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Tradução e sincronia por suzy.it
Revisão por Le e Genda
Para LEGENDAS.TV
Todos os homens livres,
vivam onde viverem,
são cidadãos de Berlim.
Portanto, como homem livre,
orgulho-me de poder dizer:
sou um berlinense.
Senhor Gorbachov, abra este portão!
ROMÊNIA
Nicolae Ceausescu
Romenos, quero render uma última homenagem
àqueles que sacrificaram suas vidas na Praça da Universidade.
Meu filho de 17 anos e seu amigo, com enorme coragem,
se lançaram contra os tanques para defender os cidadãos
que se manifestavam pela liberdade e pela democracia.
Meu filho morreu no pronto socorro...
Coma isto também.
- Quando o papai vai chegar? - Não sei.
Está no hospital, tem muito trabalho.
Há dois dias que não vem.
Papai é médico e tem que ficar no hospital.
Tem muito trabalho lá. Está fazendo turnos dobrados.
Não fique preocupado.
Agradeçam àqueles jovens que morreram pela vossa liberdade.
O papai chegou.
Olá, Florin!
- O que está acontecendo? - O hospital está cheio de feridos.
Pensei em levar o menino para a casa de sua mãe no campo.
Consigo fazer em umas 2 horas. Pegue o seu casacão.
Como está o meu garotinho?
Fique sentado.
Coma.
- Dê-me um pedaço. - Prenderam o Ceaucescu?
Ainda não. Coma, ande... se apresse.
Se o prenderem, podemos comprar uma Mercedes?
Claro, e aí iremos viajar pelo mundo.
Fique quieto. Por que está dizendo a ele estas bobagens?
- Venha, vamos. - Cubra-o bem.
Coloque o casaco.
- Comporte-se bem. - Sim.
E você, tenha cuidado, não saia de casa.
Volto o mais rápido possível.
- Tenha cuidado você também. - Sim, claro. Tchau!
O Palácio foi ocupado por membros da segurança.
Mas o que querem? O que estão tentando fazer?
Atenção! Atenção!
Não atirem nos balcões do Comitê Central.
São os nossos militares!
São os nossos militares!
O exército está do nosso lado!
O exército está do nosso lado!
Fique aqui, não desça do carro.
Fique quieto aí!
Ioan!
Ioan!
- Olá! - Olá!
- O que está fazendo? - Estou trocando as velas.
Você ainda está com este traste?
Está feio, mas não é um traste.
Meu irmão, é de jogar fora!
Você pensou naquilo que lhe disse?
- No quê? - Como no quê? Em irmos embora!
- Você me fez errar a chave! - Precisa me dizer se topa!
Não sou do tipo que pode ficar parado, esperando.
- Não sei. - O que você não sabe?
O que espera deste país de merda? O que está fazendo aqui?
Quer trocar velas e encher pneus o resto da vida?
Nasci aqui e isto é o que sei fazer.
Não me responda assim! Tem que dizer se vai comigo ou não.
Se me mando com você, o que vou fazer?
Se fizer o que eu digo,
em um dia vai ganhar o que consegue aqui em um mês.
É uma coisa segura, faço isso há muito tempo.
O dinheiro para a viagem, você que vai me dar?
- Quanto você tem? - Pouco.
- Pouco quanto? - Duzentos, trezentos dólares.
Fique tranquilo, vamos fazer que seja suficiente.
- Sim? - Claro! Somos amigos, não?
Você já esteve lá, mas para mim é a primeira vez. Tenho medo.
Meu irmão, sabe qual é o seu problema?
Você não tem peito!
Tive que deixar minha mãe e minha avó.
Quando começar a mandar dinheiro, vai ver como elas lhe agradecerão.
Acha que vou conseguir comprar um carro?
Se fizer como lhe digo, poderá comprar 10 caminhões.
Vista isto.
- Por quê? - Vista e não faça perguntas.
- Eu estou limpo! - Não é este o problema.
O problema é que você parece um romeno pobre.
Vista isso, assim não terá problemas com a polícia.
Está bem! Desse jeito não teremos problemas.
Acordem!
Acordem!
Passaportes, por favor.
Onde achou este passaporte?
Venha conosco.
Venha conosco. Ande, vamos!
- O que está acontecendo? - Não se preocupe, é algum erro.
Não sei o que querem.
Você pode ficar, tem três meses de permissão!
Três meses!
- Onde estão levando você? - Fique aqui, nos vemos na Itália.
Nos vemos em Roma! Não se preocupe.
- O que vou fazer sozinho na Itália? - Nos veremos logo!
- Mas onde, na Itália? - Na Piazza della Repubblica.
Quando?
Papai, quando você era pequeno, o que queria fazer quando crescesse?
Queria viajar pelo mundo.
Por que não fez?
Por que, papai?
Porque eles tem medo que, se sairmos, não voltemos mais.
Ouça... e você, o que quer fazer quando crescer?
Eu? Também quero viajar e conhecer o mundo.
- Viajar? - Sim.
Está bem, vou lhe ajudar a fazer isso.
Mas tem que me prometer uma coisa:
que vai voltar.
- Sim. - E vai me contar o que viu, certo?
- Está certo. - Tem certeza?
- Tenho certeza. - Então, boa sorte!
Boa sorte!
Não pode ficar aqui.
Quantas vezes tenho que dizer que não podem vir aqui?!
Não se preocupe, ele só enche o saco!
Não podem vir aqui, este é um banheiro privado!
Os banheiros ficam lá em cima.
Mas quanto papel está pegando?
Não é você que paga o papel!
Escute, cara! Se pegam vocês aqui,
perco meu trabalho. Portanto, vão embora.
Vá tomar no rabo!
Eu entendi, ouviu? Não banque o esperto comigo!
Da próxima vez que os vir aqui, chamo logo a polícia.
Ei, vamos!
Acordem!
Saiam, por favor.
Garoto! Ei!
Vamos!
Estava só dormindo.
Tem razão, mas não pode ficar aqui.
Ei, não pode ficar aqui.
Foi você quem me roubou o walkman!
Devolva o walkman que me roubou!
- Abra esta merda de porta! - Não fui eu!
Ou me devolve o walkman, ou me dê o dinheiro!
Dou-lhe o dinheiro.
Abra esta merda de porta, ou chamo a polícia!
Nada de polícia, eu dou o dinheiro!
Eu não roubei o seu walkman,
e não conheço aquele cara.
Vocês tem que me deixar em paz, não podem vir aqui.
Além do mais, como pode dormir aqui?
Vamos, senão vão pensar que eu o deixei entrar.
Vocês nasceram lá, fiquem lá! Cada um na sua casa.
Por acaso, eu vou no seu país encher o saco?
- Você está bem, mas nós não. - Eu, bem?
- Por que não me deixa dormir aqui? - Não pode!
Eu pago.
- Quanto paga? - Cinco euros por noite.
Vou arriscar a perder meu emprego por cinco euros?
Você não tem um lugar onde dormir?
- Uma casa, um amigo? - Não.
Quer um lugar por dez euros a noite?
É muito.
Vá embora, ande! Vá com Deus!
Oito. Mas adiantados.
É um bairro tranquilo, com gente respeitável.
Não se pode fazer barulho.
A proprietária mora aqui em cima. É uma atriz, mas um pouco chata.
A casa é muito silenciosa, com vista panorâmica!
As casas mobiliadas são caras, mas tem suas vantagens.
A geladeira... pode usar uma prateleira.
O banheiro, com uma bonita porta de correr.
Tudo automático e moderno, mas não está correndo bem.
E o chuveiro?
Água quente e fria, mas não está funcionando muito bem.
- Tem uma chave de fenda? - Uma chave de fenda?
Não sei, não tenho muito jeito para essas coisas.
Prefiro estudar, pensar. Gosto de entender...
Uma faca, serve?
O resto dou no fim do mês.
Como vê, sempre pontual, como um relógio suíço.
Sim! Escute, suíço...
ou me paga todo final do mês, ou delisgo tudo...
eletricidade, gás e tudo o mais.
É um operário, está consertando a torneira... por minha conta.
- E o operário usa o chuveiro? - Tem que experimentar.
Se pretende me passar pra trás, diga logo, assim estarei preparada.
Outra vez aqui, será que eu tenho mel?
- De onde é? - Da Romênia.
- Tem documentos? - Sim.
Deixe-me ver.
E isto seria a permissão de residência?
Vence daqui a 15 dias. Quer me fazer de bobo?
- Ei, como se chama? - Ioan.
- Sabe desmontar um motor? - Sei.
Deixe eu ver.
Abra o capô. Abra o capô... puxe!
Droga! Abra o capô!
Está preso, não vê?
Depois de consertar a TV, vai dizer que não me pagará?
Eu pago!
Porque até quando vai em um hotel e tem TV,
você paga mais, porque é um extra.
Sua mãe no telefone.
Tudo bem.
Consegui um contrato por tempo indeterminado.
Vocês não tem que se preocupar, se precisar, eu ligo.
Meu celular não pega aqui, mamãe.
Sim. Não gaste mais dinheiro. Tchau!
Primeiro, me deve o dinheiro do aluguel.
Segundo, seu amigo...
ou vai embora, ou aumento o aluguel.
Terceiro: por que conta todas essas mentiras à sua mãe?
Eu é que gostaria de saber, o que você conta aos seus pais!
O que eu lhes conto? A verdade, que sou uma atriz!
- Você, atriz? - Faço pontas, em geral com falas.
Mas todos, no cinema italiano, sabem porque não me dei bem.
E por quê?
Porque não dei pra ninguém, fiquei com as pernas fechadas!
Senão, a esta hora, estaria pisando em todas as passarelas da Europa,
recolhendo não um, mas dez prêmios.
Mas por que estou lhe contando isso?
Melhor dizer isso ao cachorro... talvez ele acredite!
Stanislavskij, atrás dele!
Venha.
Quero que experimente uma especialidade.
Você não vai pagar!
***!
Tomatinhos frescos, levemente cozidos, um pouco de azeite,
um pouco de alho...
e por último o manjericão. Nunca cortá-lo com faca, só com as mãos.
- Boa! - É boa, sim!
- Pode abrir um restaurante. - Meus avós eram cozinheiros.
Em Abruzzo, na cidade de Lanciano.
"La Palomba", um restaurante fantástico.
- Onde fica Abruzzo? - Abruzzo?
Itália...
a bota.
Aqui, Roma... e aqui, Abruzzo.
- Por que você veio para cá? - Para estudar.
Depois encontrei trabalho...
porque se não tem trabalho,
se não tem dinheiro no bolso todos os dias...
está ferrado!
É engraçado dizer isso a você, que sabe muito bem disso, mas...
não vale só para o pobre estrangeiro que chega.
Aqui, se não tem as costas cobertas,
se não tem a família que ajude,
pode ser estrangeiro na própria pátria.
Vivamos, minha Lesbia, e amemos.
Que cada murmúrio pérfido dos velhos, não valha para nós nem um centavo.
Dê-me mil beijos, e mais cem, depois outros mil,
e mais cem, depois ainda outros mil, e mil, e mil, e mil...
Eu já não falei que não podem estender a roupa no terraço?
É proibido pelas normas do ***ínio!
Dá-lhe!
O que faremos?
Vamos esperar que amanheça.
Você acredita em Deus?
Eu confio Nele. E você?
Tenho dúvidas, porque...
Siga o raciocínio: se Ele é infinitamente bom,
por que deixa as pessoas sofrerem?
As crianças, por exemplo...
No fundo, o que lhe fizemos de mal?
Nós desobedecemos e fomos castigados!
Mas que merda é essa? Passaram milhares de anos,
nasceram e morreram milhões de pessoas...
e Ele ainda está ***? Ainda bem que é bom!
Venha!
- Você é maluco! - Venha!
Temos que nadar.
- Nadar? - Sim.
Senão vamos congelar, venha!
Não, não... eu não sei nadar.
O quê?
Eu lhe ensino a nadar, é muito fácil.
Um meio termo, entre relaxado e rígido.
Não se mova.
Vou lhe soltar.
- Estamos numa boa aqui, nao? - Sim, é bacana!
- Você tem uma namorada? - Eu gosto de ser livre.
Livre... a liberdade não tem preço!
Nenhuma preocupação, entende?
Nenhuma responsabilidade.
Agora, por exemplo, se eu e você quisermos viajar, viajamos.
- Para onde? - Sei lá!
- Para a Romênia. - Romênia!
Abrimos uma...
sociedade de importação e exportação.
Mas você já tem um trabalho aqui.
Dinheiro mesmo, se ganha em um negócio!
Importação e exportação.
Sem a permissão de residência, não posso fazer nada.
- Eu consigo os documentos. - Como?
Contratando você como ajudante.
Não pode.
Por que não posso?
Você faz limpeza, não pode ter um ajudante.
E os que limpam não podem ter um ajudante?
Se quiser, posso ter dez mordomos.
Mas se fosse possível, o que poderíamos fazer?
Abrir um restaurante italiano.
Para isso precisa de muito dinheiro.
20.000 euros bastam. Metade eu, metade você.
Você já trabalha, e agora eu também.
Economizamos um pouco... é assim que se faz!
Seria muito gratificante também para meus pais,
porque se morrerem, já sabem que eu estou realizado.
Como este aqui.
A madeira é barata, na Romênia. Tem muitas florestas.
Como o chamaremos?
"Ioan e Michele".
A "Ioan e Michele"!
- Quando acabar, venha ao escritório. - Sim, chefe.
Vocês tinham me prometido outros três meses.
E a nós, tinham prometido outro contrato... e agora?
Compete a mim cortar o pessoal.
- Mais um mês, sem o Seguro Social. - De jeito nenhum.
Assim você vai fazer como o outro, que me denunciou ao sindicato.
- Estas são as regras, e você sabe. - E agora? Eu assumi compromissos.
Você vai ver. Devagar as coisas se ajeitam.
Há 40 anos que espero que se ajeitem.
Acorde, vai chegar tarde!
Ande!
- Tchau! Até à noite. - Até à noite.
Trabalhou a vida toda com contratos temporários.
Tem 40 anos, e a idade não ajuda.
Trabalhou em muitas firmas...
Tem carro?
- Tenho uma Vespa. - É muito difícil.
De qualquer modo, fico com seus dados. Deixe seu currículo,
já temos aqui seus telefones, celular e fixo.
É melhor usar o fixo.
Quando eu o comprar, iremos na Romênia.
Você vai ver o lugar mais bonito do mundo.
E qual seria? O delta do Danúbio.
Você ainda não viu um lugar tão bonito.
- Mais bonito que Veneza? - Claro!
É onde abriremos nosso restaurante.
- Olá. - Olá.
- O senhor é o proprietário? - Sim.
Posso ver seus documentos, por favor?
Sabemos que aqui trabalha um rapaz romeno.
- Não, aqui não tem nenhum romeno. - Tem certeza?
- Ele não tem permissão para ficar. - Aqui não tem nenhum.
Polícia!
Sinto muito, mas não posso fechar por sua causa.
Aqui tem gente com família, que precisa trabalhar.
Eu até arrisquei, você viu. Por pouco não me fizeram fechar.
Você é um bom garoto, trabalha bem, mas eu não posso...
São tempos difíceis, sinto muito.
- Vocês viram o Michele? - Que Michele?
Não trabalha mais aqui, já tem mais de um mês.
- Tem certeza? - Absoluta.
Saiu antes da hora?
- O que aconteceu? - Perdi o trabalho.
Você também perdeu o trabalho. Passei lá e você não estava.
Porque me passaram para o turno da noite!
- Por que não me disse? - Esqueci.
Está me fazendo de bobo!
Companheiro, não estou fazendo ninguém de bobo.
Aqui o trabalho é assim, nos mudam de um lado pro outro.
E não tenho que lhe dar satisfações, entendeu?
Você queria uma desculpa para ir embora? Então vá!
E esse cara veio lá da Romênia... vocês todos me enchem o saco!
- Achei que você era um amigo. - Eu também.
Por uma pequena discussão, você se manda? É assim?
Não tenho mais trabalho e nem dinheiro para o aluguel.
E daí? Eu também não.
- Por que não me disse a verdade? - Porque tenho minha "privacy"!
Fique quieto, faça de conta que não entende.
Mas não vão acreditar!
Vão acreditar, sim.
Mas não tinham que acabar em dez minutos?
Há quase meia hora que estamos esperando.
Cuidado, bonitão, assim vai estragá-lo.
Com delicadeza.
Não italiano... não entender.
Gosto muito de você, mas não se faz assim. Deve ir devagar.
- Estes extra-comunitários! - Deixe para lá!
Se faz assim... 'entender'?
Mas o que ensinam nos países de vocês?
Só vir aqui para roubar?
Vão se fazer de espertos no país de vocês, aqui não.
Dão a vocês os melhores trabalhos, e os tratam melhor do que a nós.
Há anos que aguento vocês. Já estou com o saco estourando!
Olhe, ela fica com medo e foge.
- Sabe por quê? - Por quê?
Tem medo de morrer.
Não posso acreditar, você conseguiu!
É incrível! Como vai? Finalmente nos encontramos.
Como você fez? Quando chegou?
Cheguei há uns dois meses. Procurei você, mas não o encontrei.
Roma é grande.
E então, o que aconteceu? O que tem feito?
- Trabalhei como mecânico. - E depois?
Me despediram porque não tenho os papéis.
- Sabe como é. - Fez falta o seu amigo, hein?
- Claro. - Nossa, que boazuda, irmão!
Tem cada mulherão aqui!
Alô?
Sim, tudo bem.
Vou levar um amigo meu também.
Sim, está bem.
- Encontramos trabalho. - Que trabalho?
- Trabalha-se pouco e se ganha bem. - O que temos que fazer?
- Um pouco de marketing. - Marketing?
- Está limpo? - O que quer dizer?
- Tomou banho? Está limpo? - Naturalmente!
Escute, o que devemos fazer?
Olhe o que eu faço.
Deixe isto.
Não se preocupe, ninguém vai roubar.
Seu amigo é decente? Claro, é um rapaz bacana.
Venha aqui, vamos trepar.
O que está fazendo? Temos que trepar!
Tire a roupa.
Se quer sobreviver, tem que se adaptar.
- Achei que tinha entendido. - E temos que nos humilhar assim?
Faça o que fizer, você é humilhado por ser estrangeiro.
Um pedaço de carne para ser usado.
Mesmo que não demonstrem, é assim. Lembre-se.
Não, tem gente que não pensa assim.
Porque são mortos de fome como você. Aqui só conta o dinheiro.
Caso contrário, você vale menos do que merda de cachorro.
Se quiser um conselho, lave bem o saco,
fale e ria sempre, ou não confiarão em você.
Pagarão menos, e não vão querer lhe ver mais.
Melhor assim, porque este tipo de marketing não é para mim.
Papai, o que existe lá?
Dizem que é o lugar mais bonito do mundo.
- Um dia você vai me levar lá? - Sim, eu prometo.
- Quem é? - Sou eu.
O que quer?
O pessoal da agência de emprego está no telefone. Rápido!
Vamos fazer de novo... sorria somente com os olhos.
Natural.
Abaixe, olhe para mim.
Abaixe o olhar.
Parado... parado.
Somente com os olhos.
Mantenha o olhar.
Ioan, relaxado. Outra vez, abaixe o olhar.
Assim. Está bem.
Muito bem.
Assim.
Exatamente assim. Fique parado.
O que está fazendo?
Encontrei um bom trabalho. Conheci uma fotógrafa.
Uma o quê?
Uma fotógrafa que procurava um rosto como o meu.
Tenho que ir com ela para Milão.
Tudo resolvido, companheiro!
Uma outra empresa de limpeza me chamou.
Talvez agora me contratem!
Fico contente por você, mas eu vou embora.
Não seja ingênuo, irmão, é tudo malandragem.
Eu também achei, mas me deram dinheiro adiantado.
E vão me conseguir os documentos.
Ela também me deu um celular.
O que ela vai querer de um desgraçado como você?
Não sei.
Olhe, se for embora, vou arranjar outro inquilino!
E depois, onde vai encontrar outro lugar assim?
Vai perder tudo!
Se encontrar uma pessoa de confiança, alugue.
Economize um pouco de dinheiro.
- O que você tem? - Nada.
Sinto muito, que vá embora...
Mas vou voltar.
Juntamos um pouco de dinheiro, você aqui e eu em Milão.
Depois partimos para a Romênia.
Abriremos o restaurante...
Você esqueceu?
"Ioan e Michele"
Somos sócios, não?
- Não quer nadar um pouco? - Não.
Estou muito contente com você, sabe?
É bacana, espontâneo...
Não é tão fácil...
Ainda tem que fazer muitas fotos?
Até encontrar a certa.
Estava quase desistindo, mas depois vi o seu rosto...
O que tem o meu rosto?
É puro!
Que tal o alojamento?
Bom! Tem até televisão por satélite!
O que vai fazer com o dinheiro?
Quero comprar um carro para fazer uma viagem.
Eu sei que para você é duro,
mas tenho gente com família para cuidar. Desculpe!
...cada vez que os cristãos se preparam
concedendo-se esses dias de alegria
confiando na liberdade de Deus
e vivendo em modo irrepreensível...
Bom dia!
Por que também me fotografa enquanto durmo?
É o meu trabalho.
Fique assim! Mantenha os braços levantados.
Ioan, fique assim.
Venha na minha direção. Muito bem!
Ótimo.
Você gosta?
Passei dez anos fotografando guerras e revoluções.
Os coitados que morriam logo depois!
Mas logo entendi que não servia para nada. Leite?
Reconhece aquela ali?
A última revolução!
Você era criança, não deve lembrar de nada.
VISTA A REVOLUÇÃO
Ioan, onde vai?
Deveria se envergonhar!
Alô?
Gostaria de falar com Michele.
A esta hora?
Vocês já me encheram o saco!
Seu amigo ainda me deve o aluguel!
Por favor, é urgente. Diga-lhe que estou voltando.
Tenho um carro e vamos embora.
Vá dormir, vá!
Que mal educado!
Abaixe!
Quer desligar essa droga?!
Poucas mesas... para mim está bem.
Mas não redondas. Quadradas.
Acho que no Danúbio, as quadradas ficam melhor.
Como se chama o queijo que experimentamos ontem?
Telemea.
Vou fazer uma *** com telemea para lançar o restaurante.
Deixaremos todos impressionados.
Com manjericão, para arrematar.
Nunca cortado com faca!
Para onde estamos indo?
Para lá!
Para o lugar mais bonito do mundo!
A "Ioan e Michele"!
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