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Qual seria o significado de abolir o FED?
Abolir o FED é ideia boa ou perigosa?
Devemos abolir o FED (Banco Central Americano)?
Para responder a essa questão, você primeiro deve entender o que o FED faz.
O FED é o termo resumido para Federal Reserve System, o Banco Central dos Estados Unidos.
O banco central é uma agência governamental no centro do sistema monetário e bancário.
O FED possui cinco funções principais.
Primeiro, ele coordena o sistema de empréstimos interbancários.
Por exemplo, quando você preenche um cheque para alguém que deposita em um banco diferente do seu.
Segundo, o FED emite o papel moeda, as cédulas do Banco Central que você tem em sua carteira.
Terceiro, ele regula os bancos comerciais, o tipo de bancos com quem eu e você negociamos.
Por exemplo, o FED exige o cumprimento de requisitos de capital, de reservas e muitas outras exigências burocráticas.
Quarto, o FED é chamado a prover mais dinheiro quando o sistema bancário como um todo está em dificuldades,
uma função conhecida como emprestador de ultima instância.
E quinto, ele conduz a política monetária.
Esse é o foco da maioria das notícias que dizem respeito ao FED esses dias.
As políticas monetárias incluem decisões sobre as taxas de juros que serão adotadas nos empréstimos interbancários.
Baixar ou aumentar a taxa gera a decisão de expandir a quantidade de dinheiro na economia de forma mais rápida ou lenta.
Considerando todas as coisas improtantes que faz, é possível abolir o FED?
Um moderno sistema financeiro pode funcionar bem sem um banco central?
Sim, existem literalmente dezenas de exemplos históricos, incluindo a Escócia, a Suécia, a Suíça e o Canadá.
O parlamento canadense não criou o banco central até 1934.
Algumas economias avançadas, como a de Hong Kong, não tem um banco central hoje.
Usando exemplos históricos como esse, nós podemos ver o que acontece quando não existe um banco central para coordenar as cinco funções que acabei de mencionar.
Primeiro, desprovido de um banco central, o sistema de pagamentos interbancário é gerido por instituições chamadas câmaras de compensação,
organizado por cooperativamente por banqueiros para tal objetivo.
Historicamente, funcionou muito bem.
O Federal Reserva Act nacionalizou grande parte do sistema de câmaras de compensação nos Estados Unidos,
mas mesmo hoje uma instituição privada chamada Companhia de Pagamentos de Câmaras de Compensação de propriedade dos bancos participantes
maneja aproximadamente metade do grande volume diário de pagamentos nos Estados Unidos.
Segundo, o papel moeda pode ser emitido por bancos comuns, como foi nos Estados Unidos até os anos 1930.
Hoje, nós nos acostumamos com empresas financeiras privadas como American Express, Visa e Citycorp emitindo cheques de viagem resgatáveis.
Sem um banco central, nós nos reacostumaríamos em breve com bancos comuns emitindo notas recuperáveis.
As cédulas de bancos privado ainda são a moeda dominante em algumas partes do mundo, a saber, Escócia, Irlanda do norte e Hong Kong.
Antes do FED, as associações de câmaras de compensação tinham parâmetros para filiação, um banco tinha que se qualificar para fazer parte do grupo.
As câmaras de compensação dessa forma regulavam seus membros para estarem certos que eles estavam sólidos e iriam, no final do dia,
serem totalmente capazes de acertarem as contas com os outros bancos membros.
Um banco membro tinha que fornecer seus balanço para a câmara de compensação
e tinha que permitir aos examinadores da câmara de compensação auditar os seus livros.
As associações de câmaras de compensação nos Estados Unidos também cumpriram a função de emprestador de ultima instância,
fazendo isso era do interesse dos seus membros como uma forma de seguro mútuo.
Finalmente, quem conduziria a política monetária sem um banco central?
Bem, ninguém iria, e a política monetária é, na verdade, uma função que ninguém precisa cumprir.
Sob um padrão ouro ou prata, com prensas privadas produzindo moedas
e bancos privados emitindo papel moeda assim como abrindo contas poupança,
as forças de mercado descentralizadas mantém a quantidade de moeda bem regulada.
Nenhum comitê central precisa adivinhar se a economia poderia beneficiar-se de uma maior ou menos expansão monetária.
Você poderia dizer que a moeda se auto regula.
Logo após um recente pânico financeiro, pelo qual culpo principalmente o FED,
eu penso que um sistema monetário auto regulável é uma ideia que vale a pena considerar.
Então, para resumir, o FED faz algumas coisas maravilhosas,
ele emite moeda, dá baixa em cheques e avalia a saúde dos bancos,
mas essas coisas podem ser melhor feitas por instituições privadas.
E o FED também faz coisas malignas, como subsidiar bancos fracos e resgatar instituições financeiras falidas de Wall Street.
Ele reforça restrições prejudiciais sobre os bancos, conduzindo a políticas monetárias destrutivas.
Então, enquanto alguns consideram que abolir o FED seria imprudente,
eu considero que seria imprudente e mesmo perigoso deixar o controle da moeda com a mesma instituição que nos levou à ultima crise,
meramente cruzando nossos dedos, esperando que ela acerte no futuro.
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