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Reportagem A ***íria competitiva
A produtividade da agricultura portuguesa é muito inferior à média Europeia
de acordo com a associação de jovens agricultores a explicação está em vários factores
o peso excessivo da mão de obra
o reduzido nível de investimento
a pequena dimensão das explorações
a elevada idade dos agricultores e o seu baixo nível de formação
e por fim no fraco desenvolvimento dos canais de distribuição
e das estruturas económica na maior parte do país
o Europa aqui tão perto dá-lhe a conhecer a história de um agricultor que arregaçou as mangas
e contrariou as estatísticas
tem 44 anos mas é agricultor à 20 herdou do pai a paixão pelo o cultivo da terra
é bacharel em engenharia agrícola e desde cedo se dispõe-se a contrariar números e estatísticas
aumento o número de hectares à sua exploração reduziu a mão de obra de 30 para 4 pessoas
investiu no sector agrícola de mais sucesso os cereais e ainda a floresta
João Coimbra é o líder de um projecto familiar na Golegã que produz milho 3 vezes superior à média nacional
a nossa exploração nestes últimos 20 anos transformou cerca 300 hectares de terras de sequeiro em 300 hectares de regadio
e com um investimento médio de 5000€ a 7000€ por hectare que têm vindo a ser feitas através de comparticipações de fundos estruturais
numa primeira fase em maquinaria e numa segunda fase já a partir dos anos 90 em tecnologias de rega e de drenagem
como estas estes equipamentos que hoje regam automaticamente todos estes campos sozinhos
sem necessidade de qualquer tipo de mão de obra
são totalmente automáticos
funcionam de forma automática são controlados à distância
hoje temos conhecimento total e na hora do que se está a passar nestes campos
a oportunidade da Europa com os fundos estruturais foi totalmente aproveitada no nosso caso
tanto na floresta como na agricultura
para conseguir modernizar a exploração para rentabilizar ao máximo a mão de obra
a pouca mão de obra que temos conseguimos em cerca de 20 anos reduzir para 10% da mão de obra
chegaram a trabalhar aqui cerca de 30 pessoas hoje estamos reduzidos a 4 pessoas
e isso fez com que o rendimento e a produtividade do trabalho aumentasse brutalmente
o que conseguimos com estes investimos foi garantir à partida que temos todos os anos produções homogéneas
eliminando muitos riscos e tendo muito menos custos com seguros e com reservas para os anos que corriam mal
os cereais representam 50 % da facturação do grupo Coimbra dos quais destaca-se o milho
o grande motor económico da empresa o investimento alarga-se à floresta
são 1500 hectares de eucalipto, de pinheiro e de sobreiro
têm sido utilizados os solos com pior qualidade os solos onde os sobreiros não tinham capacidade de se desenvolver
solos maus drenados foram normalmente aproveitados por eucaliptos
nos outros tipos de solo onde o sobreiro que é a árvore mais nobre que nós temos na nossa floresta
normalmente ficam para darem a cortiça que também é um dos produtos mais valiosos que nós temos na nossa floresta
o grande problema e o grande inimigo é os incêndios e é esse o nosso maior cuidado em manter a floresta limpa e cuidada
para baixarmos muito o risco
se isto é uma industria de risco todas estas florestas têm um risco elevadíssimo
que normalmente só pode ser controlado com muitos investimentos em manutenções e novas tecnologias de prevenção
temos tido apoios também da comunidade para apoiar este tipos de plantações de longo prazo
que normalmente precisam de maiores apoios porque se não o empresário não consegue justificar o seu investimento
a atitude da Europa perante o agricultor tem vindo a mudar nos últimos 20 anos
à sua função de alimentar o país acresce-se cada vez mais a categoria de guardião do espaço rural
no entanto a falta de reconhecimento e a falta de acesso aos apoios continuam
a assombrar a actividade
há imensas áreas de Portugal que não são competitivas agricolamente
e portanto elas próprias têm que ser apoiadas de outra forma
aí é que muitas vezes falham os nossos governos porque têm dificultado muito o acesso aos fundo
o acesso às ajudas de muitos agricultores em muitas regiões
e faz com que o abandono seja essa a realidade que vemos todos os dias
de cada vez mais incêndios cada vez mais gente no litoral e isso é o problema
esta região tem conseguido sobreviver devido à capacidade dos agricultores e devido ao tipo de solos
as regiões são mais ricas
são mais produtivas e tem evitado esse abandono
mas na maioria do país o que estamos a assistir é um abandono generalizado
com o afastamento total de todas as pessoas do campo que vai trazer problemas gravíssimos para o turismo
vai trazer problemas gravíssimos para as pessoas que vivem nessas localidades
porque vão desintegra-se completamente essas estruturas sociais que existem no interior
e depois no futuro vai ser muito mais difícil reabilita-las e torna-las
e é nesse sentido que nós temos reivindicado os apoios para a agricultura de tipo de conservação
para a agricultura do mundo rural para a manutenção dos espaços ambientais
e é isso que não se tem conseguido fazer