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Ah! Eu já estou vendo eles, cobrindo-me de beijos
E rasgando (querendo) as minhas mãos e pedindo em voz baixa
Será que a morte está chegando? Será que a morte vai?
Será que ele está ainda quente? Será que ele já está frio?
Eles abrem meus armários, eles apalpam minhas roupas
Eles revistam minhas gavetas, festejando com antecedência
Minhas cartas de amor embrulhadas por dois
Eles lerão perto do fogo rindo até perder a voz. Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Eu já estou vendo eles, arrumados e frientos
Seguindo como artistas meu traje de madeira
Eles forçam o coração para parecer o mais triste
Eles se empurram pelo braço para ser o primeiro
Trouxeram velhas que não me conheciam mais
Trouxeram crianças que não me conheciam
Pensam sobre o preço das flores e acham indecente
Não morrer durante a primavera quando você ama as lilá. La La La !
Ah! Eu já estou vendo eles, todos os meus falsos amigos queridos
Sorrindo sob o peso do dever comprido
Ah! Eu já estou vendo você, muito triste, muito a vontade
Protegendo sob o lençol suas lágrimas de Lyon (cidade Francesa)
Você nem sabe, saindo do meu cemitério
Que você entra para o inferno quando se segura no seu braço
O braço qualquer, o braço do seu último
Que fará você chorar muito mais do que eu. Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Eu já estou me vendo, vejo-me bem no fim
Dessa viagem de onde voltamos de tudo
Ah! Eu já estou me vendo, instalando-me para sempre
Bem triste, bem no frio no meu campo de ossos
Eu já estou vendo isso e sem ter vergonha
De ousar me perguntar de apenas beber água
De não mais sair com meninas, de colocar dinheiro de lado
De amar o filete de Malquererão (peixe) e de gritar: "Viva o rei!". La La La La La La La