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X
K: Há muitas pessoas
e espero que alguns de vocês entendam o que está sendo dito.
Você sabe que estivemos discutindo juntos
durante a última semana
nossos problemas humanos
não só discutindo juntos como dois amigos
mas o que cada um de nós descobriu por si mesmo
em nossa conversa
e em nossa exploração e investigação.
Deve ter ficado bastante óbvio para a maioria de nós,
se somos realmente sérios e não tratamos estes encontros
como um tipo de festival - um pouco mais sério
que o festival pop ou outros tipos de festivais.
Esta manhã será bom falarmos juntos
como falamos sobre o medo, prazer,
sofrimento, dor e morte,
acho que deveríamos falar esta manhã
do problema muito complexo e sutil do que é meditação.
É um assunto bastante sério
e talvez alguns de vocês irão gentilmente dar suficiente
atenção ao que vai ser dito, se se importam.
Esta palavra está agora se tornando tão comum
até os governos estão começando a usá-la
mesmo as pessoas que querem dinheiro
estão tentando meditar mais para ganhar mais dinheiro.
Elas estão tentando meditar
a fim de ficarem calmas e assim conseguirem fazer melhores negócios.
E os médicos estão praticando meditação
porque vai ajudá-los a operar adequadamente
e assim por diante.
E existem diferentes tipos de meditações
zen, tibetana e aquelas que você mesmo inventa.
E com tudo isto em mente, o tipo de meditação indiana,
a tibetana, a zen, a meditação do Grupo de Encontro
e a aspiração de ter uma mente silenciosa, calma, imóvel,
tendo tudo isto em mente,
vamos tentar descobrir, se pudermos esta manhã,
por que se deveria meditar e qual é o significado da meditação.
Esta palavra recentemente popularizou-se a partir da Índia.
E as pessoas vão à Índia e ao ***ão e a outros lugares
a fim de aprender a meditar,
a fim de praticar meditação,
a fim de obter algum tipo de resultado através da meditação,
iluminação, melhor compreensão de si mesmo,
ter paz na mente, o que quer que isso signifique,
e geralmente elas têm um pouco de paz
mas não uma mente pacífica.
E os gurus inventaram seus próprios tipos de meditação
e assim por diante. Certo?
Estou certo que vocês estão cientes de tudo isto.
E naturalmente há a moda passageira
chamada meditação transcedental.
É realmente uma forma de "siesta" pela manhã,
"siesta" depois do almoço, "siesta" depois ou antes do jantar
de modo que sua mente, por assim dizer, se torna quieta
e você pode fazer mais bagunça depois. (Riso)
Então, considere tudo isto,
os vários tipos e práticas e sistemas
e questione-os.
É bom ter dúvida,
é bom ser cético até certo ponto.
É como um cachorro na coleira,
você deve deixar o cachorro sair às vezes, correr livremente:
assim, dúvida, ceticismo deve ser mantida na coleira o tempo todo
mas às vezes deve-se permitir que corra livre.
E a maioria de nós aceita a autoridade daqueles que dizem
"Sabemos como meditar, contaremos tudo a você".
Então, por favor, estamos juntos examinando o problema todo
ou toda a questão do que é meditação,
não como meditar
porque então, se você pergunta como eu vou meditar,
então encontrará um sistema para meditar,
o "como" implica um método.
Mas ao contrário, se você está investigando
a questão do que é meditação
e por que se deveria meditar
então, nunca perguntaremos como meditar.
O próprio questionar,
o próprio perguntar é o começo da investigação
que é o começo da meditação.
Como dissemos, este é um problema muito complexo
e temos que seguir com muita calma e hesitantemente
mas sutilmente nesta questão.
Como dissemos durante a última semana
estamos investigando,
estamos examinando de modo que você não esteja ouvindo ao orador,
você esteja fazendo a pergunta a você mesmo
e descobrindo a resposta certa
sem aceitar qualquer tipo de autoridade
especialmente a autoridade do orador
sentado nesta infeliz plataforma.
Isso não dá a ele qualquer autoridade,
porque ele está sentado sobre uma plataforma e fala.
Não existe autoridade nos chamados assuntos espirituais,
se posso usar essa palavra "espiritual"
no assunto do espírito,
no assunto de investigar em alguma coisa
que requer muito, muito, muito cuidadoso exame.
Então, estamos fazendo isto juntos
não meditando juntos
mas investigando o que é meditação
e daí descobrir por si mesmo
conforme vamos adiante, todo o movimento da meditação.
Isto está certo?
Primeiro acho que a pessoa deve ter cuidado ao observar
que meditação não é uma coisa que você faz.
Meditação é uma coisa inteiramente, um movimento
na totalidade da questão de nosso viver.
Essa é a primeira coisa:
como vivemos, como nos comportamos,
se temos medos,
angústias, sofrimentos
ou se estamos eternamente no encalço do prazer,
se construímos imagens de nós mesmos e dos outros.
Isso é parte de nossa vida e na compreensão dessa vida
e de todos aqueles vários assuntos envolvidos na vida,
e estando livres deles,
de fato estando livres,
então podemos prosseguir na investigação
do que é meditação.
É por isso que, nos últimos dez dias ou na última semana,
dissemos que precisamos pôr em ordem nossa casa,
nossa casa somos nós mesmos - completa ordem.
Então,
quando essa ordem for estabelecida, não de acordo com um padrão
mas quando há compreensão,
compreensão completa do que é desordem,
o que é confusão,
por que estamos em contradição em nós mesmos,
por que existe constante luta entre os opostos
e assim por diante, o que estivemos conversando
nos últimos dez dias ou na última semana.
Tendo posto isso em ordem, nossa vida em ordem,
e o próprio colocar as coisas em seu lugar apropriado
é o começo da meditação.
Certo?
Se não fizemos isso, de fato, não teoricamente
mas na vida diária,
em cada momento de nossa vida,
então, se você não fez isso
então meditação se torna meramente outra forma
de ilusão,
outra forma de prece,
outra forma de querer alguma coisa,
dinheiro, posição, geladeira e assim por diante.
Assim estamos perguntando agora:
qual é o movimento da meditação?
Primeiro de tudo temos que entender a importância dos sentidos.
A maioria de nós reage
ou age de acordo com os impulsos,
demandas e a insistência de nossos sentidos.
E esses sentidos
nunca atuam como um todo, mas só como uma parte.
Certo? Por favor, compreenda isto.
Se não se importam, examinem um pouco mais
por vocês mesmos, conversando juntos,
que todos os nossos sentidos
nunca funcionam, movem-se, operam como um todo, holisticamente.
Se você observa a si mesmo e olha seus sentidos,
verá que um ou outro entre os sentidos
se torna dominante.
Um ou outro dos sentidos
ocupa uma parte maior na observação
em nossa vida diária
então, há sempre desequilíbrio em nossos sentidos.
Certo?
Podemos prosseguir daqui?
Ora é possível,
isto é parte da meditação, o que estamos fazendo agora,
é possível
para os sentidos operar como um todo,
olhar o movimento do mar,
as águas claras,
as águas eternamente agitadas,
olhar aquelas águas completamente, com todos os seus sentidos?
Ou uma árvore, ou um pássaro
ou um pássaro voando, uma lâmina d'água,
o sol poente, a lua nascendo,
observar, olhar isso com todos os seus sentidos completamente despertos.
Se o fizer, então você descobre por si mesmo.
Eu não estou lhe contando, não sou sua autoridade,
não sou seu guru, vocês não são meus seguidores.
Seguidores são as pessoas mais destrutivas
e os gurus também,
se você observa isto,
se você observa esta operação de todos os sentidos agindo,
descobrirá que não existe centro
de onde os sentidos se movimentam.
Você está tentando isto enquanto estamos juntos conversando?
Olhar para sua namorada, ou seu marido, ou sua esposa,
ou a árvore, ou a casa
com todos os sentidos altamente ativos, sensíveis.
Então aí não existe limitação.
Tente.
Você tenta e descobrirá por si mesmo.
Essa é a primeira coisa que é preciso entender:
o lugar dos sentidos.
Porque a maioria de nós
opera com sentidos parciais ou particulares.
Nunca nos movemos ou vivemos com todos os sentidos totalmente despertos.
Porque a maioria de nós vive,
opera e pensa parcialmente
então, uma de nossas questões aqui
é que os sentidos funcionem totalmente
e perceber a importância e as ilusões que os sentidos criam.
Você está acompanhando tudo isto?
E dar aos sentidos seu lugar certo
o que significa não suprimi-los, nem controlá-los,
não fugir deles
mas dar o lugar apropriado aos sentidos.
Compreende?
Isto é importante porque na meditação,
se você quer entrar nisso muito profundamente,
a menos que a pessoa esteja cônscia dos sentidos,
eles criam diferentes formas de neuroses,
diferentes formas de ilusões,
dominam nossas emoções e assim por diante.
Então essa é a primeira coisa a perceber:
se quando os sentidos estão totalmente despertos, vivos
então o corpo fica extraordinariamente calmo.
Você notou isso?
Ou estou falando comigo mesmo?
Porque a maioria de nós força o corpo a sentar imóvel,
não se agitar, não se mexer e assim por diante - você sabe.
Ao passo que se todos os sentidos
estão funcionando saudavelmente e normalmente, vitalmente
então o corpo relaxa
e se torna muito, muito calmo, se você fizer isso.
Faça enquanto falamos.
Então surge a pergunta: o que é tempo?
Qual o lugar do tempo na meditação?
E qual o lugar do controle na meditação?
Compreende?
Posso continuar?
Espero que estejamos nos entendendo, estamos?
Primeiro vamos ver se é possível viver uma vida,
vida diária, não ocasionalmente, mas viver uma vida
sem nenhuma forma de controle
o que não significa atividade permissiva
ou fazer o que se quer,
rejeitar a tradição e, você sabe, o que todos
os jovens modernos estão fazendo,
isto é, nem remorso, nem restrição,
nem controle, faça o que quiser
o que as pessoas idosas fazem de qualquer modo
apenas você acha que é prerrogativa delas,
uma coisa que elas inventaram.
Agora estamos perguntando, por favor considerem seriamente:
se é possível viver uma vida
sem nenhuma forma de controle
porque quando há controle, há ação da vontade.
Certo?
Está acompanhando?
Então, o que é vontade?
Eu quero fazer isto. Eu não devo fazer aquilo.
Ou, eu deverei,
no futuro devo fazer isso, e assim por diante.
A operação da vontade.
Então temos que investigar o que é vontade.
Vontade não é desejo?
A vontade não é a essência do desejo?
Certo?
Por favor, olhe isto.
Não rejeite ou aceite, investigue.
Porque estamos agora perguntando se é possível viver
uma vida na qual não exista uma sombra de controle
significando nem uma sombra da operação da vontade.
E vontade é o próprio movimento do desejo.
Nós entramos na totalidade da questão do que é desejo.
Não vou entrar nela agora porque tenho muito para ver esta manhã.
Desejo é
contato, percepção,
ver, contato,
sensação
daí surge o desejo
e o pensamento com sua imagem - tudo isso é desejo
que vimos, mas não entrarei nisto agora.
E estamos perguntando:
é possível viver sem a ação da vontade?
A maioria de nós vive uma vida de restrição, controle,
supressão, e assim por diante, fuga.
E você tem que perguntar: quem é o controlador?
Quando você diz, "Eu devo me controlar, minha raiva,
meu ciúme, minha preguiça, minha indolência" e assim por diante,
quem é o controlador?
O controlador é diferente daquilo que ele controla?
Compreende?
Ou eles são o mesmo?
O controlador é o controlado.
Isto é provavelmente muito difícil.
Está tudo bem? Nós compreendemos?
Afinal vocês me ouviram por uma semana ou dez dias,
agora nossa linguagem,
nosso uso das palavras deve ser bem usual e compreendido.
Assim, enquanto houver um controlador
ele está exercitando sua capacidade de controlar.
E estamos dizendo que o controlador é a essência do desejo.
E ele está tentando controlar suas atividades, seus pensamentos,
seus desejos e assim por diante.
Então percebendo isso
pode-se viver uma vida que não seja promíscua,
que não seja fazer o que você quer
mas uma vida sem nenhuma forma de controle, mesmo ***,
e nem favorecer
a vontade para controlar o que você deveria, não deveria,
você conhece todo o problema do controle.
Muito poucas pessoas entraram nesta questão.
E toda forma de meditação oriental é parcialmente controle.
E pessoalmente eu faço objeção à totalidade
de seu sistema de qualquer forma de controle
porque assim a mente nunca está livre,
sempre se submetendo a um padrão
seja esse padrão estabelecido por outro ou pela própria pessoa.
Então, os sentidos, o controle.
Aí devemos perguntar:
o que é tempo?
Não a ficção científica,
ficção científica do tempo.
O que é, em nossa vida diária, o que é tempo?
Qual o papel dele em nossa vida?
Quanto ele é importante em nossas atividades diárias?
Compreende minha pergunta?
Naturalmente existe o tempo pelo relógio.
Existe tempo de acordo com o sol,
o poente e o sol nascente.
Existe tempo como ontem, hoje e amanhã.
Existe tempo como alguma coisa que aconteceu no passado
lembrada, e moldando o presente e o futuro.
Certo?
Assim existe tempo físico, cronológico
e temos também tempo psicológico
eu serei, eu devo, eu sou violento, eu serei não-violento.
Tudo isso implica um movimento no tempo.
Certo? Movimento significa tempo.
Por favor, entenda isto realmente com muito cuidado porque
vamos investigar na meditação
que é se a mente pode estar absolutamente quieta,
onde o tempo como movimento não existe de fato.
Você está acompanhando tudo isto?
Está interessado em tudo isto? I: Sim.
K: Mesmo como curiosidade intelectual?
Porque isso é muito importante de compreender
se tempo, não tempo cronológico
mas tempo psicológico, pode ele chegar ao fim?
Ou deve haver sempre até eu morrer, este movimento de
eu serei, eu não devo ser, eu deverei ser, eu não deverei ser,
remorso, lembrança - entende? -
toda a atividade psicológica em que o tempo está envolvido.
Isto é, pode o tempo chegar a um fim?
Por favor, veja por que isso é importante.
Porque nossos cérebros estão condicionados ao tempo,
nossos cérebros são o resultado de um milhão de anos ou mais,
quantos não importa - imemoriais -
séculos e séculos o cérebro é condicionado,
ele evoluiu, cresceu, desabrochou.
É um cérebro muito, muito antigo
e como evoluiu através do tempo
evolução implica tempo - como ele evoluiu
ele funciona no tempo.
Compreende?
Pergunto se você compreende tudo isto!
No momento em que você diz, "Eu quero", está no tempo.
Quando você diz, "Devo fazer isso", é também tempo.
Tudo que fazemos envolve tempo
e nossos cérebros são condicionados
não só ao tempo cronológico, sol, nascer, sol poente
mas também ao tempo psicológico.
Então, o cérebro evoluiu através de milênios
e a própria ideia,
a própria questão de se ele pode findar o tempo
entende? - é um processo paralizante.
Será que você entende isto?
É um choque para ele. Alguém compreende isto?
Porque vamos perguntar presentemente
se o próprio cérebro pode ficar absolutamente quieto.
Compreende?
Não seu corpo, não sua respiração,
não seus olhos e pensamento - o próprio cérebro
que está constantemente tagarelando,
constantemente pensando nisto, naquilo ou no outro.
Se essas próprias células cerebrais podem ficar absolutamente quietas.
Assim, portanto, devemos compreender a natureza do tempo.
Isto é, psicologicamente, internamente
estamos presos numa rede de tempo.
Eu vou morrer, tenho medo,
eu deverei ser, eu fui
e lembro as coisas felizes e as coisas dolorosas.
E o cérebro está funcionado, vivendo no tempo.
Certo?
Você mesmo pode ver isto. Este é um fato óbvio.
Então, parte da meditação é descobrir por si mesmo
se o tempo pode parar.
Não - você não pode fazer isto dizendo, "O tempo deve parar"
não tem significado.
Mas compreender toda a estrutura
e a natureza e a profundidade desta questão.
Certo?
Ou seja:
é possível
para o cérebro perceber
que ele não tem futuro?
Você entende o que estou dizendo?
Vivemos ou em desespero, ou na esperança.
Certo?
Você não?
Esperança é parte do tempo.
Sou miserável, infeliz, inseguro, espero ser feliz
entende?
Parte do tempo é esta natureza destrutiva de esperança
ou a invenção dos sacerdotes mundo afora - fé.
Você sofre mas tem fé em Deus, tudo está certo.
Você acompanha tudo isto?
Novamente, fé em alguma coisa envolve tempo.
Pode você aguentar - aguentar no sentido
pode você tolerar que não existe amanhã psicologicamente?
Você pode?
Isso é parte da meditação, descobrir
psicologicamente não existe amanhã.
Uma vez estávamos conversando com alguém bem inteligente,
bem estudado, sobre esta questão.
E foi um verdadeiro choque para ele
quando dissemos:
esperança, fé, movimento do futuro como amanhã
não existe.
Ele ficou apavorado com a ideia - compreende, senhor?
"Não o encontrarei amanhã, quem eu amo"
você entende o que estou dizendo?
Eu posso encontrá-lo, provavelmente encontrarei
mas a esperança, o prazer,
o esperar por alguma coisa,
tudo isso está envolvido no tempo.
O que não significa que se você não tiver esperança,
que você descarte a esperança,
que significa que você compreendeu o movimento do tempo.
Se você descarta a esperança então se torna amargo,
então diz, "Por que devo viver, qual o propósito da vida?"
e toda essa tolice começa - depressão,
a angústia de viver sem nada no futuro,
você compreende tudo isto?
Então, a pessoa tem que entrar nesta questão, não verbalmente,
não teoricamente, mas de fato
descobrir psicologicamente em você mesmo
se você tem o mais leve sentido do amanhã.
E a pergunta seguinte na meditação é
se o pensamento como tempo pode parar?
Pensamento, como falamos muitas vezes,
é importante, importante em seu lugar certo.
Mas ele não tem qualquer importância psicologicamente.
Pergunto se você vê isto.
Devemos, devo entrar brevemente nisso.
Pensamento é a reação da memória, ele nasce da memória.
Memória é experiência,
experiência como conhecimento guardado nas próprias células cerebrais.
Você pode olhar seu próprio cérebro,
não tem que se tornar especialista,
eu não sou, apenas observei cuidadosamente a mim mesmo.
As células cerebrais retêm esta memória.
É um processo material.
Não há nada sagrado, nada santificado a respeito.
E tudo que nós fizemos:
ir à lua, colocar uma bandeira tola lá em cima,
descer nas profundezas do mar
e viver lá,
o pensamento criou tudo isto,
a imensa tecnologia complicada e seu mecanismo.
O pensamento foi responsável por tudo isto.
O pensamento também foi responsável pelas guerras,
Certo?
isto é óbvio, você não tem que questionar,
porque seu pensamento dividiu Inglaterra, França,
Alemanha, Rússia - entende?
E o pensamento criou
a estrutura psicológica como o "eu".
Certo?
Esse "eu" não é santificado, uma coisa divina.
É apenas pensamento juntando as ansiedades,
os medos, os prazeres, o sofrimento, a dor,
os apegos, o medo da morte,
ele juntou tudo isto que é o "eu".
Ele é o "eu" com sua consciência.
Certo, imagino.
Podemos continuar daqui? Você está acompanhando tudo isto?
Isto é "eu", esta consciência.
Esta consciência é o que ela contém.
Consciência, sua consciência é o que você é,
é suas ansiedades, seus medos, sua luta,
suas feridas, seu desespero psicológico, prazeres e assim por diante.
O conteúdo de sua consciência é o conteúdo dela.
Certo?
Novamente não há o que argumentar, dificultar, é simples.
E isso é resultado do tempo.
Certo?
Eu fui ferido ontem, psicologicamente,
você me disse alguma coisa rude, me magoou
e isso é parte de minha consciência.
Tive prazer, isso é parte e assim por diante.
Então a consciência está envolvida no tempo.
Quando dizemos pode o tempo terminar
isto implica o total esvaziamento desta consciência com seu conteúdo.
Implica isso.
Se você pode fazer isso ou não, é um assunto diferente.
Mas implica isso.
Quando você está investigando o tempo,
ou os inumeráveis níveis desta consciência,
sensação, desejo e tudo isso,
nível após nível, toda a estrutura dela,
ou que a consciência que é resultado do tempo,
ontem fui ferido e assim por diante,
ou essa consciência pode esvaziar-se completamente,
então o tempo psicologicamente acaba.
Estou apresentando primeiro esta questão para você olhar.
Então podemos perguntar: isto é possível?
Você compreende minha pergunta?
Você está ciente de sua consciência - não está?
você sabe o que você é, se entrou nisso suficientemente
pelo menos na última semana deve ter feito isso, de algum modo.
Mas se você entrou nisso
verá toda esta disputa, toda esta luta,
toda miséria, a incerteza é parte de você,
parte desta consciência, suas ambições, sua ganância,
sua agressividade, sua raiva, sua amargura,
tudo isso é parte desta consciência
que é o acúmulo de 1000 ontens até hoje.
E estamos perguntando se essa consciência,
que é o resultado do tempo
psicológico bem como fisiológico,
pode se esvaziar de modo que o tempo chegue a um fim.
Você compreendeu a pergunta primeiro?
Por favor, alguém diga "sim" ou "não" - (risos) pelo menos.
I: Sim.
K: Não vão dormir.
Nós vamos descobrir se é possível.
Se você diz que não é possível, então fechou a porta
então pode simplesmente ir embora,
não sente aqui e perca seu tempo
se você diz que não é possível.
E se diz que é possível, também fechou a porta.
Mas ao contrário, se diz vamos descobrir,
então você está aberto, está ansioso para descobrir.
Certo?
Por favor, isto não é um jogo intelectual.
Isto não é uma diversão num domingo de manhã.
Também não é um sermão.
Tenho de contar a vocês uma bela história sobre isso.
Havia um pregador com seus discípulos
e toda manhã ele costumava fazer um sermão
durante dez, quinze minutos.
E toda sua audiência cativa o ouvia. (Riso)
E um dia ele chega ao púlpito e começa,
estava apenas começando.
Um pássaro chega, pousa no peitoril e começa a cantar.
E o pregador não diz uma palavra.
O pássaro, depois de cantar, vai embora.
O pregador então diz,
"O sermão acabou esta manhã". (Riso)
Certo?
Gostaria de dizer isso também! (Riso)
Então a questão agora é,
se você é sério o bastante para entrar nela:
se é possível esvaziar totalmente
todo o conteúdo de nós mesmos,
o conteúdo de nossa consciência,
esta consciência que foi construída através do tempo.
Não é possível - por favor ouçam apenas -
não é possível acabar com um dos conteúdos de sua consciência,
sua ferida, sua mágoa psicológica?
Certamente você sabe o que isso significa.
A maioria de nós foi psicologicamente ferida
desde a infância: pais, escola, você sabe, a vida toda
somos feridos.
Isso é parte de sua consciência.
Pode você acabar com essa ferida completamente,
varrê-la totalmente sem deixar uma marca?
Pode, não pode?
Se você presta atenção à mágoa,
sabe o que a causou
e a mágoa é a imagem que você tem de si mesmo
que foi magoada
e acabar com essa imagem que foi magoada,
você pode fazê-lo se entrou nisso muito, muito profundamente.
Ou se você é apegado a alguém,
se é apegado à sua esposa ou marido,
não importa a que, apegado à uma crença,
um país, uma seita, um grupo de pessoas e assim por diante,
a Jesus e assim por diante, não pode você completamente,
logicamente, sensatamente, racionalmente acabar com isto?
Porque você vê que apego implica ciúme, ansiedade, medo, dor
e tendo dor, você se torna mais e mais e mais apegado,
vendo a natureza do apego,
a percepção do apego é o florescer da inteligência.
Essa inteligência diz
como é estúpido ser apegado - está acabado.
Você compreende isto?
Então, entre nisto.
Ou você tem um hábito psicológico particular,
pensar sempre numa certa direção.
Isso é parte de sua consciência.
Pode o pensamento sair da trilha, da rota?
Naturalmente ele pode.
Então, é possível - por favor, ouça - é possível
esvaziar totalmente, completamente o conteúdo.
Ora, se você faz isso um a um, ou seja,
apego, suas feridas,
sua ansiedade e assim por diante, levará tempo infinito.
Veja o que está envolvido se você faz um a um, levará tempo.
Então você está preso no tempo de novo. Pergunto se você vê isso.
Por outro lado, é possível esvaziá-la
sem envolver o tempo, instantaneamente, como um todo, não partes?
Não, vou lhe mostrar, não balance a cabeça, ou concorde ou discorde!
Você compreende minha pergunta?
Quando você faz parte por parte, está ainda envolvido no tempo.
Se você percebe isso, se realmente vê a verdade disto,
então não fará parcialmente.
Certo?
Naturalmente.
Então você vai para outra pergunta que é:
isso pode ser feito em sua inteireza?
Ou seja, existe uma observação desta consciência
que não é realmente minha,
não é minha consciência particular,
é a consciência universal.
Minha consciência é como sua consciência
ou a consciência de outro, porque nós sofremos,
passamos por agonia, etc, etc.
Pode haver alguns que disseram "Fora",
eles desabrocharam, foram além.
Isso é irrelevante.
Então perguntamos: é possível
observar a coisa em sua inteireza,
integralmente
e na própria observação dessa totalidade
o fim dela?
Compreende minha pergunta?
Então é possível observar
sua ferida, ou sua ansiedade,
ou sua culpa ou o que seja, totalmente?
Compreende minha pergunta?
Suponha que tenho culpa.
Sinto culpa,
o que não sinto, mas suponha que sinto.
Posso eu olhar essa culpa,
como ela surge, qual foi a razão dela
e como estou apreensivo, e assim por diante
toda a estrutura da culpa, posso observá-la integralmente?
Naturalmente você pode - não?
Você só pode observá-la integralmente
quando está cônscio da natureza de ser ferido.
Você pode estar cônscio dela e a culpa e assim por diante,
todas as várias coisas que juntamos,
você pode estar cônscio disto
se não há direção ou motivo envolvido nessa conciência.
"Capito?"
Compreendeu isto? Explicarei, vou entrar nisso.
Suponha que sou apegado a alguma coisa ou alguém:
não posso observar
quais são as consequências do apego,
o que está envolvido no apego, como esse apego surgiu,
não posso observar a natureza dele instantaneamente?
Sou apegado porque sou solitário, quero conforto,
quero depender de alguém porque não posso aguentar sozinho.
Preciso de companhia,
preciso de alguém para dizer, você está indo bem, colega.
Preciso de alguém para segurar minha mão, estou deprimido, ansioso.
Então dependo de alguém
e a partir dessa dependência surge o apego
e desse apego surge o medo, ciúme, ansiedade.
Certo?
Não posso observar toda a natureza disto instantaneamente?
Naturalmente você pode se estiver cônscio,
se estiver profundamente interessado em descobrir.
Então, estamos dizendo que em vez de fazê-lo pouco a pouco,
é possível ver toda a natureza e estrutura
e o movimento da consciência com todo seu conteúdo.
O conteúdo faz a consciência
e vê-lo inteiramente é possível.
E quando você vê sua inteireza
ele se desintegra.
A pergunta então é - estamos fazendo esta pergunta:
como o conteúdo é parte de nossa vida diária, de nossa consciência
e essa consciência é o acúmulo através do tempo
se esse tempo pode parar,
quer dizer, existe um fim para todas as lutas,
você sabe, todo o resto, instantaneamente?
Afirmamos que é possível.
Eu mostrei a você.
Foi mostrado com exemplos.
Isto é,
ter um insight completo em toda a natureza da consciência.
Certo?
Insight significa, implica
sem nenhum motivo, sem nenhuma lembrança
apenas ter uma percepção imediata da natureza da consciência
e esse próprio insight dissolve o problema.
Sinto muito se você... Você compreendeu isto de algum modo?
Então podemos ir para a próxima coisa, que é:
Estamos ocupados em medir.
Certo?
Eu sou alto, eu sou baixo.
Devo ser diferente do que sou.
Medida - entende?
que é comparação, seguir um exemplo.
Todo nosso desenvolvimento tecnológico se baseia na medida.
Se você não tivesse medida,
não haveria avanço tecnológico.
Isto é, conhecimento é movimento em medida.
Eu sei, eu deverei saber.
É tudo medida.
E essa medida
passou para o campo psicológico.
Acompanhe tudo isto, senhor.
Está acompanhando?
I: Sim.
K: Olhe para si mesmo, como funciona, você pode ver bem simplesmente.
E assim estamos sempre comparando psicologicamente.
Ora, você pode acabar com a comparação
que é também o fim do tempo.
Certo?
Medida significa medir a si mesmo em relação ao outro
e querer ser como ele, ou não.
O processo positivo e o negativo são parte
da comparação, da medida.
Será que você percebe?
Você está ficando cansado?
I: Não.
K: Entre nisso por si mesmo, você verá.
Então é possível viver uma vida diária
sem qualquer tipo de comparação?
Você compara dois materiais,
uma cor de veludo com outra cor de veludo
mas psicologicamente, internamente,
estar livre completamente da comparação
o que significa estar livre da medida.
Medida é o movimento do pensamento.
Então, pode o pensamento chegar a um fim?
Entende tudo isto?
Veja, a maioria de nós tenta parar o pensamento - tenta,
o que é impossível.
Você pode por um segundo dizer, "Eu parei de pensar"
mas é forçado, é compelido, é uma forma de dizer
"Eu medi por um segundo quando não estava pensando".
Então estamos perguntando uma coisa
que todas as verdadeiras pessoas originais que entraram nesta questão
disseram, "Pode o pensamento chegar a um fim?"
Isto é, o pensamento nascido do conhecido - compreende?
naturalmente conhecimento é o conhecido, que é o passado,
pode esse pensamento chegar a um fim?
Isto é, pode haver liberdade do conhecido?
Compreende minha pergunta?
Porque estamos sempre funcionando a partir do conhecido
e portanto nos tornamos extraordinariamente capazes
e imitativos, comparando
e este empenho constante para ser alguma coisa.
Certo?
Então, o pensamento pode chegar a um fim?
O próprio pensamento, quando está cônscio de si mesmo
conhece suas limitações e portanto tem seu lugar.
Pergunto se você está...
Você está fazendo tudo isto enquanto falamos?
Então falamos sobre
medida, controle,
a importância dos sentidos e seu lugar certo,
tudo isso é parte da meditação.
E agora vamos perguntar:
quando a pessoa chegou a certo ponto
os sentidos podem desenvolver
percepção extra-sensorial
porque se tornam extraordinariamente sensíveis:
telepatia, ler os pensamentos dos outros,
controle, várias formas de clarividência e assim por diante.
Eles estão ainda no campo dos sentidos.
Certo?
Então eles não têm
esta importância colossal que o homem lhes deu.
Certo?
Pergunto se você vê isso.
O orador passou por tudo isto.
Desculpe-me por entrar pessoalmente,
passamos por tudo isto e vemos o perigo disto,
preso em toda essa excitação, tudo isso.
É estúpido.
Então, embora essas coisas existam
definitivamente, mas elas são irrelevantes.
Estamos fazendo agora
outra pergunta que é: o homem está sempre buscando poder.
Certo?
Os políticos, os sacerdotes,
o homem e mulher comuns querem dominar,
querem controlar, querem possuir.
O poder se tornou extraordinariamente importante.
Os dois super poderes.
Isso significa poder nas mãos de poucos
para ditar o que os outros devem pensar,
a Igreja Cristã fez isso excelentemente em uma ocasião.
Os heréticos, a tortura, a Inquisição e tudo isso.
Controlar o homem
pela propaganda, por livros, por palavras,
por imagens, controlando-o por seu medo
e prêmio e castigo.
Qualquer forma de dissidência ou é torturada,
expelida, campos de concentração, ou queimada.
Certo?
Esta é a história da estupidez do homem
embora ele chame de patriótico, religioso.
Agora perguntamos:
é possível viver sem nenhum sentido de poder?
Você entende o que estou dizendo?
Está acompanhando tudo isto, interessado em tudo isto?
Ou seja, pode você viver em total anonimato e total humildade?
Você pode ter um nome, pode escrever um livro
ou falar, como estamos fazendo, e ser um tanto famoso,
notório, qualquer palavra que você queira
mas nada além disto.
Então você não está buscando poder através da clarividência,
através da telepatia, tudo isto pode ser usado pelos governos
para controlar o capitão no submarino,
eles todos estão fazendo experiências com tudo isto,
por deus, fique cônscio de tudo isto.
E pode alguém viver sem nenhum sentido de poder?
Você sabe que há grande beleza nisso,
ser totalmente anônimo.
E o mundo todo está buscando identidade,
poder,
posição.
A pergunta seguinte agora é:
pode o cérebro - por favor, ouça isto -
pode o cérebro, que tem milhões e milhões de anos de idade
tão pesadamente condicionado, tão cheio
de tudo aquilo que o homem juntou através dos séculos
e por isso ele age mecanicamente todo o tempo,
pode esse cérebro ficar livre do conhecido
e pode esse cérebro nunca, nunca ficar velho,
velho no sentido fisicamente?
Você compreende do que estou falando?
Você não faz estas perguntas?
Faz?
Talvez faça quando estiver velho,
quando estiver um tanto decrépito,
quando tiver perdido sua capacidade de pensar,
estiver perdendo sua memória e então você diz,
"Meu Deus, gostaria de voltar e ser jovem outra vez,
ter uma mente nova, uma mente jovem, uma mente decisiva".
Você não pergunta isso às vezes?
Se este cérebro pode perder seu fardo
e ficar livre e nunca se deteriorar.
Não diga "Sim" ou "Não", descubra.
Significa - por favor, ouça se quiser,
estiver interessado nisto,
quer dizer nunca psicologicamente registrar nada.
Certo?
Compreende?
Nunca registrar o elogio, o insulto,
as várias formas de imposições, pressões, nunca.
Manter a fita completamente nova.
Então ele é jovem.
Inocência significa um cérebro que nunca foi ferido.
Certo?
Isso é inocência
que não conhece miséria, conflito, sofrimento, dor, tudo isso
que está registrado no cérebro
e portanto ele é sempre limitado,
velho, conforme envelhece fisicamente.
Ao contrário, se não há qualquer registro que seja
psicologicamente, então o cérebro fica extraordinariamente quieto,
extraordinariamente novo.
Isto não é uma esperança, não é um prêmio (Risos)
ou você faz e descobre
ou apenas aceita palavras e diz,
"Que maravilha deve ser isso"
"Gostaria de experimentar isso"
e você está por fora.
Ao contrário, se você o fizer, descobrirá.
O cérebro se torna então, por causa deste insight
de que falamos,
por causa desse insight as células cerebrais passam por uma mudança.
Não está mais preso a memórias.
Não é mais a casa de vasta antiguidade colecionada.
Certo?
Então é isso.
Então também temos que fazer a pergunta:
existe alguma coisa sagrada na vida?
Existe alguma coisa santificada, intocada pelo pensamento?
Compreende minha pergunta?
Por favor, entenda a pergunta em si.
Aquilo que é santificado, sagrado,
nós colocamos nas igrejas como símbolos,
A Virgem Maria, o Cristo na cruz.
Vá à Índia, lá eles têm suas imagens particulares,
vá aos países budistas, eles têm suas próprias imagens
e isso se tornou sagrado,
o nome, a escultura, a imagem, o símbolo
em certos lugares: igrejas, templos, mesquitas e assim por diante.
Nas mesquitas - naturalmente não há imagens
mas belas escrituras que se tornaram imagens também.
Agora estamos perguntando: existe alguma coisa sagrada na vida?
Sagrado no sentido daquilo que é imortal, eterno,
da eternidade para a eternidade,
aquilo que não conhece início nem fim,
compreende?
Estamos perguntando isto.
Você só pode descobrir isso - não, você não pode descobrir,
ninguém pode descobrir,
isso pode chegar quando você descartou todas as coisas
que o pensamento tornou sagradas,
os quadros, os museus, a música,
as igrejas e suas crenças, seus rituais, seus dogmas,
tudo isso é compreendido e descartado completamente.
Não há sacerdote, nem guru, nem seguidor.
Então, nessa tremenda qualidade de silêncio
você pode descobrir - nesse silêncio pode chegar
alguma coisa que não é tocada pelo pensamento
porque esse silêncio não é criado pelo pensamento.
Então é preciso questionar, examinar esta total natureza do silêncio.
Existe silêncio entre dois ruídos,
existe silêncio entre dois pensamentos
existe silêncio entre duas notas na música,
existe silêncio depois do ruído,
existe silêncio quando o pensamento diz, "Devo ficar em silêncio"
e cria aquele silêncio artificial
e pensar que é silêncio real.
Há silêncio quando você senta quietamente
e força sua mente a ficar em silêncio.
Todos esses são silêncios artificiais.
Não são reais,
profundos, não cultivados, silêncios não premeditados.
Dissemos que o silêncio só pode chegar psicologicamente
quando não há qualquer registro.
Então a mente, o próprio cérebro está totalmente
sem movimento.
Então, nessa grande profundidade de silêncio
não induzido, não cultivado, não praticado
mas nesse silêncio pode chegar aquele extraordinário sentido
de alguma coisa imensurável, inominável.
Todo este movimento do início até o fim
destas palestras é parte da meditação.
Encerrado.
I: (Inaudível)
K: Desculpe, você não pode fazer perguntas depois disto.
Espero nos encontrarmos outra vez.
I: Obrigado.