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Aqui do meu lado você vai ver uma máscara do Charlie Chaplin girando
e tem uma ilusão de ótica muito interessante, a parte de trás da máscara que é cor de pele
ela também parece que é um rosto, você vai ver o nariz pra fora, as bochechas pra fora, é o lado convexo.
Isso aqui é bem interessante porque o cérebro humano não tá acostumado a ver o rosto côncavo, isso não existe
então a gente rapidamente faz uma interpretação errada dessa imagem,
a gente vai acabar achando que o lado de dentro, esse lado rosado,
é como se fosse um rosto diferente, diferente da imagem da verdadeira máscara do Charlie Chaplin.
Se você achou isso interessante eu vou te surpreender com uma pergunta bem rápida
aqui do meu lado você vai ver três linhas horizontais, eu quero saber qual que é a mais longa, a mais comprida?
Será que é a linha número um, a linha número dois ou será que é a linha número três?
Ignora esse 'vezinho' que tem nas pontas que faz parecer uma flecha tá,
a pergunta é apenas com relação a essa linha horizontal.
Qual delas é a mais longa?
Algumas pessoas acham que a linha comprida, a mais comprida de todas é a linha número dois,
algumas pessoas acham que é a linha número três,
e esse comprimento, essa ilusão tem muito a ver com a nossa situação financeira,
esse aqui é um vídeo sobre liberdade financeira
e antes de responder, vamos rodar a nossa vinheta.
Meu nome é Seiiti Arata da Arata Academy,
e da mesma forma que o nosso cérebro acaba se enganando algumas vezes com essas ilusões óticas
a mesma coisa acontece em outros processos decisórios de todo o dia, do nosso cotidiano
e também afeta o nosso bolso. A gente vai falar hoje de enriquecimento financeiro ao final do vídeo,
mas antes vamos voltar praquela pergunta a respeito do tamanho das linhas. A verdade é que todas as linhas
são do mesmo tamanho, olha aqui eu vou mostrar pra vocês
um 'zoom' com um colorido especial, isso aqui é a ilusão
famosa de Müller Lyer. Talvez você já tivesse conhecido antes, tá, eu mesmo já conhecia essa brincadeira
já faz tempo, mas sempre que eu bato o olho nas linhas, eu sempre... naquela primeira piscada de olhos
eu fico com a impressão que a linha número três é a maior,
da mesma forma que aquela máscara me mostra uma ilusão de ótica
eu também acabo sendo enganado, eu vejo um rosto convexo normal,
uma loucura, o cérebro, ele tem uma certa dificuldade com algumas coisas.
Esses são alguns exemplos de ilusão de ótica tá é
e a ilusão de ótica tem como eu mencionei um efeito muito importante no nosso enriquecimento financeiro
são algumas situações de erros cognitivos, nem sempre o nosso cérebro decide corretamente
então agora a gente vai pra uma coisa um pouco mais prática, ao invés dessas ilusões óticas,
vamos ver uma situação do nosso dia dia que pode afetar o nosso bolso.
Vamos supor que você quer comprar uma blusa,
tá, numa loja, a loja no lado da sua casa tá te cobrando cem reais, por essa blusa
e você fica sabendo que numa outra loja à quinze minutos
de distância da sua casa tem a mesma blusa que custa trinta reais,
ou seja, setenta por cento de desconto e aí você vai lá comprar?
Você vai dedicar os quinze minutos pra pegar o desconto, né, no outro bairro?
Muita gente iria, eu iria.
Aí uma semana depois você fica com vontade de comprar um celular novo,
aquele mais moderno no mercado, acabou de ser lançado.
A loja do lado da sua casa tá cobrando dois mil reais, tá,
um celular super moderno com todos os recursos que você quer.
E você fica sabendo que aquela loja do outro bairro,
quinze minutos de distância, tá cobrando mil novecentos e trinta reais e aí você vai até a outra loja?
Muita gente vai falar: - a não, não vou não, não vale a pena o meu tempo, não.
Mil novecentos e trinta é quase a mesma coisa, os dois mil.
Mas se a gente for analisar friamente os números,
tanto na primeira hipótese como na segunda hipótese,
são setenta reais a menos que eu tô trocando por quinze minutos
tô me locomovendo quinze minutos para ter setenta reais a menos de gasto.
O que tá mudando obviamente no caso da blusa, é o desconto é proporcionalmente maior,
mas não é diferente do caso do celular moderno, eu to economizando setenta reais a troco de quinze minutos.
Então essa psicologia de eu ficar olhando a proporção do desconto
tá me prejudicando de tomar uma decisão no mínimo coerente,
uma hora eu decido uma coisa, uma hora eu decido outra.
Tá vendo onde que a gente tá chegando nesse vídeo? Amarrando as pontas, né.
As percepções do nosso cérebro nem sempre são adequadas,
a gente vai cometer muitos... a gente comete vários erros
que prejudicam a nossa saúde financeira. E agora eu quero te dar uma outra charada, que é a seguinte,
imagina que eu sou professor universitário numa faculdade de psicologia e eu tenho uma equipe de pesquisadores, tá,
a gente trouxe cem voluntários brasileiros pra fazer um experimento de mapeamento de personalidade.
Desses cem brasileiros, tá todos voluntários, trinta são formados em Ciências da Computação são programadores,
setenta são formados em Direito, são advogados, ok.
Então minha equipe tá entrevistando cada um deles, fez anotações numa ficha de papel tá,
cada um dos trinta programadores, dos setenta advogados tiveram aí o resultado anotado,
eu fiquei com um caixote com cem fichas anotadas, uma ficha pra cada participante.
Eu puxei uma ficha aleatória e vou te ler a seguinte descrição presta atenção.
Wesley tem vinte e oito anos, ele é solteiro, ele mora em São Paulo,
tem um metro e setenta de altura, pesa cinquenta quilos, ele é magro, ele usa óculos.
Wesley é um cara tímido, ele é um cara organizado,
ele gosta de tudo bem arrumado, de coisas estruturadas que fazem lógica.
Ele é bem detalhista, ele tem uma ótima memória
e o Wesley ele não gosta de esporte, ele não gosta de política, ele ama é apaixonado por ficção científica
passa horas e horas na internet.
Aí a minha pergunta pra você é a seguinte, qual o que é a probabilidade do Wesley ser um programador?
Alternativa 'a' entre dez a quarenta porcento, alternativa 'b'
entre quarenta a setenta porcento e alternativa 'c' entre setenta a cem porcento de chance.
Essa aqui é uma pergunta que vai deixar o nosso cérebro mais afiado, tá, é... e pra gente entender isso bem,
tem uma palavrinha que é heurística.
Heurística vem do grego, tem a mesma raiz da expressão eureca,
que é descobrir, encontrar algo. E a heurística nesse caso é a gente tem... é um macete né.
A heurística é um macete pra gente resolver um problema de uma forma diferente.
Se eu consigo uma resposta fácil eu falo:
- poxa se a resposta de uma pergunta semelhante é tal, provavelmente a resposta é essa, tá.
Isso me facilita, me dá praticidade. Quando não é viável ficar fazendo uma pesquisa muito detalhada, intensa
quando eu tenho pouco tempo, poucos recursos, eu uso a heurística.
E a heurística me acelera algumas conclusões, tá.
Me dá um resultado mais prático, nem sempre é um resultado ótimo, na maior parte das vezes é,
ajuda muito, tá mas tem outros casos que eu cometo erro quando me traz uma conclusão bastante errada.
Então no caso do Wesley voltando, qual que é a probabilidade de ele ser programador?
Uma heurística possível nesse caso é usar a semelhança, eu posso dizer né:
- poxa que tipo de bicho que tem quatro patas, que é rápido, ele é ágil, ele faz miau?
Acertou é o gato.
Né, eu to usando a semelhança. Outros animais, o cachorro fazem au au.
Então a semelhança eu posso usar essa heurística de semelhança e falar:
- poxa pelo estereótipo me parece que esse cara é programador.
Ele é tímido, ele é um cara introvertido, ele gosta de ficção científica,
ele é um cara organizado, é um cara metódico, lembra?
Foram essas as descrições que eu usei aí pra te apresentar o Wesley.
E quem respondeu, por exemplo, a alternativa 'b' ou 'c'
acabou ignorando uma informação que é super importante nessa pergunta,
que é a seguinte, lembra?
Eram trinta programadores e setenta advogados, em outras palavras se eu to pegando uma ficha aleatória
tanto faz se é uma pessoa gorda ou magra, se ela é introvertida ou extrovertida, isso não importa.
Pela estatística, a melhor resposta é a alternativa 'a'.
O Wesley tem trinta por cento de chances de ser programador,
são trinta programadores e são setenta advogados, né.
É diferente do caso do bicho que faz au au, que eu tenho certeza que é um cachorro.
Agora, gostar de ficção científica, ser tímido, introvertido
isso não tá obrigando o Wesley a ser programador e também não tá o proibindo de ser um advogado.
Então no nosso caso nesse problema, a estatística ela é muito melhor do que a heurística da semelhança.
O problema da heurística da semelhança é que ela é bem intuitiva,
então a estatística ela pede que a gente para pra pensar um pouco.
Aquela máscara do Charlie Chaplin, as linhas, né, Müller Lyer,
os meus setenta reais de desconto no celular ou na blusa
são todos momentos em que nem sempre meu julgamento imediato, ele vai resolver bem o meu problema
ele nem sempre é uma heurística adequada.
Se eu vou pra Inglaterra e eu vou alugar um carro na Inglaterra de passeio
eu não vou ficar horas e horas estudando as leis de trânsito na Inglaterra, não faz sentido.
Eu vou presumir, eu vou usar uma heurística vou falar: - não, deve ser igual no Brasil, né.
Farol vermelho, eu paro, farol verde, eu sigo.
Agora se eu começo a dirigir do lado direito da pista igual a gente faz no Brasil, eu cometo um erro
porque na Inglaterra as pessoas dirigem do lado esquerdo,
ou seja, eu tô seguindo ao pé da letra imediatamente uma heurística
eu to confiando num macete e não to pensando muito, eu to me colocando numa situação até meio perigosa.
Então no caso desse pensamento rápido da heurística da semelhança,
eu tenho que usar a estatística pra ter uma informação melhor,
eu não posso ficar com esses preconceitos, né da semelhança.
O preconceito o que é? É um pré conceito, é um julgamento sem olhar direito as informações.
Agora, interessante é o seguinte, um indivíduo que para e pensa, ao invés de responder na lata, no imediatismo
é a mesma pessoa que consegue ter um jugamento melhor.
Presta atenção que eu vou te dar um outro exemplo, tá, eu vou pedir pra você, é um exemplo famoso,
mas vou pedir pra você responder. Imagina que uma bolinha e uma raquete,
tá gostando do pôr do sol? A bolinha e a raquete custam um real e dez centavos.
A raquete custa um real a mais do que a bolinha, quanto custa a bolinha?
Vou repetir, uma bolinha e uma raquete custam um real e dez centavos.
A raquete custa um real a mais que a bolinha, quanto custa a bolinha?
Muita gente responde que é dez centavos, é uma resposta intuitiva mas matematicamente errada. Vamos ver,
se a bolinha e a raquete custam o total de um real e dez centavos, e a raquete é um real a mais que a bolinha.
A resposta certa é que a bolinha custa cinco centavos
e a raquete custando um real a mais que a bolinha, ela custa um real e cinco centavos,
juntas elas custam um real e dez centavos.
Só que veja se a gente responde na intuição, na ponta da língua
é bem provável que aconteça um erro, um erro cognitivo.
Se você acertou a resposta, parabéns, tá mas tem muita gente que erra,
se você errou não fique envergonhado,
mais da metade dos alunos da Harvard e do MIT costumam errar de acordo com a pesquisa do Daniel Kahneman
ele é autor do livro 'Thinking, Fast and Slow' é da onde que eu tô trazendo esses exemplos,
né de desafios cognitivos de limites da heurística,
e a parte que mais assusta, eu tô meio escuro aqui, mas acho que vale a pena pra você olhar o pôr do sol, né,
a parte que mais assusta é a seguinte, é muito simples eu verificar a informação né,
e outra a pergunta é tão moleza que tem cara de pegadinha,
então porque que ninguém faz a verificação do cálculo, né.
Todo mundo fala: - ah não, é dez centavos. Sem fazer o cálculo pra conferir, que é um cálculo tão simples, né.
Se eu tô falando que a bolinha custa dez centavos,
a raquete custa um real a mais, a raquete custa um real e dez,
então vai ficar um real e vinte, mas o cérebro tem preguiça, né infelizmente é assim.
A gente tem esses problemas aí na ilusão do Müller Lyer, das três linhas
a gente poderia medir as linhas, mas ninguém faz isso,
a gente poderia examinar a pergunta do Wesley pensando em estatística
a gente também não faz isso, a gente vai e pum, solta as respostas na ponta da língua
o que nem sempre ajuda, né.
Os setenta reais de desconto também é outro caso que puxa,
podia perfeitamente ter acontecido algo semelhante com você.
No curso A Classe Alta eu trago vários exemplos, tá,
de desafios psicológicos que atrapalham o nosso enriquecimento financeiro
e também as formas da gente mudar,
pra acelerar o nosso processo de enriquecimento,
com boas escolhas, a gente vai fazer várias atividades interativas juntos.
Espero que esse vídeo tenha te ajudado a parar pra pensar um pouco antes de tirar alguma conclusão muito rápida
isso é muito importante, principalmente quando a gente tá diante de decisões importantes na nossa vida.
Na Arata Academy a gente gosta de compartilhar coisas boas, esse Daniel Kahneman é um cara genial,
também tem o Nassim Taleb, Dan Ariely, Malcolm Gladwell, têm vários outros, a gente tá bebendo da fonte
eu faço questão de ir atrás dos melhores autores, tô sempre pesquisando esse tipo de assunto.
Eu incorporo isso tanto nos vídeos grátis, como esse aqui que você tá vendo no YouTube,
como também nos nossos cursos.
De novo dou o exemplo do A Classe Alta,
é um curso pra gente lidar melhor com a psicologia, tá, do enriquecimento financeiro
a gente acelerar esse processo e a gente evitar alguns bloqueios.
Vou deixar um link aqui embaixo do vídeo pra você conhecer mais detalhes,
nesse curso o que que a gente vai fazer? Primeiro a gente vai entender os nossos desafios adiante
pra gente parar de dar respostas automáticas, intuitivas.
A gente tem que entender quando que a heurística não está adequada
e depois que a gente entende esses desafios, a gente vai um pouco mais devagar,
igual no caso da bolinha e da raquete
eu tenho que parar e calcular, pra ter certeza que tô tomando uma boa decisão.
Sempre é bom parar pra decidir essas questões da nossa vida,
principalmente aquelas que têm respeito a nossa saúde financeira.
Olha, enquanto eu tô falando aqui acabou já o pôr do sol, tá vendo aqui?
Enfim, vou deixar o link aqui abaixo do vídeo pra você ver uma amostra do nosso curso A Classe Alta,
eu tenho certeza que você vai gostar, a gente tem o primeiro vídeo
que é sobre Os Quatro Cavaleiros da Pobreza
todo o curso A Classe Alta é gravado comigo, eu vou em diferentes lugares na Europa,
eu vou fazer atividades interativas junto com você e além dos vídeos que... eu vou aqui batendo papo com você
caminhando a gente vai nos cenários diferentes,
também tem aulas com especialistas em finanças, são os melhores educadores financeiros do Brasil
são escolhidos a dedo, eu tenho certeza que eles vão te ajudar muito na parte de investimentos,
tudo o que você precisa pra acelerar o seu resultado financeiro.
É isso aí, meu nome é Seiiti Arata da Arata Academy, é um prazer falar com você,
então fica aqui o link abaixo pra você conhecer mais detalhes e a gente vai se falar dentro do curso.
Um abraço forte, tchau.