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Creio que a filosofia sempre vive na matriz social;
está sempre cercada de tecnologia, economia, política
e pelos problemas de um tempo. E os filósofos,
o que significa basicamente pessoas que refletem muito.
Pessoas que refletem muito
estão fadadas a ser sensíveis aos problemas de um tempo
e à forma pelas quais as coisas se desenvolvem ao seu redor.
Então, os filósofos podem ser sempre vistos, creio,
como reflexões do seu período histórico.
Nisso eu concordo, na verdade, com Karl Marx e Hegel.
Na atualidade, creio que o desafio é
incluir a efemeridade; quero dizer, tudo acontece tão rápido na era digital.
Então, um problema que é diferenciado em um ano
pode sumir no próximo. Há um tipo de movimento
que, creio, torna a vida mais difícil.
É mais difícil saber no que as pessoas vão se interessar. Por exemplo,
no ano 2000, ninguém estava tão interessado no terrorismo,
e ninguém nos Estados Unidos ou no Reino Unido.
Em 2002, todo mundo estava centralmente interessado em terrorismo
enquanto fenômeno do mundo moderno.
Então, esse tipo de mudança ocorre rapidamente.
Talvez a mudança sempre ocorra mais rápido do que
pensamos quando observamos o passado, mas, certamente,
na contemporaneidade, é um fenômeno muito óbvio e transparente.