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"O órfão encontra seu Pai"
Olá, eu me chamo Salim. Que a paz esteja com você!
Eu vou contar um pouco da minha história
e de como eu encontrei o Senhor Jesus.
Eu nasci na Argélia em uma família muçulmana praticante.
A verdade é que uma série de dramas
tomaram uma parte importante da minha vida.
Os meus pais faleceram juntos num acidente
durante uma de nossas férias na Argélia.
A morte deles foi uma grande catástrofe na minha vida.
Por vários anos eu vivi em orfanatos.
E foi no orfanato que eu percebi que
a solução que o homem propunha não poderia resolver os meus problemas,
poisas pessoas que queriam me ajudar viviam uma vida tão miserável quanto a minha.
Eu entendi que pelo fato de eu me chamar Salim
poderia, ora abrir, ora fechar as portas.
Isso fez com que um ódio e uma amargura tomassem conta de mim.
Na minha procura por um pai (adotivo) tudo o que encontrava eram
crianças e adolescentes como eu.
Então conheci um homem que me falou da Legião Estrangeira, do exército Francês.
E o interessante dessa legião de mais de 10.000 homens é que nela encontra-se
todas as nacionalidades.
Então logo me encontrei em um lugar onde me sentia bem.
A Legião permite a troca de nome, sobrenome e nacionalidade.
Um mundo novo se abria para mim.
Uma possibilidade de poder me afirmar
de poder ser alguém, não pelo que eu era,
mas pelo que eu era capaz de fazer.
Participei de várias missões de guerra em Djibouti, Líbia, Tchad
e no Líbano em particular, quando ocorreu o massacre
nos campos de refugiados Palestinos de Sabra e Shatila, em Beirute.
Mas a minha primeira grande missão
foi fazer a segurança pessoal de Yasser Arafat.
Então ali com aquele líder palestino
acabei por me identificar com ele.
Sendo argelino eu queria ser um homem forte como ele.
E com a minha religião muçulmana eu pensava ser alguém capaz.
Em seguida fui designado para a guerra do Golfo.
O meu primeiro contato com o Evangelho
ocorreu enquanto eu fazia a segurança do General Janvier.
Havia entre nós um espanhol que era cristão.
Ele nunca falou de Jesus para mim mas
o seu comportamento e suas atitudes foram importantes para minha conversão.
E um dia, na hora do almoço, ele não quis comer.
Sendo eu o Comandante, lhe perguntei por que ele não queria comer com a gente.
Ele me disse que estava jejuando e orando
para que Deus nos livrasse da morte.
Essas palavras mexeram comigo e
durante a noite elas não saíam da minha cabeça.
No outro dia eu saí de helicóptero com o General Janvier.
A nossa aeronave foi atacada por um míssel.
Em meio ao ataque, o piloto conseguiu pousar com dificuldade.
E para minha surpresa o helicóptero estava intacto.
Foi a primeira vez em que eu vi
a oração de um homem na terra
ser atendida por um Deus vivo!
Esse soldado cristão tinha um comportamento exemplar.
De fato, sempre que ele estivesse por perto
eu sentia uma paz inexplicável.
Voltei para a França e dei baixa na Legião.
Eu deveria partir como mercenário para Serra Leoa quando conheci um casal cristão.
Eu não conseguia entender a fé deles, porque tudo girava em torno de Jesus.
E eu não gostava de Jesus.
Primeiro porque ele era um Salvador, para o Ocidente e não para mim.
Segundo porque ele era judeu, e para ser sincero, eu tinha um grande problema com Israel.
Eu preferia que meu Salvador se chamasse Maomé, ou Salim, ou outra coisa menos Jesus, judeu.
Mas esse casal me convidou para ir à uma igreja evangélica.
Lá encontrei pessoas equilibradas cujos testemunho e palavras tocaram o meu coração.
Logo ganhei uma Bíblia de presente.
E foi lendo essa Bíblia que eu encontrei uma palavra que tocou profundamente em mim:
"Deus é o pai dos orfãos. Ele se encarrega de lidar com qualquer um que maltrata um órfão."
Eu compreendi que estava cheio de erros, de ódio e de rebelião.
Reconheci que havia feito muitas coisas más.
Mas deixei a Palavra tocar o meu coração e Deus foi curando e acalmando a minha alma.
Encontrei um Pai que me amava enquanto que no meio de 10.000 soldados na Legião,
de irmãos de armas que eu tinha, não pude encontrar um pai.
Abandonei o meu passado, e minha vida hoje, é centrada num Deus vivo.
É Ele quem me ajuda a amar aqueles que me odeiam.
Pois depois de 18 anos de guerra pude compreender que a única arma que pode tocar um homem é a arma do amor.
Tendo sido órfão de pai e mãe, descobri que o verdadeiro órfão é aquele que não conhece a Deus, a quem podemos chamar de Pai.
Não existe nenhum outro livro além da Bíblia onde Deus se mostra como Pai.
E a minha mensagem é esta: não importa quem ou o que você é.
Cristão ou muçulmano, você será sempre um órfão até que reconheça que Deus é o seu Pai.
Essa é a palavra do meu coração para vocês.
ORAÇÃO
Pai de graça e de amor. Eu bendigo o teu nome nesse momento.
O Senhor me concedeu essa graça de Te conhecer como Pai.
Nenhum outro é igual à Ti.
Eu Te bendigo pelo que Tu vais fazer através de todo aquele que confessar que Jesus Cristo é o Salvador.
Em nome de Jesus, amém.
"Se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo." Romanos 10:9
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