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Inverno de 1240.
Um terr�vel pecado vai acontecer no meio de uma agitada pra�a de mercado.
Uma crian�a inocente � exibida perante a multid�o.
Segundos depois ela est� morta.
Um pequeno cad�ver jaz no ch�o,
com os miolos espalhados nas pedras do Cruzeiro.
N�o muito longe desta barb�rie, 60 homens presenciam outro torpe homic�dio.
Conhe�a Alexander II, o rei dos escoceses.
Setenta anos depois, as costas est�o esfoladas pelo odiado cl�rigo ingl�s.
Conhe�a o homem que teve seu cintur�o feito com pele,
William Wallace.
Rebelde. Fugitivo.
Esta � a hist�ria de dois homens implac�veis.
Alexander II vai forjar a Esc�cia com sangue e viol�ncia.
E William Wallace far� a resist�ncia contra o rei da Inglaterra,
o martelo na consci�ncia dos escoceses.
Epis�dio 2 - O martelo dos escoceses
Transcription by Nephilim.
Este � o rio Tay, ao norte de Perth.
Ele atravessa Scone, antigo local de coroa��o dos reis escoceses.
Em dezembro de 1214, um rapaz de 16 anos, viajou atrav�s deste rio at� Scone.
Seu idoso pai, William The Lion, havia falecido na noite anterior,
agora seria um novo tempo para a "House of Dunkeld".
Este adolescente temperamental seria o pr�ximo rei da Esc�cia.
Alexander II.
Alexander era descendente de uma poderosa dinastia de reis,
conhecida como "The Canmores",
uma fam�lia, que por gera��es, lutava para manter a linhagem
e o reino.
Alexander II era o �nico filho homem,
destinado � grandeza desde cedo.
Mas ele ainda n�o era "Alexandre, o Grande".
O reino que ele herdou era menor do que a Esc�cia de hoje.
Era como uma colcha de retalhos de povos e l�nguas bem diferentes.
Ao norte, os condados de Caithness e Sutherland.
A oeste, os ga�licos das Ilhas H�bridas e Uist.
Ao sul, o independente reino de Galloway.
Mas a Inglaterra era mais poderosa do que todos eles.
E por quase 200 anos, os ingleses diziam que o Reino da Esc�cia lhes pertencia.
Os ingleses eram os senhorios.
Diziam que �ramos todos ga�licos,
n�o importando as nossas diferen�as.
Os primeiros Canmores dan�avam conforme a m�sica, servis � superioridade inglesa.
Mas subservi�ncia n�o era o estilo de Alexander.
E para Alexander, ele se considerava igual ao rei ingl�s.
Chame isso de imprud�ncia ou impertin�ncia, mas ele estava
em uma miss�o para libertar seu reino da soberania inglesa.
Mas Alexander tinha um problema.
Se quisesse libertar a Esc�cia, deveria antes resolver
uma disputa com o rei da Inglaterra.
Rei John I "Lackland" (Jo�o Sem Terra).
Nort�mbria, C�mbria e Westmorland eram territ�rios reivindicados
por ambos os reis da Inglaterra e Esc�cia.
Para resolver a quest�o, o pai de Alexander concedeu dinheiro
e duas de suas irm�s ao rei ingl�s.
Todavia John quebrou o acordo.
Ent�o Alexander resolveu tomar de volta
o que era seu por direito.
Alexander n�o era o �nico rancoroso contra o rei John.
Havia uma longa fila de bar�es ingleses descontentes.
E a maior queixa era que o rei John os sugava completamente,
sempre requerendo dinheiro para financiar a sua guerra na Fran�a.
Em protesto, eles elaboraram um tratado com mais de 60 cl�usulas.
O documento ficou conhecido como "Magna Carta".
Os Bar�es colocaram o pedido de Alexander no fim da lista.
Cl�usula 59, a promessa de fazer valer o direito de Alexander II, rei dos escoceses.
N�s agiremos em rela��o a Alexander, restituindo-lhe suas irm�s, demais ref�ns,
seus privil�gios e direitos, da mesma forma como fizemos aos nossos bar�es...
O rei John n�o tinha op��o, a menos que concordasse com as exig�ncias impostas.
Em 15 de Junho de 1215 ele outorgou a Carta.
Logo, o rei passou a ignorar todos os pontos do documento.
Foi o suficiente.
Os Bar�es decidiram se livrar do rei John,
jogando a Inglaterra numa guerra civil.
Uma excelente oportunidade para agir.
A chance de recuperar as fronteiras, as quais eram suas por direito.
Assim, ele invadiu o norte da Inglaterra,
cercando os castelos de Newcastle e Carlisle.
Este jovem e impaciente administrador.
Alexander n�o era um novato no campo de batalha.
Apesar da tenra idade, desde os 14 anos j� liderava o ex�rcito de seu pai.
Ap�s detonar os rebeldes ga�licos no norte da Esc�cia, ele ganhou o respeito de seus homens.
Dois anos mais tarde, Alexander ganhou o respeito dos bar�es ingleses, ao desafiar o rei deles.
Agora, com o rei John na defensiva, os bar�es no norte da Inglaterra,
mudaram de lado e fizeram um pacto com Alexander.
No dia 11 de Janeiro de 1216, na Abadia de Melrose,
os bar�es do norte decidiram jurar lealdade ao rei daquelas terras.
E aquele rei era o rei da Esc�cia.
No tocante a Alexander, agora os bar�es do norte acederiam a ele.
As fronteiras disputadas eram dele. Ele havia vingado seu pai.
Enquanto Alexander apertava o cerco ao norte, os bar�es ingleses do sul
se uniram aos seus inimigos, os franceses.
E instaram com o pr�ncipe Louis VIII para que tomasse a coroa inglesa.
Ele acabou aceitando.
Na primavera de 1216, o ex�rcito franc�s partiu para a Inglaterra.
Aproveitando-se do momento, Alexander resolveu fazer um acordo com os franceses.
Em troca de seu apoio, Alexander pressionaria Louis para que este
reconhecesse como escocesas as terras disputadas ao norte.
Em um golpe, a soberania inglesa seria posta � prova.
Ent�o ele fez algo incomum.
Marchou com todo seu ex�rcito para Dover.
Ele encontrou pouca resist�ncia durante sua jornada e uniu for�as com o ex�rcito franc�s,
sitiando o castelo de Dover.
A chave para entrar na Inglaterra.
Em todas as guerras inglesas, jamais um rei escoc�s havia ido t�o longe.
Foi um feito extraordin�rio.
Alexander deveria ter-se regozijado,
pois tinha 17 anos e estava prestes a conquistar sua maior ambi��o.
Ele seria dono da metade da Gr�-Bretanha.
Mas, ent�o, o destino foi cruel.
Morre o rei John.
Deveria ter sido uma excelente not�cia.
Mas, com John fora do caminho, a ajuda dos bar�es esvaeceu.
Os bar�es que se opunham ao rei John, agora migravam para o lado de seu filho,
o novo rei Henry III.
Tanto Alexander como Louis VIII, haviam superado suas conveni�ncias.
Os bar�es ingleses desfizeram o pacto.
Houve um novo acordo para Alexander,
malogrando todas as suas grandes ambi��es.
Henry III reedita a Magna Carta, anulando as inten��es de Alexander,
e, apesar dos protestos, puxaram mesmo seu tapete,
sendo deixado sozinho ao relento.
E ficou ainda pior.
O Papa se vira para Henry III.
Alexander encontrou-se excomungado.
O poder da igreja escocesa foi suspenso.
De volta � estaca zero.
� isso.
O Papa castigou-o como um filho rebelde, ordenando ao adolescente
que devolvesse suas aquisi��es inglesas e mais, que reverenciasse o novo rei,
um menino ingl�s de 9 anos.
Em Northampton, 19 de Dezembro de 1217, Alexander desprovido de aliados,
prestou homenagem ao rei Henry III.
Sua tentativa de governar o norte da Inglaterra havia terminado.
Derrotado, Alexander retorna para a Esc�cia.
Com a autoestima em baixa,
ele foi � Abadia de Arbroath, para homenagear seu pai William,
que tamb�m falhou em reaver os territ�rios do norte.
Alexander aprendeu uma li��o na guerra contra a Inglaterra.
Os bar�es eram ingleses e n�o escoceses.
Eles haviam escolhido Henry como seu rei, n�o Alexander.
Os bar�es ingleses sabiam instintivamente quem era seu rei.
Mas os nobres escoceses saberiam quem era o deles?
Os nobres escoceses se dividiam entre duas fac��es poderosas.
No sul da Esc�cia, onde dominavam os descendentes das fam�lias dos Normanos,
que foram convidados a se assentarem ali pelos primeiros reis Canmore.
Eles constru�ram diversas abadias e catedrais, alterando a cara da Esc�cia,
transformando-a num reino com um visual mais europeu.
No norte, ficavam os territ�rios dos poderosos ga�licos Earls,
cujos antepassados haviam forjado o reino da Esc�cia.
Mas estes senhores ga�licos foram rejeitados pelo pai de Alexandre,
em favor dos Normanos.
Os antigos aliados se marginalizaram. Antes, ajudaram a formar o reino.
Agora, eles queriam se separar.
Os lordes normanos de origem francesa obtinham t�tulos de chanceler e comandante.
Um cronista da �poca escreveu,
"Os modernos reis da Esc�cia portam-se como franceses, na estirpe, nos costumes,
na fala e na cultura. Eles se mant�m franceses no domic�lio,
reduzindo os escoceses � servid�o absoluta."
Alguns nobres ga�licos adotaram o estilo normano.
Outros retornaram para suas pr�prias terras.
Al�m do alcance do rei da Esc�cia.
As terras semi-independentes de Galloway, Argyll, Ross, Sutherland e Caithness,
por vezes, submissos ao rei da Esc�cia, �s vezes n�o.
E muito al�m, uma inc�gnita completa para Alexander,
as Ilhas H�bridas e �rcades, todas dominadas por um reino hostil.
Noruega.
Quanta confus�o, era demais para Alexander.
Ele jamais faria suas reivindica��es aos ingleses at� que todos os escoceses o reconhecessem como rei.
Era a hora de uma nova abordagem, e um novo acordo.
Alexander decidiu compensar entre a inova��o normana e a tradi��o ga�lica.
Na sua nova Esc�cia, tudo iria prosperar.
Ele requisitou o apoio dos senhores da guerra ga�licos.
Em troca de algumas promessas, eles prometeram lutar na sua guerra.
Eles o ajudariam a conquistar a Esc�cia.
Territ�rio por territ�rio.
O primeiro *** veio do norte.
Quando os homens de Caithness queimaram vivo um dos bispos de Alexander.
Alexander respondeu prontamente.
Em Ross, desafiantes � sucess�o de Alexander se rebelaram.
Em resposta, os senhores da guerra deram a cabe�a do l�der a Alexander.
No oeste, Alexander varou os grandes vales (great glen).
E al�m das ilhas, atacou as terras do rei noruegu�s.
Miseric�rdia e compaix�o nunca foram os pontos fortes de Alexander.
O homem que reinaria a Esc�cia, revela-se totalmente cruel,
a partir do momento em que ele partiu para subjug�-la.
Um exemplo de qu�o longe ele iria para garantir sua realeza foi sua atitude contra uma menina.
Viva, ela poderia reivindicar seu lugar no trono.
Aos olhos de Alexandre, ela era uma amea�a mortal.
Ele n�o se arriscaria.
A crian�a era um parente distante da linhagem Canmore.
Seu destino foi registrado por uma cr�nica.
A filha que n�o teve muito tempo ap�s deixar o ventre de sua m�e.
Inocente como era, foi morta � vista de todos no mercado.
Sua cabe�a foi esmagada contra o corpo, expulsando seu c�rebro.
Alexander j� tinha o que queria.
Sua morte eliminou a �ltima amea�a � coroa escocesa.
Este ato terr�vel e chocante seria lembrado por v�rias gera��es.
E esse foi o ponto, alto e claro, como o rei da Esc�cia queria ser conhecido.
Isso � o que vai acontecer a qualquer um que cruzar o meu caminho.
Por mais que seja jovem e inocente.
Contudo, tais a��es produziram alguns resultados.
Fatos in�ditos haviam acontecido.
As conquistas de Alexander n�o s� trouxeram a paz, como algo muito mais perene,
um povo, um reino.
Agora, todos estavam sujeitos a um s� rei.
E todos reconheciam um s� povo, os escoceses.
Alexander havia restaurado este intr�pido povo.
Destarte, o rei Henry III demarcou as fronteiras pela primeira vez em 1247.
Psicologicamente, foi um grande passo.
Agora, os escoceses viam que esta � a Esc�cia, e aquela � a Inglaterra.
E n�s somos diferentes.
Os 45 anos do reinado de Alexander terminou no dia da sua morte em 8/7/1249.
Seu reino estendia-se de Caithness ao norte at� Southway Firth ao sul.
Este foi o legado de Alexander II.
Ap�s sua morte, a Esc�cia tornou-se um reino mais forte do que na Era de Ouro.
Seu filho, Alexandre III, herdou a robustez familiar.
Bons tempos, a Esc�cia prosperava e a cultura florescia.
A Inglaterra agora percebia a Esc�cia.
Os lordes escoceses substitu�ram suas reivindica��es por ofertas de casamento.
E assim aconteceu no Natal de 1251.
Alexandre III, rei da Esc�cia, casou-se com a princesa Margaret, da Inglaterra.
Uma exibi��o de riqueza e poder.
E a mensagem era clara,
os escoceses queriam ser vistos como parceiros, um reino igual.
Quem o precedeu foi o irm�o de sua esposa.
O jovem pr�ncipe Edward I (Longshanks). Herdeiro do trono da Inglaterra.
Este menino de pernas longas e olho azul, era a s�ntese de um pr�ncipe ingl�s.
Mas um olhar mais afiado poderia ver al�m da imagem.
A vida deste menino seria derradeira.
Edward apreciava a viol�ncia.
O cronista Martin Paras, famoso por retratar o jovem pr�ncipe,
ou um dos seus seguidores, decepando a orelha de um homem e vazando seus olhos.
Paras questionava, "Que tipo de rei n�s criamos?"
"Se ele faz essas coisas quando est� de bom humor, imagina quando estiver irritado?"
Edward crescia como um guerreiro descomunal e habilidoso.
Ele saciou seu desejo de guerra, ao encabe�ar a cruzada � Terra Santa.
Em seu retorno, virou um her�i, o maior soberano da Inglaterra.
Mas enquanto a vida de Edward I virava hist�ria,
a vida de Alexandre III tornava-se uma aut�ntica trag�dia.
No espa�o de nove anos, Alexander perdeu sua esposa e seus 3 filhos.
A dinastia Canmore estava desaparecendo.
Edward estava abismado.
Ele enviou uma carta de p�sames ao seu cunhado.
Alexander respondeu a carta com certa hostilidade.
"J� temos tudo para consolar nossas tristezas,
ao vermos a morte levando nossos entes queridos,
mas vamos nos unir eternamente, segundo a vontade de Deus,
com afeto indissol�vel."
Ent�o, em 1286, Edward soube de outra morte, Alexander.
O rei escoc�s havia acabado suas tarefas em Edimburgo,
e estava louco para viajar 45 km e cruzar o Kinghorn,
para se encontrar com sua nova esposa.
Seus conselheiros imploraram-lhe para n�o ir, pois era uma noite escura e tempestuosa.
Mas os avisos n�o foram deferidos, e, em algum lugar perto daqui,
Alexander separou-se da sua comitiva e acabou caindo do cavalo.
Acharam seu corpo na praia pela manh�, com o pesco�o quebrado.
Edward lamentou a morte de seu cunhado, derramando l�grimas de crocodilo.
Pode estar relacionado � Fam�lia Real da Esc�cia.
Seu pai pode ter reconhecido a soberania escocesa,
mas Edward era descendente de uma longa linha de reis ingleses que clamavam a vassalagem.
A reivindica��o de Edward n�o era � toa.
O futuro do reino estava por um fio.
Na linha de sucess�o ao trono escoc�s, havia a neta de 3 anos de Alexander
e sobrinha-neta de Edward, Margaret I, conhecida como a Donzela da Noruega.
Era a �ltima da dinastia Canmore.
Seu casamento com o filho de Edward foi arranjado prontamente.
Segundo o desejo de Edward, assim que selassem o casamento, a Esc�cia seria dele.
A l�gica era simples, as mulheres medievais eram propriedades dos homens.
O que elas possu�am, logo pertenceriam aos maridos, no caso, o filho do Edward.
Por�m, em 1290, a menina morre a caminho das ilhas �rcades.
Foi o fim da dinastia Canmore.
A Esc�cia ficou destitu�da de uma fam�lia real.
Para Edward, este foi um ato da Divina Provid�ncia.
A sucess�o estava irresol�vel, pois havia dois contendores.
John Balliol e Robert Bruce vinham de duas das fam�lias mais poderosas escocesas.
Ambos tinham um poderio militar para apoiar a inten��o de cada um.
A Esc�cia estava dividida.
Os guardi�es eram os respons�veis em gerir o reino escoc�s na aus�ncia de um rei.
Mas eles precisavam da ajuda de um �rbitro.
Um �rbitro imparcial, amistoso e com experi�ncia.
Algu�m que inspirasse respeito.
Quem mais, sen�o o rei Edward I?
Um monarca respeitado internacionalmente e mestre em direito.
Al�m do mais, a rela��o entre os dois reinos era amig�vel e Edward era da fam�lia.
N�o havia raz�o para duvidar dele.
Edward convocou uma elei��o.
Em 6 de Maio de 1291, para decidir o futuro do trono escoc�s,
escolheram o lado ingl�s do rio Tweed, logo ali.
Os escoceses sentiram cheiro de rato. O futuro da Esc�cia decidido na Inglaterra.
N�o estava certo.
Os escoceses se detiveram no lado escoc�s do rio. Houve um impasse.
N�o demorou muito para Edward revelar sua cor favorita.
Sua verdadeira inten��o.
Ele mandou um recado para os escoceses que a elei��o n�o iria come�ar
at� que os guardi�es e os reivindicantes ao trono da Esc�cia reconhecessem
sua posi��o como lorde supremo da Esc�cia.
Os escoceses ficaram atordoados.
60 anos de paz e agora isso?
Eles n�o iriam desistir da autonomia duramente conquistada.
Um dos seis guardi�es era o bispo Wishart de Glasgow.
Um bispo poderoso e convencido.
Um buldogue.
Fiel ao estilo, ele enviou a resposta em pessoa ao rei,
"O reino escoc�s n�o foi criado para homenagear ningu�m. Apenas Deus."
Edward revoltou-se com tais palavras desafiadoras.
Como Bruce e Balliol eram os �nicos reivindicantes, Edward decidiu mudar as regras.
Ele criou mais 11 reclamantes das principais fam�lias de nobres
e esclareceu que, quem n�o reconhecesse sua soberania seria eliminado da competi��o.
Os escoceses foram logrados.
Se Bruce e Balliol quisessem o reino da Esc�cia, eles deveriam concordar com os termos de Edward.
Havia agora 13 reclamantes ao trono.
Junto com os guardi�es da Esc�cia, jurariam fidelidade ao rei Edward,
aceitando-o como soberano supremo do reino escoc�s.
Edward conseguiu o que queria.
Significava que nenhuma diferen�a faria para aquele que fosse escolhido.
Ele j� tinha todos os reclamantes em sua subservi�ncia.
No fim, John Balliol emerge como herdeiro do trono.
Edward era muito astuto.
Ele era o soberano da Esc�cia e nenhuma gota de sangue havia sido derramado.
O maior receio de Wishart aconteceria diante dos seus olhos.
Era pecado suficiente.
N�o sendo mais um guardi�o, Wishart retornou a Glasgow.
O novo rei da Esc�cia, Balliol, juraria fidelidade a Edward e ao seu reino.
Outra vez.
A autoridade de Edward era total.
Podia fazer o que quisesse e ele fez.
Em 1294, Edward exigiu que as tropas escocesas lutassem contra a Fran�a,
conclamando Balliol para a guerra.
O rei da Esc�cia fazendo servi�o militar para o rei da Inglaterra?
Intoler�vel.
De um s� golpe, as conquistas dos Canmores, a forma��o da Esc�cia
como uma entidade distinta estava em perigo.
Era hora de agir.
Bispo Wishart e demais l�deres atentaram que Balliol n�o era p�reo para Edward.
No parlamento em Stirling, debateram sobre o que fazer com Balliol.
Wishart n�o hesitou e sua vis�o radical prevaleceu.
Uma nova tutela foi estabelecida.
Um conselho de 12 homens foi formado para executar suas inten��es no lugar de Balliol.
Balliol seria reduzido a um papel figurativo
como monarca escoc�s.
Assim, os reais governantes da Esc�cia combateriam Edward.
Wishart prop�s duas tarefas ao conselho.
Negociar um tratado com a Fran�a, e preparar o pa�s para a guerra.
A Fran�a era inimiga de Edward.
Um apoio militar por parte deles significaria que haveria uma chance contra Edward.
Em 1295, uma delega��o vai de Stirling at� Paris, para negociar um tratado com o rei.
Os termos eram simples.
Se Edward atacasse a Fran�a, os escoceses lutariam contra os ingleses.
Se os escoceses fossem atacados, a Fran�a daria apoio.
Os franceses concordaram.
Quando Edward foi a guerra contra a Fran�a em 1296, os escoceses retaliaram prontamente.
O atilho foi aceso.
Wishart esperou o revide inevit�vel de Edward.
E veio.
Em 1296, o ex�rcito ingl�s se voltou contra a Esc�cia.
Edward n�o era um homem de fazer as coisas pela metade.
Enviou 14.000 soldados ao norte.
A for�a parou em Berwick-upon-Tweed.
Perto do fim da P�scoa, Edward cruzou o rio Tweed.
As fr�geis fortifica��es n�o ofereceram resist�ncia.
O que se seguiu foi um dos piores massacres na hist�ria brit�nica medieval.
Durante 2 dias, jorraram rios de sangue.
Irado, Edward mandou executar 7.400 almas de ambos os sexos.
Uma azenha poderia ter sido usada com tanto sangue � disposi��o.
Apesar da rendi��o da guarni��o local, Edward preferiu abater a popula��o da cidade.
A orgia de viol�ncia s� chegou ao fim mediante os protestos do clero local.
Mas Berwick foi apenas um aquecimento.
A reputa��o de Edward o precedia,
enquanto cruzava as terras escocesas.
Ap�s derrotar o grande, mas inexperiente ex�rcito em Dunbar,
a resist�ncia contra Edward, enfraquecia, caindo um castelo atr�s do outro.
A maior parte dos nobres escoceses foram capturados e presos.
Era o fim.
Agora Edward queria a cabe�a de quem ele julgava ser o culpado, John Balliol.
Uma ovelha no meio de lobos.
Balliol levou 8 dias para negociar a sua rendi��o.
N�o foi uma surpresa.
Pois ele devia muitas explica��es. Edward estava irado,
Balliol havia agido ilegalmente.
Ele era homem de Edward e, mesmo assim, conspirou com franceses contra os ingleses.
Ele era um vassalo faltoso, e deveria ser punido,
junto com os demais, se recusassem a submiss�o.
Mas Edward queria mais do que uma simples rendi��o.
Ele queria um show.
Durante o desfile perante Edward, Balliol foi expelido de seu cargo.
A ins�gnia real foi arrancada de sua roupa.
O que lhe valeu o cruel apelido de "toom tabard ", ou "casaco vazio".
Um "rei-ningu�m".
Humilhado, Balliol foi enviado para a Torre de Londres e depois para o ex�lio na Fran�a.
N�o satisfeito em humilhar um homem, Edward saqueia o pa�s.
Ele descascou a Esc�cia, metodicamente, de todos os seus s�mbolos de soberania.
A capa negra de Santa Margarida, a personalidade mais venerada da Esc�cia.
A Pedra de Scone.
A pe�a central na coroa��o dos reis escoceses.
Nos meses que se seguiram, Edward decidiu fazer um tour no seu reino rec�m-conquistado.
Mas n�o era uma viagem de turismo.
Cidades, par�quias e castelos.
Edward for�ou os nobres escoceses a concordar com o novo regime.
Pondo seus nomes no que se tornou o documento mais infame da hist�ria escocesa.
A Lista de Ragman.
� uma lista dos nobres escoceses que prestariam homenagem a Edward I da Inglaterra, em 1296.
Cont�m cerca de 100 nomes.
Qual o seu conte�do?
Basicamente que deveriam prestar homenagem a Edward I, que havia derrotado os escoceses
na Batalha de Dunbar, ent�o, agora, ele era o rei da Esc�cia,
e teriam de aceit�-lo como senhor e mestre.
Quem s�o os mais famosos?
Um time completo de nobres, requerentes ao trono, a Casa de Balliol, de Bruce,
os Stuarts, diversos bispos, inclusive Robert Wishart,
leais cavaleiros e outras pessoas que tinham propriedades na Esc�cia.
Mas n�o h� somente nomes de nobres e bispos que aparecem no rolo de Ragman.
Todos os escoceses, religiosos e pol�ticos, foram for�ados a firmar suas chancelas de submiss�o.
A Esc�cia n�o tinha um rei.
Abatidos e quebrados, o inverno de 1296 foi um dos mais negros do pa�s.
Edward arrendou a Esc�cia e recome�ou o que havia parado.
A guerra contra a Fran�a.
Ao cruzar o Tweed de volta para a Inglaterra, ele disse "um homem faz um bom trabalho quando se livra da merda."
Mas na pressa de se livrar da Esc�cia, Edward se esqueceu de uma coisa.
A Esc�cia nunca havia sido totalmente governada por um rei ingl�s.
Quando Edward ordenou aos escoceses que lutassem contra a Fran�a, ficaram insatisfeitos.
Quando Edward imp�s taxas aos escoceses, estes se rebelaram.
Alexander II deu aos escoceses um reino coeso, com uma fronteira.
Um senso de quem eles eram.
Mas tudo isso foi varrido em um espa�o de uma d�cada.
Edward j� tinha engolido o Pa�s de Gales, recrutando os galeses para o seu ex�rcito.
Agora, ele queria fazer o mesmo com a Esc�cia.
E foi a perspectiva de serem absorvidos pela Inglaterra, for�ando a lutarem
nas batalhas de Edward, que levou os escoceses ao limite.
A primeira centelha de resist�ncia come�ou pelo norte ga�lico.
Foi um pequeno ato de repto, uma simpl�ria subleva��o contra Edward.
Logo, uma mir�ade de chamas engoliria o reino e a pessoa respons�vel foi William Wallace.
Sir William Wallace.
Para muitos � o combatente da liberdade.
Para outros, um terrorista.
Ele � o her�i enigm�tico que surge do nada para libertar o seu povo.
A hist�ria de Wallace � uma lenda explanativa da identidade e o ep�tome da hist�ria escocesa.
Com toda esta mitifica��o, qual seria a palavra final sobre Wallace, o homem?
Um homem not�vel, mas um homem, no entanto.
O filho mais novo de uma data incerta, seu destino seria moldado mais pelas necessidades dos outros do que as suas.
E tudo o que o bispo Wishart precisava agora, como chefe da resist�ncia escocesa, era de tempo.
A Esc�cia estava sem l�deres.
A maioria dos nobres ou estavam na pris�o ou foram for�ados a seguir a Lista de Ragman.
Wishart n�o tinha ilus�es quando apareceu aqui, na Catedral de Glasgow.
Wallace n�o era um l�der guerreiro, mas era inteligente e tinha apelo popular.
E o melhor, daria tempo ao bispo Wishart, a fim de conclamar os nobres em Ayrshire.
Um cronista ingl�s relatou que o bispo faria com que um homem sanguin�rio, William Wallace,
que havia sido formalmente chefe de bandidos na Esc�cia, se revoltasse contra o rei,
reunindo pessoas em seu apoio. E isso foi exatamente o que Wallace fez.
Depois de matar o odiado xerife ingl�s de Lanark, s�mbolo maior do regime opressivo de Edward,
A carreira de Wallace ganha impulso.
Mas os homens que se juntaram a Wallace, n�o eram de sangue nobre.
Um ex�rcito de humildes camponeses.
O tipo de gente que j� havia sofrido nas m�os de Edward
com o a pol�tica de pesados impostos.
Se o ex�rcito de Wallace quisesse uma chance contra a feroz m�quina de guerra de Edward,
precisariam de muito espa�o e treino.
Wallace sabia que seria uma �rdua tarefa.
Seu ex�rcito usaria a t�tica do bate-e-foge.
Possu�am pouca experi�ncia no campo de batalha.
O melhor que ele poderia fazer, era disciplinar aqueles homens.
No final do ver�o de 1297, o ex�rcito de Wallace estava pronto.
Ele se uniu a Andrew Moray, filho de um nobre que havia sido bem sucedido no norte.
Juntos, eles marcharam para interceptar os ingleses.
Em Stirling.
Foi a� que os ingleses perceberam que um punhado de rebeldes virou um ex�rcito de tamanho respeit�vel.
Mas o capit�o ingl�s, Warenne, n�o titubeou. Sua cavalaria liquidaria qualquer ral� camponesa.
Para enfrentar os escoceses, os ingleses tinham de atravessar o rio Forth, parecia simples.
Fundo e impass�vel, o Forth nasce a oeste e flui para leste, quase cortando o pa�s ao meio.
Para transpor o rio, s� atravessando uma estreita ponte de madeira, em Stirling.
Wallace e Moray estavam � espreita dos ingleses.
Conheciam o local, e sabiam da import�ncia estrat�gica da ponte
sobre o rio, como porta de entrada para o norte.
Eles posicionaram o ex�rcito nas encostas de Abbey Craig, distando 1 km da ponte.
Em 11 de Setembro de 1297, os ex�rcitos se enfrentaram.
Ousado, Warenne disse que lutaria at� a rendi��o escocesa.
Wallace devolveu: "volte e conte ao seu povo que n�o viemos em busca da paz,"
"mas para a batalha, para nos defender e libertar o nosso reino."
"Que venham at� n�s e vamos provar isso em suas barbas."
A cavalaria inglesa parou em frente a ponte.
Warenne deu ordem para atravessarem-na, para que lutassem e se reagrupassem.
Ent�o, sob seu comando, eles come�aram a atravessar a ponte.
Wallace deve ter se surpreendido, pela demonstra��o de arrog�ncia e complac�ncia.
Mas Warenne n�o estava preocupado.
Ele n�o balizou o ex�rcito de Wallace. Para ele, seria um bom exerc�cio de treinamento para seus homens.
E o que eles aprenderam, foi como morrer.
Os ingleses ficaram encurralados.
N�o tinham como escapar.
Como o disse o cronista Guisborough, n�o h� de fato melhor lugar em toda a terra,
para entregar os ingleses nas m�os dos escoceses.
E tantos para o poder de poucos.
Ao cair da noite, 5.000 da infantaria inglesa e 100 cavaleiros haviam perecido.
Entre os mortos, estava o corpo do odiado tesoureiro ingl�s Cressingham. Foi esfolado vivo.
O trai�oeiro arrancou o couro dos escoceses e estes fizeram o mesmo com ele.
Wallace fez um cinto de espada com sua pele. Uma lembran�a da estupenda vit�ria.
A derrota custou caro para Edward.
O ex�rcito ingl�s, a grande m�quina de guerra que conquistou o Pa�s de Gales,
famosa por toda a Europa, havia sido derrotado.
Mas o pior foi engolir o fato de que foram vencidos por um bando de camponeses amadores.
Um ex�rcito de botas camponesas.
Foi neste momento que Edward ouviu pela primeira vez o nome de William Wallace.
Uma coisa era certa, ele jamais esqueceria isto.
Os nobres escoceses eram independentes.
Agora, eles estavam obrigados a lidar com a plebe,
fazendo desse homem, guardi�o da Esc�cia.
Moray, o nobre que comandou o ex�rcito de Wallace, teria sido o escolhido,
entretanto, ap�s sua morte na Ponte, seria imposs�vel.
Aqui na Floresta de Carluke, o bandido tornou-se Sir William Wallace, o guardi�o da Esc�cia.
Ele era o her�i do momento, por enquanto.
Mas esta vit�ria, cuja dimens�o a plebe nunca havia imaginado,
afinal, o qu� saberiam eles, de pol�tica e reis?
Mas nada disso importa no momento. O que importa foi como ela se portou
na batalha, e seu trabalho ainda estava incompleto.
Somente quando John Balliol fosse restitu�do ao poder, a Esc�cia estaria livre.
Wallace provou ser igual a Edward em diversos aspectos, exceto na pol�tica.
Ele foi brutal.
Impiedoso.
Lutou nos mesmos termos de Edward.
Jogou sujo.
A derrota na Ponte irritou Edward.
Agora, ele queria vingan�a.
Em Julho, seu ex�rcito composto pelos vencidos galeses, partiu para a Esc�cia.
� medida que Edward ia avan�ando, ele se deparava com uma paisagem desolada.
N�o havia sinal de Wallace.
Mas Edward podia ver a m�o dele em diversos pontos.
Semanas se passaram, e nada de Wallace.
Ent�o, o estratagema de Wallace tornou-se �bvio.
Sem provis�es, os ingleses come�aram a passar priva��o.
E aconteceu um estresse entre ingleses e galeses em Listone.
O ex�rcito ingl�s estava perto da desintegra��o, quando finalmente chegou em Linlithgow.
Edward percebeu que poderia desistir da guerra,
caso n�o encontrasse Wallace.
Tinha de agir logo.
Os batedores relataram que os escoceses estavam a cerca de 32 km, em Falkirk.
Edward em marcha for�ada com seus homens, caiu em cima de Wallace.
Os escoceses estavam intrincheirados.
4 shiltrons circulares como um ouri�o.
Edward teria de penetr�-los.
As tropas inglesas esperavam ver Wallace o homem, em vez de Wallace o monstro.
E Edward queria, literalmente, esfol�-lo vivo.
Claro que foi Edward que criou o monstro.
Edward conseguiu desmontar a Esc�cia.
E Wallace foi o produto daquilo.
Mas Edward n�o estava preocupado.
Tudo logo acabaria.
E acabou mesmo. Numa colina ao lado de Callender Wood.
Os arqueiros galeses de Edward iniciaram o massacre.
Dizem que os escoceses ca�ram como frutos,
quando maduros.
A cavalaria concluiu o trabalho.
Wallace abdicou de seu posto.
A Esc�cia regrediu cinco anos � custa de uma desgastante e dispendiosa luta.
Os escoceses, ent�o, perderam o apoio dos franceses.
Sozinhos, eles n�o poderiam derrotar Edward.
N�o fazia sentido seguir adiante.
A Esc�cia chegou ao limite.
Assim como Edward, que estava cansado e velho.
Estava com cerca de 60 anos, e a guerra fez um enorme buraco no seu bolso.
Ele queria p�r um fim naquela quest�o.
E, naturalmente, seria do seu pr�prio jeito.
Ele queria Wallace.
Quanto a William Wallace, disse Edward, � imperativo que ele se curve � vontade
do rei soberano.
Seria o melhor para ele.
O destino de Wallace foi selado no m�s seguinte.
No Parlamento de Saint Andrews em 1304, ele foi declarado um fora-da-lei, pelos nobres escoceses.
129 propriet�rios de terras reconheceram Edward como seu suserano.
Entre eles, estava o homem que deu origem a Wallace,
Robert Wishart, o bispo de Glasgow.
Na verdade, � um documento que concretiza a segunda conquista da Esc�cia.
E n�o h� men��o �s palavras rei ou reino.
Apenas uma certa "terra".
Quanto a Wallace, Edward lhe dispensaria um �nico tratamento.
N�o h� palavras de paz, Wallace teria de se submeter aos caprichos do rei.
Edward agiu da pior maneira poss�vel.
Ele amea�ou e chantageou os amigos de Wallace,
for�ando-os a ca�ar o fugitivo.
Finalmente, Wallace foi tra�do.
Em 3 de Agosto de 1304, acredita-se que John Mentieth o capturou perto de Glasgow.
De acordo com uma fonte inglesa, Wallace foi surpreendido em sua cama.
Na vers�o escocesa, parece que Wallace lutou energicamente, antes de ser capturado.
Tr�s semanas mais tarde, Wallace estaria aqui em Westminster Hall, perante os ju�zes de Edward.
O rei, o mestre da lei, estava determinado a acabar com a reputa��o de Wallace.
Uma coroa de folhas de louro foi colocada em sua cabe�a.
Para zombar do seu desejo de um dia usar uma coroa.
Como um fora-da-lei, ele j� havia sido legalmente condenado.
Sem pleito, sem j�ri, sem testemunhas, sem defesa.
Ele foi acusado formalmente.
Que havia cometido notoriamente assassinatos, inc�ndios, destrui��o de propriedade e sacril�gio.
Na guerra com a Inglaterra, assumiu o t�tulo de guardi�o, seduzindo os escoceses a se unirem com a Fran�a.
A acusa��o de trai��o foi uma inova��o.
Porque quando o rei diz, � lei.
Se Edward disse que ele era um traidor, ent�o ele era. Foi somente a� que Wallace falou.
Ele nunca foi um traidor, ele nunca havia jurado fidelidade a Edward.
Como a Esc�cia, Wallace foi preso pelas leis de Edward.
O resultado era �bvio.
Ele morreria como um traidor.
N�o haveria um enterro crist�o.
Sua cabe�a foi cravada na Ponte de Londres e seu corpo esquartejado,
foi enviado para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling,
como um destino reservado aos que desafiassem o rei.
O que iria ser feito de Wallace?
Qual a sua import�ncia?
O que aconteceria ap�s sua morte?
Ele se tornou uma marca registrada.
Rep�ginado, rolou nos s�culos seguintes, atendendo aos nacionalistas e sindicalistas.
700 anos depois, a vers�o de uma livre e independente Esc�cia, para qual Wallace lutou,
ainda assombra a imagina��o escocesa.
Para muitos, Wallace permanece como o maior patriota da Esc�cia.
Mas o qu� ele realmente conseguiu?
No final, Wallace havia falhado.
O rei da Esc�cia estava no ex�lio, e os nobres, no telhado.
Edward I, plantageneta e o martelo dos escoceses, havia subjugado a Esc�cia.
Voc� pode at� dizer que ele foi o trov�o das origens inglesas.
Mas, apesar da opress�o imperialista, ele subestimou o povo.
A determina��o de Edward para esmag�-los servira apenas para mostrar aos escoceses,
quem eles realmente eram.