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[MOTHERBOARD]
Quem é a TrackingPoint? Somos uma empresa de tecnologia aplicada
que criou os primeiros fuzis inteligentes do mundo.
Democratizamos a precisão
e transgredimos completamente a experiência de tiro.
[LONGSHOT]
No primeiro semestre de 2013, a empresa startup do Texas TrackingPoint
revelou a primeira arma de fogo de precisão guiada (PGF) da história,
[ARMA DE FOGO DE PRECISÃO GUIADA (PGF)] que essencialmente é
um fuzil robótico de longo alcance guiado por laser.
Pode chamar de arma do futuro.
Você não precisa ser um atirador experiente.
Não precisa ser uma pessoa que tenha milhares de horas de tiro.
[VÍDEO PROMOCIONAL DA TRACKINGPOINT] Você pode chegar, pegar essa arma
e em minutos conseguir dominar a tecnologia Tag Track Xact,
que permite que você acerte o alvo.
A tecnologia é tão avançada que ouvimos dizer que permite que iniciantes
matem a quase um quilômetro de distância com a precisão de uma monotiro num piscar de olhos.
A TrackingPoint afirma que seu sistema de controle informações ajuda os usuários a matarem de forma ética.
Mas críticos da PGF dizem que é apenas uma morte que não exige técnica.
[PETER ASARO COMITÊ INTERNACIONAL PARA O CONTROLE DE ARMAS ROBÓTICAS] Se você passa anos treinando para matar alguém,
essa é uma barreira bem grande, e não é só sair
e comprar uma arma hoje mesmo que pode atirar em alguém
a mais de 1 km de distância.
Sabemos que a gravidade dos produtos que colocamos no mercado
é muito significativa.
[JASON SCHAUBLE CEO, TRACKINGPOINT] São armas, elas podem tirar vidas.
Mas não estamos tentando lançar um produto
que permite matar sem técnica nenhuma.
As implicações desse tipo de tecnologia desafiam
a noção de responsabilidade pessoal.
[JONATHAN MORENO CENTRO PARA O PROGRESSO AMERICANO] E apesar de você poder afirmar
que estamos nos tornando cada vez mais dependentes da máquina no conflito armado,
me parece que existe um ponto crítico.
E que pode ser esse tipo de arma.
Será que matar está fácil demais?
O Motherboard quis descobrir.
[DEREK MEAD MOTHERBOARD] Estamos no Texas, indo para Austin,
para um encontro com o pessoal da TrackingPoint.
Vamos dar uma olhada no futuro das armas
e ver se o fuzil inteligente deles pode fazer com que uma pessoa como eu,
que nunca atirou, acertar um alvo a quase 1 km de distância.
[SONORA, TEXAS] Mas antes, precisamos aprender o básico sobre atirar.
E por que não começar com uma sofisticada AR15?
Um pessoal muito bom me ensinou a atirar e uma coisa que me ensinaram foi
[DARREN JONES MARKETING, TRACKINGPOINT] a não esmurrar o gatilho.
Depois de um curso intensivo em segurança e postura de tiro,
ganhamos umas metralhadoras e fomos liberados.
[BRIAN A. ANDERSON MOTHERBOARD]
Belo tiro... Na mosca.
Você atingiu aquele alvo a 180 metros, deu para ver.
Dá para ver os buracos que fez.
Parece que não somos tão ruins para principiantes.
Acho que acertei.
Então o pessoal nos desafiou a uma coisinha que eles chamam
de “Ronda de Bagdá”.
Muito bom para uma primeira vez, eu diria.
E obviamente – tem um helicóptero.
Estou me sentindo bem.
Estou pronto para...
Estou pronto para derrubar alguma coisa.
Você acertou no primeiro tiro, está sabendo?
Nada mal para dez minutos de treino, hein?
Até que é divertido,
mas não viemos até aqui só para acender uns tocos de árvore.
Queremos ver a PGF com nossos próprios olhos e o Darren fica feliz em ajudar.
Essa é a nossa plataforma XS-1.
Ela faz toda a balística para você.
É só apertar esse botão vermelho
no fuzil.
[LRF: TELÊMETRO LASER] O LRF dispara o laser no campo
na direção do alvo e devolve as informações para a lente
54 vezes por segundo e é isso que faz o cálculo da balística.
Para atirar, você aperta e segura o gatilho.
Enquanto na maioria dos fuzis, quando você aperta, ele já dispara,
o nosso não dispara
até que o retículo esteja alinhado com a marcação do alvo
que você definiu ao pressionar o botão vermelho.
É assim que funciona:
No tiro de precisão tradicional, você precisa atirar acima do alvo
por causa da trajetória de queda da bala.
A plataforma da TrackingPoint faz exatamente a mesma coisa –
só que faz tudo isso sozinha para você.
O segredo está na lente,
uma peça patenteada conectada ao gatilho eletrônico da arma.
Ela faz todo o trabalho da balística para você.
Marque um alvo à distância e os raios laser da PGF vão e voltam
54 vezes por segundo, ajustando uma série de variáveis.
Só quando você alinha perfeitamente a mira ajustada
o gatinho dispara sozinho.
Aperta e segura.
E aí leva na direção da marcação.
Bum!
Cacete.
Você fez “bum” – pá! E ouve voltar.
É preciso se acostumar com a arma.
Mas mesmo ela dando coice que nem jumento,
em poucos minutos eu já estava atirando em alvos a mais de 900 metros de distância.
Acertou!
No alvo! Você é bom.
Pronto. Eu não estava nem vendo.
Só ouvi uma explosão e alguém me dizendo que mandei bem.
A evolução da tecnologia nos levou
a conseguir, em certo momento,
nos afastar potencialmente da tradicional equipe de dois atiradores de elite
para mudar efetivamente a tática, num campo de batalha moderno, para um atirador de elite.
O homem por trás da arma é Jason Schauble,
veterano da guerra do Iraque que conhece bem armas de fogo.
[JASON SCHAUBLE CEO DA TRACKINGPOINT] Eu era aquela criança que gostava de ler
todos os livros sobre militarismo. E o que sempre quis
era ser das Forças Especiais. Consegui realizar esse sonho
e fui nomeado no meu auge, com 30 e poucos anos.
E depois disso, tomei algumas decisões diferentes na vida.
Tomei um tiro no Iraque.
Foi mais ou menos no quinto mês de uma missão de sete meses.
Eu estava tentando tirar um dos meus homens de uma casa depois que ele foi morto.
É um corte de 11 milímetros de uma bala de AK47.
Guardei um pedaço dela.
É um pedaço de chumbo que tiraram do meu braço.
Achei legal eles terem me dado.
Ainda tem alguma coisa aqui dentro. Fiz oito cirurgias em um ano.
E em cada cirurgia,
tiravam alguma capacidade, como o polegar,
que é o que me separa de um macaco.
Então fiquei chateado com isso.
Percebemos que parecia que todo mundo na TrackingPoint tinha uma história
e até mesmo laços familiares.
Pegue o irmão caçula do Jason, o Oren, por exemplo.
[SILVER MEDALLION “THE YOUNG AND THE RECKLESS” (2012)]
Ex-músico de EDM, ele não conseguiu recusar
quando o irmão mais velho pediu ajuda.
Jason Schauble, meu irmão, é o CEO.
[OREN SCHAUBLE DIRETOR DE MARKETING] A primeira abordagem dele foi:
“Ei, quer fazer uma coisa completamente diferente?
Muito mais desafiadora do que qualquer outra coisa que você poderia fazer agora?
Vem ver essa tecnologia.”
As crianças crescem e podem ter um sonho de ser roqueiras
ou ser algum tipo de...
Acho que não é o mesmo sonho hoje em dia.
O ideal agora é trabalhar com tecnologia.
É estar na vanguarda de alguma coisa.
Hoje você olhar para Mark Zuckerberg,
Elon Musk, todas essas pessoas muito interessantes.
É isso que inspira, para uma pessoa como eu,
mais do que outros tipos de aspirações.
[TRACKINGPOINT SOLUTIONS AUSTIN, TEXAS]
Em um processo de dois anos de desenvolvimento,
uma das maiores coisas a que a gente queria chegar –
fazemos muitos *** virtualmente,
muitos *** com software –
mas a gente queria sair e conseguir resultados
e atirar em animais a longa distância com ética.
Esse é o verdadeiro *** do que nossas armas de fogo podem fazer.
Nosso tiro que acertou mais longe foi em um gnu, atiramos de um penhasco.
Atiramos de um lugar onde normalmente é possível ver as manadas de animais
para depois chegar mais perto para atirar.
Simplesmente atiramos de lá mesmo.
O segundo alvo mais longo foi a mais de um quilômetro, uma cabra de leque,
que é um animal relativamente pequeno.
E a gente até guarda esse aqui. É um dos melhores tiros do Hillman.
Acertamos um cervo. Normalmente a foto é do cara com o animal.
Mas a gente queria colocar no foco das atenções
o produto e a sua capacidade,
que conseguiu chegar a esse tipo de resultado.
Então um fuzil inteligente é simplesmente a integração de tecnologia moderna
com uma busca industrial ou tradicional.
Estou permitindo que uma pessoa sem treinamento
possa chegar a um bom nível de proficiência em poucos minutos.
Não fizemos nada de diferente do ponto de vista da arma de fogo.
O que fizemos foi usar a tecnologia
para melhorar a capacidade de uso dessas armas.
Não precisa ter um nível avançado de conhecimento, apenas um nível básico.
Não somos só uma empresa de armamentos, somos uma empresa de tecnologia aplicada.
A tecnologia que criamos e que nossos engenheiros estão desenvolvendo
pode ser utilizada em uma variedade de setores no futuro.
Tudo, desde produtos esportivos e de caça
até tecnologia para celulares e drones.
Não sabemos o que vem por aí e isso torna a coisa ainda mais estimulante
e mais dinâmica que outras empresas da indústria.
E também torna uma das coisas que faz ser um prazer trabalhar lá.
No último ano, a TrackingPoint se expandiu para uma equipe de cerca de 100 pessoas
e está grande demais para o que já era uma instalação de tamanho razoável,
com um simulador de situações de campo, laboratório óptico, área de design industrial,
usinagem, manufatura, engenharia
e, é claro, um arsenal.
Essa é a nossa plataforma XS3. Essa é a nossa XS1, a plataforma 338.
Essa é a XS2. Essa é original,
um dos nossos primeiros protótipos, quando fizemos nossa prova de conceito.
Dá para ver que é literalmente uma lente de vidro com umas tábuas presas
e todo tipo de coisa pendurada.
É evidente que o grosso da pesquisa e desenvolvimento deles não está na arma,
mas na lente.
Ouvindo esses caras falarem,
a nova cara da produção de armas parece muito com o Vale do Silício.
O que fizemos é uma mudança fundamental
na qual podemos democratizar a precisão.
A arma de fogo de precisão guiada foi a primeira coisa que oferecemos.
Era para enfatizar o longo alcance, a distância extrema,
porque era isso que era difícil.
O segundo passo é: como melhorar essa experiência?
Como transformar isso em uma experiência do século 21?
Como criamos uma interface de usuário (IU) que seja simples e atraente
para uma geração que possui IU em tudo que faz?
Tudo que se usa hoje está incorporando um monitor HUD.
Seu carro tem, seus óculos de esqui também.
E agora a sua arma de fogo também vai ter um.
Eu sou meio que da geração de Call of Duty, Halo.
Cresci jogando videogame.
E essa é uma geração enorme de pessoas
que mesmo se não souberem nada sobre armas de fogo fora desse universo,
já sabe um monte, só através desses jogos de videogame.
Então tem muitos moleques que estão por aí
jogando, pesquisando na internet,
assistindo vídeos.
Tem uma integração natural aí, principalmente por causa do monitor HUD.
Algumas das coisas sobre as quais refletimos quando fizemos o fuzil inteligente:
não era só pensar em como fazer um fuzil mais preciso.
Ao longo do tempo, posso alcançar um mercado mais amplo,
posso expandir o mercado de tiro para além de onde está hoje.
Uma das formas pelas quais a TrackingPoint está expandindo esse mercado
é permitir que os usuários transmitam e enviem vídeos de suas caças
diretamente do wi-fi da lente.
Isso faz parte de uma investida maior para atrair o chamado público “nativo digital”.
[CHAOTIC MOON STUDIOS AUSTIN, TEXAS]
Do outro lado da cidade, os engenheiros do Chaotic Moon Studios estão desenvolvendo aplicativos e jogos
para a TrackingPoint
[TJ PHILLIPS ENGENHEIRO DE SOFTWARE] TJ Phillips, sou desenvolvedor para iOS
aqui no Chaotic Moon. Atualmente estou trabalhando no aplicativo da lente,
usado principalmente para configurá-la.
Você pode fazer o download de arquivos de mídia da lente
e salvar na sua câmera.
Também pode atualizar a lente pelo software.
[ELIZABETH SALAZAR DESENVOLVEDORA DE SOFTWARE JÚNIOR] Meu nome é Elizabeth Salazar
e estou trabalhando no Venture X,
que é o jogo que vem junto com a lente.
A ideia é ensinar a usar a lente da TrackingPoint.
Então para encontrar os animais, você tem que mexer o aparelho
como se estivesse movendo o visor.
E aí você marca o animal e atira.
Isso!
Viu? Matei na hora.
Sempre fico mal quando não mato na hora
porque aí o bicho foge
e vai morrer lentamente em algum lugar na floresta.
Atirar em animais de um jogo é uma coisa,
matar animais de verdade é outra.
Antes de irmos caçar com a PGF,
o pessoal da TrackingPoint quer que tenhamos a experiência nua e crua
de uma caça tradicional do Texas.
A empresa faz alguns de seus *** de tiro em situações reais com javalis,
que infestam partes do estado.
Tenha em mente que essas coisas dizimam plantações
e ecossistemas que seriam fortes não fosse por elas.
O problema ficou tão grave que a temporada de caça ao javali no Texas
fica aberta o ano todo.
[RANCHO SANDSTONE MOUNTAIN LLANO, TEXAS] Naquela noite,
pegamos umas AR15 e fomos para o deserto.
Estamos na traseira de uma caminhonete
sentados em cadeiras de arquibancada rodando e procurando javalis.
Essa é a primeira vez que atiro em um animal
que não seja um pássaro com uma arma de ar comprimido.
Vamos ver o que acontece.
Ali, ali. Pega, pega.
Esse aí não sei se você acertou
ou atirou bem na frente dele, porque ele virou correndo.
Saco.
Fica na cola dele, fica na cola dele.
Não, não, olha ele ali.
Ele está andando? Acho que você o deixou atordoado.
Acho que é hora de trocar de atirador.
Fodido.
Não acredito que vocês estão colocando toda essa pressão em mim
no meu primeiro dia.
Bom, amanhã a gente vai atirar com fuzil do Darth Vader, então...
Na manhã seguinte, indo testar a arma da TrackingPoint
no cume da Montanha Sandstone, vimos um bando de abutres
na área onde atiramos na noite anterior.
É um javalizinho pequenininho morto
que já está bem destroçado pelos abutres.
Parece que ele morreu rápido.
A algumas centenas de pés acima do nosso alvo,
todos os fatores balísticos que a PGF ajusta começam a agir.
Calculando o vento, está entre 5,8 e 8,8,
o que não é muita coisa a curta distância,
mas a 900 metros de distância, pode fazer diferença.
Foi bom.
Se você já saiu para atirar com a gente,
vê que dá facilmente para acertar alvos a 450, 550, 700 metros.
Mas ainda assim envolve um nível de habilidade. Ainda tem a sua decisão em relação ao vento,
ainda tem a habilidade de se posicionar na frente da caça,
ainda tem a habilidade de entender como uma arma de fogo funciona,
como esses elementos novos são integrados e como tornar isso
interessante e inspirador para você.
Não é um aplicativo chato
em que você sai e já consegue
abater qualquer coisa a qualquer momento.
Caçar e atirar são experiências que envolvem muito tempo,
independente do sistema que você utilize.
Manda.
Parece que foi um pouco para a esquerda, acho que o vento bateu no último segundo.
É.
Depois de mais ou menos uma dúzia de tiros, fomos lá para baixo ver o resultado.
É, estão todos para a esquerda, é o vento.
Se você girar a câmera
e mostrar o topo daquele descampado, foi dali que atiramos.
912 metros.
Esses tiros aqui matariam.
Estes tiros aqui. Este aqui teria acertado um pouco abaixo.
Estes daqui seriam
tiros que podemos aceitar,
porque a mira estava aqui. Não fomos sempre perfeitos ao marcar a mira.
Algumas vezes ficou à esquerda ou à direita.
Muita gente diz que o nosso fuzil é automático
e que você acerta qualquer coisa que marcar como alvo,
mas vocês viram que, quando o vento está agitado, não é fácil.
Quando atiramos no outro alvo a 450 metros de distância, pá!
Mas se você força para 900 metros, já fica mais difícil.
[PETER ASARO COMITÊ INTERNACIONAL PARA O CONTROLE DE ARMAS ROBÓTICAS] Qualquer pessoa meio que pode virar
um exímio atirador de elite. Só precisa treinar bastante,
o que significa muito tempo no campo de tiro,
muita determinação e dedicação
para adquirir essa técnica muito específica.
E agora é possível replicar isso através de um aprimoramento tecnológico.
Se você fosse a um campo de golfe que garantisse que as bolas entrariam na primeira tacada,
quem jogaria golfe?
Apesar de o tiro que se busca ter uma conotação mais apelativa
na atual cultura moderna, acho que faz parte do nosso DNA cultural.
Faz parte dos nossos direitos fundamentais.
Quase metade deste país pratica tiro.
Esse mercado merece alguém
que pense em como melhorar essa experiência.
Assim como uma pessoa merece
que se pense em como melhorar esportes radicais.
Ou como melhorar o esqui.
Não é diferente.
A parte que torna isso
um esporte já desapareceu.
O elemento da técnica está sendo eliminado.
E se você elimina a técnica do tiro esportivo,
o que sobra?
Isso está reduzindo o nível de requisitos necessários para começar.
Ou seja, você não precisa treinar dez anos
para ficar bom em cálculo de longa distância.
Tem gente que passa a vida inteira
sem conseguir atirar a longa distância.
Se podemos dar a eles uma tecnologia que permita
fazer de forma ética uma coisa que antes não podiam
e fazer disso uma barreira menor para entrar no esporte,
não acho necessariamente que seja uma coisa ruim.
Finalmente chegou a hora de testar a tecnologia da TrackingPoint
em uma caçada de verdade.
Depois de cerca de uma hora, os javalis aparecem.
Olha ele ali.
Certo, vamos lá.
Cratera.
Fugiu?
Quando ele se mexeu, a marca do alvo voltou um pouquinho.
- Mas ele caiu. - Caiu?
Um deles saiu correndo
pela esquerda.
Sente o cheiro. Cheira.
América.
Enquanto isso, em uma tocaia do outro lado do rancho,
nosso produtor, o Brian, matou um javali de mais de 100 kg usando a PGF.
Acertou.
Foi a primeira vez que o Brian matou um animal
e a sexta vez que atirou na vida.
- Caramba. - Muito bom, mano.
- Foi o Brian que matou? - É, foi o Brian.
Brian, agora durão.
Vamos até lá ver o que temos.
Achei que tinha acertado com muito mais precisão.
Você acha que quando acerta, eles vão cair e ficar no chão.
Sangue.
Dá para ver como está tudo amassado aqui,
olha como está salpicado aqui.
Ele está sangrando, o ferimento é bom. Quer dizer, meu tiro foi bom, a marca do alvo foi boa.
Por isso que estou aqui pensando: cadê?
Quer dizer, a gente atirou...
Olha, tem sangue aqui.
Enquanto o Darren procurava o javali,
ficou claro que o tiro não matou imediatamente.
Estou tentando encontrar a última mancha de sangue.
Não encontramos o javali.
Depois o Darren nos contou
que aquela tinha sido a primeira vez que ele usara uma PGF
e não ficava claro na hora que o animal tinha morrido.
Foram dias intensos.
Quando atirei com a AR15, fiquei muito nervoso,
minhas mãos não ficaram firmes.
Respira. Deixa a respiração num ritmo bom.
Não fica arfando...
Quando você vai tentar atirar, deixa o ar sair.
Certo, aperta, aperta, aperta...
Deixa partir e segura o gatilho.
Aquela imprecisão humana me fez questionar
quando seria o momento certo de apertar o gatilho.
E atirar é muito visceral...
Por estranho que pareça, senti o tiro que atingiu o javali.
- É ele ali? - É.
Derrubei aquele ali.
Eu estava bem menos estressado ao atirar com o fuzil da TrackingPoint.
Mesmo que nem todo tiro fosse na mosca, eu sabia que ela atiraria por mim
e somente quando estivesse perfeitamente alinhada.
A pergunta é:
Como devemos ver uma ferramenta que pode transformar um novato em matador experiente?
Isso levanta mais questões sobre
o que é aceitável na sociedade.
Seja para cidadãos individualmente
terem acesso a esse tipo de tecnologia
ou para as forças policiais terem acesso a esse tipo de tecnologia,
ou para as militares?
E acho que as forças militares provavelmente vão adquiri-la.
A menor necessidade de aprendizado exigida pelas armas de fogo de precisão guiada
está chamando atenção de todo mundo, desde as forças armadas e policiais americanas
até governos aliados.
A TrackingPoint planeja aplicar essa tecnologia em um conjunto de armas,
num jogo de tiro em primeira pessoa para videogame,
e até em uma superarma capaz de atirar com precisão a mais de três quilômetros.
A velocidade da mudança e a velocidade na qual podemos inovar...
Quer dizer, criamos uma coisa em dois ou três anos
que só deveria estar pronta em 2020.
Até nas nossas conversas com o exército americano
falamos sobre o sistema de aquisição deles.
Enquanto eles escolhem um item, qualificam,
passam para produção inicial, qualificam essa produção,
passam para a produção em larga escala,
já vai ter coisa melhor no mercado.
O cerne da noção de tecnologia
é nos permitir
manipular nosso ambiente de forma mais eficiente
[JONATHAN MORENO CENTRO PARA O PROGRESSO AMERICANO] para fins humanos.
O caminho que tomamos só vai acelerar
nas próximas décadas.
Nós nos comprometemos
com o fogo de Prometeu.
Este é o mundo em que vivemos. É um mundo que criamos.