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O suicídio é atualmente umas das três principais causas de morte entre jovens e adultos no
mundo. Estima-se que aproximadamente 1 milhão de
pessoas tirem a própria vida todos os anos. Uma quantidade superior ao número de vítimas
de muitas guerras e genocídios, só no Brasil são em média 25 suicídios por dia.
No programa de hoje nós vamos discutir as motivações dessas mortes e mostrar para
as pessoas em desespero como é possível mudar de vida sem recorrer ao suicídio.
Por que o assunto não é tratado pela imprensa brasileira
Tem um acordo silencioso no Brasil
O que o islamismo e a igreja católica pensam sobre o suicídio.
Pra essas pessoas jamais vai faltar o ato compassivo de Deus.
Qual a penalidade para aqueles que induzem o suicídio de outros.
O agressor tem sua parcela de responsabilidade sem sombra de dúvida.
E o exemplo de Ana Maria que tentou se matar duas vezes e hoje ajuda pessoas a tirar essa
idéia da cabeça. Eu me curei, conheço outras pessoas que se
curaram e a cura vem dessa transformação interna.
Essa e outras questões agora no Mundo Maior Repórter.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 3 mil pessoas cometem suicídio todos
os dias no mundo. Uma morte a cada 30 segundos.
Estima-se que para cada pessoa que consegue se suicidar 20 ou mais tentam sem sucesso.
Segundo um estudo da UNICAMP, 17% dos brasileiros já pensaram em se matar.
Mas o que leva tanta gente a dar fim a própria vida?
São muitas as causas que envolvem o suicídio mas todas elas envolvem uma grande egrégora
de sombra, né! De desconexão com a força vital.
Quando eu tentei a primeira vez é... eu tinha fases de hipomania, eu bebia muito, eu sempre
bebia muito pra aliviar, desde os 12 anos eu comecei a beber. Pra aliviar esse mal estar
que eu sentia, então eu tinha bebido, enchi a cara com uma amiga minha e aí eu falei,
bom, tinha um monte de remédio, os tarja pretas que não tinha funcionado, porque você
toma remédio, muda o remédio, muda a dose, muda não sei o que, e só piorando, piorando,
aí eu tinha enchido a cara e falei "eu não vou continuar vivendo assim", e aí eu peguei
todos esses remédios que eu tinha e tomei, acho que era mais de 40 comprimidos. E aí, como eu
falei: vaso ruim não quebra, né! Tomei tudo, vomitei e continuo aqui!
Isso você tinha 18 anos, né! 18 anos na época!
As pessoas não tiram sua vida porque elas não querem viver, mas é porque elas estão
sofrendo, não que elas desejem a morte, mas elas veem a morte como uma forma de interromper
seu sofrimento. Essa segunda vez eu tava com febre, e febre
geralmente te dá um poco de delírio, né! Já também "ai dane-se tudo!", e aí eu fui,
eu morava em um hotelzinho na cidade onde eu estudava e aí eu tentei cortar o pulso,
quebrei um copo americano, uma coisa super dramática, e fui tentar cortar o pulso, só
que aí começou a sangrar eu sempre tive pavor de sangue, eu já tava meio doente,
desmaiei e aí eu acordei eu tava no postinho da cidade, com um amigo meu, que tinha ido
atrás de mim, pra ver o que tava acontecendo, minhas amigas também, só que ficou aquela
coisa: vamos, né, ninguem falava muito. Hoje ainda é tabu! Naquela época então! Era
tudo novidade, né! Imagina, a pessoa tentar se matar, era, não entrava na nossa cabeça.
Você acha que existe um tabu pra se tratar do tema?
Tem! Total! Não só um tabu, mas tem um acordo silencioso
no Brasil, teve um caso muito sério aqui, de suicídio, um caso de suicídio que foi
muito alardeado pela mídia e que depois disso aumentou o número de suicídios no Brasil,
então a mídia naquela época meio que fez um pacto: não se trata mais desse assunto!
Mas isso também não resolve. Algo é dito há 100 anos atrás e fica-se
repetindo como se fosse uma grande verdade, tem um exemplo muito claro
que foi quando foi lançado o livro do Goethe é o "Os Sofrimentos do Jovem Werther", na Europa
que era um caso de amor e que o jovem se suicida. Esse livro quando foi lançado na Europa pelo
Goethe, esse livro provocou um aumento do número de suicídios, a partir daí essa
história do contágio chamou-se efeito Werther, isso é uma história que tem mais de 100
anos! E continua-se se repetindo da mesma forma, como se via naquela época.
No Brasil, a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou cerca de 30% nos últimos
25 anos. Muitos estudiosos acreditam que estamos passando por um período de pressão social
para ser feliz, principalmente nas redes sociais, onde todo mundo teria a obrigação de ser
o melhor. A morte para a justiça leva a extinção
de qualquer pena, por isso a pessoa que se suicida não pode ser condenada quando morta.
A tentativa também não pune o autor do ato, já que ela precisa mais de ajuda do que condenação.
Mas, quando o assunto é a indução e o auxílio ao suicídio o cenário muda.
No Brasil preve-se no decreto de lei número 2.848 de 7 de dezembro de 1940: "induzir ou instigar
alguem a suicidar-se ou prestar auxílio para que o faça, tem pena de 2 a 6 anos se o suicídio
se consumar. Ou reclusão de um a três, se da tentativa resultar lesão corporal de natureza
grave." Qual é a responsabilidade de pessoas que
incentivam de alguma forma a morte de outras? Como bullying...
O bullying é a agressão, né, a agressão plena, ele pode sim por falta de estrutura
emocional cometer o suicídio, uma tentativa de suicídio ou atitudes de resposta desequilibrada
a essa agressão. Na escola se ensina pro vestibular não se
ensina mais pra vida, não se ensina convivência, não se ensina paz, nao se ensina amorosidade,
não se ensina fraternidade, se ensina pra responder questão de Enem e do vestibular,
então aí...Como é que faz? O agressor tem sua parcela de responsabilidade
sem sombra de dúvida! Mas além do suicidio voluntário e do induzido,
como no caso do bullying, há também aquele considerado indireto, ou seja, quando o encarnado
vai se matando aos poucos em consequencia de algum vício ou outros descuidos da saúde.
Seja qual for a causa, o suicídio na maioria das vezes é antecedido por momentos de depressão
e anunciado pelo suicida. Isso a gente deve entender do ponto de vista
positivo, de chamar a atenção pro fato de que elas estão sofrendo, que elas estão
sentindo é uma dor. E aí depende sem dúvida daqueles que estão em volta escutarem isso
e poderem ajudar. A Paula é jornalista e escritora, e entre
as suas obras está "Suicídio, o futuro interrompido", que foi motivado pelo suicídio do próprio
pai que deu um tiro na cabeça em 2005 aos 68 anos.
Paula, ele chegou a dar algum sinal de que isso poderia acontecer?
Ele deu vários sinais. É o primeiro que justamente é o que tá mais associado ao
suicídio foi uma depressão, alguns meses antes ele foi diagnosticado, a família notou
que tinha alguma coisa errada, que ele não tava no seu normal, ele procurou o médico,
mas não fez o tratamento, que é um grande problema no caso de depressão, de pessoas
que se negam a fazer o tratamento. Por mais que as pessoas digam que o suicídio
ele é uma surpresa pra quem está ao lado, pra quem fica, de fato se nós analisarmos
a vida dessa pessoa, ela já deu sinais. Por exemplo, despedida, é muito comum a pessoa
querer se despedir das pessoas, então meu pai fez isso, mas quem já tomou a decisão
ele nunca fala do futuro, então você fala do Natal, ele vai voltar pro passado, ele
fica nostálgico. Os amigos tem que chamar atenção, ligar
pra aquela pessoa, telefonar, conversar, é tentar conduzir essa amizade num laço verdadeiro
de carinho, de amor, de preocupação, de afeto, pra que a pessoa se sinta acolhida
e pare de pensar em abreviar a própria vida antecipadamente.
Li An também já sofreu com um suicídio na família, foi em Nova Iorque que sua filha
Elena, de 20 anos, tirou a própria vida. Elena era muito alegre, muito jovial, muito
expansiva, só aos 14 anos que ela entrou pra um grupo de dança, depois num grupo de
teatro, depois daí que ela foi pra Nova Iorque um pouco por acaso, não porque ela quisesse
ser atriz, assim com aquele objetivo, ela foi pra passear e lá ela se deslumbrou com a
cidade, com as possibilidades, ela demorou mais de um ano pra achar uma universidade
que aceitasse, nisso ela começou a ficar um pouco deprimida pela solidão, até que
eu e Petra fomos pra ficar com ela, pra apoiar e no dia, ela teve uma crise um mês antes
ou dois, até começou pela primeira vez a ir a psiquiatra, tomar remédio, mas não
deu tempo. A história de Elena acabou ganhando os cinemas
com o filme dirigido e roteirizado por sua irmã, Petra Costa.
"Elena sonhei com você essa noite. Mas num instante você vira água."
"Se desfaz em gotas." Eu cheguei em casa achei ela desmaiada, tinha
tomado cachaça, aspirina e antialérgico, aí levei ela pro hospital e lá eles demoraram
pra atendê-la, ela vomitou e foi asfixiada pelo vômito.
Então foi um horror, assim eu tava fazendo tudo no meu alcance, né, pra tentar ajudar
naquele ano e não consegui, foi... Não pode deixar uma pessoa deprimida sozinha
de jeito nenhum, isso é a primeira regra que eu aprendi.
E eu tava doente e a minha família não tinha essa idéia: nossa essa pessoa está doente
e precisa de tratamento, precisando de apoio. Era sempre uma pressão e aquela coisa: "nossa
você não melhorou ainda? Você tá se tratando faz um mês?"
Quem fala não faz, não é verdade! A chance que tem de fazer é altíssima. Porque
não é normal uma pessoa dizer que não acha graça na vida, que quer morrer, que não
vê sentido em estar vivo.Então preste muita atenção quando alguem diz que está pensando
se matar, porque ele pode de fato estar. O vocalista da banda Nirvana, Kurt Cobain,
por exemplo, já não se entusiasmava mais por nada, como disse em sua carta de despedida,
o músico era também viciado em heroína e teve um relacionamento conturbado com a
esposa Courtney Love, igualmente viciada. Cobain foi encontrado morto em sua casa com
um tiro na cabeça. No Brasil casos bem conhecidos são da atriz
Leila Lopes e mais recentemente o do ex-baixista do Charlie Brown Junior, o Champignon, que
se matou seis meses depois da morte por overdose do Chorão, seu ex- companheiro de trabalho.
De acordo com a investigaçao da polícia, o ex-baixista do Charlie Brown Junior, Luis
Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon, usou uma pistola 380 pra atirar contra a própria
cabeça no seu apartamento em São Paulo. Depois da sua morte, sua esposa contou a imprensa
que a família estava passando por dificuldades financeiras e que ele também estava sofrendo
com as críticas ao seu trabalho. Champignon tinha 35 anos e deixou a mulher grávida.
O familiar se cobra: "poxa onde que eu errei, onde que eu falhei, será que eu não prestei
atençao no meu amigo, no meu parente, no meu filho, no meu irmão" Então vem culpa,vem
remorso, vem revolta, vem aquela coisa de você culpar os outros por aquilo que ele fez.
É normal você sentir culpa, depois você
sentir rava, porque você diz: "como ele fez isso comigo? Como uma pessoa faz uma coisa
dessa e deixa os filhos,a mulher, a família" Nem os pais, nem aqueles que ficaram tem essa
responsabilidade total no sentido de se culpar porque alguem cometeu o suicídio.
É muito comum também você começar a ter medo de você fazer também.
É uma coisa assim de contágio: "será que isso tá na família, e eu tenho isso dentro
de mim, que eu também vou me matar?" E o familiar também precisa de apoio psicológico,
pra entender que a responsabilidade é individual e intransferível, mas que ele pode ser um
ser humano melhor pra si mesmo e pros outros a partir de agora.
Como podemos perceber este é um assunto muito delicado, tanto para as religiões, para a
saúde pública, como para nós, os jornalistas, que nos questionamos sempre como abordar o
suicídio sem que isso possa incentivar de alguma forma outras mortes, mas para o CVV,
Centro de Valorização da Vida, falar sobre isso é uma forma de derrubar tabus que atrapalham
a prevenção. Se deve abordar o tema ate porque assim, a
idéia do CVV é abordar a Valorização da Vida, então assim você não precisa ficar
batendo na tecla do suicídio, mas é legal a gente saber que realmente muitas pessoas
perdem a motivaçao pra viver, a vida fica sem sentido, então valorizar a vida é prevenir
o suicídio, então nós temos, a sociedade de modo geral, tem o compromisso de fazer esse trabalho
de prevenção do suicídio. Países que fizeram campanhas de prevenção
abertas, reduziu drasticamente a quantidade de suicídio.
Nós temos que dar visibilidade ao problema e isso ocorreram com outras doenças na sociedade,
a tuberculose lá atrás era um estigma alguem ter tuberculose na família, depois foi a
questão da AIDs, no início não se falava, estigmas e tabus em relação a AIDs e depois foi se
superando e fez com que a sociedade começasse a olhar de uma outra forma, e o olhar de uma
outra forma, permitia efetivamente que tivesse processos e intervenções e que poderiam
prevenir. Esse tema tem que deixar de ser tabu, e o jornalista
tem obrigação de participar desse processo. O que ele precisa fazer? Não é que ele vá
falar o tempo inteiro de suicídio, mas que ele trate com responsabilidade, sempre tratar
com números, procure os números, procure os sinais, eduque as pessoas a identificar
esses sinais, ouça especialistas, o que é que pode ser feito, quais são as doenças
associadas, os fatores de risco, isso é que tem quer ser feito, o silêncio não adianta
de nada! Eu lia livros americanos de prevenção de
suicídio, que tinham muitos, no final tinha assim lista de grupos de apoio mútuo, no
Brasil não tinha nenhum! Quando eu sabia de alguem que tinha perdido um parente por
suicídio, eu procurava e as pessoas se recusavam a falar comigo, não queriam falar. A minha
família mesmo, mudava de assunto, né! A Petra diz: "só minha mãe que conversava comigo",
nem o pai queria conversar. E eu não sabia de nada, ninguem me explicava
nada! "Minha filha você tá doente, você precisa
de tratamento, é você precisa fazer todo um processo de transformação, de mudança
no estilo de vida" ninguem me orientava em nada!
Os médicos que eu passei ninguem falava nada! Você acha que havia uma debilidade no atendimento?
Acho não, tenho certeza e até hoje! O certo é você chegar no psiquiatra e ele não ficar
procurando seu rótulo naquela bíblia desse tamanho do DSM, né, que é uma psiquiatria
super americanizada, super tendenciosa, ele deveria olhar você, teu histórico e te orientar:
"meu filho você tá doente? Como é sua alimentação? Você faz exercício? Você pratica yoga?
Você pratica técnica de meditação? Você faz terapia?"
A abordagem do CVV é de extremo respeito. A gente jamais vai impedir o suicídio, a
gente fala que existe uma imensa diferença entre eu prevenir e eu impedir. Quem faz o
impedimento são os bombeiros, né! Agora, o nosso carinho com essa pessoa e a nossa
atenção, consideração é de tentar fazer com que eu me importo com a vida dela. As
vezes de madrugada alguem liga com esse tema, existe um voluntário aqui com essa dedicação,
é dizendo pra ela em outras palavras: "eu me importo com você, eu gostaria muito que
você redescobrisse um sentido pra sua vida, né!"
Ana Maria redescobriu a razão de viver por meio do cinema e do conhecimento da própria
doença. Na época que eu ainda tava em crise, quando
eu fiz o Vida, que foi o primeiro filme sobre depressão que a gente fez, pra mim era assim:
uma carta de despedida. "Vou fazer as pessoas vão ver e depois eu me mato", porque eu nao
aguentava mais viver com tanto mal estar, né, desde criança.
Só que aí eu fiz o filme e aí eu comecei, tinha criado um blog já falava no blog, já desabafava,
com o filme eu comecei a dar entrevista sobre o assunto, e aquilo começou a me ajudar.
Tudo isso saiu da minha vida quando eu mergulhei dentro de mim, quando eu fui fazer todo um
processo de autoconhecimento pra entender porque minha mente ficou louca, porque que
meu cérebro ficou doido e aí eu entendi as causas de ter adoecido e aí eu fui despertar
o eu-observador, que é o princípio da meditação, que é você entender que você tem uma mente,
que ela é louca! Ela pensa muito, ela tem quinhentas coisas, você tem emoção, sentimento,
um monte de coisa, mas você não é isso! Além disso, foi tentando aliviar a dor dos
outros que ela conseguiu tirar a idéia do suicídio da própria cabeça.
A ONG pra mim hoje é um lugar onde eu falo: "nossa tudo isso pelo menos tá servindo pra
alguma coisa", quando eu tinha 18 anos, que eu tava péssima, eu vivia atrás de pessoas
que me dessem alguma esperança, que passassem algum conhecimento pra eu poder, porque eu
não queria morrer, eu queria viver! Mas eu queria viver bem!
Todo dia tem mensagem, seja no site, seja no Facebook, seja no youtube.
"Vi agora o filme Vida e estou chorando porque cheguei aqui através de uma pesquisa que
fiz no Google: "como morrer rápido e sozinha", queria morrer e encontrei você dizendo pra
lutar e viver,vou tentar! Abraços" Chama Adriana.
As pessoas vem julgando que você tá em pecado, que você isso e aquilo, que você vai se
matar e vai parar no Vale dos Suicidas, você se sente pior ainda. Então quando essas pessoas
vem conversar comigo e elas veem que elas podem falar abertamente e naturalmente: "olha
eu pensei em matar a minha família", teve uma menina outro dia que me falou isso: "eu
pensei em matar a minha família e me matar!" Eu falei: "você já levou isso pra tua terapia?"
"Não tenho coragem de falar isso com o psicólogo" Aí eu fui conversando, indiquei um monte
de terapeuta pra ela, falei: "onde você tá?", então assim, é o tipo de conversa que ela
deveria se sentir a vontade de ter com o médico dela e com o piscólogo dela que ela vai há
cinco anos, ela não tem! Acho que a gente tem que ter preocupação
com o outro, sair desse egocentrismo fechado, não é! Muito trabalho pouco diálogo.
"Ah e eu não tenho apoio de ninguem!", tem um monte de grupo de ajuda! Sabe, busca, tem
grupo de ajuda onde você pode ir, se você não tem acolhimento da família, tem um monte
de lugar que tem atendimento, de graça até! A gente deve aumentar esse grupo de pessoas
que tão fazendo o bem, até porque esse bem, o primeiro a receber somos nós mesmos, né!
Dentro de nós, nós temos todas as condições humanas: a tristeza, a raiva, o amor, a generosidade,
a solidariedade, isso dentro de nós, é isso que nos faz humanos, e quando nós estamos
salvando uma pessoa, nós estamos sendo solidários com toda a humanidade.
Todo dia que eu acordo: "nossa, eu me sinto bem!", pra mim é uma coisa que pra mim, a
minha vida inteira eu achei que nunca isso ía acontecer! Eu via as pessoa andando de
final de semana, andando, correndo, eu morria de inveja.
Então assim pra mim eu achava que isso nunca ía acontecer!
Hoje eu poder me sentir bem na minha própria pele, pra mim é a glória! Então assim,
se eu posso dividir isso, principalmente com uma meninada que me procura, né adolescente,
gente novinha, pra saber: "olha não precisa se matar! Entendeu? Tem jeito! Precisa de
esforço, precisa de disciplina, mas existe e essa doença toda, esse sofrimento todo,
acho que como tudo na vida, pode ser seu melhor mestre!"
O mundo tem dificuldades, nós precisamos ser fortes, né! E sempre pensarmos aqui tem
um obstáculo ou tem um degrau pra minha evolução? Hoje em dia? Eu tô ótima, me sinto bem em
qualquer lugar que eu estiver! Porque eu tô bem comigo! Então se eu tiver que estar aqui,
lá, acolá, eu tô bem! Você vai descobrindo a maravilha de ser único!
Isso é uma coisa incrível da vida! A gente tá em 7 bilhões e cada ser humano é único!
Não tem um igual ao outro! Não tem, isso é incrível! E a existência precisa de você
do jeito que você é, do jeito que você tá!
O Mundo Maior Reporter de Hoje fica por aqui, gostou, tem duvidas sobre o tema, críticas,
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Até a proxima!