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O Projecto Vénus apresenta
Produção: Roxanne Meadows
Escrito por Jacque Fresco
Toda a sociedade estruturada pelo dinheiro e orientada para o materialismo
é uma falsa sociedade.
A nossa sociedade será lembrada pela História como o ponto mais baixo do Homem.
Nós temos a inteligência, o saber, a tecnologia
e a viabilidade para construir uma civilização inteiramente nova.
O Paraíso ou o Esquecimento
(Jacque Fresco) Viver durante a "Grande Depressão" de 1929
ajudou a moldar a minha consciência social.
Durante esse período, apercebi-me de que a Terra continuava na mesma:
as fábricas continuavam intactas, assim como os recursos
mas as pessoas não tinham dinheiro para comprar os produtos.
Senti que as regras do jogo
eram obsoletas e insuficientes.
A miséria, o sofrimento e a guerra foram o incentivo para o trabalho da minha vida.
Estava igualmente motivado pela aparente incompetência dos governos,
do mundo académico e pela falta de soluções oferecidas pelos cientistas.
Apercebi-me de que, em vez de trabalhar com indivíduos,
redesenhar a cultura seria um método mais eficaz.
Dei assim início a uma missão de vida para encontrar soluções
para os muitos problemas actuais.
(Narrador) Esta apresentação é um plano viável para uma mudança social
em direcção a uma civilização pacífica e sustentável,
onde os seres humanos, a tecnologia e a natureza coexistam.
Descreve uma alternativa pela qual lutar,
onde os direitos humanos não são apenas palavras escritas,
mas uma forma de viver.
Chama-se "Projecto Vénus".
O seu fundador, Jacque Fresco,
apela a uma reformulação directa da cultura onde a guerra,
a pobreza, a fome, a dívida e o sofrimento humano desnecessário
são vistos não apenas como algo a evitar, mas como totalmente inaceitáveis.
Torna-se cada vez mais evidente que menos do que isso
irá simplesmente resultar numa continuação dos problemas actuais.
Só queixar-se sem propor uma alternativa concreta não adianta nada.
O centro de pesquisa do Projecto Vénus,
construído por Fresco e Roxanne Meadows,
está localizado em Vénus, na Flórida.
Lá abordam-se muitas das causas das nossas dificuldades.
Mas quais são as verdadeiras origens dos nossos problemas?
Sistemas Falidos
De momento, restam-nos poucas alternativas,
uma vez que nos colocámos numa rota de colisão.
As respostas do passado já não são relevantes.
Tendo em conta os danos já causados ao meio ambiente,
estamos a aproximar-nos rapidamente de um ponto sem retorno
em que a natureza terá a última palavra.
Ou continuamos
com os costumes sociais e hábitos de pensamento ultrapassados
e ameaçando, portanto, o nosso futuro
ou aplicamos um conjunto de valores mais conveniente,
relevante para uma sociedade sustentável
com mais oportunidades e liberdades.
Os americanos têm sido condicionados, no seu tipo de sociedade
a adquirirem um carro novo todos anos,
a comprarem um televisor novo ou um gravador.
Somos muito radicais, mas as nossas instituições políticas e sociais
não mudaram, e é aqui que estamos estagnados
porque associamos sempre uma nova ideia com conceitos como o "comunismo" ou "ditadura"
já que fomos educados para temer o que é novo.
(Narrador) Nenhum dos sistemas económicos mundiais:
socialismo, comunismo, fascismo ou o sistema de mercado livre,
eliminou os problemas de elitismo, nacionalismo, racismo,
e acima de tudo, escassez.
Todos estes se baseiam, principalmente, na disparidade económica.
Quando é utilizado o dinheiro para regular e distribuir os recursos visando o lucro
e as pessoas e nações só pensam em si.
todos tentarão obter vantagem a qualquer custo,
quer através da manutenção de uma vantagem competitiva,
quer através de intervenção militar.
A guerra representa o fracasso supremo das nações em resolverem as suas divergências.
De um ponto de vista estritamente pragmático
é o desperdício de vidas e recursos mais ineficiente alguma vez concebido.
A maioria das guerras serve para tomar controlo de recursos
e para manter uma posição de vantagem diferencial.
Não se baseiam na "dignidade do homem".
Não se baseiam em dignificar os seres humanos.
Poderá dignificar apenas os seres humanos do país que sair vitorioso.
Poderá fazer isso, mas para o resto do mundo
o preço a pagar é enorme.
(Narrador) Esta tentativa grosseira e violenta para resolver divergências internacionais
assume uma conotação ainda mais sinistra
com o advento do armamento nuclear computorizado
e com a criação de mortíferas armas químicas e biológicas.
Cerca de 100 000 empresas engordam à conta do Pentágono.
Mas os verdadeiros lucros vão para um punhado de empresas multinacionais
No entanto é um golpe de sorte, uma oportunidade de fazer dinheiro
para aqueles que lucram com o complexo industrial militar.
Se não mais se pudesse fazer lucro com as guerras
acreditam realmente que as teríamos?
(Jacque Fresco) Se vos mobilizarem para servir o vosso país no exército
(estão a arriscar a vossa vida por esse país),
então deveriam mobilizar também todas as indústrias de guerra:
cada fabricante de canhões, metralhadoras
automóveis, jipes, navios de guerra,
todos mobilizados, de modo que fossem remunerados nos mesmos valores do exército.
Então seria a sério, mas se se faz milhões a vender navios de guerra
e metralhadoras para o exército, então isso é corrupção.
O que eu faria, se tivesse oportunidade de dirigir os milhões de homens do exército
seria enviá-los para a escola para aprenderem a resolver problemas,
a darem-se bem com outras nações. É isso é que temos de fazer, não matar.
Os soldados são apenas máquinas de matar; são treinados para matar.
Se fosse eu, treinava-os para ficarem aptos a irem ao México resolver as diferenças [com os EUA]
e irem para o mundo Árabe e tentarem resolver as diferenças lá,
para unir todos, todas as nações.
(Narrador) A guerra não é a única forma de violência imposta às pessoas:
também há a fome, a pobreza,
a falta de casas e o desemprego.
A aceitação destas condições como resultado da natureza humana é um mito
usado para manter as coisas como estão.
A Influência do Meio Ambiente
A genética não tem nada a ver com a ganância, com os negócios ou com o preconceito racial.
Todos os sistemas que operam em qualquer sociedade fazem parte da tua educação:
os livros que lês, os modelos que segues e as pessoas que admiras.
Os genes não têm nada a ver...
excepto com a cor dos olhos, o formato do nariz,
talvez características herdadas.
Os genes não controlam os valores.
Mesmo que tenhas nascido com um cérebro muito melhor que outra pessoa
em termos de actividade receptiva, ou melhor qualidade do tecido cerebral,
eu diria que, se tiveres um cérebro melhor
e viveres num país fascista, tornar-te-ás num fascista mais depressa.
O cérebro não tem mecanismos de discriminação.
O cérebro não te pode dizer o que é mais ou menos relevante
a não ser pela experiência.
(Narrador) Nós não nascemos com ganância, inveja, ódio ou preconceito.
O nosso comportamento e os nossos valores reflectem a cultura a que estamos expostos.
Se tivesses sido criado pelos caçadores-de-cabeças da Amazónia,
tornar-te-ias um caçador-de-cabeças.
Se eu te dissesse "Não te incomoda teres cinco cabeças encolhidas?"
Tu dirias: "Sim, o meu irmão tem 20."
Será ele louco? Não, pois isso é normal na sua cultura.
Problemas sociais e ambientais permanecerão intransponíveis
enquanto um punhado de nações controlar a maior parte dos recursos da Terra
e o interesse último for o lucro, acima do bem-estar das pessoas.
Colocar o lucro em primeiro lugar resulta em sofrimento desnecessário
e nos comportamentos aberrantes que prevalecem nos dias de hoje.
Muitos sentem que precisamos do poder legislativo para eliminar os nosso problemas.
Nós temos bastantes leis, milhares e milhares delas
mas elas são quebradas constantemente.
Proclamações e tratados no papel não alteram o facto de existir escassez
privação e insegurança.
Podemos prever como serão o futuro e os seus valores, se soubermos
as tendências na poluição dos oceanos, na escassez de terras aráveis...
Ao observar o crescimento deste sistema degradante,
consigo prever motins, mortes e assassinatos.
Na verdade, o comportamento humano é gerado pelo ambiente circundante.
Se existe escassez, digamos de água, ela é valorizada e o seu preço sobe.
Vamos discutir a escassez como um sistema.
Suponha-se que chove ouro durante 3 dias, pó de ouro.
As pessoas sairiam a apanhá-lo, enchendo as suas caves,
os sótãos e as gavetas lá de casa. Deitariam fora as roupas [para ter espaço para o ouro].
Se a chuva continuasse por um ano de tal forma que o ouro estivesse em todo o lado
as pessoas iriam começar a tirá-lo para fora de casa, juntamente com os seus anéis, e deitá-los-iam fora
e, assim, o comportamento humano sofreria mudanças devido a essa condição.
É à frente de coisas das quais as pessoas precisam
e não têm acesso, que se colocam polícias.
Mas se os limoeiros, as laranjeiras e as macieiras
crescessem em todo o lado, não se poderia vendê-los.
Se chegasses a uma ilha que fosse muito abundante em recursos
com apenas 10 pessoas e houvesse milhares de peixes para cada um
e 10 vezes a quantidade de fruta-pão e bananas para cada um,
o dinheiro não viria a existir.
A propriedade privada não viria a existir.
Se a ilha fosse grande o suficiente: 10 pessoas e 8 000 hectares
ninguém se daria ao trabalho de cercar uma área e reclamá-la como sua.
Existem padrões de comportamento que promovem a sobrevivência.
Há condições sociais que mudam os nossos valores e perspectivas.
Ninguém pode escrever uma constituição sobre qual é o comportamento adequado
sem consultar o meio ambiente.
Então, é melhor cuidarmos do meio ambiente,
é melhor cuidarmos uns dos outros
e é melhor educarmos as pessoas
até os mais altos níveis da nossa capacidade de ensino,
a fim de termos uma sociedade.
Mesmo um tratado de paz não pode impedir outra guerra
se as causas que estão por trás não forem resolvidas.
Talvez o que é preciso é haver pessoas éticas no governo
que estejam dispostas a trabalhar para o bem-estar de todos.
Mas mesmo que essas pessoas éticas fossem eleitas para altos cargos
e ficássemos sem recursos, existiriam à mesma mentiras,
fraudes, roubos e corrupção.
Não são pessoas éticas que são precisas, mas sim
uma maneira inteligente de gerir os recursos da Terra
para o bem-estar de todos.
Inadequações Sociais
Vamos examinar os nossos arranjos sociais mais a fundo.
Para manter a nossa economia, os produtos têm de continuar a ser vendidos de forma contínua.
Para garantir isso, eles são deliberadamente construidos para se desgastarem e deixarem de funcionar.
Talvez já te tenhas apercebido, geralmente isto acontece
logo após a garantia acabar.
Esta prática corrupta é referida como "obsolescência planeada"
que é a retirada consciente de eficiência.
Os inovadores frequentam as melhores escolas
e depois são obrigados a projectar produtos que se estragam
e deixam de funcionar na altura certa.
Isto resulta num tremendo desperdício de recursos e energia.
Estamos a saquear o planeta para obter lucros.
Se pensares nisso, não é um emprego o que o povo quer,
mas sim o acesso ao que o seu salário irá comprar
O dinheiro não representa nada real
e não há ouro, prata ou recursos para o sustentar.
Não podes comer dinheiro ou construir uma casa com ele.
Nem sequer está relacionado com a nossa verdadeira capacidade de produzir
bens ou serviços neste planeta.
O sistema monetário está em vigor há vários séculos
e continuamos a utilizá-lo sem o questionar.
"Dêem-me o controlo do dinheiro de uma nação
e eu não me importarei com quem faz as suas leis" . Mayer Rothschild
Este sistema vai continuar a introduzir cada vez mais automação,
reduzindo o poder de compra da maioria das pessoas.
Chegará uma altura (segundo a chamada curva de Gauss)
onde o emprego é este, a produção é esta
e o poder de compra é este. Aí, o sistema pára.
Os bancos vão à falência e tudo pára de funcionar.
Dirigimo-nos para lá a grande velocidade.
Finalmente chegámos a uma altura, em 2011,
em que se torna óbvio que a máquina venceu o homem.
Estamos incrivelmente produtivos, utilizando cada vez menos pessoas.
Estamos mais produtivos do que nunca, enquanto economia:
uma aplicação de iPad pode fazer mais do que quatro pessoas.
Há simplesmente cada vez menos empregos. Os empregos que existem agora
podem ter salários mais baixos, por razões óbvias:
há demasiada procura para tão poucos postos de trabalho.
Os salários baixam, o que tem enormes impactos sobre a classe média
e daí vêm as consequências.
Caminhamos em direcção ao colapso social.
Penso que isto acontecerá em todo o mundo, e não apenas cá [EUA].
E o facto é que este colapso não exige necessariamente a queda do governo.
Vai acabar por acontecer sozinho: derrubar-se-á a si próprio.
Controlando os meios de comunicação, pode-se acalmar os ânimos,
mas se a maioria continuar sem emprego, não vai ter poder de compra.
O sistema colapsa. Deixa de funcionar e eles invadem.
Já está a acontecer. Este país já é insolvente.
Eles vão ter dificuldade com a segurança nacional
e com os pagamentos aos pensionistas.
Gastaram muito mais do que o que têm.
A única coisa que podem fazer agora é criar mais dívida, fazer mais e mais empréstimos aos bancos.
Também te queremos mostrar um sinal de como as coisas estão más.
Não muito longe daqui, no meio de Manhattan.
A dívida nacional é tão grande que já não cabe no Relógio da Dívida Nacional.
Começou a subir em 1989,
quando a dívida nacional era inferior a 3 biliões de dólares.
Ultimamente, a dívida tem-se acumulado tão rápido que tiveram que retirar o símbolo do dólar
para dar lugar a um dígito extra, visto que o valor da dívida passou
para mais de 10 biliões de dólares, e continua a aumentar.
No próximo ano, será colocado um relógio novo com espaço para mais dois dígitos.
O governo federal não pode imprimir dinheiro.
Não lhe é permitido emprestar dinheiro ou entrar no ramo da banca.
Isso é privilégio dos banqueiros.
O que o governo tem que fazer se quiser construir uma Força Aérea
de 2 000 aviões por mês,
é pedir dinheiro emprestado a uma instituição de crédito privada,
assinar o contrato e, se a guerra for perdida,
o fardo da dívida recai sobre o público.
"A História mostra que aqueles que trocam dinheiro de um país para outro têm usado todas as formas de abuso,
intriga e falsidade possíveis e todos os meios violentos necessários
para manterem o seu controlo sobre o governo
através do controlo do dinheiro e da sua emissão". James Madison
(Narrador) Estamos, nós e a nossa sociedade,
num estado de transição, é uma questão de evolução social.
Se queremos atravessar com sucesso estes tempos conturbados,
temos que ser capazes de nos adaptar à mudança.
Tudo muda, incluindo os nossos sistemas sociais.
Segundo Albert Einstein:
"Não podemos resolver problemas através do mesmo tipo de pensamento
que usámos quando os criámos."
A Terra ainda é abundante em recursos.
A nossa prática de racionamento de recursos através do controlo monetário
já não é relevante e chega a ser contraproducente para a nossa sobrevivência.
Hoje temos tecnologia altamente avançada
mas o nosso sistema social e económico
não tem acompanhado as nossas capacidades tecnológicas,
que poderiam facilmente criar um mundo de abundância para todos,
livre de servidão e de dívida.
Como é que isto é possível?
Não há dinheiro suficiente para alimentar ou dar casa a todos no planeta
e muito menos para objectivos mais ambiciosos,
mas a Terra tem recursos mais do que suficientes para as necessidades de todas as pessoas,
mas apenas se forem geridos de forma inteligente.
Uma Alternativa Social
(Narrador) Jacque Fresco vislumbra uma solução, que baptizou de
Economia Baseada em Recursos.
É um sistema sócio-económico em que todos os bens e serviços
estão disponíveis para todos sem utilizar dinheiro,
trocas, crédito, débito ou qualquer tipo de servidão.
É diferente de qualquer sistema social que já tenha existido.
Fresco chegou a este caminho ao longo de 75 anos de estudo
e investigação experimental.
Uma Economia Baseada em Recursos opera com base nos recursos disponíveis
e disponibiliza esses recursos a todos os seres humanos na Terra
gratuitamente, sem ter um preço associado.
Temos hoje recursos mais do que suficientes
para construir uma sociedade muito mais avançada.
Não falo de doações limitadas para que as pessoas tenham apenas o mínimo e indispensável,
Estou a falar de uma civilização muito avançada.
Temos os recursos, temos a tecnologia, tudo o que falta é aplicá-los.
(Roxanne Meadows) Um dos principais aspectos do Projecto Vénus
é eliminar a escassez e é aqui que a tecnologia entra em jogo
porque se implementarmos uma Economia Baseada em Recursos
e houver escassez de algo, não irá funcionar.
Implementar uma Economia Baseada em Recursos
numa sociedade sem recursos, não irá funcionar.
Com a tecnologia dos nossos dias podemos disponibilizar tudo,
podemos eliminar a escassez e criar abundância.
Desde que possamos criar essa abundância, a ganância será eliminada,
assim como o egoísmo, grande parte da criminalidade e muito do comportamento aberrante.
(Narrador) Pode conceber-se um sistema social
de modo a que todos possam viver de forma repleta e construtiva
se os benefícios da ciência e da tecnologia forem direccionados
para as necessidades humanas e ambientais
e para superar a falsa escassez em vigor no actual sistema monetário baseado em dívidas.
Todas as pessoas, independentemente da sua filosofia política, costumes sociais
ou diferenças religiosas, dependem dos mesmos recursos básicos:
ar e água limpos,
terra arável,
assistência médica e uma educação relevante.
Acho que um juramento de fidelidade ao planeta Terra e a todos os que nele vivem
seria o melhor caminho em direcção ao futuro.
A espécie humana é uma única família e o mundo é o seu lar.
Nem as nações, nem as pessoas podem mais coexistir separadamente.
Chega de separação por nações, para que qualquer pessoa possa ir aonde quiser.
Antes dos estados (dos EUA) se unirem, cada um delimitava o seu território.
Costumavam combater-se, tinham milícias. Argumentavam:
"Este é o nosso território!" "Nem penses! Tu é que estás a invadir!"
Quando todos os estados se uniram, o governo
redesenhou as fronteiras entre estados e eles aceitaram.
Esse foi o fim das disputas territoriais.
Se queres o fim da guerra, tens de declarar a Terra como uma herança comum.
Devemos declarar os recursos da Terra como herança comum de todas as pessoas do mundo.
Isto não tem nada a ver com aqueles que querem formar uma ordem mundial de elites,
colocando-se a si próprios e às grandes empresas no poder
e o resto do mundo subserviente.
Pelo contrário, uma Economia Global Baseada em Recursos
permite que todas as pessoas alcancem o seu mais elevado potencial,
onde podem prosperar e crescer numa sociedade que funciona a seu favor,
uma sociedade que protege e preserva o meio ambiente,
uma que entende que fazemos parte da natureza, que não somos uma entidade separada dela.
Incentivo
(Narrador) Alguns perguntam de onde viria o incentivo [para trabalhar] se as necessidades fossem satisfeitas
sem ter de se trabalhar para as garantir.
Esta questão pressupõe que as pessoas não têm desejos para além das necessidades básicas.
Se tal fosse verdade, não haveria inventores,
escritores ou professores.
As pessoas trabalham com paixão nas coisas que as interessam e que as desafiam.
Vamos permitir que todas as pessoas tenham a oportunidade
de participar no maior desafio que se pode ter:
melhorar o nosso mundo em prol de todos.
Será dada ênfase à individualidade e não à uniformidade.
Este contrato social irá gerar um novo sistema de incentivos
que valoriza a protecção do meio ambiente e a preocupação social
em vez dos objectivos vazios e egoístas
de propriedade, riqueza e poder.
Isto não apela à uniformidade. Apela absolutamente à diversidade.
Quanto maior for a diversidade de pessoas, mais individualidade existe,
dessa forma damos ênfase à individualidade, à criatividade e à inovação.
É esta a essência do projecto.
Não será um grupo de cientistas a dizer às pessoas o que fazer,
como viver, para onde ir, que caminho seguir.
Se as pessoas tiverem tarefas significativas, terão motivação e incentivo.
O verdadeiro crescimento e desenvolvimento ocorre quando as pessoas estão comprometidas com objectivos
desafiantes, criativos e construtivos.
No entanto, a motivação e o incentivo morrem na rotina diária
dos empregos chatos e repetitivos, necessários para ganhar um salário.
Entregando as coisas às pessoas,
alimentando-as, vestindo-as e as alojando-as de graça,
elas não irão trabalhar todos os dias de manhã porque não é preciso.
Se elas têm habitação, vestuário, filmes e entretenimento,
porque haveriam de ir trabalhar? O trabalho é doloroso, monótono, aborrecido.
No futuro, se as pessoas tiverem acesso a todas as suas necessidades,
mas não tiverem desafios nenhuns, será o seu fim.
As pessoas são constantemente desafiadas por coisas novas.
Nas nossas escolas, desafiamo-las com muitas questões não resolvidas
e há muitos problemas não resolvidos.
Estar bem alimentado e bem vestido não impede o cérebro de funcionar.
Isso significaria que cada milionário não faria nada, ficaria desligado,
porque tem tudo o que precisa. Isso não é verdade.
Há muitos milionários que trabalham 18 horas por dia
e não têm tempo suficiente. Isto tem a ver com a sua experiência
e a sua educação. Quanto mais souberes sobre oceanografia, astronomia, etc,
mais interessado e mais vivo estarás.
Se simplesmente te derem comida, roupas e abrigo, então já podes trabalhar.
Não precisas de te preocupar em ganhar a vida.
O teu incentivo aumentaria consideravelmente.
Para mim, isto é um novo e inovador sistema de incentivos.
Não orientado monetariamente, mas sim orientado para a resolução de problemas
e terás o prazer de ver o mundo tornar-se num lugar melhor.
Gestão Inteligente dos Recursos da Terra
Como podemos ser sensatos ao usar a nossa tecnologia
de modo a que haja mais do que o suficiente para todos?
Para obter isto, é obrigatório que o planeamento
seja baseado na capacidade de suporte dos recursos do planeta.
Todas as nossas infra-estruturas devem ser redesenhadas e operadas
como sistemas completos, coerentes e integrados.
Isto significa que devemos considerar toda a nossa comunidade global como uma unidade
que inclua todos e decidir em conformidade com isso.
Só desta forma podemos usar a nossa tecnologia para superar a escassez de recursos,
fornecer abundância universal e proteger o ambiente.
Portanto, antes de mais, é necessário fazer um levantamento global para avaliar exactamente o que temos.
Far-se-ia, assim, o inventário dos nossos recursos físicos, recursos humanos,
centros de produção e necessidades das pessoas.
Isso permite-nos determinar a quantidade de bens e serviços necessários.
Por exemplo, onde está a terra arável para cultivar?
Quantas pessoas existem nas diferentes regiões
e qual é o seu estado de saúde?
Isto determinaria a localização dos hospitais e a sua quantidade.
Se tentassem fazer isso hoje
(pedir um levantamento global de recursos a todas as nações), eles perguntariam:
O que é que estão a tentar fazer com isto? Descobrir se temos recursos suficientes
em armamento e outras coisas para lutar com vocês?
Permaneceriam cépticos e hesitariam em dar as informações,
por isso acho que tal não resultaria na cultura de hoje.
Depois de serem divulgadas as ideias, a sua razão de ser
e as vantagens obtidas por todas as nações,
(teriam de ser vantagens específicas
que eles pudessem entender nos seus termos)
se elas concordassem, então o levantamento poderia ser realizado.
Não é a minha opinião ou a opinião de outra pessoa qualquer que seria usada.
Seria o tamanho da população, os recursos disponíveis,
a capacidade de suporte da Terra que determinariam
o que seria feito e a velocidade a que as coisas aconteceriam.
Hoje em dia as coisas são feitas segundo princípios totalmente diferentes
mas no futuro serão baseadas
numa forma de equilíbrio dinâmico.
Isso significa operar tudo no seu potencial máximo,
sem negligência ambiental.
(Narrador) A chave para alcançar a abundância e um alto padrão de vida para todos
é automatizar, o máximo possível no menor período de tempo,
mas durante a transição, teremos de reunir
as capacidades tecnológicas das pessoas e trabalhar com computadores,
e com a tecnologia,
para construir e projectar métodos de entrega dos recursos
e os complexos industriais necessários para processar esses recursos.
(Narrador) Os nossos problemas e as suas soluções são de natureza técnica, não política.
A maioria dos problemas pode ser resolvida quando a tecnologia e os métodos da ciência
são usados para servir toda a gente e não apenas uma pequena elite.
Tens de perguntar a ti mesmo o que é que tu queres.
Quero viver num mundo onde não tenha que temer
que uma guerra qualquer mobilize os meus filhos,
onde não haja privações, problemas ou doenças.
Sabes como construir esse tipo de mundo? "Não, não sei."
Bem, como é que o construirias? Chamavas gente de várias áreas científicas,
reunias todos e dirias: "Estes são os problemas que gostaríamos de resolver."
Um governo científico não significa que os cientistas comandem ou controlem as pessoas.
Significa que eles têm os melhores meios para construir sistemas de transporte
e os melhores meios para limpar o ar. Que eles têm os melhores meios
que conhecemos para restaurar os oceanos.
(Narrador) Os computadores podem servir as necessidades de todos
quando a cibernética for definitivamente integrada em todos os aspectos
desta cultura nova e dinâmica.
Pode pensar-se nisto como um sistema nervoso electrónico
extendendo-se a todas as áreas do complexo social.
A sua função seria a de coordenar um equilíbrio
entre a produção e a distribuição,
assegurando que não há escassez ou sobre-produção.
Nesta sociedade altamente técnica
as decisões são baseadas no feedback ambiental,
humano e industrial imediato.
Podes pensar nisto como sensores eléctricos
ao longo de todo o ambiente
desde cidades, fábricas, armazéns,
centros de distribuição, a redes de transporte,
recolhendo dados por todo o mundo para tomar as decisões mais adequadas.
As decisões são baseadas nas necessidades da sociedade
e não nos interesses corporativos ou privados.
(Narrador) Não é com a tecnologia automatizada ou com as máquinas que devemos ser cautelosos,
mas sim com o abuso e mau uso da tecnologia por interesses egoístas.
Lembra-te, são pessoas quem decide que fins as máquinas vão servir.
Se a tecnologia não libertar todas as pessoas
para a busca das aspirações mais elevadas de realização humana,
então todo o seu potencial tecnológico será insignificante.
Faz-se sempre um estudo positivo e negativo
antes de se começar efectivamente a reconstrução de um ambiente.
Projectando o Futuro
(Narrador) Tudo isto é apenas conversa a menos que haja um plano técnico para organizar
e usar os recursos que permitirão chegar à abundância.
O que se segue são algumas das muitas abordagens que o Projecto Vénus fornece
a todo o espectro social.
Hoje, mais de metade da nossa população vive em cidades que estão poluídas,
são perigosas e que desperdiçam energia.
O que temos de fazer é projectar uma cidade como um sistema vivo,
como um organismo, como uma universidade,
de tal forma que todas as cidades do futuro sejam cidades universitárias
que crescem, que continuam a trocar ideias.
A cidade terá um sistema de transporte integrado
para que não haja acidentes,
nem áreas de tecnologia não pensadas.
Medicina, botânica, agricultura, um sistema total planeado como um só.
(Narrador) Na verdade, é melhor construir cidades novas a partir do zero
do que restaurar e manter as antigas.
Fresco usa uma abordagem de sistemas para a concepção de novas cidades.
São lugares desejáveis e agradáveis de se viver.
A noção de que o planeamento geral inteligente
implica uniformidade em *** é um absurdo.
As cidades seriam uniformes apenas na medida
em que exigiriam muito menos materiais, poupariam tempo e energia
e seriam suficientemente flexíveis para permitir alterações inovadoras,
preservando a ecologia local.
Se nós projectarmos as nossas cidades para satisfazer as necessidades humanas,
não existirá a maioria dos problemas que são predominantes hoje.
Na cúpula central tens creches,
escolas, assistência dentária, assistência médica.
Na produção e design das cidades
nós vemos como funciona um oitavo do sistema da cidade e de seguida reproduzimo-lo,
em vez de ter arquitectos a projectar cada edifício e cada estrutura,
que é um tremendo desperdício de energia e talento.
(Narrador) Ao trabalhar para resolver o problema da habitação para todas as pessoas do mundo,
as técnicas de construção seriam muito diferentes das utilizadas hoje.
Estruturas extrudadas e de auto-montagem podem revolucionar
e acelerar os processos de construção.
Estes apartamentos leves e duráveis poderiam ser produzidos como extrusões contínuas,
sendo de seguida, separados e posicionados no lugar pelas mega-máquinas.
As camadas exteriores destas estruturas eficientes servirão de geradores fotovoltaicos
e concentradores solares térmicos.
Não há propriedade nesta sociedade.
Na verdade, as pessoas não vão querer dinheiro.
Vão querer é o acesso às coisas quando o desejarem.
Tendo acesso aos bens numa sociedade de abundância, as pessoas
já não terão necessidade de armazenar e acumular coisas.
Nós reciclamo-las, actualizamo-las e tornamo-las melhores.
Retirem-se os materiais de um carro velho,
pesa tanto quanto um carro novo, por isso não existem carros velhos.
Carros velhos significam perigo.
Se conduzes um carro topo de gama e outra pessoa conduz um carro velho a cair aos bocados
e os seus travões falharem, tu também corres perigo de vida.
Não queremos carros antigos na auto-estrada,
não queremos nada que se possa estragar.
Não queremos nada com que se tenha de tomar cuidado.
(Narrador) Numa Economia Baseada em Recursos,
as pessoas podem ter acesso a quaisquer produtos de que necessitarem, sem o fardo
de os terem de comprar, manter ou assegurar a sua posse.
Desta forma, há muito mais para distribuir por todos
e os produtos estão sempre disponíveis quando necessários.
Qualquer coisa de que as pessoas possam necessitar está disponível nestas cúpulas externas de acesso:
materiais de escultura, instrumentos musicais,
um pouco como a biblioteca pública.
Podem ir ali e ter acesso a uma câmera, a uma bicicleta ou a um relógio de pulso.
Tudo o que precisam está disponível sem nenhum custo.
Isso significa que devemos atingir um nível de produção tão elevado
que a escassez deixa de existir.
Isto evitará quase toda a criminalidade.
Não há forma de segmentar ou tornar este sistema actual justo ou equitativo.
Temos que criar um sistema que garanta os direitos humanos.
Quando todo o mundo tiver acesso livre a bens e a serviços,
já não teremos que lutar pelos direitos das mulheres ou dos negros.
É automático numa sociedade com esta configuração.
Não há que fazer leis como "não roubar":
esse comportamento seria ultrapassado.
Em torno da cúpula central estão os centros de pesquisa,
centros que fazem o trabalho relevante
para a sustentabilidade de toda a comunidade.
À medida que nos afastamos dos centros de pesquisa
chegamos à área de lazer
que possui campos de ténis e de todos os jogos que as pessoas quiserem.
Ao sairmos desta zona chegamos à zona residencial.
Existem riachos, cascatas, lagos por toda essa área.
(Narrador) Poderíamos fornecer uma grande variedade de casas e apartamentos únicos
que poderiam ser relativamente livres de manutenção, à prova de fogo
e praticamente impenetráveis às condições meteorológicas adversas.
À medida que avançamos para o próximo sector, chegamos aos apartamentos.
A razão pela qual alguns preferem morar em apartamentos
é porque têm grupos de teatro, têm ginásios,
assistência médica, assistência dentária: tudo construído na torre central.
Sinto que no futuro as pessoas afastar-se-ão de casas individuais
e passarão a viver em complexos maiores.
À medida que caminhamos para fora, chegamos à agricultura interior
ou quintas hidropónicas.
Depois, há também a agricultura ao ar livre.
(Narrador) A cidade iria usar o melhor da tecnologia limpa, em harmonia com a natureza
como a energia eólica, solar, geotérmica,
concentradores solares térmicos, piezoeléctricos, das ondas, diferenciais de temperatura,
fontes hidrotermais e muito mais.
Um desenvolvimento importante para a geração de energia no futuro,
poderia ser a construção de uma ponte terrestre ou um túnel sob o Estreito de Bering.
Estas estruturas subaquáticas convertem uma parte das correntes do oceano,
em fontes de energia limpa, através de turbinas.
Usando estas fontes de energia poderíamos iluminar a Terra através de energia limpa
e permitir que todas as pessoas desfrutassem de um nível de vida muito elevado
durante os próximos milhares de anos.
Já não há necessidade de utilizar hidrocarbonetos poluentes.
A poluição será uma coisa do passado.
Todos os veículos serão integrados
num sistema de transportes mundial.
O transporte dentro das cidades será por transveyors.
Entre cidades as viagens serão feitas por mono-carris.
Os comboios maglev são utilizados para viagens de longa distância.
Para melhorar a sua eficiência, estes comboios maglev de alta velocidade
estão equipados com secções amovíveis
que podem ser desengatadas enquanto o comboio está em movimento.
As aeronaves exibirão uma ampla variedade de configurações.
Estas aeronaves DAV (ou de descolagem e aterragem verticais)
serão usadas para transporte de passageiros e de mercadorias.
A prioridade é a segurança, em vez da poupança de dinheiro
ou negociar com quem faz os preços mais baixos.
Este cargueiro modular consiste em secções separáveis
que podem ser rapidamente carregadas ou descarregadas.
O número de secções varia de acordo
com a quantidade de carga a ser entregue.
Quando todos os módulos estão ligados podem ser impulsionados como uma única unidade.
Os navios podem ser autênticas fábricas flutuantes
que produzem bens a caminho dos seus destinos.
Podem também servir como centros de ensino
onde crianças e adultos viajam por todo o mundo obtendo uma educação inovadora
não através de estudo sofrido, mas através da experimentação
e interacção com o ambiente no "mundo real".
Um sistema regional de transporte incluiria uma rede de hidrovias,
canais e sistemas de irrigação.
Estes poderiam servir para minimizar a ameaça de inundações e secas
permitindo ao mesmo tempo a migração de peixes e agindo como corta-fogos naturais,
reservas de água para emergências, áreas de piscicultura e de recreação.
(Roxanne Meadows) Quando libertarmos a ciência e a tecnologia
directamente no sistema social,
sem as restrições do mercado ou das patentes,
poderemos atingir um elevado padrão de vida
dentro de um período de tempo muito curto.
Esta sociedade terá um aperfeiçoamento contínuo,
mudando rapidamente através de novas tecnologias, invenções e ideias.
Seria uma sociedade emergente
ao invés de uma sociedade estabelecida como temos hoje.
(Narrador) Imagine viver numa extraordinária cidade oceânica,
ajudando a restaurar o ambiente dos oceanos,
ao mesmo tempo que elimina a pressão populacional em terra.
Estas cidades marítimas poderiam servir como universidades e centros de pesquisa
onde os alunos estudariam ciências marinhas.
Poderiam ser usadas para aquacultura, cultura marinha e exploração mineira,
mantendo um equilíbrio dinâmico no ambiente oceanográfico.
Cidades auto-suficientes no mar podem variar na sua concepção,
dependendo da sua localização e função.
Esta estação de observação submarina permite às pessoas
visualizar a vida marinha no seu habitat natural.
Estes sistemas de cultura marinha e aquacultura
cultivam e criam peixes, juntamente com outras formas de vida marinha
para ajudar a atender às necessidades nutricionais da população mundial.
Estas estruturas permitiriam o fluxo livre de água por toda a parte.
Usando a tecnologia desta forma, seria possível à sociedade global
alcançar um avanço social e reconstrução mundial
no menor tempo possível.
Uma utopia, sempre que for estabelecida, vai extinguir-se, vai estagnar-se,
enquanto aquilo de que eu falo é de uma cultura em constante evolução
ou uma cultura emergente.
Eu não tenho os fundamentos de uma sociedade perfeita. Não sei o que é isso.
Mas sei que podemos fazer muito melhor do que o que temos hoje.
Eu não sou utopista. Não sou um humanista
que gostaria de ver toda a gente a viver em cordialidade e harmonia.
O que eu sei é que se não vivermos assim, acabaremos por matar-nos uns aos outros
e destruir a Terra.
(Narrador) Este novo estilo de vida, da mesma forma que proporcionaria lazer e recreio,
aumentaria também o conhecimento e a criatividade de todos.
A medida do sucesso seria a realização dos interesses pessoais de cada um
ao invés da aquisição de riqueza e objectivos egoístas.
Uma Economia Baseada em Recursos não só mudaria o nosso meio-ambiente
tornando-o mais limpo, eficiente e agradável,
como introduziria também um novo sistema de valores
adequados à direcção e objectivos desta abordagem nova e inovadora.
Com educação e disponibilidade de recursos
não haveria limites para o potencial humano.
Todos terão a liberdade de empenhar-se
em qualquer área que seja construtiva, pelas suas próprias escolhas,
sem as limitações económicas de hoje.
Encontramo-nos num momento em que temos de tomar decisões
se queremos evoluir da nossa actual cultura de escassez,
desperdício e destruição ambiental,
para uma sociedade sustentável de abundância e ecologicamente cuidadosa.
Uma nação sem uma visão de futuro
está condenada a repetir os erros passados
vezes sem conta.
Desonestamente, dizemos
que o Homem é a mais elevada forma de evolução, algo que aprendemos nas escolas.
O Homem destrói os oceanos, os peixes, a atmosfera e o seu semelhante.
O Homem sobrevoa uma cidade, pressiona um botão
e queima todos os seus habitantes com armas nucleares.
Será ele a maior criação da natureza? Ainda não,
na minha opinião. Temos um longo caminho a percorrer.
Tanto podemos vir a desenvolver o paraíso na Terra
como acabar por nos eliminarmos para sempre. Só o futuro o dirá.
É o que fazes que dita o futuro.
(Narrador) Podemos criar um mundo onde a guerra e a carência são memórias distantes.
Apenas quando toda a ciência e tecnologia forem utilizadas,
no âmbito de uma Economia Global Baseada em Recursos,
em prol da protecção do ambiente e do bem-estar geral,
compreenderemos
o que significa ser verdadeiramente civilizado.
Torna-te parte da comunidade crescente dos
que trabalham para levar a cabo os objectivos do Projecto Vénus.
Junta-te aos nossos esforços para levar esta visão positiva do futuro
a um público mais amplo, através de uma grande produção cinematográfica.
Tudo isto pode ser construído com o conhecimento actual.
Seriam necessários apenas 10 anos para mudar a superfície da Terra,
para a reconstruir num segundo Jardim do Éden.
A escolha é tua. A estupidez de uma corrida às armas nucleares,
o desenvolvimento de armas, a tentativa de resolver os problemas através da política,
elegendo este ou aquele partido.
Toda a política está imersa em corrupção.
Reafirmo: Comunismo, Socialismo
Fascismo, Democratas, Liberais.
Não existem os problemas dos negros, dos polacos, dos judeus
ou problemas dos gregos ou das mulheres. Existem, isso sim, problemas humanos.