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Tradutor: Francisco Paulino Dubiela Revisor: Wesley Oliveira
Meu nome é Joshua Walters.
Sou um artista.
(Batendo na caixa)
(Risos)
(Aplausos)
Mas além de ser um artista,
eu também fui diagnosticado
como bipolar.
Eu tomo isso como positivo,
pois quanto mais louco sou no palco,
mais interessante eu fico.
Quando eu tinha 16 anos em São Francisco,
tive meu episódio maníaco revelador
em que pensava que era Jesus Cristo.
Talvez vocês achem que isso seja assustador,
mas na verdade não há drogas o suficiente
que façam você viajar tanto
quanto pensar que você é Jesus Cristo.
(Risos)
Fui mandado para um lugar,
uma ala psiquiátrica,
e na ala psiquiátrica,
cada um faz o seu show particular.
(Risos)
Não há plateia como essa
para justificar o seu tempo de ensaio.
Eles apenas praticam.
Um dia eles chegam aqui.
Agora, quando eu saí,
eu fui diagnosticado
e eu fui medicado
por um psiquiatra.
"OK, Josh, por que não lhe damos --
por que não lhe damos Zyprexa?
OK? Hein?
Pelo menos é o que diz na minha caneta."
(Risos)
Pelo visto alguns de vocês são do ramo.
Eu consigo sentir seu barulho.
A primeira metade do colegial
foi a luta com o primeiro episódio maníaco,
e a segunda metade
foi o excesso de medicação com essas drogas,
quando eu dormia durante o colegial.
A segunda metade foi uma grande soneca em aula.
Quando eu acabei
eu tinha uma escolha.
Eu poderia negar
minha doença mental
ou abraçar
minha habilidade mental.
(Corneta)
Há um movimento acontecendo agora
para reclassificar a doença mental como positiva --
pelo menos a parte hipomaníaca dela.
Mas se vocês não sabem o que é hipomania,
é como um motor fora de controle,
talvez um motor de Ferrari, sem freios.
Muitos dos que falaram aqui, muitos de vocês na plateia,
têm esse lado criativo,
se vocês sabem do que estou falando.
Vocês são impulsionados a fazer algo
que todo mundo diz que é impossível.
E há um livro -- John Gartner.
John Gartner escreveu o livro "The Hypomanic Edge"
no qual Cristóvão Colombo, Ted Turner e Steve Jobs
e todas as mentes de negócios
têm essa sede de competir.
Um livro diferente foi escrito não faz muito tempo
na metade dos anos 90
chamado "Touched With Fire" de Kay Redfield Jamison
no qual isso foi visto de uma maneira criativa
onde Mozart, Beethoven e Van Gogh
-- todos sofreram com essa depressão maníaca.
Alguns deles cometeram suicídio.
Então não é só
o lado bom da doença.
Recentemente,
houve avanço nesse campo.
E há um artigo no New York Times,
de setembro de 2010,
que dizia:
"Só Maníaco o Bastante."
Ser maníaco o bastante
para atrair investidores que procuram empresários
que têm esse tipo de espectro --
vocês sabem do que estou falando --
pode não ser totalmente bipolar,
mas eles estão no espectro bipolar --
onde por um lado,
talvez eles pensem que são Jesus,
e por outro lado
talvez eles ganhem um monte de dinheiro para você.
(Risos)
Você decide. Você decide.
E todo mundo está em algum lugar no meio.
Todo mundo está em algum lugar no meio.
Então talvez, vocês sabem,
não exista mesmo
a loucura,
e ser diagnosticado com uma doença mental
não significa que você seja louco.
Mas talvez isso signifique
que você é mais sensível
ao que a maioria das pessoas não podem
ver ou sentir.
Talvez ninguém seja realmente louco.
Todo mundo é apenas um pouco maluco.
O quanto
depende onde você está no espectro.
O quanto
depende de como você tem sorte.
Obrigado.
(Aplausos)