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Enviado por notmarcofilms em 10/09/2008
Quem é Ron Paul?
Eu sou Ron Paul. Eu sou um senador pelo Texas. Servindo em meu décimo mandato. Eu sou o Campeão da Constituição.
Bem-vindo a: RON PAUL - LIÇÃO DE INTRODUÇÃO
Senador Ron Paul, você parece ter princípios e integridade consistentes. Ahn... os americanos geralmente
não são muito fãs disso.
Apenas os fatos.
RON PAUL - LIÇÃO DE INTRODUÇÃO POLÍTICA EXTERNA
A Constituição não nos dá nenhuma autoridade de policiar o mundo ou de nos envolver em qualquer assunto
interno de outras nações. Com certeza existem muitos países pelo mundo que não estão fazendo as coisas certas.
Mas se nós quisermos mudar o mundo de forma positiva, o que nós precisamos fazer é mudar a nós mesmos,
estabelecer um exemplo e permitir que eles nos copiem assim que a gente botar ordem na nossa casa.
Neste momento, nós temos um IMPÉRIO! Alguns não admitirão isso, mas nós temos. Se nós temos 700 bases militares
fora do nosso país e espalhadas pelo mundo, isso significa que nós estamos mantendo o nosso império.
Todos os grandes impérios e grandes nações chegam a um fim porque eles se expandem demais. Nós temos
nos enfraquecido internamente. Porque agora nós não somos produtores, nós somos consumidores.
Agora, nós temos que emprestar. Nós somos os maiores devedores do mundo. Nós devemos 2,7 trilhões de dólares
ao mundo. É por isso que nós temos que por a nossa casa em ordem. E a melhor forma de começar é, obviamente,
desmontando o nosso império e trazendo todos os nossos soldados para casa.
Nós temos muita bondade neste país, e nós deveríamos promovê-la. Mas nunca através do cano de uma arma.
Nós deveríamos fazer isso ao estabelecer bons modelos para serem seguidos, motivando as pessoas e fazendo com que elas
queiram nos copiar. Mas não podemos impor nossa bondade, como os neoconservadores pregam, através da
nossa força. Isso não funciona. Woodrow Wilson nos dizia isso ao promover a democracia há muito tempo.
Isso não funciona e a gente tem que admitir isso!
Você tiraria soldados americanos da Coreia, Alemanha...? Oriente Médio, de todos os lugares?
Eu tiraria, eu tiraria. Por diversas razões. Uma é que, pela Constituição, nós não temos o direito de alocar
soldados em países estrangeiros, quer queira, quer não. Não estamos em guerra. Quero dizer, de onde é
que vem esta autoridade? A outra grande razão é que nós não podemos mais bancar isso. Nós estamos falindo.
Nós estamos a ponto de fazer o que todos os grandes impérios fizeram no passado. Expandir-se demais
pelo mundo. E nesta altura eles têm que voltar para casa. Porque a moeda finalmente se desvaloriza ao ponto de
não podermos mais bancar isso. E agora é isso que os mercados estão nos dizendo.
Eu estou sugerindo com muita veemência que nós deveríamos ter uma política externa de não-intervenção.
Que é a política externa tradicional e até mesmo a política externa do Partido Republicano.
Durante o século 20, o Partido Republicano se beneficiou da política externa de não-intervenção. Pensem em como
Eisenhower se elegeu prometendo parar com a guerra da Coreia. Pensem em como Nixon foi eleito para parar
a bagunça que acontecia no Vietnã.
... tragicamente, nós não paramos rápido o suficiente. Trinta mil homens a mais morreram. Então quando eu falo
a respeito destas permanências de longo prazo, eu quero dizer quantos homens a mais vocês estão dispostos a
deixar morrer por isso?
... e mesmo na política externa. Eu acho que George Bush se elegeu sendo fortemente crítico a Clinton. Reconstrução
de nações e policiamento do mundo...
... e ele muda isso também. E agora nós estamos lutando em uma guerra. E o custo de manutenção das nossas
operações exteriores que mantêm o nosso império pelo mundo está se aproximando a 1 trilhão de dólares por ano.
É para aí que o dinheiro está indo e é aí que tem que ser feitos cortes para que possamos cuidar da educação e dos
serviços de saúde que são necessários neste país.
... o mundo não precisa de um policial? Nós somos sábios e poderosos. Não é a nossa responsabilidade ajudar
os outros dessa maneira?
Tudo bem que nós tenhamos uma responsabilidade, pelo lado pessoal, de ajudar outras pessoas. Se nós não
tivéssemos o imposto de renda, nós teríamos mais dinheiro e poderíamos ajudar tantas pessoas quanto
quiséssemos. Mas sair pelo mundo para espalhar democracia e a nossa bondade, não! Eu acho que não funciona,
que há muitas consequências não intencionais. E para espalhar a nossa bondade no exterior, geralmente é
necessário fazer uso da força. Nós estamos espalhando a nossa bondade no Iraque.
Tem-me atraído muito e eu tenho apoiado demais o que eu chamo de política externa não-intervencionista.
Cuide da sua própria vida. Fique fora dos assuntos internos das outras nações.
Para mencionar o conceito de atrapalhar-se com problemas externos. Uma referência que fez George
Washington ao deixar a Presidência. Claramente, isto é parte da filosofia constitucionalista. Sua posição quanto
a fazer negócios com outros países, a China, o Oriente Médio, o governo Paul os deixaria em paz, os deixaria
arrumar a própria casa. E qual deveria ser o curso das relações internacionais dos EUA?
Nós deveríamos, o mais rápido possível, facilitar o comércio exterior. E também, se possível, eu quero tarifas baixas.
Tarifas ou impostos não tributam os ricos, tributam a pessoa que é pobre e que gostaria de comprar produtos mais baratos.
... sabe, a gente tem uma política externa pela qual nós explodimos pontes no estrangeiro. E daí nós cobramos
mais impostos das pessoas para reconstruir estas pontes no estrangeiro. E nossas pontes estão caindo aos pedaços
e a nossa infra-estrutura está caindo aos pedaços. Então sim, isto deve ser gasto aqui em casa. Nós
temos uma operação em andamento no exterior que custa 1 trilhão de dólares. Para operar o nosso império. É aí onde está o dinheiro.
Não se pode ficar emprestando dinheiro da China. Não se pode ficar imprimindo dinheiro. Nós temos que cortar
algumas despesas. E é disso que ninguém aqui fala a respeito.
Então eu diria centenas... centenas, talvez meio trilhão de dólares, poderíamos dizer. Estabelecer uma defesa
nacional mais forte. Diminuir a dívida com os cortes no orçamento.
... sabe, o país está falindo, e quando ouço este argumento, eu o acho bastante bobo. Porque eles estão
discutindo tecnicalidades de uma política com a qual ambos concordam. Eles concordam em invadir o país,
eles concordam em permanecer lá. Permanecer lá por quantos anos? E essas são tecnicalidades. Nós deveríamos
estar debatendo política externa. Se nós deveríamos praticar intervencionismo ou não-intervencionismo.
Se nós deveríamos estar defendendo este país ou se deveríamos ser a polícia do mundo. Se nós deveríamos estar, sabe,
conduzindo ou não o nosso império. E vocês falam sobre essas tecnicalidades, sobre quem disse o que e quando.
Eu acho que é sabido por algumas décadas que a nossa política externa faz uso de algo que a CIA chama de
"tiro que saiu pela culatra" (blowback). Que são consequências indesejadas. Podemos voltar até 1953,
quando colocamos o Xá no poder...
... sim, o tiro saiu pela culatra. A reação deles àquilo foi nos tomar como reféns.
... nós apoiarmos Osama bin Laden e radicalizarmos os islâmicos para fazê-los enfrentar os soviéticos. Isso foi um tiro
que saiu pela culatra. O nosso apoio a Saddam Hussein nos anos 80... tudo isso se voltou contra a gente.
... e se nós ignorarmos isso, nós vamos ignorar isso por nossa própria conta e risco. Se nós achamos que
podemos fazer o que quisermos pelo mundo afora, sem incitar ódio, então nós temos um problema.
Mas a grande pergunta, eu me lembro, foi: "Por que eles nos odeiam?" Lembra disso? Ficamos nos perguntando
durante mais ou menos uma semana: "Por que eles nos odeiam?" E daí a gente simplesmente se esqueceu disso e
começamos a dizer: "Eles são malignos. Eles são maus e nós somos bons, sabe?"
Eles não vêm até aqui para nos atacar porque nós somos ricos e livres, eles vêm e nos atacam porque nós estamos lá.
Não acredite nem por um minuto que eles vêm para cá somente porque nós somos livres e prósperos.
Este não é o caso. Talvez existam alguns poucos, mas não se pode motivar pessoas assim para fazer isso.
Eles nos atacam porque nós temos estado lá. Nós temos bombardeado o Iraque por 10 anos!
... no Oriente Médio, agora, de 50 a 60 anos.
Agora mesmo nós estamos construindo uma embaixada no Iraque que é maior do que o Vaticano. Nós estamos
construindo 14 bases permanentes. O que é que nós diríamos aqui se a China estivesse fazendo isso no nosso
país ou no Golfo do México?
Sabe, se alguém fizesse isso conosco, nós ficaríamos muito aborrecidos. Se os chineses tivessem bases militares
em nosso território e dissessem que vieram para cá para proteger o petróleo deles, o povo americano ficaria
muito revoltado. Republicanos e democratas iriam se unir, sabe?
Nós precisamos analisar o que estamos fazendo da perspectiva do que aconteceria se alguém fizesse isso conosco!
Não se pode discutir energia sem se discutir a nossa política externa. Nossa política externa foi planejada
para proteger nossos interesses em relação ao petróleo. Os lucros, eles não são o problema. O problema é que nós
sucumbimos à tentação de proteger os interesses relativos ao petróleo através de, literalmente, sair por aí
e fazer guerras pelo petróleo. E agora, nesta noite, nós ouvimos que não estamos nem dispostos a tirar da mesa
um ataque nuclear preventivo contra um país que não fez nenhum mal para nós, diretamente. Ele não representa
nenhuma ameaça à nossa segurança nacional. Quero dizer, nós temos que usar nosso bom senso sobre este
assunto de guerras preventivas e devemos retornar às tradições e à nossa Constituição...
... indo para o Afeganistão, depois de 11 de Setembro?
Eu votei a favor dessa medida para ir atrás dos responsáveis por 11 de Setembro. Eu fiquei muito infeliz com o
que aconteceu porque nós abandonamos a perseguição por Osama bin Laden. Nós não o perseguimos...
Então foi justificado porque eles estavam lá, e estava recebendo apoio daquele país?
Porque ele estava lá e cometeu um ato de violência, mas isso não significava que eles tinham autorização de
ocupar e tentar transformar o Afeganistão. O que é um problema que ainda não acabou. Que vai continuar
crescendo. Este é um problema perpétuo para nós porque nós não fizemos o que deveríamos ter feito.
E agora, sabe, se você gosta de republicanos ou democratas, desta política externa, não!