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Os primeiros casos de cólera na capital do Haiti, Porto Príncipe,
foram registrados em 6 de novembro, aqui na favela de Cité Soleil,
onde Andrea Bernasconi está trabalhando no Hospital Choscal.
Estamos recebendo 200 novos casos por dia,
e cerca de outros 40 em Martissant.
O número de pacientes está aumentando diariamente.
Pobreza, superpopulação e falta de saneamento,
como é o caso de Cité Soleil, favorecem a disseminação da epidemia.
O Hospital Choscal tem apenas 70 leitos,
onde a equipe pode tratar centenas de pacientes.
Nós montamos uma pequena unidade onde podemos atender pacientes,
estabilizá-los e encaminhá-los se necessário.
É desesperadora a falta de espaço e pessoal.
Estamos lidando com uma situação difícil aqui.
Os pacientes são encaminhados para o centro de tratamento de cólera
em Sarthe, onde 105 leitos estão disponíveis
para os pacientes severamente desidratados.
Nosso objetivo é admitir os pacientes o mais rápido possível
e colocá-los em reidratação intravenosa ou oral.
Em resposta ao crescente número de doentes,
outra unidade com mais 320 leitos
está sendo aberta ao lado do Hospital Sarthe.
Aqui, também, a população local se opôs
à criação do centro de tratamento da cólera na vizinhança.
Equipes de Médicos Sem Fronteiras estão trabalhando
para tranquilizá-la, explicando que, longe de ser um risco,
ter um centro perto de casa é uma vantagem.