Tip:
Highlight text to annotate it
X
O objetivo de Jonas Salk era desenvolver
uma vacina não ortodoxa contra a pólio.
Até então, a pesquisa da pólio estava focada
em desenvolver uma vacina com vírus vivos,
como a vacina contra febre amarela e varíola.
Um moroso e complexo processo.
A vacina com vírus vivos era
o padrão sagrado vigente na época.
Toda comunidade científica dizia que
a única vacina que funcionaria para a pólio
seria uma vacina com vírus vivos.
Jonas Salk discordava.
Sua experiência no desenvolvimento de vacina para Influenza
lhe dizia que a vacina com vírus mortos
era possível e também mais rápido de se produzir.
Salk tinha a experiência própria para acreditar que
assim como a Influenza e outros vírus,
Se você extrair o vírus, matá-lo
e injetá-lo no braço de uma pessoa,
você pode enganar o sistema imunológico do corpo,
fazendo-o acreditar que um invasor chegou.
E o corpo começa a produzir fortes anticorpos,
para uma proteção duradoura contra a doença.
Os proponentes da vacina de vírus vivos
desprezavam as idéias de Salk,
como se fossem uma heresia científica.
Notadamente, Albert Sabin.
O Dr. Sabin já havia construído uma reputação
de cientista confiável e pesquisador inovador.
Ele era um pouco bombástico,
e intolerante às idéias das outras pessoas.
Ele sempre estava convencido
que só o seu trabalho está correto.
E na maior parte das vezes ele estava certo.
Albert Sabin estava trabalhando por alguns anos
na sua vacina de vírus vivos.
Sabin acreditava que a sua vacina era
a vacina ideal contra a pólio.
Ele também sabia que demoraria mais para desenvolvê-la,
e o constante conflito que mantinha com Basil O'Connor
era sobre o tempo.
"Preciso de tempo para aperfeiçoar minha vacina"
Mas Basil O'Connor queria tudo pronto
o mais rápido possível.
Albert Sabin simplesmente achava
que a ciência tinha o seu próprio ritmo.
E a Marcha dos Centavos deveria esperar
até que sua vacina ficasse pronta.