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Obrigado a todos, boa tarde.
O meu nome é Joe Alexopoulos, e é um prazer estar aqui hoje
para falar convosco em nome do Movimento Zeitgeist
e para falar sobre a evolução da Economia:
Uma economia "louca" actual
versus uma Economia Baseada em Recursos.
Antes de entrar nessa parte,
Quero falar-vos um pouco sobre o meu passado, quem sou eu.
Eu estudei aqui na Universidade, tirei o meu mestrado em administração de empresas aqui.
Sou um promotor financeiro certificado e um examinador de fraude certificado,
e trabalho em Century City
como gestor de investimentos para indivíduos ricos,
e como seu promotor financeiro pessoal e conselheiro.
Como passatempo, eu gosto de fazer longas viagens de bicicleta sozinho
e nessas viagens, eu gosto de pensar criticamente sobre
como o nosso sistema socioeconómico é hoje, e como eu vejo que ele possa vir a ser
tal como aprendi através do entendimento do que os fundamentos e princípios
de uma Economia Baseada em Recursos são.
No entanto, para ser capaz de apreciar e compreender plenamente
o que temos hoje: uma actual economia louca,
e ser capaz de compreender e apreciar
os fundamentos e princípios de uma Economia Baseada em Recursos,
temos tipo que dar um passo atrás e para fora
da nossa zona de conforto e das nossas percepções.
Tanto assim, que eu posso ilustrar melhor
se fossemos viajar numa máquina do tempo e voltássemos 500 anos atrás
àquela altura em que as pessoas costumavam pensar que a Terra era plana;
e não apenas isso, naquela época
Copérnico tinha a teoria escandalosa e a ideia de que
esperem: Talvez a Terra gire em torno do sol
e não o contrário.
Estão a ver, talvez o vosso ponto de vista seja tão limitado,
que possivelmente está do avesso.
A relação que têm com o dinheiro é uma relação que terão
antes de nascer, ao longo de toda a vossa vida e até mesmo depois de morrerem.
Mas talvez, a maneira como têm estado a percepcionar e a compreender
como o sistema socioeconómico monetário é hoje
não é propriamente a maneira como ele é na realidade.
Tal como se voltássemos 500 anos atrás
e eu fosse o Copérnico e estivesse a dizer-vos
que o mundo é redondo, e não plano
e talvez a Terra gire em torno do sol,
vocês diriam todos "Joe, olha, tu és louco, tu estás doido!
Vamos acordar bem cedo. Vamos descer até à praia.
Vamos ver que o sol nasce a este.
Verás que o sol gira em torno da Terra
e põe-se a oeste.
Então, estás a ver, final da história. Não precisamos falar mais sobre isto.
Claramente podemos ver que o sol gira em torno da Terra,
e se ainda não entendeste, Joe,
então vamos levar-te ao topo da montanha,
e podes olhar tão longe quanto quiseres. Olha, a Terra é plana, seu idiota. É plana!
Tu sabes, vá lá! Precisas de sair num barco?
Vamos dar um passeio à vela. Eu vou-te mostrar. É plana!"
Mas talvez, apenas talvez essa pequena fracção,
essa maneira alternativa de ver as coisas, usando a vossa imaginação,
talvez seja a maneira correcta de olhar para
o modelo socioeconómico em que vivem hoje.
Então, o que estou a pedir-vos é que façam uma pequena viagem.
Finjam que voltavam 500 anos atrás
e finjam que a informação que vão ouvir,
vão julgá-la com base na qualidade
daquilo que é: faz sentido?
não com base na sua origem
seja a MSNBC (noticiário) ou qualquer coisa do género
Vejam, a informação... as vossas percepções e valores são moldados
pelo ambiente em que vivem e as experiências que tiverem tido.
Tomemos como exemplo a maneira como eu estou vestido.
Todos vocês fazem uma certa ideia de mim
e eu noto isso, dependendo de como eu estou vestido,
nas vossas percepções. Vejam esta coisa,
é chamada uma gravata,
é realmente uma metáfora para aquilo que eu considero uma coleira social.
No momento em que colocam uma gravata,
vocês desligam-se, e ligam o comportamento,
os valores, as crenças e entendimentos da instituição
que vos faz colocá-la hoje.
Então, talvez o modo como vocês estão a ver e a percepcionar as coisas
seja como se tivessem posto uma gravata;
e portanto, vamos soltá-la um bocadinho.
Vamos mais longe ainda, vamos tirar a gravata, está bem?
Vamos reconectar as nossas mentes aos nossos corações
e reunir um pouco mais de um entendimento melhor
do modo como este mundo funciona.
Não, não vamos chegar tão longe mas eu só quero marcar uma posição!
Eu só quero esclarecer que a informação que vos estou a dar
não deve ser porque estudei aqui e tenho um mestrado em administração de empresas
e estudei macro e micro-economia.
Não deve ser por causa do que eu faço. Deve ser porque é verdade.
A informação passa sempre por três fases.
A verdade passa. Na primeira é ridicularizada
como "Joe, a Terra não é redonda, está bem?
O sol não é o centro. Nem andamos à volta dele."
Foi gozada. Entendem?
Mas depois de ser gozada, e depois de ser odiada,
finalmente, é amplamente aceite como verdade.
Então, o que estou a pedir-vos é que coloquem as vossas crenças de lado por um momento.
Experimentem e não acreditem em tudo o que vos foi dito
porque as vossas crenças nem sempre estão certas.
Têm que apreciar que no meio da palavra crença (belief) está um pouco de uma mentira (lie).
O vosso ser está de um lado (be), a vossa vida do outro (life);
e no meio (lie), bem, talvez não seja o que pensavam.
Então, posto isto, o que é uma economia louca?
Uma economia louca é o que vivemos hoje em dia
e é conhecida como 'dinheiro como dívida'
Todo o dinheiro. Não importa se usam dólares americanos, euros,
siclos, francos. Vocês escolhem, não interessa.
Todo ele vem de uma instituição bancária centralizada.
Aqui no circulo 1 é o que temos: a génese do dinheiro hoje.
DJC: Dívida, Juro, e com dívida e juro,
juntam um pouco de tempo, e o que obtêm? Ela Cresce,
este circulo aqui,
Para pagar os juros sobre a DJC, têm que criar lucros;
mas um lucro, se pensarem sobre isso, ou gerar um lucro de alguma coisa,
é muito semelhante a uma dívida. Quando criam uma dívida
e cobram juros, o juro não existe.
A pessoa tem que artificialmente sair e inflacionar os preços
ou o que seja para pagar os juros.
Quando vão e constroem alguma coisa ou investem, há um custo.
Digamos que constroem um prédio ou algo assim, vocês vendem-no para lucrar.
O lucro é tão fictício como o juro.
Enquanto o DJC implica crescimento e este continua a crescer,
então este tem que continuar a cobrar mais dinheiro
ou a subir os preços para pagar mais juros.
Apenas anda à volta e à volta e à volta,
e de modo a mantê-la à volta neste lado
onde todos nós temos que correr à volta,
estamos na realidade no negócio de criar problemas para lucrar.
Não estamos no negócio de resolver problemas;
nós, na realidade, não podemos dar-nos ao luxo de resolver problemas hoje em dia.
Por exemplo, se vocês são uma companhia farmacêutica,
e na realidade curam alguma coisa, depois da vossa patente expirar em 17 anos
e depois dos vossos concorrentes poderem entrar e o preço cai. O preço cai e...
ou melhor ainda, é como a Varíola, e vocês curam toda a gente.
E agora? Estão sem negócio! Logo não podemos fazer isso.
Na realidade não podemos empregar pessoas em postos de trabalho significativos, a tempo completo.
Temos de fazer muito daquilo a que chamo de "complexidade desnecessária" nas finanças,
na legislação, nos bancos, nos seguros,
porque o falso "trabalhar-por-trabalhar" funciona como
uma sanguessuga económica sobre a produtividade real de bens e serviços
da parte real produtiva da economia.
O que isso faz ao sobrecarregar esses sistemas: com isso inflaciona o preço
ou empurra os preços para cima, de modo que o lucro possa ser maior
e então possa voltar, e andar à volta e à volta; mas o efeito líquido,
enquanto isto roda e roda e roda,
mantém o padrão de vida baixo.
Ele resiste a novas tecnologias
porque se uma nova tecnologia destrói um modelo de lucro existente,
nós a varremos para debaixo do tapete;
ou se uma nova tecnologia é demasiado dispendiosa
ou não gera lucro directamente,
nós não a fazemos! Por isso, pensem nisso.
Têm biliões de pessoas mantendo estas coisas aqui:
complexidade desnecessária, problemas para gerar lucro, "trabalho-por-trabalhar" e criar para se estragar
e no meio (estava lá antes, está bem,
eu acho que alguns de vocês o viram, podemos rebobinar a cassete);
mas no meio, o verdadeiro crime aqui, o verdadeiro desperdício,
não é apenas a poluição e tudo o resto do género,
são as vidas desperdiçadas. É o tempo,
e a coisa mais profunda que nós perdemos,
e é esta aqui no meio (o mesmo que no outro)
a maior coisa que perdemos são ideias.
As ideias são o antecessor de novas tecnologias
que elevam o padrão de vida.
Nós estamos a desperdiçar biliões de vidas, triliões de horas e ideias
que elevariam o nosso padrão de vida
a um nível que é verdadeiramente inimaginável hoje.
Da mesma forma que alguém de há 500 anos atrás
não conseguia sequer entender o conceito da Terra ser redonda,
imaginem tentar explicar uma chamada de telemóvel.
Todos nós somos igualmente primitivos nos dias de hoje
porque estes biliões de ideias não estão a dar frutos
na economia louca em que vivemos.
Então, se conseguirmos mudar,
se conseguirem ir nessa viagem mental e mudarem as vossas percepções,
tirarem a gravata
e apreciarem os fundamentos e princípios de uma Economia Baseada em Recursos,
verão que podemos dar a volta a isto e começar a andar para a frente
em vez do sentido contrário, para trás.
Como resultado, o nosso sistema socioeconómico não se opõe a ideias
nem mantem o padrão de vida e a tecnologia em baixo.
Ele suporta-o e eleva-o
a um padrão de vida mais alto, inimaginável;
e o que é realmente interessante, se arrancarmos com isto
arrancar como um corta-relvas,
começamos por avaliar, sondar e determinar as necessidades que temos.
Depois prosseguimos com a produção, distribuição, avaliamos o feedback disso;
e o que é realmente interessante é que com os avanços tecnológicos
durante a transição... A transição de uma economia monetária
ou economia louca, poderia acontecer naturalmente
se nós realmente abraçássemos em pleno os avanços tecnológicos que temos hoje.
Se vocês têm uma ideia que leva a uma nova tecnologia
que reduz a necessidade de mão-de-obra e os custos,
se nós realmente tivéssemos um mercado completamente livre
que não fosse limitado por ter que fazer lucro
(que é fictício tal como pagar o juro fictício sobre uma dívida fictícia)
conduziria a uma queda de preços a um ponto onde seria como
[inspira profundamente] receber uma lufada de ar fresco.
Enquanto que, se pudessem obter o custo de algo como uma lufada de ar fresco,
onde não me custa absolutamente nada para a consumir,
ou garanti-la para consumir,
não há razão para se preocuparem em contabilizá-la com dinheiro ou preços.
Vêem que com os avanços da tecnologia, podem empurrar os preços para baixo.
Se os biliões de ideias que estão por aí fora
fossem se manifestar e tornar realidade,
nós varreríamos o dinheiro para o lixo porque ele se tornaria irrelevante.
Iríamos abraçar a hiper-deflação. Isso é o que queremos.
Nós temos, por causa do sistema antigo,
um caso crónico, grave e terrível a que eu chamo DV:
um distúrbio de valor, onde os nossos valores estão do avesso.
Nós colocamos o lucro acima de tudo.
Nós, na verdade, temos um distúrbio na nossa mente ao pensarmos:
Ó meu Deus, a taxa de desemprego atingiu quase 10%!
Isso é uma maneira doida de pensar acerca das coisas.
Não deveriam, na verdade, pensar:
Espera lá, a razão para ir trabalhar não é ter que o fazer de novo!
É ir lá e acabar o trabalho para que possa passar a outra coisa.
Deveríamos estar a pensar:
Nós precisamos de fazer chegar a nossa tecnologia, os processos e a eficiência tão alto
que, ó meu Deus, foi a taxa de emprego que atingiu os 10%!
Consegues acreditar que a taxa de emprego subiu a um 10% voluntariado?
É escandaloso. Nós temos que trazer essa taxa de emprego para baixo!
Temos que trabalhar nas nossas tecnologias, implementar as nossas ideias,
preservar os nossos recursos e ir de férias
para a praia, ver o mundo como ele realmente é.
Então, nós estamos a perder ideias e o que as "ideias" são (que desapareceu novamente)
"I" é Imaginação. Einstein disse
"A imaginação é muito mais poderosa do que o conhecimento."
O conhecimento é como saber que temperatura está lá fora.
A imaginação é começar a alcançar o entendimento de como os padrões climáticos funcionam
e isso está dentro de todos nós. Engenho, Inovação, são parte de ideias.
"D" ... desculpem,
A deflação é parte de Ideias, ou um resultado de ideias.
E 'E' para evoluir o vosso pensamento.
Evoluir a economia de uma economia louca
para uma Economia Baseada em Recursos.
E "A" é a Automação e a Abundância.
E finalmente "S": Nós podemos entrar no negócio das soluções.
Então, eu imploro-vos a todos:
Vocês vão todos provavelmente ver um filme qualquer neste mês.
Se ainda não o tiverem feito, vejam o "Zeitgeist: Moving Forward"
ou o "Zeitgeist: Addendum" ou ambos,
e por favor divulguem esta informação por toda a parte.
Se conseguirmos mudar a nossa visão, podemos passar de
um mundo louco e um padrão de vida baixo para um padrão de vida alto.
Podemos deixar as preocupações financeiras, de emprego e segurança, a crise,
toda essa tralha, não aplicável, adeus! [Aplausos]
As ideias são poucas. Elas estão restritas. Num mundo louco (que é o que vivemos)
num mundo louco uma ideia é entesourada.
É patenteada! Se tentarem copiá-la, eles vão processar-vos!
O quê?! Mas não te custou nada!
Sim, mas não queremos falar sobre isso!
As ideias são muitas e a melhor coisa é que elas sejam partilhadas,
e transparentes. Hoje, temos coisas chamadas segredos comerciais,
já que se tiverem uma ideia, fazem dela um segredo.
Como é que isso beneficia a sociedade?
Vocês têm-no ao contrário!
Os lucros estão acima de tudo. Isso é de loucos.
Um lucro é tão fictício quanto os juros sobre uma dívida,
mas o meio ambiente e os outros seres humanos são reais!
Quê? Não faz qualquer sentido.
Pobreza, guerras, poluição, esses são todos parte dos "problemas para o lucro"
parte do ciclo de uma economia louca.
Que vai, vai, já era! Imagina.
Stress elevado, uma minoria de tempo livre,
e como eles estavam a dizer antes,
que o stress é uma das principais causas de degradação da nossa saúde,
já era! A nossa saúde aumentaria, mais tempo livre.
Aqui, uma quantidade elevada de emprego obrigatório
que até estamos programados para pensar que aumentar a taxa de emprego é bom
a um trabalho que não querem fazer, sem nenhuma finalidade, que é desnecessariamente complexo.
"É burrice atrás de burrice."
Baixo desemprego voluntário, maravilhoso! Mais tempo livre!
Quando foi a última vez que quiseram realmente ter menos tempo de férias?
Essa mesma pessoa que fica chateada com a taxa de desemprego a subir
deve ser uma pessoa que está chateada por ter muito tempo de férias.
É de doidos!
Qualidade escassa e inferior, o Jason estava a falar sobre isto,
vamos para abundância, e apenas construímos o melhor!
Imaginem construir apenas o melhor! Porque construiriam uma coisa rasca?
Vocês constroem uma coisa rasca na economia louca,
para que possam maximizar o lucro, Uau!
Mas isso é realmente... bem, estúpido! Estão a ver?
Acesso limitado a cuidados de saúde. O quê?!
Não necessitamos todos de cuidados de saúde para viver saudáveis?
Porque limitariam isso?
A qualidade que recebem depende do que possam pagar pelo vosso seguro de saúde?
Isso é uma loucura, é louco!
Não compartilhamos e necessitamos todos das mesmas coisas fisiologicamente
no mínimo?
Então, há tantas coisas.
Eu realmente só vos imploro que abram a vossa mente,
abram os vosso olhos, mudem as vossas percepções, tirem a gravata
e compreendam que talvez, apenas talvez,
o mundo seja redondo, a Terra gire em torno do Sol,
e que as vossas percepções talvez precisem de uma pequena mudança de perspectiva.
Muito obrigado.
[Aplausos]
O Movimento Zeitgeist - Zday 2012
Universidade do Sul da Califórnia - Los Angeles, CA