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[♪ Música Suave ♪]
Espiritualidade em Gotas
- Espírito bem aventurado, puro espírito.
Essa questão, ela vem ao nosso encontro porque
aqueles que desejamos manter uma comunhão
intrínseca com Deus, às vezes, nos embolamos
com esse desejo querendo desfrutar da plenitude
máxima sem termos conseguido viajar nos degraus
intermediários.
Porque estamos fazendo uma jornada;
estamos mais próximos, talvez,
do início do que do fim.
E, se nos inquietamos com uma ansiedade
tóxica para logo chegarmos ao topo, corremos
o risco de entrar em processos neuróticos,
que se revelam em atitudes esquisitas,
numa tentativa falsa de perfeição,
num estereótipo de pureza.
E assim, o nosso comportamento, às vezes,
pela via do perfeccionismo, revelando essa
culpabilidade interior por não conseguirmos
nos ajustar com o Divino no grau máximo,
impede-nos, no grau em que estamos, de podermos
fazer um bom link, uma boa conexão.
Ser espírito puro, completamente,
um bem aventurado...é
para aonde aponta a nossa jornada.
Mas, o que devemos nos ocupar
é com aqui e com o agora.
Com a capacidade de nos tornamos
melhores a cada dia,
com a pureza de novos gestos, de novas atitudes...
procurando sermos humanos,
compreendendo que ainda não somos anjos,
e procuramos dar a nossa humanidade
uma espiritualização crescente,
de tal modo que, a bondade, a verdade e a
justiça, possam ir coroando a nossa existência, através
dos passos da nossa movimentação continuada.
Desse modo, a pureza que ansiamos – máxima -
ela começa na pureza relativa que
podemos atingir já.
Portanto, ser um bem aventurado é fazer
uma caminhada e quem faz a caminhada
usufrui do ponto em que está.
Se não estamos no topo,
estamos no meio da montanha...olhamos para
trás e degustamos, formosamente,
com o olhar
que já podemos fazer do muito que caminhamos...
Sem nenhuma acomodação, mas sem nenhuma
ansiedade por chegar no topo, façamos o que
está na nossa esfera de competência hoje,
procurando dar o trato que o nosso nível
de consciência comporta, alcançando o máximo
de iluminação no estágio em
que nós nos encontramos.
Na certeza que somos ainda cristãos,
não somos Cristo.
E cabe ao cristão,
seguindo as pegadas do Mestre,
fazer o máximo que precisar fazer,
sem a expectativa de uma iluminação absoluta
e de uma comunhão com o Criador, máxima.
Mas, com a certeza de que em sendo cristão
verdadeiro, é capaz de manter em sintonia
com o Divino, no nível que nos encontramos
e podendo ser feliz, tanto quanto a situação
de vida se nos comporta.
E podendo, portanto, nos sentir dentro da
vida como sendo um peregrino
que caminha na luz na direção
da “Grande Luz”, iluminando-se
a cada dia.
[♪ Música Suave ♪]