Tip:
Highlight text to annotate it
X
Fale sobre o tempo em que você se mudou para Berlim,
e você tinha um quarto no andar de cima de um clube de jazz.
Me mudei para lá quando eu tinha 17/18 anos,
e foi exatamente o que eu estava procurando,
tudo o que vi, foi a era pós muro, após o muro havia caído.
Basicamente, onde tudo começou, e fez Berlim o que é hoje.
Pelo menos com relação a cena da cultura.
Eu li que, infelizmente, seu pai faleceu, mas você foi a viagens com ele no navio,
e você cantava em voz alta, e que isto influenciou bastante em sua carreira musical.
Em primeiro lugar o meu pai era um capitão de navio de carga,
por isso viajávamos com ele sempre que podíamos.
Quando criança, eu ia a frente do navio e gostava
de cantar sozinho e com o vento, e ninguém lá,
e eu poderia ser verdadeiramente livre e apenas cantar.
E o que eu experimentei, eu acho que, nesse momento, também,
era o silêncio, e brincar com algo amplo e livre, e grande e vazio.
Estar sempre consciente do silêncio,
que sempre foi importante, pelo menos para mim.
Fale sobre seus lançamentos, você tem 2 álbuns,
que sairam em 1999, "Real Time Voyer" e "The Last Legend".
Ah, sim, meu Deus, faz mais de 10 anos desde que eu fiz isso, acabei de me lembrar...
Eu fiz dois álbuns com a Odd Orchestra, e eu fiz um álbum com outro nome,
chamado The Sorry Entertainers, e eu fiz tantos projetos paralelos...
por isso não é tão ruim quanto parece.
Mas agora, eu tenho um álbum que sai em janeiro,
em uma nova label do Daniel Meteo, gerente do Apparat
ele fundou a label para este álbum, e é basicamente o que vai rolar.
Estive no Brasil várias vezes, pelo menos 5 ou 6,
tocando com diferentes projetos, e eu estou muito feliz de estar aqui
Estou triste eu tenho que ir esta manhã,
São Paulo é uma cidade louca. Eu tenho que voltar, com certeza.