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Graças a Deus, mais uma vez,
pela vida dos irmãos e irmãs
que nos concedem o privilégio de sermos edificados
com esta música tão maravilhosa. Louvado seja o Senhor
que também Ele é glorificado.
Evangelho de Jesus, escrito por Marcos, capítulo 7, versos 8 e 13.
O coral cantou a mesma cantata agora à noite,
eu acho que não tem problema eu fazer o mesmo sermão que eu fiz pela manhã.
(risos)
Não que eu não tivesse preparado outro. Tenho Gálatas, capítulo 3, versos 13 e 14,
mas ele é um pouco longo.
Longo, dentro da minha estrutura normal, entre 30 minutos, aproximadamente.
Mas, nós vamos trazer a mensagem que falamos hoje pela manhã
até porque o público é bem diverso do que tivemos pela manhã.
Evangelho de Jesus, escrito por Marcos, capítulo 7, versos 8 e 13.
"Negligenciando o mandamento de Deus,
guardais a tradição dos homens.
invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição,
que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes."
Pai celeste louvamos o Teu nome.
Bendizemos a Ti, ó Deus, por nos dares a bênção de adorarmos ao Senhor.
Podemos, ó Deus, fazê-lo dessa forma
pela música, ouvindo, ó Deus, e sendo conduzidos à adoração
e envolvendo-nos, ó Deus, neste maravilhoso modo de Te adorar e Te bendizer.
Louvamos-Te, ó Deus, porque nos dás também,
da parte do Senhor, a direção para nossa vida, por meio
da Tua palavra, dos Teus ensinos.
O Espírito do Senhor, que até aqui tem nos abençoado,
seja Ele, ó Deus, a nos levar à percepção e à compreensão
dos ensinos, ó Deus, relativos à nossa vida cristã, com base na Sagrada Escritura.
Que Tu, de fato, ó Deus, fales ao nosso coração, à minha vida,
à vida de cada pessoa.
Para que, edificados, ó Deus,
conheçamos a vontade do Senhor, a cumpramos e a realizemos,
apressando, neste sentido, ó Deus, a volta gloriosa e majestosa
de Cristo Jesus, Teu Filho, nosso Senhor.
Pois é em nome dEle que nós oramos. Amém.
Negligenciando o mandamento de Deus guardais a tradição dos homens.
A História humana (ela) registra
muitas reformas, ou movimentos de reforma na sua estrutura.
Quando nós nos lembramos do século XVIII
somos levados à chamada Revolução Francesa,
filha direta do Movimento Iluminista,
que estabelecia e propunha a supremacia da razão sobre
todas as coisas, inclusive, desbancando até
a ideia do próprio Deus.
Esta reforma na maneira de pensar terá, evidentemente,
desdobramentos posteriores em toda a estrutura da filosofia humana.
Pouco tempo depois, já no século XIX,
nós vemos também uma estruturação de reforma bastante séria,
no que diz respeito à questão ligada à Economia.
Com propostas vindas de Engleski e Karl Marx
na relação Capital e Trabalho.
gerando o que nós ficamos conhecendo como
o movimento do proletariado, a luta de classe,
a Revolução Bolchevista, ou implantação do Comunismo e todos os seus aspectos.
Certamente, aqueles que são um pouco mais maduros do que eu
lembram-se de uma revolução, ainda que não necessariamente de
expressão mundial, mas em grande parte da Europa,
quando no pós-guerra, em relação à Primeira Gerra Mundial,
a Alemanha estava, simplesmente, arruinada, arrasada.
Se comprava um pão por um carrinho de dinheiro, literalmente.
Não se valia absolutamente nada, o dinheiro. Era um caos.
E, de certa forma, a Europa também estava sendo contaminada.
E entra, então, uma visão ideológica
de reforma destes princípios, valorizando o aspecto nacionalista.
Isto se espalhou, de certa forma, pelo mundo
e alguns aqui, talvez, tenham vestido a camisa verde,
levantando uma das mãos e dizendo: " Anauê "
Alguns, talvez alguns...
São os Integralistas. Eram fruto deste movimento. Sorte que
a história da humanidade traz em seu bojo
movimentos de reforma,
que buscam restaurar, evidentemente, alguma coisa.
Quando nós lemos o texto que temos diante de nós,
escrito por Marcos, vemos os Senhor Jesus falar aos fariseus
sobre um problema muito sério.
Eles haviam deixado e permitido
que as suas tradições, meramente humanas,
estritamente humanas,
suplantassem os ensinos das Escrituras.
O Senhor Jesus não está se contrapondo
à ideia da tradição.
O Senhor Jesus não está se posicionando contra a tradição
o que atabalhoadamente muitas pessoas fazem equivocadamente
imaginando que nós não temos nada a ver e nenhum vínculo
com a tradição. Isto é um equívoco.
Isto é, na verdade, uma falta de conhecimento
básico, inclusive, das próprias Escrituras.
O que Jesus contesta aqui, o que O Senhor Jesus se posiciona contra
é o fato de que os fariseus,
os saduceus, os sacerdotes, os escribas,
haviam permitido
que a estrutura e o arcabouço levantado pelos homens
com as suas tradições sufocassem e impedissem
a aplicação das Escrituras.
E é neste sentido que Jesus repreende.
E é neste sentido que Jesus se opõe
à ação dos fariseus vinculada à tradição.
Por isto é que ele diz
que negligenciavam o mandamento
por causa das tradições dos homens.
Invalidavam a palavra de Deus por causa da própria tradição.
A tradição não é, necessariamente, má
nem conflitante com as Escrituras.
Mas, no momento em que a tradição
se coloca em rota de colisão com as Escrituras
nós rejeitamos a tradição e mantemo-nos apegados, firmes à palavra do Senhor.
A reforma religiosa do século XVI,
só posteriormente chamada " Reforma Protestante ",
visa exatamente isto:
Restaurar, recompor, a vinculação da Igreja às Escrituras Sagradas,
fazendo este movimento de retorno às raízes do Novo Testamento.
Fincando as suas bases nas Escrituras
e não meramente na tradição ou no ensino
da Igreja constituída e posta.
Não mais fiando-se no chamado " Magistério da Igreja ",
mas naquela fonte onde o magistério da igreja deveria firmar-se
que é a Escritura Sagrada.
Por isto nesta noite
nós vamos falar sobre alguns aspectos
ligados à Reforma Religiosa do século XVI,
posteriormente chamada " Reforma Protestante ".
Primeiro seu aspecto histórico.
Este movimento reformista religioso
tem uma grande influência
de um movimento reformista intelectual.
A Reforma está junto, no tempo, com o Movimento Renascentista,
com o Renascimento,
que nada mais é do que a volta às raízes
seja o Clássico Grego, seja o Romano
havia o interesse novamente em buscar
as raízes clássicas da civilização.
E isto, então, faz com que se volte também o interesse pelo grego.
Consequentemente, leva as pessoas a buscarem as Escrituras novamente,
porque ela faz parte desta estrutura antiga e clássica.
Consequentemente este movimento contribuirá
com a eclosão do movimento religioso reformista do século XVI.
A data que se dá para o marco deste movimento
é o dia 31 de outubro de 1517.
Quando, ainda monge,
ainda ligado à sua Ordem,
inclusa na Igreja Católica Romana,
Martinho Lutero, doutor em Teologia,
prega, ou afixa, 95 proposições, chamadas de " Tese "
nas portas da Catedral da cidade de Wittenberg.
Isso não é nenhum fato extraordinário, inusitado, inovador.
Esta era a forma costumeira
que um doutor, sobretudo naqueles dias, em Teologia, ou em qualquer área do saber
desafiava, ou chamava à liça pública, ao debate público,
qualquer um que desejasse discutir as suas proposições ou " Teses ".
Então ela faz afixar essas 95 teses
com o propósito de debatê-las.
No bojo, estas teses (nós já trabalhamos essas teses aqui), mas no bojo,
elas estavam se posicionando contra a venda das indulgências,
ou a possibilidade
de se alcançar o indulto, ou o perdão eterno
mediante a aquisição
desta indulgência, comprando portanto, assim, o perdão de Deus.
É uma forma de simonia.
O interesse, evidentemente, de Roma,
neste processo de venda das indulgências,
era levantar
valores para a conclusão das obras da capela em Roma, da Capela Sistina, em Roma.
Neste sentido levanta-se, contra esta prática,
o monge Martinho Lutero.
Nós vimos que as 95 teses ainda estão a favor do purgatório,
ainda entendem que o Papa é o cabeça da Igreja,
ainda se mantinha vinculada a uma série de questões ligadas à teologia romana.
Mas se opunha a esta prática da venda das indulgências.
e isto começa, então, a gerar um certo conflito,
porque à medida que Lutero sustenta esta posição
e questiona o fato
de que se o Papa pode conceder o perdão por meio de pagamento,
por que ele não faz isto de uma maneira ampla?
Numa expressão, usada um tempo atrás no Brasil:
" Geral e irrestrita "
Por que ele não faz isto? Por que ele não decreta, então
a indulgência, plenamente, para todas as pessoas, sem custo algum,
porque neste sentido o pobre
ver-se-ia alijado da possibilidade de alcançar a benesse do perdão,
porquanto ele não teria condição de comprar
a sua indulgência.
Esta liça, este conflito,
que foi visto em um primeiro momento pelo Papa como querela de monges,
agravou-se.
Agravou-se, tomou proporções muito grandes.
Aspectos políticos vieram se juntar ao movimento,
o espírito germânico de autonomia
e de não-interferência nos seus territórios
começa, também, a tomar corpo e este movimento religioso,
agora respaldado pelo aspecto político,
pelo aspecto social,
deixa as fronteiras da Alemanha.
Lutero é condenado à excomunhão
por meio da bula papal
de Leão X, chamada " Exsurge Domine "
" Levanta-Te, Senhor "
Ela começa exatamente dessa maneira, " levanta-Te Senhor
porque um javali selvagem
entrou nas Tuas vinhas
e as está destruindo ".
Com a bula papal " Exsurge Domine "
Lutero é excomungado. Ele então toma esta bula e a queima em praça pública
e aí, certamente, o movimento já estava estabelecido e fazendo com que
se tornasse irreversível.
Agora, sim,
o que era no princípio uma proposta de reforma
torna-se uma cisão, uma ruptura. O que não é a primeira na igreja cristã.
Em 1054 ocorreu " O Grande Cisma do Oriente ",
com as igrejas do oriente se separando das igrejas do ocidente,
desconhecendo a predominância e o domínio papal.
Além de outros aspectos, como imagens,
a procedência do Espírito Santo, etc.
No século XIV houve uma outra situação constrangedora,
que também é chamado " O Cisma do Ocidente "
com o Papado de Avinhão
quando se deslocou a sede do papado de Roma para a França, na cidade de Avignon.
Tendo dois papas, um em Roma, outro em Avignon.
Os dois eleitos pelo mesmo Consílio.
Era uma situação bastante constrangedora.
Então é convocado um Consílio
para resolver a situação.
Então este Consílio, devidamente convocado,
elege um novo papa
e destitui os dois que estavam regendo.
Os dois não aceitam a decisão do Consílio
e passa-se a ter, então, três papas.
É o chamado " Cativeiro Babilônico da Igreja"
ou " O Grande Cisma do Ocidente ".
Nós só conhecemos a Reforma.
Achamos que só nós, Protestantes, somos os responsáveis
por " rasgar a túnica de Cristo ", como se usa uma expressão aí fora.
Isso não é verdade. A proposta não era essa.
A proposta era de reforma.
Reforma na estrutura teológica e de vida.
Esse é o aspecto histórico.
O aspecto religioso deste movimento
reformista religioso chamado Protestante ( apenas um parêntesis )
Ele vai se chamar Protestante só depois de 1529
quando a segunda Dieta de Spira, na Alemanha
modificou-se a lei
pela qual as pessoas tinham o direito
em cada província, ou estado, ou principado,
de optar e mudar a sua religião.
Houve um conclave, uma dieta ( " dieta " é este encontro de prelados
e de príncipes, sobretudo )
que decidiam questões ligadas ao Império.
Então decidiu-se que não mais se poderia haver
mudança ou conversão
de católicos ao luteranismo ou a qualquer ramo reformado, portanto
o príncipe determinava a religião
do seu principado, ou do seu estado, e não era permitida mais a conversão.
Os príncipes, já luteranos,
- não protestantes ainda -
mas, luteranos
redigem um documento
iniciando-o desta maneira:
" Nós, príncipes tais, tais, tais e tais... PROTESTAMOS contra isto, isto, isto, ...
em relação à nova legislação proposta no Império.
Daí ficaram conhecidos, alcunhados,
de PROTESTANTES.
Este nome que nós trazemos sobre os ombros até hoje.
Muito bem, aspecto Religioso.
Como disse, o movimento da Reforma ele tem também este aspecto
ligado à sua influência Renascentista
de retorno às raízes, de volta às origens.
Então o Movimento Reformista Protestante
buscará o resgate
de aspectos ligados à estrutura e ensino básico dos apóstolos.
E estes ensinos, de certa forma, se concentram em quatro aspectos.
Primeiro deles: Volta das Escrituras acima da tradição.
Já não mais o magistério da Igreja, visto como " infalível ",
determinaria o que se crê.
Mas sim a convicção pelo livre exame das Escrituras Sagradas.
É a volta à autoridade da Palavra de Deus.
Não mais a Igreja se regeria
pelas normas estabelecidas pela própria Igreja, como clero,
mas, estaria ela sujeita, vinculada, aos ensinos da Palavra de Deus,
o que até hoje ainda fazemos.
Quando alguém professa sua fé
em nosso meio, ele promete ser fiel e sustentar a Palavra do Senhor.
E promete obedecer as autoridades da Igreja
enquanto essas autoridades forem, elas mesmas, fiéis às Sagradas Escrituras.
Porque não há nenhum juiz maior
nenhum tribunal superior ou acima do tribunal das Escrituras.
Por isso que Lutero, quando confrontado,
na Dieta de Worms com relação ao que ele havia dito e escrito, ele diz:
" Se vocês puderem comprovar pelas Escrituras
que eu estou errado eu me retrato "
Puderem me provar pelas Escrituras.
Este é o nosso ponto. Esta é a nossa proposta:
as Escrituras acima da tradição.
Segundo aspecto está ligado à Graça de Deus.
A graça como exclusiva fonte da salvação.
Não há outra fonte, que não a graça de Deus, para conceder
e dar a salvação.
Não é uma situação que determina a possibilidade
de nós darmos ou gerarmos salvação.
A salvação é fruto exclusivo da graça de Deus.
Não há uma ação cooperativa nossa com Deus para que a graça seja motivada.
Ela é livre, soberana e incondicional,
como fonte única da nossa redenção. Se somos salvos, se somos remidos,
se somos resgatados, se fomos regenerados, é por graça, e somente graça de Deus.
Então, é a soberania e a supremacia da graça de Deus.
Outro aspecto é a Fé.
Somente a fé como elemento exclusivo
como meio para se receber a salvação.
Vejam bem que há uma distinção aí.
A graça é fonte única de salvação.
Mas como eu me aproprio desta salvação?
Como eu me aproprio desta graça?
Deste presente, deste dom?
O meio único para assim fazê-lo é a fé em Cristo Jesus.
Não é a nossa própria disposição de alma.
Não é a nossa vontade.
Mas é a fé em Cristo Jesus.
Não são as nossas obras que nos levam
a nos apropriarmos da graça de Deus
numa estrutura sinergista, é de fato, a fé exclusiva
em Cristo Jesus e no Seu sacrifício na cruz.
Somente a fé, neste sentido,
e nenhum outro instrumento
capaz de nos fazer apropriar da graça de Deus revelada em Cristo Jesus.
E o último aspecto: A pessoa de Cristo.
Somente Cristo, como único
e suficiente mediador entre Deus e os homens.
Nenhum outro.
Nenhuma outra.
Ninguém, a não ser O Senhor Jesus,
está colocado entre nós e O Senhor, entre O Senhor e nós.
Não há outra pessoa que possa estabelecer esta situação de pontífice, ele é o único
Pontífice, que significa exatamente isto,
o que constrói e faz a ponte.
A única ponte que existe entre O Senhor e nós e nós e o Senhor
é a pessoa de Jesus, nosso Redentor.
Não há, portanto, nenhuma possibilidade
da constituição e estabelecimento
de sacerdócio humano, medianeiro ou mediador, entre o homem e Deus.
" Mas, os senhores são pastores e são ministros. "
Mas eu não sou sacerdote.
Os senhores e as senhoras não dependem de mim para sua relação com Deus,
pra sua comunhão com O Senhor.
Vocês não dependem de mim para participarem da Ceia do Senhor.
" Mas, por que só o senhor celebra a ceia? "
Por uma questão de ordem! Ordem.
Porque se não vira uma bagunça. Todo mundo chega e quer fazer.
Daqui a pouco tem criança celebrando a Ceia sem discernir.
É só uma questão de ordem.
" Mas, por que só os senhores é que batizam? "
Nós não somos ministros do sacramento, neste sentido.
Nós somos ministros da Palavra.
" Mas, por que então só os pastores ? " Não são só os pastores.
Há irmãos nossos, há igrejas chamadas Protestantes,
em que não há pastores ordenados.
Servos do Senhor, servas do Senhor, ministram sacramentos.
E nós os reconhecemos como tais.
E nós os aceitamos como tais.
Pessoas que são recebidas pelo batismo em igrejas irmãs
em que há anciãos e não pastores, necessariamente,
e seriam chamados sacerdotes, equivocadamente por muitos,
que ministram aquele batismo, nós reconhecemos como tal.
E os recebemos como irmãos em Cristo, não levando-os novamente ao batismo
por entendermos
que isto não é prerrogativa de uma elite ou de uma casta
privilegiada, chamada sacerdotes.
Sem padre pode não haver missa.
Aliás, sem padre não existe missa, né? Ao contrário, me desculpem.
Mas, sem pastor, ah, tem culto!
Sem padre, aí sim, não tem missa. Tem celebração, mas não tem missa.
Missa sem padre não existe, agora...
culto sem pastor existe. " Reverendo! "
" O senhor não arrisca muito falar isso não,
porque de repente o pessoal acha que é dispensável ". Irmãos...
não tenha dúvida quanto a isso. Paulo já dizia " o que vive do altar
prega, vive da pregação;
prega o evangelho, vive do evangelho;
o que ministra no altar, vive do altar. "
Mas se isso for alguma coisa diferente vou fazer como o apóstolo Paulo,
vou fazer tendas.
Qual o problema?
Não há problema nenhum quanto a isso, irmãos.
O que nós temos que entender é que
a Reforma resgatou
esta verdade sublime, maravilhosa, chamada
Sacerdócio Universal dos Cristãos
Dizendo, olha,
você pode, por meio da pessoa de Jesus,
ter um relacionamento com Deus.
Você não precisa de mediadores ou medianeiros
humanos para estabelecer
a sua relação com o Sagrado.
Vocês têm acesso, à presença, do Pai por meio de Jesus.
E olha, boa notícia. Entre você e Jesus não precisa de mediador não, viu?
Ah, porque Ele está muito longe, eu preciso do irmão dele,
que é Tadeu... irmão não, primo, dizem...
pra chegar e ajudar, pra ele...
Não, gente, ele diz " Vinde a mim vocês que estão cansados e sobrecarregados
e eu lhes darei alívio ".
Ele diz " venham a mim ", não é por meio de algo. Podem vir,
eu sou acessível
não requeiro mediador entre vocês e eu, agora, daí pra virem ao Pai
só poderão fazê-lo por meio de mim. É isso que Ele coloca.
É isso que a Reforma vai resgatar na pessoa de Jesus.
O único suficiente mediador e cabeça único da Igreja.
E quando eu digo Igreja, falei pela manhã e repito,
eu não estou pensando na Igreja Presbiteriana da Vila Mariana,
na Igreja Presbiteriana do Brasil,
no somatório de todas as igrejas e denominações cristãs.
Eu estou falando da Igreja, corpo místico de Cristo,
da comunhão dos santos, da assembleia dos remidos pelo Cordeiro.
Ele, Jesus, é ao mesmo tempo, fundamento e cabeça
desta Igreja, e nenhum outro!
E ninguém mais. E qualquer tentativa
de se estabelecer fundamento, ou cabeça, que não O Senhor Jesus
é usurpação
daquilo que a Bíblia garante ser exclusivamente dEle.
Isso que a Reforma Protestante se propôs a fazer.
Isso é que a Reforma Protestante fez.
Isto é o que nós temos que continuar a fazer.
E o aspecto, não só histórico, religioso, mas o aspecto Existencial.
A Reforma é uma reforma.
Para reformar o quê?
Para reformar a estrutura da Igreja.
Para reformar a sua teologia.
Os seus conceitos religiosos.
E para reformar os seus costumes.
Por isso, o aspecto existencial da Reforma
é extremamente importante.
A chamada " ética Protestante "
ela é destacada e destacável
Nós, Protestantes, somos conhecidos pela nossa ética.
" Bom, está meio desgastada... " Eu sei.
Não vou...
Talvez já tenha sido o tempo quando se diz " olha, pode fazer negócio com ele
que ele é Protestante ".
Infelizmente, infelizmente, talvez isto esteja
desgastado no nosso contexto, miserável e infelizmente.
Mas a reforma religiosa do século XVI pugnava pelo aspecto existencial.
A realidade encarnacional dos princípios da fé
não havia dicotomia,
não havia dissociação entre o que eu creio e o que eu faço.
Entre a minha fé e a minha vida. E aqui
entra o aspecto das obras.
Que de maneira lesiva e imprópria
nos acusam a nós, Protestantes,
de desdenharmos as obras. Isto não é verdade.
Os Protestantes sempre tiveram zelo e cuidado para com as obras.
Mas, entendendo que elas não eram fator gerador da salvação,
cooperador com a salvação.
Mas, elementos que decorrem do seu vínculo de fé e redenção em Cristo Jesus.
Isso significa, que nós, Protestantes,
pela graça do Senhor, somos levados pela nossa consciência
de fé, em Cristo Jesus, a vivermos dignamente o Evangelho de Cristo.
Somos chamados a uma disposição de vida, sustentando valores do Reino de Deus,
fazendo diferença pelo nosso modo de ser,
onde somos inseridos, por Deus, para vivermos.
Queiramos, ou não, a História mostrou, pelo menos em tempos passados,
volto a dizer, infelizmente,
ao descuidarem da herança reformada
estão se pondo a perder.
Países... países inclusive! Mesmo que não exista país cristão, mas
países cuja a influência da Reforma
era notória
notabilizavam-se pelo progresso social,
ausência de violência,
estrutura de vida,
salubridade, leis sociais, etc, etc...
Isso é ética.
Isso é fruto de quê?
Fruto da consciência
no envolvimento
com a fé em Cristo Jesus e a graça do Senhor.
Esse é o aspecto Existencial da Reforma.
Se você é alguém que foi regenerado,
que teve uma experiência pessoal de salvação com Cristo e em Cristo,
e esta é uma ênfase também da Reforma,
certamente essa regeneração será vista na sua estrutura de vida
e o seu modo de ser e de viver
será mudado.
E esta é a proposta da Reforma.
De ser, de fato, reformado
os seus padrões que anteriormente eram contrários ao Senhor
e agora se afinam com a vontade do Senhor.
Reforma religiosa do século XVI,
posteriormente chamada de Reforma Protestante.
Seu aspecto Histórico.
Seu aspecto Religioso.
Seu aspecto Existencial.
A Reforma não ficou distante no tempo.
Está presente hoje.
Nós somos herdeiros
deste movimento reformista. " Ah! Eu não! "
" Eu sou é crente! "
" Eu sou é Evangélico, não sou protestante, não. "
É... todo mundo tem o direito de ser ignorante, até ser
esclarecido na sua ignorância.
Quando eu digo " ignorante ", como falei pela manhã,
no sentido de ignorar.
Porque não importa se é Presbiteriano,
Luterano, Batista, Metodista, Assembleano, Bola de Neve,
Renascer, Assembleia de Deus, Maranata, não importa,
nós somos herdeiros da Reforma.
Nós existimos porque naquele contexto
foi estabelecida a igreja chamada Reformada.
E esses grupos que existem hoje, tantos!
Quase que incontáveis,
São, de alguma maneira,
fruto da Reforma.
E herdeiros, mesmo que não saibam nem o que seja Reforma,
mas são herdeiros da Reforma Protestante
do século XVI.
Graças a Deus porque nós temos um pouquinho mais de consciência,
de percepção, deste fato.
E podemos, pela graça do Senhor,
sustentar estes valores,
dos servos e servas do passado,
que sustentaram, muitos deles,
à custa de suas próprias vidas.
Não só nas terras do velho mundo,
mas nas terras " brasilis ", nas terras do Brasil.
Sustentando à custa da própria vida
os princípios da Reforma
firmados na Escritura Sagrada.
Amém.