Tip:
Highlight text to annotate it
X
Bom dia!
Então, vamos lá.
Essa aí é a foto dum bairro da década de 60,
da zona sul de São Paulo,
dos registros da União Popular de Mulheres.
E a foto é bem interessante
porque mostra ali, mulheres, muitas senhoras na constituição do bairro.
Na década de 60, São Paulo recebeu uma série, uma levada de nordestinos,
recebeu de braços abertos.
Hoje, são os nossos mestres na zona sul de São Paulo.
E começa nessa época a constituição do que é hoje a periferia de São Paulo.
A zona sul.
Aí é uma foto bem interessante
que mostra a organização comunitária.
Aí é o final de um mutirão,
eles estão construindo casas, moradia popular,
o movimento de moradia na década de 60 foi muito forte
na zona sul de São Paulo.
Aí é que nasce a União Popular de Mulheres.
Então, mulheres, jovens,
que começaram um trabalho já na década de 60,
em plena ditadura militar.
Uma ditadura pesada em São Paulo.
Mas aí começou o trabalho com os clubes de mães,
com os espaços nas igrejas.
O trabalho com as crianças,
o trabalho de alfabetização também já era levado.
As crianças aí, é a foto da creche
que ficava ao lado da vila dos trabalhadores,
os trabalhadores que estavam fazendo suas próprias casas.
Essa é a realidade hoje do Campo Limpo,
zona sul de São Paulo, periferia.
Então, a gente tem o rio,
não é o rio Amazonas, mas é o rio Pirajussara,
famoso também pelas suas enchentes.
E é aí em que se insere,
aí é que começa o trabalho da União Popular de Mulheres,
que é um trabalho de organização comunitária, reunir ali os moradores.
Hoje a gente tem um trabalho com idosos.
Hoje é o idoso que traz para a gente as demandas da comunidade.
E é aí em que se insere o Banco Comunitário,
entre outras atividades da União Popular de Mulheres.
Essa é uma foto do trabalho de inclusão digital que a gente faz.
Sempre fazendo essa integração, o idoso, a criança.
E é nesse cenário que se insere o Banco Comunitário.
O Banco Comunitário tem essa proposta
de trazer a comunidade para fazer a gestão daquele dinheiro que está lá,
daquele Sampaio, ou daquele crédito produtivo.
Esse aí é o Sampaio, famoso aí,
já rodou aí em várias conversas,
inclusive com os próprios trabalhadores aqui do hotel,
a gente conversou muito sobre a moeda social, o Sampaio,
que traz para a gente, também, uma auto-estima,
para a gente que é morador do Campo Limpo.
Hoje, você tem uma moeda do seu bairro,
você tem a Onda Sul, que é o boné que você usa,
você tem a camiseta, que é das senhoras que fazem.
Então, hoje, a moeda social faz parte de um fortalecimento comunitário.
É isso que o Sampaio, que o Banco Comunitário, busca.
Além de informação.
Hoje, na nossa comunidade, a gente discute várias coisas.
Hoje a gente discute saldo compulsório,
a gente discute produto interno bruto.
São informações que a periferia não teve.
E hoje, pelo Banco Comunitário,
a gente tenta reconectar essa comunidade de hoje, essa foto de 2010,
com uma comunidade mais solidária,
uma comunidade onde a gente sempre buscou a solidariedade.
Então, o que a gente busca é isso.
Obrigado.