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CLÁUDIA: Olá, está no ar mais um Conversando com Divaldo Franco.
Será que o sonho representa alguma coisa na nossa vida?
Será que eles podem ser experiências espirituais?
Acompanhe a entrevista.
CLÁUDIA: Freud afirma que os sonhos são veículos de expressão do nosso inconsciente,
já outros, há que afirmam que o sonhos nada representam.
Como o espiritismo conceitua o sonho?
DIVALDO: Nós damos razão a ambas as correntes,
porque os nossos arquivos no inconsciente mantêm as nossas experiências exitosas,
as fracassadas e as não realizadas.
Toda vez quando nós anelamos por determinada coisa e não logramos,
geramos uma frustração, e ela fica no arquivo do inconsciente.
Essa frustração pode retornar oportunamente como fenômeno anímico na mediunidade,
na catarse.
Ou como no fenômeno onírico em que através do sonho
nós estamos libertando aquela fixação.
Mas a grande maioria dos sonhos nada mais são do que impressões
que nós arquivamos no subconsciente e que eliminamos sem maiores consequências.
CLAUDIA: Alguns sonhos podem ser experiências espirituais?
DIVALDO: Eles tem também a luz do espiritismo, umas outras psicogêneses,
podem ser arquivos do inconsciente profundo de outras reencarnações.
Aquelas lembranças de outras reencarnações ressumam através do periespírito
e voltam ao nosso cérebro como sendo imagens atuais,
e que foram de existências passadas.
Também eles podem ser resultado de fenômenos mediúnicos,
graças ao desdobramento.
Como o espírito pode desligar-se parcialmente do corpo,
assevera Allan Kardec que, nesses momentos, os encontros espirituais,
as viagens chamadas astrais, Allan Kardec não usa essa expressão.
Essas viagens espirituais em que nós vemos paisagens, encontramos pessoas,
quando retornamos é elaborado o sonho dentro do nosso consciente,
e nós trazemos a imagem viva.
Mas ainda temos um tipo de sonho, que é o chamado Freudiano,
aquele que é defluente da libido, e que as nossas fixações sexuais,
e o ser humano é, com toda correção, dito um animal *** com uso da razão.
Eles tomam corpo muito grande, e formas de pesadelos,
e formas de acontecimentos não realizados, e conúbios, muitas vezes tormentosos.
Em que o indivíduo trabalhou muito no inconsciente, mas não agiu,
então eles agora retornam de maneira perturbadora.
CLAUDIA: Você disse do sonho perturbador, eu me recordei do livro
"Nos Bastidores da Obsessão" , que o Manoel Philomeno de Miranda
quando passou aquela história, ele ainda estava encarnado e ele ia em
desdobramento fazer os trabalhos.
E ele vai a uma região muito de trevas, de baixa vibração,
e ele quando volta, pergunta assim " Mas o que que eu vou lembrar?",
e falam assim "Ah, vai ser como um pesadelo".
Então nós poderíamos dizer assim que alguns pesadelos nós
estamos lá trabalhando pro bem?
DIVALDO: Sim, quando nós estamos trabalhando no bem, ao retornarmos,
nós temos sensações eufóricas.
De vermos, por exemplo, pessoas queridas, seres angelicais,
Jesus Cristo, Maria santíssima, é como nosso cérebro decodifica aquela imagem,
com a qual não está familiarizado.
Mas quando se trata dessas regiões, Philomeno de Miranda refere-se ao anfiteatro,
aquela região terrível que era comandada por um espírito grande e hipnotizador.
Então nós recordamos com aquela sensação desagradável,
as imagens são convertidas agora em angústia e estados de aflição inconsciente.
São sempre lembranças de desdobramento espirituais, de acordo com a região.
Se as regiões inferiores, ou se as regiões superiores da vida.
NARRADOR: Os sonhos e seus significados sempre despertaram o interesse da humanidade.
Recentemente a ciência descobriu que até mesmo os bebês sonham dentro do útero da mãe.
De acordo com a ciência, os sonhos são uma experiência do inconsciente
que ocorre durante o sono físico.
Já para algumas tradições religiosas, os sonhos são interpretados como uma
expansão da consciência, muitas vezes, revestidas de um certo misticismo.
Nesse sentido profético, é possível encontrar muitas citações sobre
os sonhos na própria Bíblia.
Um exemplo está em Mateus capítulo dois, versículo treze,
que se refere a um aviso recebido em sonho por José sobre um plano do rei Erodes
para matar Jesus, e que para escapar, teria que fugir para o Egito com Maria.
Mas o tema ganhou um sentido mais cientifico com as pesquisas de Sigmund Freud,
o pai da psicanálise, e de seu discípulo, o psiquiatra suiço Jung.
Freud definiu conteúdo dos sonhos como uma realização dos desejos dos indivíduos.
E Jung acreditava ser uma ferramenta da psique em busca do equilíbrio por intermédio da compensação.
A questão 401 de "O Livro dos Espíritos", explica que durante o sono, os laços que prendem o
espírito ao corpo se afrouxam , o que permite que seu espírito possa se locomover pelo espaço
mantendo um contato mais direto com sua verdadeira pátria, a pátria espiritual.
Quanto ao conteúdo desses sonhos, ele dependerá da sintonia mental do indivíduo,
e do estágio evolutivo em que se encontra, ou melhor, se serão bons sonhos, ou pesadelos.
Embora os significados se diferenciem de acordo crença pessoal de cada um,
quando se trata dessa fábrica de imagens e símbolos, explicações é o que não faltam.
Para o espiritismo os sonhos podem ser resultados de experiências extra corpóreas.
E você que tem medo da morte, pode encontrar neles uma prova de que depois da vida,
só existe vida, pois todas as noites, você, de uma certa forma, morre, renascendo no dia seguinte.
CLÁUDIA: Nós vamos para um rápido intervalo, e voltamos já com muito mais sobre o sonho.
Não saia daí.