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Nós devemos conversar em cada telefonema, comer fora da rede.
Nós devemos rasgar todos os epílogos dos livros que nós já lemos.
E no rosto de cada criminoso amarrado firme na cadeira...
Devemos encarar, devemos encarar, devemos encarar.
Nós devemos pegar todos os medicamentos caros agora para vender.
Atear fogo nos pregadores que nos prometem o inferno.
E no ouvido de cada anarquista que dorme e não sonha...
Devemos cantar, devemos cantar, devemos cantar.
Enquanto minha mãe molha as plantas meu pai carrega sua arma.
Ele diz ''A morte vai nos levar de volta pra Deus assim como o sol poente...
volta ao solitário oceano''.
Nós devemos nos misturar no coro, cantar estáticos com o todo.
Nós devemos memorizar nove números e negar que temos uma alma.
E na interminável corrida por propriedade e privilégio...
Devemos correr, devemos correr, devemos correr.
Nós devemos nos pendurar no campanário onde os morcegos na lua cheia riem.
Nós devemos olhar na bola de cristal e ver somente o passado.
E nas cavernas do futuros, somente com nossas lanternas e nosso amor...
Devemos mergulhar, devemos mergulhar, devemos mergulhar.
Minha manhã está voltando, e o mundo inteiro está acordando.
O ônibus municipal está passando ao largo, Eu estou feliz somente por que...
Eu descobri que eu realmente sou ninguém.