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Uma Guerra sem um campo de batalha.
Uma Guerra sem um inimigo.
Uma Guerra que está em todos os lugares
Milhares de guerras civis.
Uma Guerra sem fim.
É duro, agora, lembrar com o que a vida se parecia antes.
Eu acreditei neles quando me disseram que eu estava sozinha no mundo...
...e que este lugar e época eram invencíveis...
Antes daquele dia em Setembro,
em Abril, em Dezembro, em Maio, em Novembro,
Quando as veias desta cidade se abriram...
...e nós vivíamos 100 anos de história numa tarde.
O mundo mudou, e nós mudamos com ele.
As histórias que nos foram contadas sobre nós mesmos...
...e o nosso lugar no mundo...
...não mais parecem fazer sentido...
...e eles nos deixaram caminhar por estas ruas como estranhos.
E então, nós caminhamos,
e nós ouvimos...
...as outras vozes noutros lugares...
Hoje, em todos os lugares, cada aspecto das nossas vidas...
...está a ser violentamente reorganizado.
Em todos os lugares há Guerra.
Uma Guerra sem um campo de batalha.
Uma Guerra sem um inimigo
Uma Guerra que está em todo lugar,
milhares de guerras civis.
uma Guerra sem fim:
De um lado há um sistema de violência aterrorizante,
e do outro lado estamos todos nós...
TODOS NÓS QUE VAMOS PARAR ESTA GUERRA.
A QUARTA GUERRA MUNDIAL
Isso não é um passeio de turismo.
E nós não somos guias turísticos.
Essa é uma viagem dentro da nossa própria história.
O nosso propósito não é compartilhar contigo 500 anos de luta
Isso é impossível no tempo que temos.
Queremos abrir uma janela.
Eu não conhecia meus vizinhos até que nós nos encontramos na rua.
Amizade era perigosa na Argentina...
...para sobreviver, nós aprendemos a andar passando pela violência sem vê-la,
sem se transformar em testemunha.
As bases policiais estavam no centro da cidade...
...e a noite tinhamos de dizer para nós mesmos...
...que os gritos eram qualquer outra coisa.
Eu não conhecia os meus vizinhos até que nos encontramos nos dias 19 e 20,
até que nós decidimos parar de ter medo.
Em março 24 de 1976, uma ditadura militar assumiu o poder na Argentina.
Os EUA apoiaram o regime que controlou o país por uma década.
30.000 a maioria de jovens, argentinos, foram "desaparecidos" pelos militares.
Os outros milhões fugiram para o exílio.
O Ministro do Interior disse: Primeiro nós vamos matar os activistas,
depois os seus companheiros, depois os seus amigos e depois as suas famílias.
Nós não vamos nem deixar a memória daquelas...
...pessoas que quiseram mudar aqui.
E isso é o que eles tentaram fazer.
Deve ser compreendido, que o terror não terminou junto com a ditadura.
Uma geração inteira ficou completamente aterrorizada.
Eu era muito jovem naquele tempo e eu lembro do sentimento...
...que por distribuir 4 panfletos eles podiam...
...torturar-te durante 6 anos seguidos.
Terror foi a forma predominante, fundamental de...
...domínio político do neoliberalismo.
O neoliberalismo na Argentina não funciona,
a não ser por uma via de produção...
...de consenso muito específica...
...desse medo, O TERROR.
África do Sul Setembro de 2002
Coreia do Sul Abril de 2001
Palestina Julho de 2002
Nos dias 19 e 20 de Dezembro de 2001, milhões de argentinos saíram às ruas.
"Rua para Todos", eles gritavam exigindo a renúncia de todo o governo.
32 manifestantes foram mortos, 200 feridos, mas eles continuaram nas ruas.
Numa semana, 4 governantes renunciaram sucessivamente.
Alguma coisa se rompeu:
A ilusão que a globalização corporativa iria nos trazer felicidade
A ilusão de que isso era democracia.
Mas fundamentalmente, o que se rompeu no dia 19...
...foi o último elemento do Estado de terror.
Aqueles que estavam no poder tentaram difundir...
...a ideia na população inteira,
que o modo de vida deles era o único modo.
Há apenas um momento linear, homogêneo...
...onde tudo no futuro é igual ao presente e ao passado.
Você não pode esperar por nenhum tipo de mudanças,
não há ruptura na história.
Mas às vezes há rupturas,
uma tremenda ruptura que destrói essa história dominante,
e não há rotinas, não podem haver previsões,
e as coisas acontecem sem que ninguém entenda.
Todos para a rua, ninguém deve ficar.
Todos para a rua, ninguém deve ficar.
Nós voltaremos.
Por 500 anos, o poder tentou apagar...
...e negar a nossa existência.
Por 500 anos eles têm roubado as nossas terras.
Por 500 anos, tentaram enterrar os nossos mortos na terra.. .
enterrar a nossa cultura atrás de uma cortina de vidro.
Mas pelas montanhas caminham os mortos...
os nossos mortos.
Os nossos ancestrais nos ensinaram a trabalhar nesta terra.
E nós continuamos com o quê eles fizeram, a plantar as sementes de milho e feijão.
A Mãe Terra é a que nos alimenta, e que um dia nos cobrirá.
É assim que nós produzimos para as nossas crianças e as nossas famílias
E então nós temos que defendê-la.
Mais de 600 lavradores são forçados a sair das suas terras todos os dias.
70% da população vive na pobreza, 47% sofre de extrema miséria e fome.
O governo diz que não há problemas aqui,
Que nós estamos em paz. Mas isso é uma mentira.
O mapa económico do mundo foi redesenhado.
Nas últimas décadas do século XX...
...o mapa económico do mundo foi redesenhado.
Fábricas fecharam no Norte...
...e lojas de roupas abriram no Sul.
Camponeses foram forçados a deixar as suas terras,
quintas familiares foram trocadas por companias agrícolas,
Pequenos comércios destruídos pelas gigantes lojas em redes.
Cidades e regiões morreram ao longo, como ondas de refúgios económicos...
...chegaram à procura de trabalho nas capitais do poder económico.
Poucas empresas tornaram-se muito ricas...
...e a maioria de nós nos tornamos mais miseráveis.
Na América do Norte, politicos do Canadá, dos Estados Unidos e México...
...assinaram um acordo para fazerem estas mudanças...
...economicas serem permanentes.
Esse acordo foi chamado de NAFTA...
...e tornou-se lei em 1 de Janeiro de 1994.
Poucas horas depois do NAFTA tornar-se lei,
um exército de camponeses levantou-se em Chiapas, México,
chamando a globalização corporativa de "sentença de morte" para os indígenas.
Irmãos e irmãs,
Nós somos indígenas e representamos...
...o Exército Zapatista de Libertação Nacional,
que levantou-se contra o governo...
...e que erguem alto as suas bandeiras...
...de democracia, liberdade e justiça para todos os mexicanos.
Nós somos guerreiros.
Nós somos os últimos de uma geração de homens e mulheres...
...que foi colectivamente confiado como sendo...
...guardião e coração das pessoas.
Cidade do Quebec 7 anos depois
Os presidentes de 34 países encontraram-se...
...numa fortaleza colonial.
Atrás de portas fechadas, eles negociam os termos...
...da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
A ALCA extenderia as regras do NAFTA para...
...o hemisfério ocidental inteiro.
Temendo as mobilizações populares, eles construíram um muro...
...em volta da fortaleza, dividindo a cidade em duas.
Hey hey. Ho ho. O muro da vergonha tem que ir.
O povo, unido, jamais será vencido.
Eu apenas queria dizer que há pessoas realmente violentas lá,
dentro do perímetro de segurança,
e eles são os 34 líderes deste hemisfério.
Pessoas como o George W. Bush, o Vicente Fox, a Jean Chrztien.
Se você quer dizer um "Olá" a eles, vai fundo.
A ALCA significaria a perda da soberania nacional,
e a violação dos direitos humanos:
o direito a plano de saúde, educação, os direitos públicos,
os direitos dos trabalhadores.
Isso seria deixado de lado para o livre mercado,
para as corporações transnacionais, para dividir a riqueza.
Isso conduzirá ao nosso empobrecimento,
com o controle da economia nas mãos de poucas grandes transnacionais.
Capital e trabalhos podem mover-se e transferir-se tão rápidos
Uma cidade pode estar a todo o vapor num dia e amanhã estar em pleno colapso.
Os trabalhadores são muito vulneráveis...
...para as engrenagens das corporações gigantes.
Não há dinheiro para reciclagem profissional,
nada de dinheiro para as transferências.
Os lucros deles são produzidos dentro de seus locais de trabalho
O acesso aos tratamentos médicos sociais e públicos está ameaçado:
cada fibra do tecido familiar...
...é atingida pela maneira que são estes acordos comerciais.
Nós experimentamos a merda do NAFTA...
...20 de Abril, o dia em que nós iniciaremos a tomar...
...as nossas nações de volta.
Nós caminhámos, e em todos lugares a Guerra parecia diferente.
Em alguns lugares ela matava com balas e bombas,
em outros com fome e negligência.
Em alguns lugares ela funcionava através das instituições e...
...agências globais,
Em outros através de brutamontes e especuladores locais.
Globalização corporativa
Neoliberalismo
Império
A lógica que esta violência serviu...
...foi chamada de diferentes coisas em diferentes lugares,
mas em todos os lugares era a mesma...
...era FRAGMENTAÇÃO...
...ISOLAMENTO...
...MEDO
Era a regra do dinheiro e do mercado...
...extendendo-se sobre cada polegada do planeta...
...e cada aspecto das nossas vidas
Nós caminhamos, e dias tomaram conta das ruas
Dias quando a Guerra não era uma história que nos foi contada
Dias quando a Guerra estava aqui, sob nossos pés.
Esse é um novo tipo de Guerra.
Outra guerra... Um conflito totalmente diferente.. .
... de qualquer outros que os EUA lutaram.. .
... uma guerra sem campos de batalha ou bases em território inimigo.. .
... Essa é a Guerra das civilizações.. .
Ou você está conosco - um eixo do mal- ou você está com os terroristas.
O mundo inteiro é um campo de batalha.
Cada ferramenta da inteligência
Cada instrumento da coerção da lei,
Cada influência financeira,
E todas armas necessárias à Guerra,
E não fazer nenhuma distinção entre forças militares e civis.
Esta, esta... cruzada...
... ah, vai demorar um pouco.
OCUPAÇÃO...
...toque de recolher...
...assentamento...
...detenção administrativa...
...ataque preventivo...
...infra-estrutura terrorista...
...atrito...
...transferência
A Guerra deles destrói a linguagem
Falam genocídio com as palavras de um especialista sereno.
Ocupação significa que você não pode confiar no céu aberto.
Ou alguma rua desbloqueada abaixo do olhar...
...dos francos atiradores de suas torres.
Isso significa que você não pode confiar no futuro...
...ou ter fé de que o passado sempre estará lá.
OCUPAÇÃO significa que você sobrevive sob regras militares,
e constante ameaça de morte.
Uma morte rápida de uma bala de um franco atirador...
...ou um ataque de míssil de um F-16.
Um soterramento, morte sufocante...
...debaixo dos entulhos de um edifício desmoronado
Uma lenta morte sangrenta...
...numa ambulância parada por horas num ponto de verificação.
Uma morte escura nas mesas de tortura de uma prisão israelita.
Uma morte aleatória, arbitrária...
...como os seus tanques que pulverizam uma multidão...
...com tiros de metralhadora.
Uma morte fria, calculista...
...de subnutrição e doenças tratáveis.
Milhares de pequenas mortes...
...como você observar a tua família morrer à tua volta.
OCUPAÇÃO significa que todo dia tu morres,
e o mundo observa em silêncio.
Como se a tua morte fosse nada.
como se fosse uma pedra a cair na terra...
...ou água a cair sobre água.
E se tu enfrentares toda estas mortes e indiferenças,
e manter a tua humanidade e o teu amor...
...e a tua dignidade.
E recusas-te a renderes-te ao terror e desespero deles.
então tu sabes algo...
...da coragem que é a Palestina.
Tentaram cortar fora a nossa história nos anos 70.
Nós estamos aqui para autenticar a história real do povo argentino,
a sua luta, a sua consciência,
e tentar trazer este país adiante para que possamos ter dignidade.
A ditadura continua.
As políticas económicas que estão a ser aplicadas...
...são as mesmas
Aprofundadas e pioradas para o povo argentino.
Aqueles que nós lembramos hoje,
que estão sempre presentes em nós,
estavam a lutar pela nossa dignidade.
Por isso é que eles tentaram eliminá-los.
É por isso que, todo ano, nós lembramos deles...
...com todo o nosso orgulho, emoção e carinho.
Em cada um de vocês, vive um deles.
Em cada um de vocês, vive um dos 30.000...
...ou 10 ou 20 ou 30 dos 30.000.
Nós precisamos lutar para que mais crianças não morram.
Isso não pode ser uma coisa de misericórdia,
Não pode ser que neste país 100 crianças morrerem todos os dias.
Nós não podemos permitir isso. Nós precisamos acompanhar as lutas
Cada um de nós precisa sentir, no mínimo, eu sou o outro.
Eu sou o outro.
Eu sou o outro.
Eu sou o outro.
Eu sou o outro.
Eu sou o outro.
Eu sou o desempregado.
Eu sou o revolucionário.
Eu sou aqueles que assumiram o controle das suas fábricas.
Eu sou aqueles que não comem.
Eu sou todos nós
Eu saí da prisão Paulsmore em 1990...
...e senti-me livre pela primeira vez na minha vida.
As cidades estavam vivas naquele ano,
o Apartheid estava a desmoronar-se ao nosso redor...
...e em toda parte você podia ver a alegria e o orgulho no rosto das pessoas.
Em abril de 1994, eu votei pela primeira vez.
Na luta desde os 15,
aos 21 anos eu estava no exílio e incerto sobre a minha vida.
Nós desperdiçamos a nossa infância a lutar nas ruas...
...de Crossroads, Atlon, Soweto,
e depois nas montanhas de Angola.
E naquele dia brilhante de abril, nós vencemos.
O nosso partido chegou ao poder...
...na primeira eleição democrática da África do Sul...
...e o sacrifício de gerações de repente fez sentido.
Eu tenho que ir.
Não chore, eu tenho que ir.
Pela estrada dura para Seul
Subindo as colinas áridas, brancas e pretas
Para vender a minha inocência.
Há muito tempo atrás...
...deixei o cheiro de trigo e flores de rícino...
...para 12 horas de escuridão diária...
...nas fábricas de Changwon
Mas nós eramos muitos e os patrões eram poucos
E nós lutamos juntos para construir um tipo de dignidade sólida aqui.
Os seus policias e as suas prisões não poderiam quebrar a nossa solidariedade,
mas agora nós estamos enfrentando algo novo
O FMI e a OMC vieram nos tirar de novo...
...do lar que nós construímos aqui...
...e nas fábricas e as pessoas...
...que nós encontramos aqui um no outro
Eles colocaram-me num contracto
E então eu tenho que ir novamente
Não chores, eu tenho que ir.
Pela estrada dura para Seul
Subindo as colinas áridas, brancas e pretas...
...para vender a minha inocência.
A estrada para Jolnachoj -...
...uma base militar ilegal próxima à comunidade...
...autónoma zapatista de Oventik.
Viva o Exército Zapatista de Libertação Nacional.
Viva.
Jolnachoj não é um quartel, fora com o exército.
O Povo, unido, jamais será vencido.
Homens, crianças e mulheres,
o esforço sempre faremos...
...camponeses e trabalhadores,
Todos juntos com o povo.
Vamos, vamos, vamos adiante.
Para que saiamos na luta avante...
...porque a nossa pátria grita e precisa...
...de todo o esforço dos zapatistas.
Os militares bateram em retirada de Jolnachoj naquela tarde.
O Apartheid político terminou em 1994
O Apartheid político terminou em 1994
Nelson Mandela e a ANC chegaram ao poder...
...nas primeiras eleições democráticas da África do Sul.
Mas a vitória não era tão simples ou tão fácil.
Um ano antes, enquanto a transição para democracia era negociada,
a ANC assinou o primeiro empréstimo do Banco Mundial...
...e começou um programa de ajuste estrutural exigido pelo FMI
A nova constituição foi a mais progressiva no mundo,
garantindo o direito humano à água, moradia e electricidade,
mas sob a influência do FMI, a ANC privatizou...
...todos os 3 sectores,
criando 8 milhões de sem-abrigo na África do Sul...
...e cortando a água e a electricidade de dezenas...
...de milhares de famílias todos os meses.
O Estado do Apartheid foi derrotado,
mas nada mudou.
A economia continuava nas mãos do mesmo sistema global.
África do Sul é uma quinta,
e os brancos eram os administradores da quinta.
Agora, eles foram expulsos...
...e você tem administradores negros da quinta.
Negros como gerentes.
OS MESMOS FILHOS DA PUTA!!!
As mesmas minas. A mesma ambição.
Cor diferente. Apenas uma mão de tinta.
São os que têm e os que não-têm.
Sempre foi os que têm e os que não-têm.
Simplesmente coloque os americanos, canadienses, alemães -...
...que tinham investido muito para nos manter milhas abaixo do chão.
a escavar ouro e diamantes.
Eles acharam que as suas partes estavam em risco.
Certo? Porque os mineiros estavam-se a organizar.
e então eles foram para a ANC...
...que tinha estado na cama com os comunistas por todo esse tempo...
...e disseram: Vocês querem controlar o nosso negócio?
Bem, qual é o vosso negócio? África do Sul
E eles disseram: - Claro.
Então agora, o nosso governo é de facto o administrador da quinta.
Eu sou um *** do campo.
África do Sul é uma quinta.
Hoje serão 100 casas despejadas,
e é por isso que as pessoas estão a protestar hoje.
As pessoas foram pacientes por 400 anos neste país.
Eles acharam que 1994 seria o fim dos 400 anos de paciência.
Eles acharam que uma Carta de Liberdade existiria na África do Sul.
MAS ISSO NÃO EXISTE!!!
A população da África do Sul continuam à espera...
...por uma revolução que não ocorreu...
...e há pessoas estão furiosas.
Eu penso que isso foi uma chatada na minha cara...
...e na cara de todos que morreram por este país.
Uma chapada na cara.
Eu penso que foi uma chapada na cara dos meus antepassados
Eu penso que foi uma chapada na cara dessas crianças...
...porque estas pessoas se sacrificaram...
...não apenas o tempo delas, os seus esforços e os seus compromissos...
...mas também as suas vidas.
Todos...
...do arcebispo aos oficiais de governo mais elevados...
...disseram-nos que nunca mais...
...o Apartheid aconteceria no nosso solo...
nunca mais.
Nós também dizemos nunca mais,
mas nós não estamos a enfrentar o facto que...
...o "nunca mais" está a acontecer hoje.
Para nós, nunca mais é sério.
Nós vivemos com isso.
Nós não podemos ir a qualquer lugar sem carregar a nossa história conosco,
mas nós não queremos que a nossa história nos destrua.
Nós queremos a nossa história para ser um lugar...
...onde nós podemos construir um futuro...
...no qual todos nós compartilhemos algo especial dentro de nós.
A coragem das crianças nos acampamentos...
...de refugiados de Jenin,
a chuva quente de verão em Buenos Aires,
a névoa e silêncio em Oventic,
um rio vermelho em Joanesburgo
Os nossos passos foram apressados e os nossos pés recordam...
...dias como dessas gerações atrás.
Dias em que carne e ossos eram mais fortes do que a liderança.
Nós caminhamos e nós marchamos juntos,
e em todos lugares a terra se deslocou sob os nossos pés.
Nós caminhamos, à procura de respostas...
...dentro destas fronteiras.
Nós caminhamos o comprimento e a largura dos nossos países...
...mas não podíamos encontrar as fronteiras...
...deste sistema.
Alguns minutos após a meia-noite em 26 de Dezembro de 1996,
o parlamento coreano foi reunido sem a presença do partido de oposição.
Enquanto a nação dormia, aprovaram uma lei de trabalho nacional...
...e uma lei de segurança nacional
- o começo do ajuste estrutural na Coreia.
Colhendo a raiva de 12 milhões trabalhadores...
...e da população coreana,
O KCTU (confederação coreana de sindicatos)...
...reagirá à não-democrática e precipitada nova lei de trabalho.
A partir desta manhã, 26 de Dezembro de 1996,
todas as uniões de KCTU estão em greve geral...
...por tempo indefinido.
A Greve Geral de 1996-1997 foi a primeira luta em ***...
...contra a globalização corporativa no mundo.
ESTA NÃO SERÁ A ÚLTIMA!!!
Cidadãos companheiros, participem.
Caminhando pelas ruas de Seul à noite,
mesmo eu quase posso acreditar.
Quase acreditei na frágil superfície da prosperidade...
...feita de betão e ecrãs planas.
seria fácil de andar pelas ruas e não notar...
...a violência logo abaixo da superfície.
A pobreza esmaga lentamente estes pobres trabalhadores...
...e a crise que se teceu bem à nossa frente.
Bae-Dal Ho passou a sua vida nesta fábrica.
Durante 2 décadas ele construiu uma família,
uma moradia e alguma dignidade lá.
Mas quando o FMI veio e privatizou a indústria,
ele entrou em greve junto com seu sindicato,
e então eles levaram o seu trabalho, a sua casa,
a sua conta bancária...
...e o futuro das suas crianças.
Numa manhã de domingo em Maio,
ele ateou fogo a si mesmo em frente ao portão da sua fábrica.
Nós temos visto o que este sistema tem feito noutros países...
...e nós sabemos com quê a fome se parece nas ruas
Quando nós lutamos hoje nós estamos a lutar pelas nossas vidas,
pela vida das nossas crianças,
pela vida daqueles que vieram antes de nós.
Quando os militares chegaram ao poder em 1976,
Eles vieram ao poder basicamente com um programa...
...de ajuste estrutural ao estilo do FMI.
Todos os ministros económicos da ditadura até e incluindo hoje,
eram neoliberais, estruturados para como os países devem ser organizados:
que o Estado não pode continuar a responder...
...às demandas da sociedade,
e essa sociedade deve fazer suas demandas para o mercado.
Que é uma maneira sutil e académica de dizer...
...que os Estados-nação devem ser destruídos,
e as pessoas devem sobreviver no mercado,
resumindo, quer dizer: QUE SE FODAM AS PESSOAS!!!
Antes da crise de dezembro, ou possivelmente alguns meses anteriores,
Argentina era a criança propaganda do FMI.
As políticas impostas pelo FMI...
...forçaram milhões de pessoas à pobreza.
Corporações multinacionais continuaram a extrair lucros exorbitantes...
...como na Argentina, foram 150 biliões de dólares em débito...
...mantendo uma taxa de troca cambial a 1 peso = 1 dólar.
Diversos sectores da classe média...
...ficaram muito felizes com o dólar barato.
Eles viajaram para todos os lugares e consumiram como o primeiro mundo,
enquanto entre 10 e 12 milhões de pessoas não podiam mais manter uma vida digna,
e eles decidiram não ver, não ver nada.
Dezembro 2001, a economia entrou em pleno colapso
A taxa de câmbio caiu para 3.30 peso = 1 dólar
Temendo uma corrida aos bancos,
o governo impediu que as pessoas retirassem as suas economias.
Da perspectiva mais superficial,
os sectores da classe média que lucraram com o neoliberalismo...
...descobriram que isto era uma ilusão.
A habilidade para identificar-se como um consumidor...
...poderoso foi destruída.
Eu conheci-te na rua,
Antes que nós sentíssemos a guerra na nossa pele.
Eu não conhecia a história ou a geografia...
...da luta que nos trouxe a este momento,
mas os nossos corpos recordam de uma força...
...que não era deles próprios...
...e uma finalidade fora do tempo deles.
Uma hora depois do toque de recolher,
correndo com um companheiro sufocado por gás de uma barricada caída,
tu viraste-te para mim:
As ruas estão cheias. Tu não sentes isto?
As ruas estão cheias de fantasmas.
Nós queremos-te de volta. Volta África.
Onde está? Onde está aquela liberdade?
Nós queremos a liberdade pela qual o nosso povo morreu.
Esta é a nossa democracia...
...pela qual as nossas crianças, as nossas mães,
as nossas filhas, os nossos filhos morreram.
Deixem-nos ir e defender essa democracia.
Em uma luta anterior você podia identificar o inimigo,
Era o bôer, o Apartheid era o sistema.
Mas agora, para uma pessoa comum na rua,
é dificil de identificar o inimigo.
Porque nós estamos a lutar aqui contra um sistema global,
que foi jogado bem em cima de nós.
No dia primeiro de Janeiro nós escolhemos morrer a lutar...
...ao invés de morrer esquecidos.
Nós armamos a nossa voz, de modo que pudesse ser ouvida,
nós escondemos a nossa face, de modo que pudesse ser vista...
...nós falamos com fogo...
...e com fogo respondeu o poderoso. Mas então outras vozes falaram...
Por 75 anos, o PRI comandou o México...
...com violência e fraude.
Cada geração levantou-se contra eles...
...e cada geração foi reprimida.
Mas quando os Zapatistas apareceram em 1994,
o país inteiro mobilizou-se em torno deles.
Em 7 anos de luta,
México transformou-se de uma ditadura para uma democracia dirigida pelos media...
...e, em 2001, o PRI foi forçado a renunciar a presidência.
O país comemorou a derrota do PRI e esperou por paz.
O exército guerrilheiro pôs de lado as suas armas...
...e marchou pela capital...
...pedindo ao novo governo...
...firmar os acordos de paz que o PRI tinha vetado.
Nenhum dos candidatos presidenciais teve tantas pessoas nos seus comícios.
Todos aqueles de fora dos partidos políticos,
que talvez tenham votado no Fox, para livrar-se da ditadura,
mas que querem outro México, um que seja mais justo, mais digno.
Todos estão a sentindo o poder que eles possuem.
Não é a mesma coisa que ir sozinho emitir o teu voto,
como é ser rodeado por outros milhares,
que pensam igual você, que querem outro México.
Em 10 de março de 2001, a caravana Zapatista...
...chegou à Cidade do México.
Dezenas de milhões de mexicanos demonstraram apoio aos acordos de paz.
Essa é, talvez, a legislação de paz mais popular...
...da história do México.
O Congresso recusou-se a aprová-la.
Em 7 anos nós mudamos o México de uma ditadura...
...para uma democracia representativa...
...e em 2 semanas naquela primavera,
nós viemos através da democracia representativa...
...e saímos do outro lado.
O tempo para diálogo com o mundo do Poder...
...já passou no México.
Em 19 de Junho de 2002, 50 tanques israelitas...
...invadiram Jenin, preocupando a cidade.
O exército cercou e prendeu no campo de refugiados...
...cada homem de 15 a 50 anos de idade.
Os tanques patrulhavam as ruas continuadamente,
forçando um toque de recolher de 24 horas.
Na manhã de 21 de Junho, os tanques retiraram-se...
...e as pessoas saíram à procura de alimento e água.
Pessoas más continuam a esconderem-se lá.
O nosso objectivo é defender as pessoas americanas.
Para eliminar as armas de destruição massiva do Iraque.
Para proteger os campos de óleo do Iraque Para libertar os iraquianos.
Para libertar as pessoas do Iraque. Pessoas cujas vidas nós nos importamos.
O dia da liberdade está muito próximo.
15 de Fevereiro de 2003 o maior protesto global da história.
Mais de 15 milhões de pessoas marcharam contra a guerra...
...dos Estados Unidos no Iraque.
É a guerra mais impopular da história americana.
Os Estados Unidos atacaram mesmo assim.
E então o Império falou de novo
E então o Império falou de novo
E tentou afogar as nossas vozes na violência ensurdecida da guerra.
Não poderia ter havido nenhuma manifestação...
...mais clara da opinião pública global,
e eles foram para a guerra mesmo assim...
Nós marchamos juntos,
reunidos e fizemos campanha,
e em toda parte nós sentimos os limites deste sistema.
As ilusões da estabilidade,
eficiência económica, e democracia representativa,
foram trocadas por crises, guerras e terror...
...com guerra como terror.
Nós caminhamos, e em toda parte nós vimos...
...a cegueira deste sistema,
e a violência por trás de sua surdez à nossa palavra.
Nós vimos que essa vitória,
se militar ou eleitoral,
não é suficiente.
Nós lutamos por algo muito mais difícil.
Nós lutamos por um mundo novo.
Eu estive desempregado por 8 meses.
Eu trabalhei numa fábrica.
Ela fechou e deixou o país.
Eu estive sem trabalhar por 3 anos.
Eu era motorista.. .
2 anos sem trabalho. Eu era motorista de autocarro.
Eu era colector de lixo.
Eu não trabalho há 2 anos.
Nós estamos na Argentina. Por isso ninguém tem trabalho.
"Na Argentina nós nos organizamos fora do sistema"
Quando a economia e o governo entraram em colapso na Argentina,
Nós começamos a nos organizar fora do antigo sistema.
Trabalhadores assumiram as suas fábricas,
Cidadãos rejeitaram os partidos políticos...
...e criaram as assembleias nos seus próprios bairros,
e os desempregados e os sem-abrigo ocuparam as terras abandonadas.
Há 26 famílias neste terreno ocupado.
O terreno estava abandonado, as pessoas perderam a paciência,
e elas decidiram ocupá-lo.
Eu tenho 18 anos. Eu acabei de começar uma família...
...e meu filho tem 2 meses de vida.
Eu quero ter algo para eles.
Você pode ver que a policia está aqui,
a dizer que não podemos entrar ou deixar esta área.
Isso... é a polícia.
Que te fere, que te agride.
Eles batem-te sem sentimento.
Aqueles que nos atacaram na Plaza de Mayo.
Sem saber porquê, ou quem eles atacaram.
Eles perdem as suas consciências quando te batem.
Eles perdem a humanidade quando te disparam.
Isto é como é. A vida pobre de um homem pobre...
...e de uma testemunha.
Esta era uma montanha enorme de sujeira.
Sujeira que tiveram que limpar com pá, suor,
fome, fadiga, dia e noite.
Isso é como é. Isto é como tu ganhas a luta.
A vida é uma luta.
Luta-a, vive-a, aproveita-a, sofre-a.
E assim é como tu serás. Com os teus pés plantados firmemente.
A tua cabeça mantém-se erguida.
A minha terra é a maior coisa que eu tenho,
a coisa mais bonita que eu tenho.
Nos esforçamos por ela, nós lutamos por ela...
...com tudo, com a polícia, com gente do governo.
É dificil, mas com a ajuda e luta de todos nós,
nós venceremos.
Génova, Itália
Agosto 2001, as 8 economias mais poderosas (G8)...
...reuniram-se para coordenar a economia global e a polícia militar.
NÓS SOMOS TODOS CLANDESTINOS!!!
Sentiste isto também naquele dia nas ruas de Génova?
O sol quente e 200 mil de nós...
...e pegaste na minha mão e disseste: "bem-vindo ao lar",
Enquanto nós conversávamos em partes em inglês,
espanhol, italiano.
Eles tiraram a tua liberdade da terra e da história.
Eles construíram muros à tua volta.
Eles fizeram da tua vida um compromisso solitário...
...e transformaram-te num cúmplice das suas violências.
Mas este é um novo mundo, então deixe-nos começar de novo.
Faz a tua casa aqui conosco nas ruas.
Esta noite eles talvez tomem estas ruas de volta.
Eles talvez nos dispersem de novo,
Eles podem mesmo bater e prender os nossos corpos,
mas então terão apenas os nossos corpos.
Eles não terão a nossa obediência.
Na tarde de 20 de Julho, um jipe da polícia italiana...
...dirigiu-se para o meio de uma multidão,
e disparou duas balas de uma distância próxima...
...na cara do Carlo Giuliani.
Nós ouvimos o tiro a um quarteirão...
...e olhamos uns para os outros desacreditando.
Eu disse para não te preocupares,
que era um choque de granada, ou alguma outra coisa.. .
mas o Carlo está morto agora...
...e de alguma forma tudo é diferente.
E nós não viemos a esta praça para ficar de luto...
...onde ele faleceu.
Viemos... para devolver-lhe a vida.
"Havia outros antes dele, lembras-te?...
Sim, tu lembras-te."
mas quando o sangue estava a escorrer (era tão distante)
A chuva do sul lavou isso da terra, (longe, muito longe)...
A morte de uma pessoa foi como tem sempre sido:
Como se ninguém tivesse morrido, nada.
Como se tivessem a cair pedras na terra.
Ou água a cair sobre água.
Mas o crime foi cometido no meio de uma praça.
Esse sangue não foi escondido pela natureza...
...ou engolido pela areia.
Ninguém escondeu esse crime.
Este crime foi cometido no meio da praça.
O exército israelita mata uma criança palestina...
...cada 3 dias desde Setembro de 2000.
Quem é o terrorista?
Amém, a todos.
Obrigado Deus por outro dia.
Obrigado Deus pelos últimos 5 minutos.
Porque nós estamos em guerra.
E a única coisa que a Guerra significa é que...
...muitas pessoas irão morrer.
E não será o governo, porque eles estão muito bem protegidos.
E não precisa ser um génio para compreender quem irá morrer.
Não precisa ser um génio para compreender isso.
Uma questão para vocês pessoas,
Todos vocês sabem porque nós estamos em guerra?
Alguém aqui neste comboio sabe porque nós estamos em guerra?
Um dos grandes objectivos da guerra desta nação...
...é restaurar a confiança pública nas empresas de linhas aéreas.
Voe e aprecie os melhores locais de destino da América,
vá para a Disneylândia na Flórida, leve as suas famílias e curtam a vida,
do modo que nós queremos que seja aproveitado
Pessoas levam os seus filhos nas férias,
eles vão ver os jogos de bola.
Mais pessoas irão a hotéis e restaurantes.
Amanhã quando você voltar para o seu trabalho,
trabalhe duro como sempre fez.
"Nós estamos em guerra", dizem eles.
"Vocês estão em Guerra"
"A Guerra chegou em casa e nada mais será como antes"
Mas e se a Guerra voltou para casa, de onde ela veio?
Quando ela começou? Quem está a lutar nela?
E o mais importante,
como nós podemos pôr um fim a esta guerra?
Eles não têm respostas. Eles nem mesmo se perguntam estas questões.
Em vez disso, eles tentam normalizar este medo,
manipular esta dor.
Eles dizem-nos para voltarmos ao trabalho nos nossos...
...edifícios comerciais altos,
para continuar a viajar pelo país em aviões.
Continuar a comprar.
Sobretudo dizem-nos para não deixar que isso nos mude.
Onde quer que os nossos movimentos ganharam vitórias,
a resposta do sistema foi Guerra.
Guerra que não pode ser vencida.
Guerra que eles não têm intenção de terminar.
Guerra que é irracional, ineficiente,
Guerra que não termina,
que é um fim em si mesmo.
Eles tentaram quebrar o nosso espírito com violência arbitrária,
Para ocupar os nossos sonhos com medo e desespero.
Mas nós recusamo-nos a render ao terror deles.
Recusamos a nos rendermos,
e a nossa recusa é uma pedra contra o tanque deles.
Nós somos trabalhadores que fomos demitidos das fábricas.
Nos anos 70, assumir o comando das fábricas...
...foi a forma principal de luta,
mas agora nós estamos fora da fábrica, nas nossas comunidades.
Nós vemos que este sistema funciona por circulação de mercadoria,
e bloquear as rodovias é o que mais fere o sistema.
E então, nós que temos nada para fazê-los pagar os custos,
e mostrar que nós não vamos desistir e morrer pela ambição deles,
nós criamos dificuldades para eles bloqueando...
...as rotas de camiões grandes,
como este aqui, que carrega os lucros...
...das empresas que têm esvaziado este país.
Quando as pessoas ficam irritadas, eles controlam-as com sangue, fogo e suor.
Nós perdemos 7 camaradas na Plaza de Mayo.
De nenhuma bandeira política, nenhum pensamento político.
Apenas jovens argentinos que queriam liberdade,
e eles viram que quando as pessoas querem algo,
eles vão conseguir isso.
Aqueles no poder não podem operar assim como antes,
as pessoas disseram: BASTA!!!
Nós juntamos todas as classes sociais,
de trabalhadores até os desempregados, para dizer-lhes: BASTA!!!
Não é o bastante, agora, chorar porque as crianças estão a morrer de fome,
ou porque famílias inteiras são destruídas pelo desemprego.
Nós não queremos viver nesta situação, e a única saída é nos organizar-mos...
...é transformar o nosso medo em esforço e organização.
Esta é a única possibilidade, que temos para sobreviver.
Max, um importante activista anti-despejo,
foi preso por mais de uma semana sem garantia de ser ouvido
As acusações contra ele são de desobediência...
...pública na sua comunidade...
...assim, todas as razões que o prenderam foram motivadas politicamente.
Eu penso que eles estão completamante desesperados...
...porque eles podem ver que há um movimento...
...a crescer por todas as partes.
Eu tenho em vista que a repressão policial é esperada.
E não é apenas Max que eu suspeito que está a ser preso.
Muitas outras pessoas identificadas passarão pela mesma coisa.
Centenas de pessoas apareceram para apoiar o Max...
...no momento da sua audiência.
No último minuto, a policia fechou a audiência aberta ao público...
...e prendeu um suspeito de ser o organizador.
Onde está o seu nome?
Você quer saber o meu nome?
Polícia, nós não temos medo de você.
Polícia, nós não temos medo de vocês.
Nós nos levantamos para dominar o Estado,
mas descobrimos que o Estado não existe.
Que na verdade nós enfrentamos o sistema...
...indo além das nossas fronteiras.
Mas nós nascemos para lutar...
...e nós vencemos outros Impérios antes deste.
Nós não derrotamos o Apartheid por meio das eleições...
...ou um compromisso militar decisivo.
Nós derrotamos o Apartheid, e nós vamos parar esta guerra,
fazendo impraticável desde as suas bases.
Através de milhares de acções colectivas de rebelião e desobediência.
Nós voltamos para as ruas de novo,
mas nós mudamos e as ruas significam algo diferente.
Nós não caminhamos hoje para pedir por concessão ao poder...
...eles nunca legislarão paz ou liberdade.
Viemos por você para devolver-lhe a vida.
Os exércitos deles não podem invadir os nossos sonhos
E suas cadeias não podem prender todos.
Este é o nosso mundo...
...e estas ruas pertencem-nos.
Nós caminhamos e estes momentos mudaram-nos.
Nós vimos prédios a queimar e a dor nos olhos dos nossos vizinhos.
Nos enfrentamos com as baionetas nas montanhas...
...e as linhas da polícia nas cidades.
Nós fomos tocados demasiadamente pela morte.
Nós amamos e nos sentimos vivos,
nós ouvimos o eco de nossa palavra nas vozes dos outros,
nós assistimos a lua nascer atrás das barricadas.
Nós fomos feridos pela coragem das crianças pequenas.
Essa não é a história inteira ou a única história.
É uma introdução para algumas das pessoas...
...com quem nós dividimos este planeta.
Uma história muito melhor há-de ser contada...
...a história que nós iremos escrever juntos.
Irmãos e irmãs,
É chegada a hora da dignidade,
É chegada a hora de analisar e de nos auto analisarmos
Sem vergonha e sem medo.
É chegada a hora de lutar.
Abram os vossos corações, então, guerreiros,
Preparem os pés que nós te demos.
Abram os vossos olhos e ouvidos, atentos, o qual nós somos.
Sejam a nossa palavra mais uma vez.
Não será mais você, agora somos nós.
Caminha, então. Caminha à terra do outro.
Caminha e fala.
Toma o no nosso rosto agora.
Toma a nossa voz agora.
Vai com o nosso olhar.
Faz-te o nosso ouvido para ouvir a palavra do outro
Não será mais tu, agora somos nós.
Desce da montanha e procura a cor da terra que neste mundo anda.
Não será mais tu, agora somos nós.
Dedicado ao Dario e ao ***,
a Ahmad e Jamil,
a Bae Dal-ho,
ao Carlo e à Rachel e ao Tom,
a uma vitória humana contra a Quarta Guerra Mundial.
HUMANOCRACIA