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Quando eu vim pra cá que tanto o meu transtorno alimentar quanto a minha irritabilidade e
a minha maneira de lidar com as coisas estavam muito piores.
Então eu me cobrava muito, eu estava muito insatisfeita, foi quando eu tive crises
de automutilação e nesse período eu estava malhando também absurdamente, incontrolavelmente.
E foi aí que a primeira ajuda veio da minha personal, que já notava isso em mim: esse
comportamento de nunca estar satisfeita, nunca estar bom, mesmo estando em um peso aceitável,
com um corpo legal, eu nunca ficava satisfeita.
Foi com a ajuda dela que a gente foi até uma nutricionista, ela me indicou a nutricionista,
foi comigo na nutricionista, porque eu já vinha desmaiando nos treinos, não me alimentava,
era uma coisa crítica.
Tanto que eu não queria contar para os meus pais, porque eu já estava na residência e
eu queria continuar na residência não queria me afastar do meu ramo profissional.
Foi quando eu fui na minha nutricionista, e a gente começou um tratamento voltado para
o transtorno alimentar.
Porque é diferente tu tratar um paciente
que vai buscar um emagrecimento ou que às
vezes se olha no espelho e não está satisfeito,
mas não tem esta doença psicológica.
Do que um paciente que tem um transtorno alimentar então ela sabiamente me guiou muito com essa
reconexão que eu tive que ter com a comida.
Eu não gostava de comer.
Eu tinha essa falta de carinho com a comida, eu não via o alimento como uma coisa que
me satisfizesse.
Foi toda essa troca de mentalidade que ela teve que fazer perante o meu transtorno com
o conhecimento dela, com a nutrição.
Mas chegou um momento em que a minha bulimia
estava muito fora do controle, eu tinha crises,
até 9, 10 crises por dia.