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para com a ortodoxia VIH ao estabelecer círculos pode, em último caso, recair não apenas ou inicialmente
na corrupção da liberdade académica e nos protocolos da boa investigação cientifíca.
Pode, ao invés, recair na distorção do financiamento para tratamentos de todo o tipo de doenças que não
fico sob o guarda-chuva do VIH-SIDA. A Diarreia mata cerca de 1.5 milhões de crianças com menos de
5 anos todos os anos em todo o mundo, pelo menos metade em África é tratável com comprimidos de
zinco que custam apenas um pouco mais de 2 dólares cada, e no entanto a diarreira recebeu apenas 5%
de todo o financiamento para pesquisa e tratamento em todo o mundo, o ano passado (2008).
Financiamento de fontes ocidentais, em particular dos EUA tem sido clara e massivamente influenciada pela
influência central da Ortodoxia VIH, à custa dos esforços para financiar outras doenças.
O orçamento para a saúde do Uganda, por exemplo, é de $112 milhões e é diminuido em comparação
com os gastos de donativos para a SIDA de $167 milhões. Também sabemos que nos EUA
devido às políticas da SIDA, a pesquisa do VIH recebe muito mais financiamento, em proporção,
do que doenças mortíferas como doenças do coração e o cancro.
Deixem-me por fim dizer, que as lutas que vós travastes, e que devem continuar a travar,
foram um prenúncio do que na América se viria a tornar, um encerramento,
mesmo desprezando a mente racional, um por de lado a busca da verdade e do
conhecimento, e a sua substituição com a quase deliberada perseguição da ignorância
desde que esta comporte e alimente as necessidades emocionais stressantes
bem como interesses políticos e económicos. Noutras palavras, a repressão do discurso aberto
sobre VIH-SIDA foi apenas um exemplo de uma sociedade em profunda traição às visões dos seus
fundadores, de que uma sociedade democrática necessita de debate racional, aberto e honesto
se quer prosperar. Existe, de facto, como disse o crítico literário Lionel Trilling uma
"uma obrigação moral para ser inteligente", e não ser uma mente cega, tendenciosa e fechada.
Por isso é vital, desesperadamente importante para lutar as forças da insensatez, de auto-interesses
e de ignorância. Tentei fazer a minha parte nestes últimos anos, e confrontado com uma
oposição furiosa, incluíndo tentativas para que fosse despedido,
a minha licença de permanência retirada, cartas ameaçadoras, e-mails, telefonemas
por argumentar que o JonBenet não foi assassinado pelos pais mas que as provas, as PROVAS,
P R O V A S
apontavam para um intruso. Eu fiz isso não devido à sua morte ter sido singularmente importante,
foi trágica, não singularmente importante, mas porque acredito que se os media e a Lei
podem mentir sobre a morte de uma criança, então sobre o quê é que não podem mentir.
E como disse Vaclev Havel "dizer uma mentira, não nos protege de outra."
Por isso exigir que sejam ouvidos, que não sejam silenciados, que o vosso trabalho
não seja rejeitado por ser muito controverso, que a vossa investigação seja julgada pelos
seus méritos e não por ideológos científicos, que sejam admitidos na Praça Pública, é
de importância vital se nós queremos começar a realmente compreender esta
coisa chamada SIDA. Mas é importante, creio, num sentimento no qual varia parte o processo de
recuperar a ideia fundacional que um discurso aberto e racional é a própria essência do que é
suposto esta sociedade ser. Não foi pretendido que fosse de mente fechada, que castiga uma
ideia dissidente, que denigre alguém por simplesmente por proferir pensamentos que
são inconfortáveis ou que se afastam da corrente principal. Não foi por esta ideia
que eu em criança, na Inglaterra, me apaixonei, pela ideia da América. Lembro-me quando
tinha cerca de 13 ou 14 anos, e estava numa livraria pequena em Oldham,
onde nasci, a retirar da prateleira 'Making of the President 1960' de Theodore White, e de ler as
famosas primeiras palavras: "Era invísivel, como sempre..." O 'era' era o desdobrar majestroso do
projecto da democracia em noite eleitoral. O livro era uma visão
maravilhosamente romântica e idealizada do processo político, mas era maravilhosa,
a ideia de uma América que era justa e equitativa e aberta e acolhedora,
uma América que era honesta e curiosa, uma América pela qual aquele rapaz podia sonhar.
Eu quero o meu sonho de volta, eu quero que a América seja aquilo que é suposto ser,
não aquilo em que se tornou. Não desistam da vossa luta, nunca os deixem ganhar,
continuem a exijir que sejam permitidos entrar na praça pública, façam com que o vosso
trabalho seja público e acessível pelas pessoas leigas, incomodem e forcem repórteres e
produtores, exijam ser ouvidos, não apenas para vosso bem, mas para o bem de todos.
E outra vez, Bem-vindos e boa sorte.
Muito obrigado Michael, isto maravilhosamente provocador para pensar e divertido.
E eu penso que numa área como esta, isto às vezes torna-se tão ***
que temos que desenvolver um pouco de humor ***
e se vocês não apreciam humor ***, a porta fica ali...