinávamos juntos.
Nós íamos a 'Gold's Gym' às 10 da manhã.
Que era a hora que nos encontrávamos.
A energia que vinha daquela pequena academia.
Eram apenas 465 metros quadrados.
Dava para iluminar todo o povo de Los Angeles.
Era a Meca do fisiculturismo.
Quando cheguei aqui, era apenas uma pequena academia
construída perto da praia.
Não muito maior do que o clube YMCA de onde eu venho.
Era como uma casa.
E havia apenas os equipamentos básicos.
Era o único lugar para nós. Era a nossa casa.
O público, na época, não aceitava o que fazíamos.
Não entendiam o que fazíamos.
Essa foi uma das alegrias de ser fazer Pumping Iron.
As pessoas viriam que
não éramos apenas caras grandes com músculos.
Estávamos todos ligados como isso.
Nós treinávamos juntos, alimentávamos juntos,
festejávamos juntos.
O aluguel era barato.
De dia, treinavam na 'Gold's Gym' ou na praia.
E à noite, descansavam.
Muitas vezes no apartamento de Arnold em Santa Mônica.
O cara mais importante está aqui, pessoal.
A câmera nunca parou de filmar.
Mr. Universo de 1975.
Um brinde ao Mr. Mundo.
Robby Robinson.
Esperam um momento. Deixem ele fazer duas poses.
Poses de bíceps. Especialmente, para as senhoras.
Rapidamente. Faça a pose de bíceps.
Vamos lá.
Três poses.
Muito bem.
Bom, aqui está o champanhe.
Os anos de 70 e 80 foram provavelmente
a época mais divertida em toda a minha a vida.
Então, nós tínhamos esse material sem forma
e todos estavam ansiosos para fazer algo.
Esses caras que fizeram o filme, Butler e Gaines,
se tornaram parte da nossa família.
Acreditamos neles.
Dia após dia, gravando cena após cena
Butler e co-diretor, Robert Fiore,
estavam procurando material para o filme
para ser usado mais tarde.
Eles fizeram até mesmo
um almoço comum com muitas pessoas
se transformar num evento.
Nós fomos a um restaurante com pessoas comuns sentadas
que nós chamávamos de gente normal.
Nos sentamos à mesa e as pessoas nos olhavam como...
"Quem são esses caras?"
"Meu Deus!"
Um bife grande.
Ovos mexidos.
6 ovos.
Um bife grande e 2 omeletes.
- E 2 omeletes? - Sim.
"Deus. Olha o que ele está comendo!"
"Ele está comendo 3 hambúrgueres de uma vez só."
"Deus, quem é esse gladiador?"
Eles não poderiam descobrir o que éramos.
Eu amo esta cena.
As pessoas chocadas.
Os cineastas muitas vezes criaram situações
para ver o que aconteceria.
Nós tentamos várias coisas diferentes.
Eles levaram Schwarzenegger e Mike Katz
para um parque de diversões...
Olha. Eles fizeram uma estátua do Mike.
Ficou muito boa, Mike...
Filmaram Arnold fazendo acupuntura.
Para que serve isso?
Para estimular os músculos.
Certo. Boa noite.
Filmaram-no cortando o cabelo.
Pergunte a Arnold que roupa veste em competição.
Que tipo de roupa você usa na competição?
Uma pequena sunga.
- Você tem que discursar? - Não.
Isso é para o ganhador.
Então eu falou bastante.
Eles estavam filmando, mesmo durante a gravação.
Sempre procurando material para revelar o jeito de Arnold
e seu caráter.
Uma cena mostrou seus insanos e ambiciosos sonhos.
Eu ganhei o campeonato mundial tantas vezes
que agora eu gostaria de...
Sabe... Tentar ser o melhor em algo diferente.
Tipo o quê?
Eu gostaria de atuar.
Houve um grande esforço para que o filme funcionasse
e para torná-lo interessante.
Não apenas para o público de fisiculturistas,
mas para a população de um modo geral.
Para fazer isso e dar ao filme dimensões de Hollywood,
Butler convidou Bud Cort.
Uma jovem estrela de M.A.S.H.,
Brewster McCloud ou Harold e Maude.
Eu nunca vi tanta gente grande na minha vida.
Por isso eu entrei na academia. Quero o meu sangue circulando.
A única coisa que faço é dirigir e gritar com o meu agente.
Sabe... Eu quero o meu sangue circulando.
A ideia era enviar Bud
para ter aulas de musculação com Arnold.
Eu devo respirar antes de levantar,
durante ou depois?
Eu sei o que é isso. Eu odeio.
Eu torci o meu pescoço.
Quando eu inspiro?
Inspira. Quando eu respiro?
Expira, certo.
Foi muito divertido e ele gostou do treinamento.
Apenas pense que é um belo exercício
e faz as suas pernas crescerem.
Eu entendo todo esse jogo psicológico,
mas não funciona comigo.
- Sinto dor nas pernas. - Ouça.
Mas depois de filmarem todo o material.
Bud sentiu que estava desviando muito a atenção
do enredo principal.
Eu acho que está tudo ferrado.
Eu também acho.
Bud desistiu e pediu aos cineastas
para que colocassem o resto do cachê
de volta no projeto.
Para que pudessem terminá-lo.
Eu o disse que um dia pegaríamos todas essas cenas
e colocaríamos de volta ao filme.
Agora as pessoas, finalmente, podem vê-lo.
Deixe-me lhe mostrar outro exercício.
Ok.
Nós fizemos um cena que chamamos
de "Rocha de Músculo".
Nós fomos a um desfiladeiro em Malibu
no topo da montanha, onde havia a melhor
iluminação para tirar fotos.
Levamos toda a equipe de filmagem até lá.
Nessas cenas cortadas do filme
Arnold e seus amigos fazem suas séries de poses
para a próxima competição na África do Sul.
Se Lou vier com esta...
Então eu vou mostrar isso.
Nós podemos fazer também?
Lou não pode fazer essa depois?
Ele pode, mas sabe...
Arnold pode então...
Fazer isso.
Sabe o que quero dizer.
Não fazia muito sentido para o filme
mas foi uma cena fantástica.
Que mostra todos os amigos.
Bom.
- Nada mal. - É grande.
Ninguém vai olhar os seus pés?
A razão de ter funcionado
foi porque quando editamos o filme.
Queríamos mostrar uma competição.
O filme era o Arnold
e era importante centralizar o foco nisso.
E o foco disso era a competição
pela vitória dos pesos pesados
e o conflito com Lou Ferrigno.
Vamos! Levante isso!
Se ele estiver em forma.
Tudo bem.
Espero que esteja.
Os cineastas foram a Nova York...
Em contraste, com diversão e alegria na 'Gold's Gym',
O cenário em Brooklyn era um calabouço.
Nós filmamos Louie numa academia
escura e escondida em Brooklyn.
E imediatamente colocamos um trecho de Arnold
que era banhado de luz
em Venice Beach que era na frente da academia.
Palmeiras balançando ao vento.
Em contraste com o Sol e otimismo
de Arnold e seus amigos.
Lou era sério como um ataque cardíaco.
Estava em Nova York vestindo roupa.
Em toda a academia, haviam pessoas
que eram 3 vezes menores do que eu.
Pessoas que não se pareciam fisiculturistas.
Em uma cena, quando eu vou pra lá e pra cá.
Você vê um cara levantando uns pesinhos.
Meu pai se matinha motivado.
Uma maneira de me motivar
a continuar gritando nome do Arnold.
Para continuar levantando aqueles pesos pesados.
Arnold, Arnold, Arnold.
Eu dizia: - Arnold, Arnold.
Arnold!
Eu realmente queria ganhar de Arnold Schwarzenegger.
Em Ferrigno, Butler não encontrou apenas um antagonista.
Mas um personagem cheio de vulnerabilidades.
Parcialmente surdo e controlado por um pai dominador.
Lou tinha tudo para perder.
Mas Butler inventou...
que Matty Ferrigno poderia estar envolvido
na carreira de fisiculturismo do filho.
- Empurra! - Vamos, vamos...
Na realidade, meu pai nunca se importou com fisiculturismo.
Mas eles queriam meu pai no filme...
Pensei que seria bom ter pai e filho.
No filme, Matty Ferrigno
é um pai com a melhor das intenções.
E Matty tinha a clara ideia do que Louie deveria fazer.
Ele estava apenas atuando na frente das câmeras.
Quando você chegar lá.
Lembre de todas as manhãs e noites na academia.
E é essa a recompensa.
Nós a queremos.
Ele colocava na minha cabeça
que aquela era a minha última chance.
Em uma cena você me vê levantando um peso.
45 kg de peso.
Eu não aguento mais.
Depois meu pai diz: - Garoto, que treino.
Garoto, que treino.
Porque ele estava segurando um dos pesos.
Ele é quem estava esgotado.
Lembre-se do que vai mostrar.
E então você...
Como se dissesse: - Olha que pedaço de homem.
Algo desse tipo. Tente você.
Ele fez o melhor que pôde.
Porque naqueles dias eu tive problemas com a fala.
Eu não era capaz de me expressar adequadamente.
Ele tentou ser a minha voz.
O desdobramento da relação entre pai e filho
deu ao filme uma inesperada riqueza emocional.
Quando Matty humilhava Arnold,
ele diminuía seu filho.
Coloque apenas uma coisa em mente.
Que é ganhar do alemão.
Você vai ganhar do Arnold.
Ele está no topo por muito tempo.
Você esperou 9 anos por esse momento, certo?
Tenha cuidado. Ele vai tentar de tudo.
Se ele te achar um pouco melhor
ele vai fazer alguma coisa.
Ele vai tentar se parecer melhor.
Observe todos os movimentos dele.
Tente não conversar com ele.
Na maioria das vezes eu queria dizer:
Deixe-me falar por mim mesmo.
Deixe-me ser quem eu sou, por favor.
Não é assim que quero me comportar.
Não é assim que quero estar no filme.
Olhe para eles. Exatamente.
Excelente.
Não, não. Olhe aqui, Louie.
Não fui realmente eu.
Eu estava sendo colocado pra baixo.
Enquanto Butler filmava e editava o seu material...
...juntando verdade com ficção.
Os personagens emergiram nesses tipos.
Versões aumentadas de si próprios.
O vencedor carismático.
O desesperado.
Butler também mostrou personagens secundários.
O mala.
O homem-família.
O mestre das poses.
Amigo de Arnold, Franco Columbo,
não foi fácil de achar.
Então em 1975,
a equipe viajou a sua terra natal
na Sardenha para ver o que aconteceria.
Não aconteceu muita coisa.
Exceto um dos momentos mais memoráveis do filme.
Minha cidade tem 2 mil habitantes.
Se não todos na cidade.
E de repente a equipe foi filmar
meus pais
e as coisas que fazia na cidade.
Não havia nada a fazer.
Eu só podia andar e levantar carros.
E foi o que fiz.
O que eu posso fazer para a câmera?
Levantar um carro.
Meu pai estava assistindo
e dizia: - Esse é o meu filho
que levanta carros.
Outro momento memorável
foi o incidente com a camisa.
Quando Ken Waller, numa tentativa
de perturbar seu oponente Mike Katz
escondendo sua camisa.
Você viu uma camisa azul por aí?
Na verdade, os cineastas fizeram parecer mais do que era.
Eu penso na minha participação nisso.
Eles tinham que ter um cara bom e outro mau.
Fazer algo para o filme.
Sabe o que vou fazer quando chegar na África?
Eu vou pegar a camisa de Katz e vou esconder.
Então, eu escondi a camisa.
Nós sabíamos que Waller tinha pego a camisa Katz
e nós vimos isso.
Quando penso no ocorrido
de certo modo foi a minha natureza
mas eu estava sempre brincando.
Eu considero Mike um amigo.
Amigo de longa data. Eu não queria ofendê-lo.
Naqueles dias, eu nunca pensei
que se tornaria uma grande coisa no filme.
Você aprende mais tarde.
Eu fui para uma competição depois disso
e fui vaiado.
Por causa daquilo...
E depois era o próprio Schwarzenegger.
Que na época estava muito confiante.
O objetivo foi destacar
sua própria pessoa na frente das câmeras.
Eu atuei como se fosse uma máquina dramática
que ia até lá e ninguém podia deter.
Eu tenho que desligar minhas emoções e me tornar frio.
Sem emoções. Sem sentimentos.
Eu quero ser o melhor e eu estou pronto
para atravessar qualquer coisa para ser o melhor.
Qualquer coisa para intimidar seus oponentes.
Para enfraquecer suas confianças.
Sorrindo o tempo todo.
Eu não estou nervoso.
Eu tentei de tudo para parecer...
...esse cara mau.
Franco é muito inteligente, mas é uma criança.
Para mim foi... Eu não ligo.
Eu não me importo com o que ele diz.
Quando estiver no palco vou mostrar que sou melhor.
E eu ainda estou convencido
de que estava tão bom quanto Arnold.
No palco naquela noite do Mr. Olympia.
Ou talvez um pouco melhor.
Mas não importa se você ganhar ou eu.
Para ser honesto contigo?
Ele estava convencido.
Ser perfeito é uma das coisas mais difíceis, sabe?
Ele tinha o direto de ser.
Claro que eu era competitivo.
Claro que em muitas situações, quando eu levantei,
quando perguntei quem tem o melhor corpo...
no dia da competição.
Eu era o mais competitivo.
Mas agora que estou mais experiente e velho.
Sinto que muitas vezes
talvez eu tenha ido ao extremo.
Mas foi dessa maneira que eu fiz.
Foi a minha linha de raciocínio.
E não dá para voltar atrás e desfazer.
Mas às vezes eu lamento.
Numa tentativa de
observar Arnold Schwarzenegger
Charles Gaines, autor do livro 'Pumping Iron'
apareceu para mudar sua imagem.
Despertá-lo emocionalmente.
Revelar vulnerabilidades.
Não funcionou e não foi usado no filme.
Medo. Você tem algum medo?
Claro que tenho medo.
Do quê? O que te dá medo?
O desconhecido.
Eu senti que ele não poderia chegar em mim
porque eu era essa pessoa unidimensional
como se fosse feito de aço.
É claro que quero ser franco.
Ser capaz de chorar e ser agradável.
Porque eu estou no mesmo barco
e dizer: "Eu sou um de vocês".
Sabe o que você está fazendo agora?
Eu acho que você dá a mínima.
- Não. - Sim!
O que ele não percebia era que eu não tenho fraquezas.
Mas eu vivia em negação.
Toda a minha vida foi assim.
Quando sinto dor ou qualquer outra coisa.
Eu esqueço. Simplesmente ignoro.
Por alguma razão...
Talvez pela competição, você corta
essa capacidade de si mesmo.
Você se importa muito com o que fazer.
Que você elimina a possibilidade de ter
uma verdadeira relação básica com as pessoas.
Então o quê?
- Você não se importa? - Não.
Especialmente em fisiculturismo e na competição
você tem que deixar algumas coisas de lado.
Eu fazia da seguinte forma...
Se eu colocasse alguma coisa de lado e deixasse ali.
Eu esquecia completamente o que era aquilo.
A ambição sempre esteve com Arnold.
Que é exibida em outra cena cortada do filme.
Arnold visitou seu ídolo.
O campeão aposentado de fisiculturismo, Reg Park.
Arnold planejou sua carreira em Park.
Que estrelou Hércules nos anos 60.
Eu acho que o que aconteceu comigo...
cerca de 15-20 anos atrás, está acontecendo contigo agora.
Eu sei. É uma coisa incrível.
É simplesmente inacreditável.
Sim. Como se fosse uma repetição.
Acho que por isso que te procuro tanto desde o início.
Ele era um garoto...
que queria seguir o que fiz.
Então, ele foi um bom complemento para mim.
E eu o levei nesse sentido.
Eu me recordo de um sonho,
porque achei que estivesse
sonhando por 8 horas
à noite toda.
E foi como...
Como se...
Eu sendo um rei no topo de uma montanha.
E não havia mais espaço.
Para ninguém mais.
Certo. Só para mim.
E tudo era como se...
Como se fosse um sonho de vitória.
A hora chegou.
A equipe de 'Pumping Iron' filmou todas as cenas possíveis
para criar seus personagens em casa.
Agora era hora de ser o que eles sempre foram.
Viajaram meio mundo
para as competições de Mr. Olympia e Mr. Universo
em Pretória, África do Sul.
Não haveriam mais resultados manipulados.
Nenhuma cena arranjada.
O grupo de filmagem era agora observador.
Sem participação.
A competição era real
e todos jogariam para vencer.
Esses dias foram uma incrível aventura.
Nós queríamos ir a África
e fazer um filme sobre Arnold Schwarzenegger
competindo na primeira competição multirracial
na África do Sul.
Então vamos a África do Sul e fazê-lo.
E nós vamos fazer dando o nosso melhor.
Uma revolução na tecnologia
como hoje são as câmeras digitais
permitiram a equipe filmar com mais mobilidade
usando câmeras de mão com fita de 16mm.
Com acesso irrestrito aos fisiculturistas,
os cineastas poderiam filmar o drama
ocorrendo na frente da câmera.
Eu acho que a beleza do filme foi
que nós não percebemos pela confiança e conforto
nas pessoas que fizeram o filme
enquanto a câmera rodava.
Então ele capturou a verdadeira honestidade
com as verdadeiras emoções e sentimentos.
Roger Walker, Austrália.
Há um momento no filme
em que você quase me vê no palco.
Pegando no ombro de Joan Churchill, a cinegrafista,
e virando a câmera na direção de Mike Katz
no momento em que ele perde.
E o seguimos na descida da escada.
Quando eu olho para trás.
Eu vi essa cena muitas vezes.
Acho que muitos de nós
se apegam a família em momentos difíceis.
E eu sei que automaticamente
levei o meu pensamento ao que meu filho estava fazendo.
Vamos filmar Katz.
Normalmente eu poderia dizer...
Olha o que eu trouxe Michael.
Colocaria a medalha no seu pescoço
ou o troféu no seu quarto.
E agora estou fora por 10 dias
e vou voltar para casa com nada.
Sabe, não importa o que aconteça comigo nesse esporte.
Sempre terei minha família.
E é por isso estou feliz por voltar para casa.
Foi a minha maneira de me recompor
depois de uma decepção tão grande.
Porque foi uma decepção muito grande na minha vida.
Então, eu tinha que reunir forças para minha família.
Quando a competição do Mr. Universo terminou
Waller foi o vencedor.
Próxima etapa. O evento principal.
Mr. Olympia.
Com Arnold, Lou e Franco concorrendo.
A equipe de filmagem entrou em posição.
Eu estava consciente que haveria
um maravilhoso confronto entre Arnold e Louie
na sala de musculação.
Estava ocorrendo uma das melhores oportunidades
para o Arnold fazer tudo que ele era capaz.
Os jogos psicológicos do fisiculturismo
que são famosos por causa dessa cena e de outras.
É algo que Arnold realmente faz.
Eu te amo Louie.
Ninguém pode me derrotar nesses momentos.
A sala em que estávamos
devia ter apenas 6 por 6 metros.
Era uma sala muito pequena.
E lá estava muito tenso e quente.
Então não dava para dar entrevista ou ser ajudado.
A única coisa que sobrou do Arnold é besteira.
Tudo bem.
Por isso estou aqui em cima, Arnold. Vê?
Além de não tirar os sapatos.
Lou, como você avalia suas chances hoje?
Eu vou perder. Você é o melhor.
- Obrigado. - De nada.
Eu só queria ter certeza.
Eu tenho tudo
- sob controle aqui. - Excelente.
Você foi rei por um bom tempo, Arnold.
Você será rei por um bom tempo.
Obrigado.
Mais de 25 anos depois
Ferrigno relembra seus sentimentos naquela noite.
Eu fui ao pré-julgamento.
Eu percebi que não seria o segundo.
Que havia uma chance de ser terceiro.
Quando eu olhei para o público, eu vi o rosto do meu pai.
Como se quisesse dizer: - Meu Deus!
Porque ele estava mais desapontado do que eu.
O terceiro lugar...
Lou Ferrigno!
Eu estou te dizendo. O que ele fez um ano...
É fantástico.
Nosso menino.
Continuem. Um trabalho lindo.
Um trabalho lindo.
Eu sabia que Arnold iria se aposentar.
Gostaria de anunciar oficialmente
que me aposento do fisiculturismo competitivo.
Aquela era a minha chance.
Mas história é história.
Estar na África do Sul...
O que eu mais queria do que qualquer outra coisa?
Não era ser o Mr. Olympia.
Era estar totalmente aberto
e me divertir como o Arnold.
Era isso que eu mais queria do que qualquer outra coisa.
Essa era a impressão que queria para mim.
Quem quer estar na África do Sul para ser 2º, 3º ou 10º lugar?
Eu queria me divertir, ser simpático,
apertar a mão das pessoas. É o que faria agora,
porque levou muitos anos para perceber isso.
Essa era a minha visão quando eu assisti.
Essa é a direção que queria tomar.
Para mudar isso de como me comportei.
O filme estava na câmera.
Mas agora mais de 100 horas de filmagem tinha quer ser
editadas e transformadas em um filme.
Infelizmente, Butler estava quebrado.
Estava no limite dos cartões de crédito.
Depois de voltar da África,
eu recebia telefonemas todos os dias da semana
da American Express, porque eu estava
devendo 35 mil dólares.
E me tornei o cliente mais importante deles.
Eu estava muito impressionado comigo mesmo.
No desespero em 1976...
Ele colocou os fisiculturistas em exposição
no Museu de Arte Americana Whitney, em Nova York...
Tentando atrair potenciais patrocinadores.
Convidamos Kandy Burgen para fotografar Arnold.
Whitney achou que teríamos 300 pessoas
e alguém diz...
Sabe... Tem uma multidão lá fora.
- Você viu a multidão lá fora? - Não.
É grande.
Eu fui lá fora olhar
e haviam 5 mil pessoas tentando entrar.
Ninguém vai além dessa linha...
Dentro do museu, Arnold, Frank Zane e Ed Corney
estavam girando num pedestal
na frente de admiradores de arte de Nova York.
Eles estavam muito entusiasmados neste projeto ambicioso.
Foi arriscado.
E era muito, muito longe de 'Venice Beach'.
Monitorados por Vicki Goldberg, crítica do 'New York Times'...
o evento trouxe pessoas importantes de todo o mundo
para observar fisiculturismo.
Estamos falando de um tema que é fascinante
e desconhecido por nós há muito tempo
que pode ser definido como
a representação de um corpo musculoso em arte.
O próximo fisiculturista que virá
não necessita de uma apresentação
pois muitos já o conhecem.
Como eu disse anteriormente,
o melhor fisiculturista na história do esporte...
Arnold Schwarzenegger.
E havia discussões sobre o que era
fisiculturismo em comparação com arte.
E como Leonardo da Vinci,
Auguste Rodin e todos esses caras
faziam músculos nas pinturas e esculturas
em corpos musculosos.
Whitney não conseguiu controlar o evento
porque haviam muitas pessoas.
Por isso, ao invés de colocar o dinheiro na caixa registradora.
Eles tiveram que jogar o dinheiro numa pilha no chão.
Havia uma pilha de 180 cm
em notas de 5 dólares.
No final do dia, o filme estava financiado
e o resto é história.
O evento no Museu Whitney mostrou aos investidores
que o público em geral poderia estar interessado
em fisiculturismo.
Agora era hora de mostrar 'Pumping Iron' ao mundo.
Em 18 de janeiro de 1977
foi a premiere de 'Pumping Iron' no Teatro Plaza de Nova York.
Arnold e seus amigos estavam nos jornais de Nova York.
O público adorou o filme a crítica fez bons comentários.
"Irresistível..." Soho Weekly.
"Este filme tem coração, alma, sangue, raça..."
"... e muitos músculos..." Cosmopolitan.
Mas para os fisiculturistas foi uma experiência surreal
verem suas vidas privadas reveladas no cinema.
Foi muito divertido para nós
ver como algumas coisas saíram no filme.
Eu era o vilão e na época
estava tudo bem para mim.
Quando assisti pela primeira vez fiquei muito irritado.
Porque eu vi como eu estava sendo enganado.
Dê uma acalmada nele. Ajude-o.
Eu tinha medos das pessoas não gostarem de mim.
Tinha medo das pessoas me subestimarem.
Pelo fato de ter vindo de Brooklyn.
"Ele é surdo. Não consegue falar."
"Parece um condenado no filme."
Estou tentando dizer que naquele momento
eu parecia uma aberração.
Mas não foi assim.
Eu percebi que naquele momento todos queriam me abraçar.
As pessoas diziam: - Foi incrível te ver
no filme com o Arnold.
- Certo. - Fale.
Tenho nada a dizer. Só quero comer o meu bolo.
Foi incrível ver o filme no cinema.
E no final do filme quando vemos
os dois na parte de trás do ônibus
e Arnold brincando com Lou.
Era como se estivessem respirando aliviados.
Como se dissessem: - Agora podemos relaxar.
Num certo modo, foi ingênuo.
Uma oportunidade maravilhosa
de estarmos juntos. De treinarmos juntos.
E sermos partes de uma família
que continua unida amigavelmente até hoje.
Fazíamos tudo juntos, nos divertindo.
Havia uma espécie de unificação.
Uma espécie de camaradagem.
Não há nada igual.
O melhor de tudo é poder afirmar:
Não há nada igual a Pumping Iron.
Estamos aqui 25 anos depois, celebrando.
Então devemos ter feito alguma coisa certa.
Como se sente hoje, Lori?
Me sinto melhor.
Hoje, o Dr. Franco Columbo é quiropata em Los Angeles.
...na cervical 6, 7 e 8...
Também é produtor e ator de filmes de baixo orçamento
filmados em Sardenha.
Até hoje, ele e Arnold são melhores amigos.
Mike Katz é um juiz da Associação
Internacional de Fisiculturismo.
E dono de várias 'World Gym' em Connecticut,
que treina várias promessas do fisiculturismo.
Seu filho, Mike Junior, e sua esposa
tiveram um filho, recentemente.
Mike Katz é avô.
Ken Waller vive em Los Angeles.
Ele viu a 'Gold's Gym',
a pequena academia que administrava
expandir a uma indústria mundial.
Ele está focado agora em criar seu filho.
Como gerente de vendas, há muito trabalho a fazer
na empresa que comercializa produtos da 'Gold's'.
Ele agora também faz o desenho das camisas.
Joe Weider e seu irmão Ben
continuam a promover o fisiculturismo através
da revista 'Empire' e pela IFBB.
O que antes era uma subcultura,
agora é um negócio multimilionário.
Ed Corney trabalha na indústria de fitness.
Teve alguns problemas de saúde recentemente.
Mas garante que mesmo na cadeira de rodas
consegue posar melhor que o pessoal de antigamente.
George Butler dirigiu 'Pumping Iron 2: The Women'.
Recentemente dirigiu dois documentários sobre
a vida de um explorador da Antártica, Ernest Shackleton.
Os filmes receberam excelentes críticas.
Lou Ferrigno começou sua carreira
no cinema e na televisão.
Mais notável por interpretar "O Incrível Hulk".
Também é treinador de estrelas de Hollywood.
Um dos nomes mais famosos na indústria de fitness e saúde.
Ainda quero comer o meu bolo. Lembra?
Matty Ferrigno se aposentou em Flórida
e disse que está muito orgulhoso de seu filho.
E Arnold Schwarzenegger...
Ele ganhou "alguns dólares" na indústria cinematográfica.
Não desliguem! O filme ainda continua.
Teremos uma entrevista com Arnold.
Toda vez que alguém vê Pumping Iron
se encanta pelo filme.
São inspiradas pelo filme.
Mas eles se perguntam:
"Tudo isso é verdade?"
"É realmente verdade que Arnold intimidou Louie Ferrigno?"
"Você realmente não foi para casa...
para o funeral de seu pai porque
foi um pouco antes da competição."
"Você é realmente frio?"
Se eu disse: - Esqueça. Ele já está morto.
Eu não vou ficar chateado todo dia
porque estou focado na competição.
Isso é verdade?
"Eu o vi fumando um baseado na festa
de celebração após o Mr. Olympia."
"Você realmente fumou um baseado?"
"Ele de fato inalou?"
Isso é verdade.
Se era verdade que alguém roubou a camisa de Mike Katz
ou a intimidação com Lou Ferrigno era verdade?
Portanto, há muitas perguntas.
E quando eu viajo por todo o país promovendo o filme
mesmo no seu 25º aniversário.
Quando a HBO mostra o filme
e no Cinemax.
Muitos jornalistas me perguntam.
"Eu assisti pela primeira vez."
E me perguntam sobre todas estas coisas.
Eu acho importante esclarecer
que algumas coisas neste filme eram verdadeiras.
Como a competição.
As consequências da competição. O treinamento.
A severidade do treinamento.
A severidade da dor, os sacrifícios
que tinham que ser feitos.
As várias horas gastas na academia.
Os suplementos alimentares que tínhamos que tomar.
A comida que ingeríamos toda hora.
Os quilos de carne e assim por diante.
Tudo isso é verdade.
Mas certas coisas não eram verdadeiras
e, por isso, nunca chamamos o filme de documentário.
Chamamos de documentário-drama.
Porque algumas coisas foram criadas
para torná-lo mais interessante.
Porque estava muito claro que a única maneira
de aumentar o financiamento para o filme
para o nosso Pumping Iron
era criar mais dramaticidade.
Todos investidores sempre disseram.
O treino é incrível!
O que eles estão fazendo é incrível.
Mas como alguém vai assistir eles
fazendo agachamentos, barras fixas,
abdominais e tudo mais? É chato.
Mesmo sendo emocionante para eles,
é chato pra gente assistir.
Portanto, vamos criar um drama.
Algum conflito.
Vamos criar um vilão. Vamos criar um herói.
Vamos criar uma pessoa que tem poder
psicológico sobre as pessoas.
Vamos criar os que se iludem pelo psicológico
e perdem por isso.
Um cara que pressione os outros na academia
quando estão com 230 kg nas costas.
O que eles podem fazer uns aos outros?
São essas coisas que eu quero assistir.
Isso foi o que os investidores disseram.
Então começamos a criar tais momentos.
Juntos fomos fazendo.
Tínhamos 100 horas de cenas
filmadas para todo o Pumping Iron
e editamos para 85-90 minutos.
Assim poderíamos pegar coisas que apareceriam
como a intimidação.
- Eu te vejo. - Eu te vejo também.
Com a barra acima da minha cabeça.
Eu adaptei.
Teve um momento
que percebemos que Lou Ferrigno não poderia aparecer
segundo a intenção original.
Torná-lo um vilão. Um gigante que pesava 125 kg.
Que treina secretamente num quarto escuro em Nova York
e que se torna uma máquina. No Hulk.
Então vai a África do Sul
e derrota o pequeno Schwarzenegger.
O tira de cena.
Não foi isso o que realmente ocorreu.
Eles acharam que ia acontecer
ou poderia acontecer.
Mas, então, descobrimos que Lou era na verdade
um cara sensível que tem problemas de audição
que precisa da ajuda do pai muitas vezes.
Que ele era um cara grande, mas não tinha muita presença
que fariam dele um cara mau que iria me destruir.
Então, lentamente mudados todo o plano
e fizemos dele a vítima.
E me transformaram na pessoa que faz artimanhas nele.
Que ganha todos os campeonatos ano após ano.
Quanto mais eu entrava nesse papel,
mais eu me comportava como uma máquina.
Eu pensava de como poderia vender
a ideia de que sou uma máquina.
Que não tem sentimentos.
Que não se importa com nenhum dos meus competidores
nem mesmo com meu melhor amigo, que morava comigo na época
Franco Columbu.
Eu poderia destruí-lo.
Como eu digo no filme: - Ele é apenas uma criança.
E no dia da competição eu seria seu
...pai.
Eu disse isso tudo. Mas a realidade
é que amo Franco e eu o ajudaria muito,
mesmo que ele fosse ganhar a competição.
Eu o ajudaria assim mesmo.
Ele era meu amigo, mas para parecer frio,
para parecer cruel,
como uma máquina
eu só desempenhei esse papel.
Eu também desempenhei o papel
com o que eu faria com Lou Ferrigno.
Criamos coisas como se eu estivesse tirando-o do controle.
Criei a cena um pouco antes do pré-julgamento
quando estava sentado com seu pai,
sua mãe e Louie Ferrigno.
Todos nós sentamos juntos.
E, então, começou toda aquele cena de intimidação.
Dizendo a ele que já tinha ligado para minha mãe
e que ela poderia me parabenizar.
Eu disse que fui 6 vezes Mr. Olympia.
Eu disse que ela podia me parabenizar.
Eu disse isso porque eu vou ganhar.
Não importa o que aconteça.
E a realidade disso tudo
é que amo Lou.
E não havia razão de fazer isso com ele.
Porque eu tinha certeza que iria ganhar a competição.
Ele ainda estava nesse nível de competição.
Ele não estava pronto ainda para ganhar a competição.
Então não havia razões em intimidá-lo.
Mas queríamos criar a ilusão de que ele é perigoso.
Ele poderia me vencer. Ele é grande. Gigante.
E eu tinha que saber usar não apenas o corpo
mas tinha que usar também a psicologia.
Tenho que atormentar o pai dele.
Atormentar sua mãe
e também Lou Ferrigno.
E isso tudo.
Então, durante o filme estabelecemos isso.
Esse tipo de relação.
Então havia outra coisa a ser feita para me tornar
diferente dos outros caras.
Se você quer ser um campeão não pode haver nenhum tipo
de energia negativa vindo sobre você para te derrotar.
Portanto, eu tenho que desligar minhas emoções
e ser frio como gelo.
Naquele momento queríamos mostrar o quão frio eu era
e quanto não tenho emoções,
por exemplo.
Eu pego a história que na verdade ouvi
na França, quando um fisiculturista
me contou 4 anos antes.
A história de que ele não foi para casa no funeral do pai
antes de uma competição.
Que o seu pai morreu e ele simplesmente ignorou.
Ele disse: - Preciso me manter focado.
Então eu roubei essa história.
Eu precisava dizer essa história.
As pessoas ficarão chocadas.
As pessoas vão escrever sobre o filme quando ele for lançado
e terá várias manchetes e esses tipos de coisa.
Vão escrever sobre o filme
e, assim, venderíamos tíquetes.
Eu disse: - É isso que eu tenho que falar.
Então eu aumentei.
Eu não tenho emoções.
Se alguém roubar o meu carro diante da minha casa.
Eu apenas riria
e compraria um carro novo.
É claro que logo depois que disse isso.
Estava pensando...
Se alguém roubar o meu carro, eu vou chorar provavelmente
porque essa é a verdade.
Essa era a realidade.
Então eu continuei com a história.
E disse...
Não importa o fato de que meu pai morreu um ano
um pouco antes da competição.
Minha mãe me ligou e disse: - Você virá ao funeral?
Eu disse a ela: - Por quê?
Ele já está morto.
Eu fingi ser muito frio
e realmente funcionou.
As pessoas ficaram chocadas com isso.
Algumas ficaram horrorizadas.
Desde então eu fui sendo questionado
se isso é verdade ou não é verdade.
Se aconteceu aquilo com seu pai.
A realidade é que isso nunca aconteceu.
Meu pai nunca morreu antes de uma competição.
Ele morreu 3 meses após uma competição em 1972
e eu o vi um pouco antes de sua morte.
Tivemos uma relação maravilhosa.
Assim, nada daquilo
de não ter emoções e de não ligar
para a morte do meu pai.
Essa é a realidade.
Acho que agora é a hora das pessoas
saibam qual é a realidade.
O exemplo oposto é quando fumo um baseado.
Eu fumo um cigarro de maconha no final do filme
e muitas pessoas me perguntam: - Você realmente fuma no filme?
Ou era tudo falso?
Eu digo: - Não. Eu realmente fumei.
E...
também inalei.
Algumas pessoas reclamam.
Você viu alguma camisa azul em algum lugar aqui?
- Waller. - Waller teria?
Outra coisa que as pessoas sempre me perguntam.
Mike Katz estava procurando por sua camisa no filme.
De fato, alguém fez isso com ele de propósito?
Roubaram a camisa ou esconderam
para confundi-lo
e, assim, perder a competição.
A realidade é que ele procurou pela camisa por um ponto
porque ele perdeu a camisa.
Mas ninguém escondeu.
Mas depois que vimos essa filmagem
nós fizemos uma filmagem extra
para criar a cena
que alguns fisiculturistas estavam jogando futebol
se divertindo e Ken Waller diz:
"Sabe o que vou fazer com Mike Katz?"
"Vou esconder sua camisa."
"Ou melhor, vou esconder tudo."
Sabe o que vou fazer quando chegar na África?
Eu vou pegar a camisa de Katz e vou esconder.
Para ele perder a cabeça.
Então essa cena de futebol
foi, na verdade, após o término da competição.
Nós já tínhamos todo o filme.
Apenas para criar essa cena
que Mike Katz teve a camisa roubada por Ken Waller.
Ele perde a cabeça. Então, perde a competição.
Dor nos músculos pelo esforço.
É isso que faz o seu músculo crescer.
Se você não consegue superar
essa barreira de dor. Esqueça.
Uma das perguntas frequentes é...
Você tomou esteroides?
Porque, atualmente, drogas são um grande problema no esporte.
A resposta é sim.
Era um estágio inicial
em que os fisiculturistas estavam apenas experimentando.
Mas não era ilegal.
Nós conversávamos sobre isso abertamente.
Quando alguém perguntava se tomava esteroides.
A resposta era sim. Eu tomo 3 anabolizantes por dia.
Outro diria coisa parecida.
Não era uma coisa ilegal.
Atualmente, se tornou um grande problema.
Nossa federação diz que fisiculturistas
não podem tomar esteroides
e que serão testados.
*** surpresa.
Você pode ser chamado a qualquer hora.
Você tem 2 dias para fazer o ***
então você não tem tempo para se livrar
da substância do seu corpo.
Por isso estão fazendo isso agora.
Os fisiculturistas são testados continuamente.
É tão satisfatório para mim quanto fazer sexo
com uma mulher e ter um orgasmo.
As pessoas ainda me perguntam.
Isso é verdade?
Ainda estão tentando descobrir.
Se é verdade que o pump é melhor do que um orgasmo.
Porque é isso que digo no filme
e a realidade é que não existe relação um com o outro.
É bom se sentir campeão.
É bom treinar.
É bom dar um pump.
Mas como posso comparar um com o outro.
São duas coisas diferentes.
O melhor é ter os dois. O pump e o orgasmo.
Na verdade, eu inventei muita coisa
porque eu sentia que este era o caminho
de atrair atenção.
Eu acredito que quanto mais sensacionalista se é
e mais chocantes forem as coisas que você diz
maior será a repercussão
mais notícias sairão nos jornais
e mais o esporte do fisiculturismo será beneficiado.
Porque mais histórias serão contadas sobre o fisiculturismo.
É sobre isso que se trata.
Nós poderíamos ter feito este filme
sobre Arnold Schwarzenegger,
sobre minha vida ou algo parecido.
Sobre o meu fisiculturismo ou sobre
a minha trajetória até a vitória.
Mas seria chato e não teria dado certo.
O que fez o filme um sucesso foi a presença de muitos
fisiculturistas que eram cheio de cor.
Lou Ferrigno teve uma parte específica nesse filme
e funcionou muito bem.
As pessoas amaram o seu personagem.
Ed Corney, Franco Columbu,
Ken Waller, Mike Katz,
Serge Nubret.
Havia inúmeros caras que trouxeram
cor e as dimensões ao filme.
E tornaram as relações muito interessantes.
Relações que eram
mostradas no filme.
Muitas delas eram verdadeiras.
E outras foram criadas e inventadas.
Mas o fato é que o filme contém muitas coisas verdadeiras.
A verdadeira competição,
o verdadeiro treino,
a real agonia, a real derrota.
Todas essas coisas tinham no filme.
O único
Arnold Schwarzenegger.
Muitas pessoas vêm a mim
e dizem o quanto foram inspiradas por Pumping Iron.
Primeira vez eu ouvi sobre o livro
e, então, talvez 10 vezes mais após o lançamento do filme.
Dizem que foram inspiradas a treinar
e que mudou as suas vidas.
Contando histórias inacreditáveis sobre
o impacto que gerei neles em vencer.
De obterem sucesso na vida,
de fazer alguma coisa para eles mesmos.
Seja na musculação ou em outro esporte
ou no mundo dos negócios.
É incrível o impacto que filme gerou.
Eu espero que quando as pessoas assistirem esse filme em DVD
tenha o mesmo impacto
assim como teve em centenas de milhares
ou talvez milhões de pessoas ao redor do mundo.
Que saiam inspiradas,
que se joguem na academia
e levantem pesos para descobrir
se é realmente verdade o que eu disse
que o pump é melhor do que um orgasmo.
Não é melhor. Acredite em mim.
Cinemax finalmente co-apresenta uma entrevista
exclusiva com Arnold Schwarzenegger
sobre o clássico filme 'Pumping Iron'.
Eu lembro quando George Butler veio a mim em 1974
e ele disse: "Eu quero fazer um documentário
sobre fisiculturismo."
Eu disse que seria sem mim porque eu estou aposentado.
Então ele disse: - Eu absolutamente
preciso de você.
Permaneça competindo
e fique mais um ano competindo
para que possamos fazer o documentário.
Assim, eu competi mais um ano.
O único...
Arnold Schwarzenegger.
Estou muito contente pelo que fiz
porque o filme se tornou um enorme sucesso.
'Pumping Iron' se tornou um clássico.
Eu sinto emoção com o aniversário
de 25 anos de Pumping Iron.
Quando vejo aqueles velhos tempos
só tenho boas lembranças.
Aqueles bons momentos que tivemos nos anos 70.
O treinamento para o campeonato mundial.
A fraternidade que existia entre nós naquela época.
E, ao mesmo tempo, fico espantando
com a determinação que eu tinha.
Treinar cinco horas por dia e levantar 20 quilos de peso,
queimar de 8 a 10 mil calorias
e fazer de tudo que for preciso para vencer.
As pessoas percebem quando assistem Pumping Iron
que basicamente é um filme histórico.
Um filme clássico.
Porque realmente captura uma época
em que o fisiculturismo estava saindo do armário
ou do porão.
E se tornou um grande esporte.
Você vê o que é preciso para a pessoa.
Que tipo de treinamento a pessoa precisa estar disposta.
Eu quero mais peso. Vou ganhar dele.
Os quilos e mais quilos de pesos.
A quantidade de peso que se precisa levantar todo dia
para se tornar o mais musculoso.
Cada um pode aprender alguma coisa desse filme
porque é um filme realmente fascinante.
É sobre pessoas.
Não só sobre esporte, mas sobre as pessoas.
Não perca Arnold Schwarzenegger na edição especial
de 25 anos de 'Pumping Iron'.
Não acabou ainda! Tem mais...
'Pumping Iron' está de volta celebrando
seu aniversário de 25 anos.
Cinemax convidou Arnold Schwarzenegger
e outros rostos familiares para a festa de estreia
deste clássico documentário.
Cinemax se ofereceu para mostrar o filme
e celebrar com todos nós neste dia especial.
O dia em que o filme saiu.
O ano em que toda essa revolução começou a tomar lugar.
Eu o vi em 1977, logo assim que saiu.
Meu irmão me levou ao cinema.
Eu conheci Arnold cerca de 2 meses mais tarde.
Então eu tenho um lugar especial no meu coração para esse filme.
É um surpreendente e independente filme
que está tendo esse tipo de recepção.
Eu acho que isso nunca aconteceu antes.
Cinemax estava lá para falar com os atores originais.
Eu acho incrível que 25 anos atrás eu estava aqui
posando na festa de estreia.
Minha cena favorita no filme é
quando estou pendurado em seu braço.
Sim. Isso mesmo. Exatamente como estou agora.
A ideia original é
basicamente mostrar como a musculação...
deixa as pessoas mais jovem.
Olhe como eu estou 25 anos depois.
Estou parecendo mais jovem.
Conversamos também com atuais campeões de fisiculturismo.
Acho que musculação está percorrendo
um longo caminho assim como tudo o mais.
Quando foi a primeira vez
- que viu 'Pumping Iron'? - Eu tinha 16 anos.
Eu estava começando na academia por uns 3 meses.
O dono da academia me deu uma fita
para que eu pudesse assistir.
Meus momentos favoritos do filme são
aqueles em que meus amigos estão nele.
É extraordinário.
Cada um deles fizeram um excelente trabalho depois disso.
Ao mesmo tempo, promovendo o esporte.
Não perca 'Pumping Iron' na edição
especial de 25 anos de aniversário.