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Assassinado na cama num parque de sexo de luxo em Hollywood...
Lenny Stein...
produtor musical, executivo dissidente...
vítima de assassinato.
Seu assassino desconhecido ainda está a solta.
Testemunhas viram Stein entrar no hotel...
como uma mulher bem jovem e atraente.
A polícia de Los Angeles está agora procurando por essa mulher.
A mulher que as testemunhas viram com Stein
logo antes dele ser assassinado.
A polícia pede que se tiver qualquer informação...
sobre ela ou seu paradeiro...
por favor contate-os imediatamente.
Ah, meu Deus. Eu o matei. Não acredito.
Eu o matei.
Ann, me escute. Escute-me.
Você fez a coisa certa ao vir falar com um advogado.
Agora do que você diz...
parece que tem um bom caso de legítima defesa.
Se ele te atacou, a lei diz que você pode se proteger.
Mas para que eu te defenda...
preciso entender exatamente o que aconteceu, certo?
Então, mais uma vez, só que mais devagar.
Lenny me chamou pra ir pro quarto do hotel.
Éramos amigos.
Não sei se foi o temperamento dele...
ou a bebida ou algo...
mas ele ficou bravo, e me bateu...
e não queria me deixar sair.
Ele tentou me matar.
Está tudo bem?
Estou bem.
Eu te vi na televisão, Sr. Nicholson...
nesses grandes julgamentos.
E foi por isso que eu vim aqui...
porque eu não sabia o que fazer mais.
Eu não sou daqui.
Eu faço faculdade aqui, mas meus pais estão em Nebraska.
Eu não conheço ninguém.
Estou tão assustada.
Não fique.
Tudo bem? Eu chamei meus parceiros.
Eles estão vindo para cá agora.
Obrigada, Tom.
Obrigada por me ajudar.
Eu juro que não queria machucá-lo.
Isso é exatamente o que vamos falar pro júri.
A polícia de Los Angeles...
pede a ajuda da comunidade.
Acredita-se ser a pessoa procurada uma mulher branca...
entre 20 e 24 anos.
Vamos cuidar disso. Eu prometo.
Esses são meus parceiros. Luther Graves...
Alden Tuller e Ron Trott.
Ron, essa é Ann Diggs.
Ela é a garota procurada pelo homicídio de Stein.
- O que você usou, uma faca? - Sim, do serviço de quarto.
Por que veio para uma empresa de advogados? Por que não foi a polícia?
Qualquer coisa que eu disser pra polícia pode ser usado contra mim, certo?
Receava que se eu fosse sem um advogado...
eu diria algo idiota e tornaria a coisa pior.
E vocês são os únicos advogados dos quais eu ouvi falar.
Como? Como ouviu de nós?
De todos os grandes casos que vocês fazem.
Sr. Trott, eu não mereço ir pra cadeia.
Preciso que pegue meu caso.
Não aceitamos casos dessa maneira.
Vamos, Ron. Um grande caso como esse entra...
e você não o deixa sair para ir pro Geragos.
Olhe pra televisão.
A Sra. Stein, a esposa da vítima, está em Paris.
Ela está voltando pra casa nessa tarde, bastante chocada.
Essa é a história principal, Ron. Só vai ficar maior.
E eu já falei com a Ann, eu já ouvi a história dela.
Eu acredito nela, Ron. Ela teve que matá-lo...
ou ele teria matado ela.
E eu também fiz uma checagem do passado dela.
Ela não tem nenhum registro criminal.
Podemos ganhar esse caso com legítima defesa.
Vamos pegar seu caso.
Vamos?
Tom e Luther estão certos.
Isso vai ser um circo para a mídia...
o tipo de caso que fomos feitos pra vencer.
Somos TNT & G. Não perdemos.
Eu não tenho dinheiro. Nenhum.
Estou com bolsa escolar na U.C.L.A.
E os meus pais não me dão...
nenhum apoio financeiro.
Quanto isso vai me custar?
Faremos de graça.
De graça pra ela. Eu não disse que não seremos pagos.
Direitos de livro e filmes...
Com a imprensa desse jeito, nós seremos pagos. Acredite.
Eu disse que cuidaríamos disso, mas temos que ir rápido.
Pegue a bolsa dela e o celular.
A cobertura dos noticiários significa que suas
chances de um julgamento justo diminuem a cada segundo.
Então temos que fazer tudo que pudermos antes de te entregar.
- Só preciso que responda uma pergunta. - Já falei. Foi legítima defesa.
Essa não é a pergunta. Não tente adivinhar!
Ron.
O que você fez com a faca?
Jogou ela fora? Isso não é bom.
E mais, ela é muito calma para alguém que acabou de matar alguém.
Ela não está calma, Alden. Ela está paralisada.
Não tão paralisada para vir até aqui ao invés da polícia.
Acha que ela está mentindo para nós?
Um homem casado e uma estudante vão para um quarto de hotel juntos...
alguém está mentindo sobre algo, e foi antes de alguém morrer.
A Promotoria vai argumentar que ela se livrou da faca...
porque foi a arma do homicídio.
Eles vão condená-la baseado na tentativa dela de escondê-la.
Vamos achá-la antes deles, e entregá-la a polícia...
e mostrar ao júri que ela não tem nada pra esconder.
Faça isso rápido, antes do próximo bloco de notícias.
Luther, você já foi da Promotoria.
Quanto tempo temos até eles identificarem Ann?
Depende. A polícia tem um compositor de desenhos,
o que significa que eles não conseguiram descobrir seu nome.
Agora, eles devem ter chegado ao local,
achado as impressões digitais dela...
e estão colocando-as em seu banco de dados principal.
Se ela tivesse um registro, eles saberiam quem ela é agora.
A boa notícia é que ela não tem um registro.
A má notícia é que com sua carteira de motorista,
passaporte e carteira de bolsa de estudos
eles saberão quem ela é até a manhã.
Ótimo. Podemos fazer muito em uma noite.
Sim, como piorar o nosso caso.
Nada diz que temos que achar a faca.
E se decidirmos não irmos de legítima defesa depois de tudo?
A esposa de Stein está em Paris. Não podemos culpá-la.
E isso não parece suicídio.
Então é legítima defesa ou nada.
Achem a faca, agora.
Coleta de Evidências / A arma
Pense.
Quando saiu do hotel, foi pra direita ou esquerda?
Eu não me lembro onde eu a joguei fora. Era um beco.
Você estacionou na rua ou usou o estacionamento?
Na rua, porque não podia pagar pelo estacionamento.
- Bom. Marcador ou terreno? - Marcador.
E fui até uma cafeteria para arranjar troco.
Certo, me dê todos os becos na área
ao lado de prédios comerciais perto do hotel.
Você disse que jogou a faca no beco onde estacionou.
Foi em algum desses? Essas lojas estão perto.
Se você jogou a faca perto de onde arranjou o troco.
Hum...
É um desses.
Foi nessa fora da Estrada Fordham?
- Sim. Foi essa. Desculpa. - Tudo bem. Imprima isso.
Mandaremos nossos homens lá para checar.
Parece que nossos assistentes encontraram alguma coisa.
Vamos esperar que seja uma faca.
A polícia de Los Angeles está mesmo trabalhando nessa.
Eles adoram os casos grandes da mídia assim como nós.
Achamos alguma coisa aqui, Sr. Nicholson.
Bom.
Bem, quem disse que ser advogado não é glamouroso?
- Quem tem uma luva? - Eu, Sr. Nicholson.
Mas, a polícia não vai dizer que...
O rato é o único destruindo a evidência, não eu.
Não temos certeza que essa é a evidência.
Pode não ser a faca que ela usou.
Se for a faca, iremos com legítima defesa.
Então não iremos negar que ela o matou com isso.
Claro, a polícia pode nos processar por mexer nas evidências.
Bem, isso não é problema. Só estamos nos defendendo.
Somos TNT & G, certo? "Não perdemos".
Eles não ensinaram essa parte na faculdade de Direito, Sr. Graves.
Está tudo bem. Os advogados de defesa
tem tanto direito de recolher evidências quanto os promotores.
A maioria dos advogados de defesa são muito preguiçosos ou assustados para isso.
E mais, se esperássemos a polícia para achar a evidência
nunca ganharíamos nossos casos.
Vamos.
Vamos esperar que tenha sido legítima defesa.
Porque se não foi, acabamos de achar a evidência...
que vai condenar nossa cliente.
Bom trabalho. Vamos.
100% inocente.
Justice | 1ª Temporada Episódio 2 | Pretty Woman
Tradução: Leco Cohen, stealthyguy, Celso, LLeMinotaur e Kenny.
Revisão: stealthyguy
Como eu sempre digo...
se tiver o advogado certo com você...
terá o melhor sistema legal do mundo.
Pronto. Obrigado.
Estratégias pré-prisão
Meus contatos do centro estão me dizendo que sabem quem é Ann.
A polícia acabou de identificar as impressões dela.
Temos que entregá-la agora, Ron.
Quem é o responsável por Homicídios em atividade?
William Matthew Byrne Junior.
Droga. Byrne é duro.
Se entregarmos Ann agora, Byrne será o promotor do julgamento.
- Quando o turno dele acaba? - As 6. Depois é J.D. Keller.
- Talvez devêssemos esperar. - Ei, não tenho medo de Byrne.
Preferiria ir contra Keller.
Keller ama tanto a mídia que ele vai mudar a estratégia do julgamento...
só para ter o nome no jornal.
Saberemos o que ele fará no tribunal antes que ele faça.
Depois que ele me bateu, eu caí no canto, ao lado da cama.
Ele estava aqui, entre eu e a porta,
e a bandeja estava logo aqui, onde eu peguei a faca.
Como? Mostre-me.
E apenas balancei e fui de encontro a ele.
Então teve de usar força porque ele impediu que recuasse.
Excelente.
Quem está fazendo a investigação?
Está uma bagunça. Departamento de Los Angeles e
e Departamento de Beverly Hills. Conflito de jurisdição.
Então estão lutando para ver quem faz a prisão?
Amo isso. Essas brigas por terreno sempre ajudam a defesa.
A polícia de Los Angeles vai querer muito esse caso,
então arranjamos para entregá-la em Beverly Hills.
Vou conseguir mais algumas horas e argumentar
que ela queria cooperar, que não estava se escondendo de ninguém.
Faça Ann ser examinada. Quero fotos de suas lesões,
qualquer coisa que prove que Stein a atacou.
Vai ajudar no julgamento, e não quero contar
com as fotos que os policiais vão tirar.
Todo nosso caso é baseado no testemunho dela.
O que pudermos fazer para reforçá-lo, melhor.
Começamos a juntar tudo agora.
Obrigado, Ron. Não achei que gastaria dinheiro num caso gratuito.
Não vai ser gratuito quando tivermos terminado, acredite em mim.
Se ela se encontrava com Stein, pode acreditar
que ela se encontrava com outros caras como Stein.
Ricos, poderosos e ávidos em pagar qualquer preço
para ficar fora desse caso.
Vou para a TV.
- O quê? Agora? - Sim, agora.
Para a rede da costa-leste,
sempre que chegamos ao cliente antes da polícia,
nós tiramos vantagem disso.
Vou plantar legítima defesa nas cabeças
dos jurados em potencial pela mídia.
Para vencermos, as pessoas devem saber que Stein era um cara mal.
Agora é uma boa hora para começar a dizer a eles.
Só não posso mencionar que a estamos representando.
Advogado de defesa, Howard Weitzman,
você esteve acompanhando o caso Stein.
O que diz sobre essa mulher que a polícia de Los Angeles está procurando?
Nessa etapa, é difícil de dizer.
- Não sabemos ao menos quem ela é. - Poderia ser uma prostituta?
A Sra. Stein não vai gostar de ouvir isso, Suzanne.
Nem essa mulher, quem quer que ela seja.
Quero dizer, hipoteticamente, se a mulher é uma prostituta,
ela poderia ter enrolado Stein pelo dinheiro.
O que é isso? Aruba?! Apenas estamos formando teorias.
Americanos tem direito a um julgamento justo.
Na verdade, Ron está certo. Nesse momento,
não sabemos o que ela é,
e não sabemos se ela estava envolvida nisso.
Ela tem que estar envolvida. Testemunhas a viram com Stein.
Ouvi dizer que Stein tinha um temperamento terrível.
Alguém mais já ouviu isso ou conhece alguém que já foi vítima disso?
Talvez a pobre garota estava se defendendo.
Eu não me lembro.
Preparação do cliente / Exame físico
Por quanto tempo vocês se encontraram?
Nós não nos encontrávamos.
Eu o via em festas, estréias e premiações.
Barris de cerveja em casas de fraternidade.
A melhor coisa em ir para a faculdade aqui
é que você pode ir a todas aquelas coisas de Hollywood.
Eu via Stein nessas festas,
e ele flertava comigo e me chamava para sair,
e eu sempre disse não.
Até que disse "sim".
Apenas fomos jantar duas vezes.
Isso é tudo, entende?
Posso ligar para meus pais em Nebraska?
Eu só quero avisá-los
sobre tudo que está nos noticiários antes que eles vejam.
Desculpe. Até que a entreguemos,
não podemos nos arriscar em deixar que saibam que está aqui.
Advogados criminais têm uma ótima audição.
Isso vem de tentarmos ouvir o que os jurados estão cochichando.
Onde exatamente você conheceu Stein?
Nos conhecemos através da Prime Match, em Hyde.
Isso é ruim.
Vão dizer que Ann é uma prostituta.
Ou como dizem em Hollywood, uma "acompanhante estratégica".
Uma garota que sai com um homem rico
porque ele dá coisas legais a ela.
- Do que está falando? - Prime Match é um serviço de encontros
que organiza festas em clubes, como o Hyde.
Mulheres entram de graça para conhecer homens ricos
- que pagam pelo privilégio. - Como sabe de tudo isso?
Já fui a essas festas com minhas amigas...
Raramente.
Acabei virando a "motorista oficial"
e a pessoa que as salvava de situações ruins como Stein.
Se você alguma vez já tivesse saído, saberia dessas coisas, Tom.
Bem, conhecia o homem morto, Lenny Stein?
Não, mas eu conheço esse tipo. Conheço o tipo de Ann também.
É uma garota pobre tentando viver uma vida cara que não pode ter.
É, bem, ela não é tão pobre assim. Viu as roupas dela hoje?
São todas falsas. A bolsa, o vestido, os sapatos.
Ela quer que as pessoas pensem que é uma modelo.
Mas não quer admitir como conheceu Stein.
Pessoalmente, eu não a culpo.
Quero dizer, você nunca me ouviu falar dessas festas.
Bem, está tudo certo então.
Mulheres que vão a essas festas
não são necessariamente prostitutas ou "acompanhantes estratégicas".
Mas o júri vai pensar que sim.
Bem, você não é, certo?
O principal é, você acredita nela.
Diferente de você, não preciso acreditar
nos clientes para defendê-los. Mas, sim, eu acredito nela.
As roupas dela são falsas, mas aquelas lesões são reais.
Vamos. Temos que encontrar o Ron.
- Você não disse que representávamos Ann? - Suzanne não perguntou.
Ela vai explodir de raiva
- quando perceber que vocês fez isso. - Isso é bom para TV.
E isso aumenta tanto a audiência dela quanto a do nosso cliente.
Estamos prontos para entregar Ann para a polícia de Beverly Hills.
O promotor Keller começou expediente dez minutos atrás.
Já é hora.
- Você não a levou a um posto? - Para pegar uma roupa nova?
Não existem postos 24Hrs por aqui, Ron.
Sabe, tudo aquilo sobre pegar a faca
e arranjar para que ela se renda
foi para mostrar que ela não tem nada a esconder.
Trocar suas roupas seria ocupar-se com evidências.
- Não cruzamos esse limite. Nunca. - Olhe para ela.
Ela parece inocente de alguma coisa para você?
Incline a cabeça para trás.
Ponha isso.
Melhor.
Vamos.
Auto-rendição
Entrará com um pedido hoje?
Com licença.
Estamos passando. Obrigado.
Estamos aqui para impedir uma injustiça.
Sim, ela teve de se defender...
com isso. A faca.
Ela não tem nada a esconder.
Ela nos pediu para entregar essa faca
porque ela queria que a verdade aparecesse.
O filho da mãe se aproveita do meu programa,
e depois nem me concede uma exclusiva.
Ele vai pagar por isso.
Ela se defendeu contra um homem violento.
Ela merece uma medalha, não uma acusação de homicídio.
Não a deixaremos ser vitimizada
pelo sistema judiciário. É isso!
O "homicídio da prostituta de Hollywood" esquentou.
Fontes dizem que ela era uma prostituta de luxo
que esfaqueou Stein e pegou sua carteira.
A história do promotor é que Ann é uma prostituta
que matou Stein pelo dinheiro em sua carteira.
A carteira está vazia, mas suas digitais não estão lá.
O promotor vai dizer que ela está mentindo
sobre ter sido atacada, para evitar ser condenada.
Acho que Ann pode ter mentido sobre muitas coisas.
Alden está em seu apartamento para ver o que ela está escondendo.
Você tem empréstimos como estudante.
Suas roupas são todas imitações.
Mas você tem uma bolsa Birkin de $15,000 no seu armário.
Como uma garota legal consegue isso?
Olha, sei que parece que estou me metendo, porque estou sim.
- Então se tem outra fonte de renda, - Não tenho.
ou se está escondendo alguma coisa, apenas me diga.
Só temos que saber antes de colocá-la lá na frente.
Não podemos ganhar seu caso a menos que saibamos quem você é.
Num caso de legítima defesa, se pudermos mostrar que Stein
era violento no passado, podemos argumentar que
ele foi violento dessa vez,
e que foi por isso que a Ann teve de se defender.
Isso será fácil.
Todos em Hollywood sabiam que Stein batia em mulheres,
especialmente as jovens. Estivemos procurando por mulheres
que testemunhem que Stein era violento com elas.
- O problema é que não achamos ninguém. - Não achou ninguém?
Ninguém em Hollywood vai chegar perto desse caso. Stein era poderoso.
Parece que ele pagava às mulheres para não darem queixa.
Vamos continuar procurando, mas até agora, nada.
Ann se encontrou com Al Stirling.
- O cara da pornografia? - Publicista, Tom. Não ***ógrafo.
Bem, o cara é um lixo. Nos recusamos a defendê-lo duas vezes.
Se o promotor descobrir que Ann se encontrava com ele,
ele usará isso para fazê-la parecer uma prostituta.
Não se preocupe com Al Stirling. Eu cuido dele.
Eu disse que seríamos pagos por esse caso, não disse?
Alden, cuide das evidências físicas.
Veja se os ferimentos da faca são consistentes com legítima defesa.
Prefiro trabalhar com a Ann.
Seu testemunho será todo nosso caso.
Não, trabalhe com as evidências científicas. Você faz isso melhor que ninguém.
- E você acha que ela é uma prostituta. - Não, não acho, Ron.
Acho que ela é apenas uma universitária que saiu
com um homem rico para que não se sentisse uma perdedora...
e que ela está escondendo um passado rude, o que eu entendo.
Eu fui assim.
Está bem. Deixe a Alden com Ann. Eu cuido das coisas físicas.
Os pais de Ann estão chegando de Nebraska.
Odeio as famílias.
Você cuida deles. Vou ver o Al.
Aquilo foi legal, ele te perdoando, Al.
Bem, se você tivesse cuidado da minha tributação
eu não seria condenado.
Eu te disse: "Pare de roubar pessoas. "
Mas se for roubar, pague seus impostos.
Foi um conselho de graça, mas você ouviu?
Então, você conhece Ann Diggs.
Eu a levei para jogos do Lakers.
O que quer, Ron?
Quero te manter informado sobre o caso, como cortesia.
- Vamos alegar legítima defesa. - E daí?
- Pensamos em te chamar como testemunha. - Pra dizer o quê?
Num caso de legítima defesa, testemunhar a favor da tranqüilidade,
não violência, é admissível.
Sabia disso? Já que vocês são amigos...
Oh, oh, oh. Não somos amigos.
Eu a levei para alguns jogos de basquete.
- Nós nem mesmo... - Brigaram?
Era isso que ia dizer?
Vocês não tiveram nenhum briga. Ótimo.
Não vai nos ajudar tanto, mas é aceitável
para provar que ela é uma pessoa tranqüila.
Embora tenha que dizer...
Testemunhar não vai ser algo agradável para você.
Os tablóides estão em cima desse caso,
E o promotor vai acabar com você feio.
Quanto a questão de como sua esposa irá reagir, não sei dizer.
- Você tem um acordo pré-nupcial, certo? - Ou?
- Como é? - Você é o advogado, Ron.
Grandes advogados sempre dão outra alternativa.
Se você tem alguma viagem de negócio em breve...
ou planos com sua esposa,
não quero que um julgamento atrapalhe.
É hora de retribuir a sociedade.
Se quiser ajudar,
poderia contribuir para o fundo de defesa da Ann.
Isso é chantagem.
Não me diga sobre a lei, Al.
Tudo que eu disse é legal.
Se quer ficar fora desses casos,
pare de cometer equívocos.
Ele pode ter perdoado você...
mas sua esposa jamais fará isso.
Ron, Tom, esses são os pais da Ann.
Ótimo, não falaram com a imprensa, falaram?
Ann, no que foi se meter?
Me desculpe, mãe.
Deveria.
É por isso que não queríamos que fizesse faculdade aqui.
Eles lembram meus pais.
Senhor Diggs?
Tom Nicholson, de Hastings, Nebraska.
Bem perto de onde vocês moram.
Acabamos de pagar a fiança da Ann.
Me desculpe por tudo isso,
- Mas a Ann vai ficar bem. - Ela não vai ficar bem.
Lemos no jornal. Ela matou um homem com uma faca
e não está negando. A chamaram de puta.
Não sou uma puta.
Então por que estão dizendo nos jornais?
Tirem eles daqui. Não os quero por perto no julgamento.
Não são simpáticos, nem amistosos. Não vão ajudá-la.
Sua mãe está chorando desde que recebeu a ligação.
Eu te avisei sobre vir pra cá...
e veja no que deu.
Isso não tem nada a ver com você, pai!
Se você se humilhou e envergonhou toda a família,
isso tem a ver com a gente!
Sou eu quem está com problemas aqui, não você.
Nem tudo tem a ver com você.
O que você faz reflete em nós.
Deus, quer calar a boca e me deixar falar.
Não bata nela.
Não me diga como tratar minha filha.
Ela não é sua filha, é nossa cliente..
e ninguém encosta em nosso cliente, nunca.
Tom.
Tom.
Tom.
Ron usou o dinheiro
que arrecadou para os fundos de sua defesa
para pagar sua fiança, e mandou seus pais de volta pra casa.
Achamos que será melhor pra você e para o julgamento.
Está de acordo com isso?
Escute, me desculpe por essa confusão com seu pai.
Tenho certeza que ele tem boas intenções.
Não, ele não tem.
Qualquer coisa que meu irmão fazia não tinha problema, entende?
Mas ele nunca confiou em mim, nunca.
Bem, alguns pais são melhores com filhos
do que com filhas.
Meu pai era. Enlouquecia minha irmã.
Quando entrar na sala de simulação de júri,
não fique espantada
se fizerem algum tipo de pergunta.
Isso é bom. É como aprendemos que tipo de perguntas
o verdadeiro júri irá fazer
quando estiverem te julgando.
Apenas responda honestamente, tudo bem?
Preparação do julgamento / Júri simulado
Continue Ann, o que aconteceu depois?
Depois do jantar, eu queria ir pra casa...
porque tinha uma prova no dia seguinte...
mas ele não me deixava ir.
O Stein me xingou e me bateu.
Então eu peguei uma faca para me defender...
e o ameacei para que ele se afastasse.
Por que não foram para um restaurante?
Bem, o hotel foi idéia dele.
Duvido.
Os indicadores estão caindo.
Ele não consegue responder as perguntas simuladas
sem parecer que esteja mentindo.
Sabe o que o promotor fará com ela?
Miranda, te pagamos para nos dizer como lidar com júris.
Estamos alegando legítima defesa. O testemunho dela é toda nossa base.
O júri precisa adorar ela. Você é a consultora, Miranda.
- Veja os números, eles a odeiam. - Tem razão.
Vê como os braços dos jurados estão cruzados?
É um sinal. Eles não gostam de sua aparência,
de como se expressa. Eles não gostam dela.
Fizeram sexo no quarto
antes ou depois de jantarem?
Não fizemos sexo.
Não fizemos... o médico pode confirmar isso.
Meus advogados fizeram que um médico me examinasse.
Por que examinaram?
Seus advogados também não acreditam em você?
Isso é um desastre.
- Então, o que fazemos? - Evite juradas, o máximo que conseguirem.
Mulheres têm a tendência de serem menos simpáticas com mulheres na maioria dos casos.
Não gostamos da idéia de que poderia ser nós
- naquele quarto. - E os homens? Qual o problema deles?
Eles querem fazer sexo com ela
e sabem que não tem a mínima chance.
Isso não a torna adorável.
Posso ajudá-la a parecer mais adorável,
mas não posso fazer com que ela diga a verdade. Esse é o trabalho de vocês.
Um momento... acha que ela está mentindo?
Não tem nada a ver com o que eu penso. Tem a ver com o que eles pensam.
E não estão acreditando nela ou na história.
Preparação para o julgamento
Os jurados se baseiam em como você se apresenta,
na imagem que representa,
talvez até mais no que você diz.
É superficial, errado, mas é verdade.
Até agora o júri simulado não gosta ou acredita em você.
Você vai a julgamento por assassinato.
Temos que suavizar sua aparência...
Dar-Ihe um trato para o julgamento.
O objetivo não é enganar ninguém.
Queremos mostrar aos jurados sua verdadeira essência.
Vamos mostrar
que não é uma garota festeira de Hollywood.
Você é uma universitária inocente.
Bem, meus pais vão gostar disso.
Vamos esperar que o júri goste.
O que quer dizer com "Temos um problema"? Que testemunha?
A polícia tem uma testemunha que jura
que a Ann saiu calmamente do hotel,
não como uma mulher que acabou de matar em legítima defesa.
Esse era o recepcionista.
Se o júri acreditar nele, ela será condenada.
Investiguem o passado dele.
Temos que provar que ela está dizendo a verdade de todas as formas que pudermos.
Esta denúncia foi feita hoje pelo tribunal estadual.
Exige sanções contra a TNT & G...
por reterem a arma do crime.
Registros mostram que o Sr. Stein fez um saque de $10.000
na noite em que foi morto.
E sua carteira foi encontrada vazia, então dinheiro foi um motivo.
A Sra. Stein diz que o marido e a Ann Diggs estavam tendo um caso.
Ele foi para o hotel naquela noite para terminar.
Ann Diggs assassinou o Sr. Stein
num ataque de ciúmes porque ele pretendia terminar.
Então, sua cliente matou pelo dinheiro
ou por causa do romance?
O promotor Keller fez alegações muito sérias.
Sua cliente matou por um ataque de ciúmes ou não?
Argumentar... que o promotor tenha feito uma acusação daquela,
sabendo que ele não pode provar.
Por que não é verdade?
Não vou argumentar as acusações do promotor, dando uma resposta a eles.
Não está respondendo minha pergunta.
- Eles tiveram um caso? - Eu respondi sua pergunta.
Foi em legítima defesa.
Já é terrível que os pais dela tenham-na abandonada
devido a mentiras na imprensa.
Não piore a situação.
Esse foi o controverso advogado superstar, Ron Trott.
Seria bom eu ter ficado sabendo
da coletiva do Keller antes de termos começado, Suzanne.
Faça-me um favor, Ron. Não venha ao meu programa
e fale sobre um caso em que esteja trabalhando, novamente.
- Do que está falando? - Sabe do que estou falando.
Você nunca mencionou que já estava a representando.
Eu nunca quebro sigilos por lidar com a imprensa.
Já que não há regras para repórteres/apresentadores como você,
Não poderia ter quebrado nenhuma regra.
Então qual é o problema?
Véspera do julgamento
Estamos acabando com o promotor na imprensa.
Então o Keller tentou retrucar com uma coletiva. Patético.
- Ciúme não era um motivo nesse caso. - Foi bom você ter desviado...
- a pergunta sobre o romance, Ron. - Eu estava errada.
Não é de se estranhar que o júri simulado não acreditou nela.
Ann mentiu sobre algo importante.
Ela disse que nunca fez sexo com Stein.
Mas pegamos seu celular na noite que ela apareceu, lembram?
Depois da coletiva do Keller,
checamos para ver se ela já tinha ligado para o Stein. Ela não ligou.
Depois checamos suas mensagens deletadas.
Essas são as mensagens que Ann enviou para Stein...
Muito sexuais, muito explícitas.
Ann não somente se encontrou com Stein, ela fez sexo com ele.
Não na noite em que ele morreu, mas definitivamente no passado.
É evidência que Ann matou Stein por ciúmes.
Se ele tiver essas mensagens de texto, ele pode provar isso.
Então nosso caso vai ficar por conta da palavra de Ann?
Estamos mortos.
Nós lemos as mensagens. Você fez sexo com ele.
- Você o amava. - Espere, eu nunca disse que o amava.
Não diga besteira! Não temos tempo para isso.
- Só me deixe terminar. - Estamos na véspera do julgamento.
Sabe o quanto ruim isso vai parecer pro júri?
Como se eu fosse uma vagabunda e oportunista.
E que eu o matei por causa de ciúmes, certo?
Porque é isso que a TV diz, não é?
- Você o matou por ciúmes? - Não!
Então por que não nos disse sobre o caso? - Não era um caso!
Ele me levou a lugares legais. Dormi com eles algumas vezes.
Não chamaria isso de caso!
Quero dizer, ele me chamou para jantar. Eu disse sim.
Me sentir menos vagabunda
porque eu estava 'amiga' dele, tá bem?!
Deveria ter nos contado isso.
- Ann, vamos! - Tom!
- Ela tem um temperamento dos infernos. - É, e parece que ele surge
quando ela lida com homens mais velhos.
Vocês notaram? O pai dela, o Ron?
Meu ponto é: a história do promotor é que ela matou Stein
num momento de fúria por ciúmes. Temos que colocá-la para testemunhar,
mas não podemos confiar nela para vencer isso. É muito arriscado.
É melhor que destrua o investigador na sua demonstração com a faca.
Está pronto para o atendente do hotel?
Precisamos mostrar ao júri que ele é uma testemunha não confiável.
Que não podem confiar nele.
E quanto a achar outras mulheres que Stein surrou?
Achamos duas. Nenhuma delas vai testemunhar.
Ambas tiveram casos com Stein. Ambas são casadas.
Mesmo que pudéssemos forçá-las no banco das testemunhas,
o júri nos odiaria por fazê-las passar por isso.
Então faço uma coletiva
e digo aos jurados em potencial que Stein batia em outras mulheres.
Não, não vai.
Ninguém mais pode falar com a imprensa.
Keller entrou com uma petição para o caso correr em segredo de justiça.
O quê?!
Então depois que ele teve a coletiva dele,
ele conseguiu um mandato para que eu não tivesse a minha.
Precisamos fazer os jurados saberem que Stein era violento com mulheres.
Essas duas mulheres são o único jeito de fazer isso.
Se não pudermos tê-las no julgamento
tenho que pelo menos deixar os jurados saberem
que elas estão por aí, que elas existem.
Se você violar esse mandato, Ron, você vai para prisão.
Primeira regra da lei criminal: se alguém for pra cadeia,
é o cliente, não o advogado.
Eu sei como contornar esse mandato.
Só vou tomar um drinque essa noite com um amigo meu.
Mas antes vou falar com uma garçonete que conheço no bar.
Essa garçonete conhece a tudo e a todos.
E sua namorada é uma agente publicitária
em uma grande firma de relações públicas.
Ela vai mandar a história pro seu chefe em Nova lorque
que adora fofocar com repórteres de verdade
em troca de histórias favoráveis
futuramente impressas sobre seus clientes.
Quando esse vazamento voltar para Los Angeles
e for lido por nossos jurados em potencial,
serão 3 pessoas entre eu ele, será impossível de ser rastreado.
O problema com esses mandatos não é que eles não sejam americanos.
É que eles não funcionam. Graças a Deus.
As juradas já não gostam da Ann. Está vendo?
Mantivemos o máximo de mulheres que pudemos fora do júri.
Vamos ter que fazer essas mulheres se identificarem com Ann.
Primeira testemunha de acusação
E da bancada onde estava trabalhando,
você tinha uma visão limpa, desobstruída e bem clara?
Sim. Ela caminhou pelo salão calmamente.
Ela não estava preocupada mesmo.
Obrigado.
A testemunha é sua.
Eu te conheço.
Você é um ator.
Eu já atuei,
mas nada que fizesse você me conhecer.
Mas você gostaria de atuar mais?
Talvez até ser uma testemunha estrela num julgamento de assassinato.
Na verdade, você diria qualquer coisa para ser uma testemunha estrela.
Eu não pedi para ser testemunha.
Eu não pedi para vê-la saindo.
Mas você pediu a um editor para cuidar do livro
- que você deve estar escrevendo. - Não estou escrevendo um livro.
Eu disse que você falou com um editor sobre escrever um livro...
sobre esse caso.
Na verdade, você poderia ganhar muito dinheiro com esse caso.
Eu falei com um editor.
Mas isso não significa que estou escrevendo...
Já que estamos falando de dinheiro e de seu motivo para mentir,
você sabe o que é a lei do "Filho de Sam"?
Diz que você não pode ganhar dinheiro por matar alguém.
Eu não matei ninguém.
Certo. Você é apenas uma testemunha num caso de assassinato.
Você pode ganhar dinheiro com isso.
E como estamos falando de dinheiro,
deixe-me ter perguntar isso.
Quem achou o corpo do Sr. Stein?
A camareira, eu acho.
A camareira, você acha.
Então ela pegou o dinheiro da carteira dele?
Então ela tirou o dinheiro da carteira dele?
Ou foi você?
Eu não peguei dinheiro nenhum!
Oh, então você não liga muito pra dinheiro.
Poderia ser porque você está procurando por um pagamento maior
escrevendo um livro?
Luther neutralizou o atendente pelo menos.
O promotor não pode provar que ela parecia calma ou roubou o dinheiro.
Sim. Mas dê uma olhada no júri.
Então a faca entrou de baixo para cima
e foi até atrás da costela.
Na sua opinião essa é uma ferida consistente com legítima defesa?
Não.
Não havia marcas no tecido em volta do furo.
Se tivesse havido uma briga,
eu esperaria ver algumas marcas.
Ele está fazendo parecer que ela permaneceu na frente dele
e enfiou a faca de propósito.
Obrigada, Doutor. Sua testemunha.
O jeito que você demonstrou isso ao júri,
fez parecer que ela estava de frente para ele,
permaneceu imóvel, e esfaqueou ele de propósito.
Baseado no ângulo da faca, isso pode ser o que aconteceu.
Ou pode não ser.
Vêem isto?
Que conste nos autos que isso é um modelo de cavidade torácica
exatamente igual ao que o promotor usou.
Agora, é possível que ele estivesse se afastando dele
quando a faca entrou?
Qualquer coisa é possível, eu acho. Mas eu não vejo como.
Precisaria de muita força na mão
para conduzir a faca tão profundamente dentro do tórax dele,
especialmente se um deles estivesse se afastando.
Gostaria que minha colega me ajudasse com a demonstração.
Agora, vamos assumir que minha cliente pegou a faca numa briga
e a segurou desajeitadamente pelo final do cabo.
E então Stein a atacou diretamente
enquanto ela tentava fugir.
E ela balançou a faca atrás de si mesma...
em um esforço desesperado para mantê-lo afastado.
Olhe para o angulo da faca.
É exatamente consistente com seu laudo
e com um golpe de legítima defesa.
Nada mais, excelência.
Depois que Luther Graves acabou com o atendente do hotel,
Tom Nicholson mostrou por quê ele é um excelente advogado criminal.
Deus, aquela mulher ama você, Tom. É embaraçoso.
- Ei, não fui eu quem saiu com ela. - Você sempre vai trazer isso à tona?
O que nós fizemos não foi um encontro.
Nós não podemos colocá-la no banco das testemunhas.
Alden, que diabos aconteceu?
Não sei o que me deixa mais furiosa.
Eu não ter praticado a reconstituição com mais força
ou não ter conseguido obter a verdade de Ann.
Ela não poderia ter apunhalado do jeito que falou.
Coloquei a faca do jeito que ela disse
- e senti como se tivesse quebrado minha mão. - Mas você nem estremeceu.
Você teria estremecido?
Nós temos que te levar a um médico.
Não, não até o julgamento acabar. Eu não quero que ninguém veja.
Você imagina o que Keller faria se ele souber?
Sabe, Ann não tinha nenhuma contusão na mão
na noite em que veio aqui. Eu apertei a mão dela. Ela estava bem.
Se Keller notar que ela não tinha nenhuma contusão,
colocá-la no banco de testemunhas seria colocá-la em uma armadilha.
Se ela está mentindo, não podemos colocá-la no rol.
- O júri certamente perceberá. - Ela tem que testemunhar.
Você nem ao menos pode alegar legitima defesa
se o réu não testemunhar isso.
Eu preciso de mais de uma noite para deixá-la preparada.
Ela entra no rol de testemunhas pela manhã
e convence o júri que foi legitima defesa
ou ela vai para cadeia. Depende dela.
E você, você precisa fazer isso acontecer.
Ei.
Você tem muitos hábitos idiotas.
Não tem?
Fumar, fazer besteiras,
mentir para seus advogados.
Você tem que acreditar em mim.
Foi legítima defesa.
Se você segurou a faca do jeito que você disse que segurou,
sua mão teria ficado assim.
Não ficou.
Você não estava se afastando dele quando o apunhalou.
Você estava parada bem em frente a ele.
Tudo que temos é a sua história. Mas se você só conta uma parte dela
porque está envergonhada ou assustada ou confusa,
o júri irá achar que você está mentindo.
E eles vão te punir por isso. Vão condenar você.
Está na hora de contar a verdade toda, seja ela qual for.
Não temos tempo para nada mais.
Temos que te preparar para o testemunho.
Temos que te colocar na frente do júri simulado hoje a noite.
- Nós terminamos um mês atrás. - Não use "terminamos".
"Terminamos" sugere que você teve um romance com ele.
Você não teve, teve?
Nós transamos.
Eu não lembro quantas vezes.
Não era um caso.
Eu queria que fosse.
Queria pensar que significava mais para ele
porque significava mais para mim.
Se ele me ligasse tarde da noite,
eu iria para onde ele dissesse.
E... transaríamos.
- E então ele parou de me ligar. - Por que ele parou de te ligar?
Eu não sei.
Por quê?
Por que ele parou de te ligar?
Lenny descobriu que esse outro homem me deu uma bolsa cara.
Continue. Estamos escutando.
Eu implorei para ele me ver de novo...
o que foi muito humilhante.
E finalmente, naquela noite, ele disse que queria me ver.
Que me levaria a uma festa
porque o outro encontro dele tinha sido cancelado.
De quem foi a idéia de ir ao hotel?
De quem foi a idéia?
Foi minha.
Eu só queria ficar sozinha com ele.
Por quê?
Para eu poder convencê-lo a deixar sua esposa.
Nunca tive um namorado no colégio.
E eu então eu vim para cá e comecei a aparecer...
e a começar a sair.
Ele foi a primeira pessoa com a qual eu transei.
E eu sempre pensei que...
porque ele me disse que...
que deixaria sua mulher.
Eu queria que ele se casasse comigo.
Você transou com ele naquela noite, Ann?
Não, naquela noite, não.
Nós temos um registro do exame médico
confirmando isso, senhor.
Eu disse a ele que poderíamos transar.
E então ele riu de mim...
e me chamou de prostituta...
por sair com esse outro homem.
Eu tentei sair.
Ele...
Ele ficou mal humorado. Ele ficou fora de controle.
E... ele me agarrou e me jogou no chão.
A defesa exibe a 55 e 56...
mostrando as contusões de Ann.
Eu peguei a primeira coisa que vi.
Uma faca.
Como segurou a faca?
Aconteceu...
Aconteceu tão rápido, e estava tão assustada...
que eu não... eu não me lembro exatamente como eu a segurei...
ou se estava me afastando ou não.
Eu queria poder lembrar o que aconteceu...
porque eu sei que me ajudaria, mas...
tudo que eu sei é que...
ele estava vindo até mim...
e a faca entrou nele.
Sinto muito.
Argumentações finais
Pessoas inocentes não fogem.
Pessoas inocentes vão para a polícia.
Ela admitiu matá-lo.
Ela só não quer ser condenada por isso.
Ela não fugiu.
Ela foi ver um advogado.
Não usem isso contra ela.
Essa foi a coisa mais inteligente que ela fez naquela noite.
É o que você teria dito para ela fazer
se ela fosse sua irmã, não é?
Era o que eu teria dito para minha irmã fazer.
Procure alguém que possa te dizer como cuidar disso...
alguém que possa te dar bons conselhos.
E Deus me livre...
se minha irmã se encontrar num quarto de hotel...
com um homem como Stein.
Talvez Ann tenha feito algumas decisões ruins em sua vida.
Mas não a declarem culpada por isso.
Isso foi uma tragédia.
Isso não foi um homicídio.
O júri no caso Stein está de volta,
mas não com um veredicto.
Depois de nove dias de debates,
duas perguntas surgiram.
Primeira: o júri pediu
que o testemunho da defesa seja relido.
Segunda pergunta.
O júri pediu para visitar o quarto do hotel.
Certo, queremos que o júri vá ao quarto de hotel, ou não?
Não, não queremos que eles pensem muito
sobre os detalhes no quarto.
Que detalhes? Por que eles querem ver o quarto?
Pra jogar seguro. No tribunal, a regra é...
se não sabe o que fazer, não faça nada.
O que não queremos é que eles leiam o testemunho dela de novo.
Por que? Eu falei a verdade.
É o relator do tribunal que relê o testemunho.
Qualquer impacto emocional que você deu a ele, nós perdemos.
Se o testemunho der certo na primeira vez...
você nunca deixa o júri ouvir de novo.
Então, se quiserem lê-lo de novo...
isso não quer dizer que eles não acreditam em mim?
Não, pode ser só um jurado.
As perguntas do júri não vêm do júri todo.
A maioria das vezes, vem de um só.
Tom, eu trabalhei com o Keller no escritório da Promotoria.
Ele é teimoso.
Ele nunca vai aceitar algo que pensa que você quer.
Faça-o lutar e então entregue-o.
Olhem isso.
Certo, olhe...
queremos que eles ouçam o testemunho de novo.
Queremos uma releitura.
Esqueça.
E o hotel?
Claro que queremos!
Então, estamos nos opondo nos dois.
Tudo bem, se você se sente assim.
Sem ajuda para o júri no caso Diggs.
Seja lá no que estiverem confusos,
vão ter que tentar adivinhar.
Por que diabos está demorando tanto?
Ou foi legítima defesa ou não foi, qual é o problema?
Deveria tê-la pressionado mais pela verdade.
Continuei achando que ela estava mentindo
porque isso é o tipo de coisa sobre a qual eu mentiria.
Olha, eu sei que quer ganhar, mas...
não minta na sua conclusão novamente. Não vale a pena.
Sua irmã?
Você não tem irmã.
Eu tinha.
Ela morreu antes de eu me tornar advogado.
Ela tinha a idade de Ann.
De qualquer jeito, eles terão que falar, certo?
Claro.
E então podemos falar com o Ron para nos deixar...
Apelar? Somos uma firma de advogados.
Se alguém quer apelar,
deve contratar Meserau ou Geragos.
Eles sim recorrem das decisões de vez em quando.
Mas nós? Nunca. De qualquer jeito, não vai haver apelações.
A corte está chamando.
O júri está de volta com o veredicto.
Para a alegação dessa acusação...
nós, o júri, declaramos a ré, Ann Diggs...
inocente.
Nós marcamos com a garota? Ann?
Consiga que ela venha hoje.
Semana que vem ninguém lembrará mais dela.
Muito obrigada.
Tem algo que posso fazer pra você?
Comece a namorar garotos da sua idade.
A morte de Lenny Stein