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Os adultos pensam que não são criativos, mas as crianças sim. É verdade, não é? Amplamente falando.
De facto, quero-te fazer um *** rápido, se eu conseguir.
O quanto criativo pensas que és pessoalmente?
Enquanto pensas sobre isso, pensa também: Quanto inteligente és numa escala de um a dez?
Que tal dez? Algum dez? Não?
Nove? Obrigado. Dois ao fundo, obrigado. Bem, já podes ir embora - só estamos a desperdiçar o teu tempo sinceramente...
Oito?
Sete? Seis?
Cinco? Quatro?
Três? - está tudo a ficar tenso, não é?
Dois? Algum dois? Okay.
Nunca digo um, a propósito... Se dizes um, não estás mesmo a seguir isto, p'ra dizer a verdade... Ou estás?
Uma última questão! Última vez que tens de pôr as tuas mãos para cima.
Levanta as mãos se te deste valores diferentes para inteligência ou criatividade. Okay.
A razão de perguntar isto é: eu pensar que vocês estão todos errados!
Obviamente, à parte dos dois noves! Obviamente... Nunca argumentes com o nove é a minha visão...
Mas a razão porque digo isto, é porque penso que a maioria das pessoas opera num conceito muito limitado
sobre a criatividade e a inteligência.
Assim a minha questão é: em que estavas a pensar quando te atribuiste um valor?
Quando decidiste que podias dar um número à criatividade, o que tinhas na mente?
Quando te dás um número para inteligência, em que estás tu a pensar?
Vês, a minha experiência disto é que as pessoas operam em todos os tipos de conceitos errados sobre a criatividade.
Elas pensam que é tudo sobre as artes. E sim enquanto as artes são terrivelmente importantes, não se trata só das artes!
Elas pensam que se trata de pessoas especiais. Não se trata mesmo! Quero dizer, se tu és um ser humano, vem tudo num conjunto.
Tu nasces com extremas capacidades criativas!
O problema é que a criatividade é um pouco como a literacia.
Tu podes ter uma aptidão mas nunca desenvolves-te as capacidades necessárias para a exercer!
E isso, para mim, é uma grande falha do nosso sistema educativo.
E a terceira concepção errada é: Não há nada que possas fazer sobre isso - és criativo ou não, e essa é a linha final.
E eu acredito que há muito que vocês podem fazer para se tornarem mais criativos!
Houve um programa muito bom na BBC. Era sobre quantas pessoas podem viver na Terra.
E eles chegaram a esta visão:
Sabes que existem sete biliões e meio de pessoas no planeta. E nós não sabemos se a Terra as pode sustentar.
Então eles disseram que se toda a gente consumisse ao mesmo nível que as pessoas em média em Ruanda -
- consumir alimentos, combustível, água, ...
A Terra podia suster a população máxima de 15 biliões de pessoas. Estamos a meio disso.
O problema, claro, é que nós não consumimos todos ao mesmo nível que eles em Ruanda.
Diseram se toda a gente no Planeta consumisse ao mesmo nível que as pessoas em média na América do Norte,
a Terra podia suster um máximo de 1.2 biliões da população!
Assim, se toda a gente na Terra quer viver como nós vivemos na América do Norte - e a propósito, eles querem-
nós iríamos precisar de mais quatro planetas para isso ser possível! (Os quais não temos.)
E aí está um paradoxo.
Todos esses desafios são criados pela engenhosidade humana, pela inovação humana e pela criatividade!
Não são as lémures que estão a causar o problema! Somos nós.
E no ponto onde precisamos de ser ainda mais inovativos, mais inventivos, mais engenhosos...
para resolver os desafios que criamos,
os nossos sistemas educativos estão a sufocar as enormes capacidades das quais estamos a depender!
Eu só quero enfatizar isto: Nós vivemos mesmo em dois mundos! Não vivemos?
Há um mundo que existe com ou sem a tua existência.
Um mundo que se formou antes de ti. Já estava aqui antes de tu teres chegado. Vai continuar aqui por muito mais tempo depois de tu ires!
É o mundo das outras pessoas, de eventos, de outras circunstâncias...
Os nossos sistemas educativos estão bastante obcecados com esse mundo.
Mas existe um outro mundo que só existe porque tu existes!
É o mundo da tua consciência privada, o mundo que se formou quando tu te formaste...
O mundo, como alguém disse uma vez, onde só existe um conjunto singular!
O mundo das tuas paixões pessoais, as tuas motivações, as tuas aspirações, as tuas crenças, e os teus talentos!
E eu acredito que o futuro do mundo à nossa volta, enquanto estamos preocupados, depende de compreender muito mais sobre o mundo dentro de nós!
E quanto mais padronizado se torna o nosso sistema educativo, menos receptivo se torna em permitir a nós, para fazer as nossas explorações!
Tu não tens ideia do que são os teus talentos, tenho a certeza!
O que estou a dizer é, se estamos sérios em explorar o mundo à nossa volta, nós temos de explorar o mundo dentro de nós!
Nós somos uma parte muito pequena de tudo isto. A Terra existe por volta de quatro biliões e meio de anos.
Os seres humanos como nós apareceram - Não me refiro às criaturas neanderthal!
Digo assim pessoas belas como nós, com perfis atrativos e sentido de ironia.
Nós aparecemos há menos de 100,000 anos atrás.
Estamos a destruir o planeta inteiro do qual dependemos!
Não vamos, penso, fazer algo melhor disto até percebermos a profundidade dos nossos próprios talentos e recursos espirituais dentro de nós.
Quando eu pergunto o quanto inteligente tu és, essa é a pergunta errada.
A verdadeira questão é 'como és inteligente'.
A questão não é o quanto criativo és tu; É 'como és criativo'.
Se invertermos a nossa educação para termos um sentido melhor das capacidades humanas,
então penso que nós vamos ter uma oportunidade melhor em compreender e fazer sentido do mundo dentro de nós e do mundo à nossa volta!
Há uma frase fantástica de H. G. Wells,
ele diz: 'A civilização é uma corrida entre a educação e a catástrofe.'
Agora, pode ser ou não o caso, mas o que nós sabemos é isto -
que a grande ponte entre os dois mundos que vivemos é a educação.
E eu penso que nós temos de a redesenhar, para construirmos uma ponte para o Futuro! Muito obrigado!
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