Tip:
Highlight text to annotate it
X
Isso é algo bom ou ruim
que vem tomado força, talvez
impossível de enclausurar
informação em pequenas unidades e vendê-las?
A resposta simplista, a resposta que você recebe de Hollywood
e da industria fonográfica é - é um desastre.
Esse não é um filme sobre pirataria.
A industria fonográfica enlouqueceu.
A industria cinematográfica enlouqueceu.
Os tribunais não sabem o que pensar disso.
Esse não é um filme sobre compartilhamento de arquivos.
Eles investem muito dinheiro
fazendo esses filmes fazendo essas músicas.
Então querem algo em troca.
mas a maneira como tentam impedir a cópia hoje
definitivamente não funciona.
É um filme que explora mudanças maciças no modo que produzimos
distribuimos e consumimos mídia.
Desde o Napster, a indústria musical vem tentado acabar com o compartilhamento de arquivos.
Napster era essa imensa festa global em que todos de repente tiveram acesso
ao maior acervo musical do mundo. E o que eles fazem?
Bem, foram até o Napster e o fecharam.
Napster, Aimster, Audiogalaxy,
Grokster, IMash - Kazaa
Todas essas companhias foram processadas.
E no fim - essencialmente - a indústria do entretenimento conseguia
tirar essa tecnologia do campo comercial de massas.
A indústria passou a processar indivíduos, centenas de indivíduos
recentemente milhares, hoje dezenas de milhares de indivíduos
por baixar música sem permissão.
Alguns jogadores tentam
fazer coisas que
em retrospecto parecerão bárbaras.
Se fala-se da distribuição
de material cultural, música,
e cinema, há uma longa história
de qualquer que seja a indústria principal,
resiste sempre a uma nova tecnologia.
TV a cabo nos anos 70 era vista
como uma mídia pirata.
Todos os canais de TV sentiam que pegar seu conteúdo
e colocar em cabos que corriam para as casas das pessoas
era pirataria pura e simples.
O gravador de vídeo criou
fortes resistências em Hollywood.
Houve processos imediatamente feitos por estúdios de cinema que achavam
na verdade, e diziam publicamente que o VCR era para indústria de cinema
americana o que o "estrangulador de Boston" era para uma mulher sozinha.
Novas tecnologias da informação provêm para Hollywood e as indústrias fonográficas
novos canais para vender seus produtos, mas elas podem também
abrir possibilidades não planejadas para seus consumidores.
As pessoas de música de partitura resistiram às gravações.
O primeiro mp3 player da Diamond-Rio, algo como a primeira companhia
bem antes do iPod, eles sofreram um processo judicial.
As possiblidades sugeridas pelas tecnologias Peer-to-Peer
prepararam as indústrias do entretenimento
para reagir de uma maneira sem precedentes.
Tradicionalmente, infringir copyright era matéria civil.
Se um dono de copyright o pega fazendo algo errado,
ele o processa e o força a pagá-lo em dinheiro.
Responsabilidade criminal, a possibilidade de processá-lo
e jogá-lo na cadeia, foi reservada para circunstâncias de pirataria
comercial, circunstâncias onde alguém faz 500 cópias,
as vende nas ruas em competição com a original.
Bem, nos anos recentes, donos de copyright não estão satisfeitos com isso.
eles querem alcançar e ter meios criminais
contra pessoas ligadas a atividades não-lucrativas.
Nós reconhecemos e sabemos que nunca pararemos a pirataria.
Nunca. Só tentamos fazer isso
o mais difícil e entediante possível.
E devemos mostrar às pessoas que há conseqüências.
Se elas forem pegadas.
O que eles podem fazer, é processar algumas pessoas.
E puni-las com severidade o suficiente para que elas
intimidem um número grande de outras pessoas.
É como se para intimidar toda a vila
eles apenas cortem as cabeças de alguns, e prendam essas cabeças em estacas
como um aviso para os outros.
O fato de que o direito de posse do DVD é a
nova arma de destruição em *** no mundo
é simplesmente pelo fato de que um filme de 50 bilhões pode ser reproduzido
pelo custo de 10 ou 15 cents.
Existe uma fala fantástica de Mark Ghetty,
o dono da Ghetty Images,
que é uma gigantesca corporação de base de dados de imagem, uma das maiores
proprietárias intelectuais no mundo.
Uma vez ele disse que propriedade intelectual é o petróleo do séc. 21
É uma fala fantástica, você pode condensá-la em uma palavra,
que é, guerra.
Ele declarou guerra com isso, dizendo 'nós lutaremos por isso'
esses direitos completamente alucinados de
imagens, idéias, textos pensamento, invenções.
Assim como lutamos agora por acesso a recursos naturais.
Ele declarou guerra.
Um estranho tipo de guerra. Eu levaria a sério.
Mas é ridículo e sério ao mesmo tempo.
Essa não é a primeira guerra
lutada pela produção, reprodução
e distribuição da informação
As pessoas gostam de encarar a contemporânea
e digital era como um tipo de ruptura única.
Eu acho que o importante a ressaltar aqui é não ver
esse momento como uma ruptura única, mas vê-lo como um momento
que acelera coisas que já aconteceram no passado.
Antes do surgimento da prensa na Europa nos anos 1500s,
informação era altamente escassa e relativamente fácil de controlar.
Por milhares de anos, a cultura escrita realmente escolhia a dedo as pessoas
que recebiam esse código para transmitir conhecimento através do tempo e espaço.
É uma economia da escassez,
com a qual você está lidando.
As pessoas estão famintas por novos livros
Há imagens do século 16
de livros que eram trancafiados,
e guardados por guardas armados,
atrás de uma porta pesadíssima,
porque era muito, muito perigoso as pessoas terem acesso àquilo.
A prensa trouxe uma nova abundância de informação
ameaçando o controle sobre as idéias que surgia com a escassez.
Daniel Defoe conta sobre o parceiro de Gutenberg, Johann Fust, chegando na
Paris do século 15 com uma carroça cheia de bíblias impressas.
Quando as bíblias foram examinadas, e a exata similaridade entre todos os livros
foi descoberta, os Parisienses atacaram Fust
acusando-o de magia negra.
A ponto de mudar tudo, essas novas tecnologias da comunicação
foram vistas como obra do diabo.
Todos os Estados-nações emergentes
na Europa deixaram claro que
controlariam o fluxo de informação o melhor que pudessem.
Eram os impressores que eram
caçados se imprimissem
o texto proibido.
Então nós pensamos na perseguição
dos autores mas foram os impressores quem mais sofreram.
Conforme a tecnologia de impressão se desenvolvia na Europa e América
seu forte papel social ficou claro.
A prensa foi
associada à rebelião e emancipação.
O governador da Virginia, Governador Berkeley
escreveu para os seus de além-mar na Inglaterra no século 17
dizendo, "Graças a Deus não temos prensa em Virginia,"
"e nunca teremos enquanto eu for governador."
Isso foi uma reação à guerra civil inglesa e os panfletos de guerra
que eram chamados de papel de bala (munição) naquele período.
A idéia básica da censura na
França do século 18 é um conceito
de privilégio, de lei privada.
Um editor compra os direitos de publicar um texto particular
que é negado aos outros, então ele tem esse privilégio.
O que você tem é uma administração
centralizada para controlar
o comércio de livros, usando censura
e o monopólio dos editores estabelecidos.
Eles garantiam que os livros que
chegavam à sociedade eram
autorizados - eram as edições autorizadas - mas também estavam sobre
o controle do estado, sobre o controle do rei ou príncipe.
Você tinha um elaborado sistema de censura
mas além disso você tinha um monopólio
de produção da guilda dos livreiros em Paris.
Tinham poder de polícia. e a própria policia
tinha inspetores especializados no comércio de livros.
então você junta isso tudo e o estado era bastante forte
na sua tentativa de controlar a palavra impressa.
Mas não apenas esse aparato foi incapaz de impedir
que o pensamento revolucionário se espalhasse, mas sua própria existência inspirou
a criação de novos, sistemas piratas paralelos de distribuição.
O que é claro, é que durante o século 18
a palavra impressa era uma força se expandindo em todas as direções
Você tinha casas de editoras
Que cercavam a França no que eu chamo de "crescente fértil"
dúzias e dúzias delas produzindo livros que eram
contrabandeados pelas fronteiras francesas
distribuidas por todo o reino por um sistema underground.
Há o caso de um impressor holandês que olhava o index de livros proibidos
e o usava para seu programa de publicações
porque sabia que esses eram títulos que venderiam bem.
Os piratas tinham agentes em Paris e em todos os lugares
que os mandavam cópias de livros novos, que achavam que venderiam bem.
Os piratas estão sistematicamente fazendo o que eu chamo de, é um anacronismo,
"pesquisa de mercado".
Eles fazem, eu vi isso em centenas e literalmente milhares de cartas.
Eles ouvem o mercado. Eles querem saber qual a demanda.
então a reação da parte dos editores do centro
é, claramente, extremamente hostil. E eu li muitas de suas cartas.
Estão cheias de expressões como bucaneiro e marujo
"pessoas sem vergonha ou moral" etc.. na verdade, muitos desses
piratas eram bons burgueses em Lausanne ou Genebra ou Amsterdam
e pensavam que estavam apenas
fazendo negócios. Afinal, não havia
lei internacional de copyright e eles tinham uma demanda satisfatória.
Havia impressores que tinham buracos na parede ou no chão.
Se eles estivessem imprimindo material subversivo
poderiam esconder suas prensas rapidamente.
As pessoas as colocavam em barcos e flutuavam até outra cidade
se tivessem problemas com as autoridades. Era bastante móvel.
Na verdade, você tem dois sistemas em guerra um contra o outro.
E era esse sistema de produção ao redor da França
que foi crucial para o iluminismo.
Esses novos sistemas de mídia não só espalharam o iluminismo, mas
Eu não quero usar a expressão "preparou o caminho da revolução".
É claro para o antigo regime que esse poder, "a opinião pública"
foi crucial no colapso do governo em 1787-1788
Em Paris, a Bastilha tinha uma prisão para piratas.
Mas nos anos anteriores à revolução as autoridades desistiram
de prender piratas. o fluxo de idéias de informação
era muito forte para ser controlado.
E eu acho que essa dramática mudança foi afetada pela
revolução da imprensa, porque de repente
houve o surgimento de um público leitor, o surgimento de um indisciplinado
público leitor que não estava sujeito às mesmas normas de leitura ou
às mesmas normas de relação com o conhecimento que havia no passado.
Foi uma mudança dramática.
O impulso fundamental para copiar
não tinha nada a ver com tecnologia.
É sobre como a cultura é criada.
Mas tecnologia, é claro, muda a forma como podemos copiar
o quão rápido podemos copiar e como podemos compartilhar.
O que acontece quando um mecanismo
de cópia é criado? E você pode
pensar na prensa ou pensar no bittorrent.
Isso muda os hábitos das pessoas.
Isso dá às pessoas idéias completamente novas de como elas podem trabalhar
como podem trabalhar juntas, como podem compartilhar
como elas podem se relacionar, de como suas vidas podem ser.
Não há como um sistema político absolutista
suprimir totalmente a troca de informações.
Novas mídias se adaptam a essas situações.
E muitas vezes, elas se tornam mais eficientes por conta da repressão.
Por que melhoras em nossa capacidade de copiar
devem estar ligadas à mudança social?
Porque a comunicação tão fundamental para o que fazemos no mundo
é em si um ato de copiar.
A técnica que nos trouxe para onde estamos hoje é a de copiar.
Compartilhar está no coração, de certa forma, da existência.
Comunicação, a necessidade de falar com alguém, é um ato de compartilhar.
A necessidade de ouvir alguém, é um ato de compartilhar.
Por que compartilhamos nossa cultura? Por que compartilhamos nosso idioma?
Porque imitamos uns aos outros. é assim que aprendemos a falar.
É assim que um bebê aprende. É assim que novas coisas
surgem na sociedade e se espalham pela sociedade.
Basicamente o que nos mantém juntos é que copiamos uns aos outros.
Quando a palavra falada era nossa única forma de comunicação,
Nós viajávamos para longe para entregá-la a outros.
Mais tarde, quando começamos a nos comunicar de forma escrita,
Exércitos de escribas multiplicaram nossas idéias.
Nossa necessidade de comunicar é tão forte
Que nós sempre levamos as ferramentas disponíveis para nós, até o limite.
Então vamos além delas, criando novas tecnologias
que reproduzem nossas idéias em escalas inimagináveis.
Em 1957, a União Soviética lançou o Sputnik.
Em resposta, o governo americano autorizou gastos maciços
em ciência e tecnologia observados por uma nova
Agência de Projetos de Pesquisa Avançados
ARPA, desenvolvendo as idéias do visionário
cientista de computadores Joseph Licklider,
que criou o conceito de rede de computadores.
Foi difícil compartilhar informação.
Por anos. A prensa
foi, é claro, o primeiro passo no compartilhamento de informação.
E nós precisamos por um longo tempo uma maneira melhor
de distribuir informação do que carregá-la por aí.
A impressão em papel é problemática porque
para distribuir você precisa mover o papel por aí
E muito papel acaba sendo volumoso, e pesado, e caro de transportar.
A ARPAnet foi projetada para permitir aos cientistas compartilhar recursos de computador
para aumentar a inovação. Para que funcionasse,
ARPAnet tinha que permitir a cada máquina na rede reproduzir
e relacionar a informação enviada por qualquer outra.
Uma rede onde cada recurso compartilhado seja igualmente parte
de uma maciça mudança do sistema de comunicação de corporação e comercial
do passado - em que as mensagens eram irradiadas de um ponto central
ou para baixo na hierarquia. Não havia centro
e nenhuma máquina era mais importante que a outra.
Qualquer um poderia se unir à rede, se concordassem em se adaptar
às regras, ou protocolos em que ela operava.
Desde então, a partir dos anos 60
redes de troca de pacotes
são o estilo predominante de troca de informações hoje.
Crescendo tanto em voz quanto dados.
O mundo ocidental se transformou de um rígido sistema de produção
do Fordismo para o trabalho fluido, produção direcionada e entrega just-in-time.
Uma economia pós-centralizada, livre de conflitos precisava de
um sistema de comunicações assim.
Nós não construimos nos anos 1970
redes hierárquicas.
Os computadores que existiam
no mundo custavam todos milhões de dólares
e estavam relacionadas entre si de modo bem igualitário.
Umas das características importantes da Internet é que
é extremamente descentralizada
e os serviços da Internet
são inventados e operados por outros usuários da rede
Você sabe que a rede é construida de forma que
não tenha ninguém no controle, que todo mundo tenha controle
sobre suas próprias comunicações.
Em relação à Internet, a sociedade trouxe para seu centro
uma máquina cuja função primária era a reprodução
e distribuição de informação.
É uma função inerente das redes
que nós usamos hoje onde
esses dados são armazenados, copiados, armazenados, copiados
normalmente transitório, normalmente muito rápido, em milisegundos
microsegundos
peças de equipamento especializadas, como chaves, roteadores, hubs etc.
Fazem tudo isso no piscar de olhos, esse é o jeito que as redes funcionam.
O que os engenheiros da ARPA produziram foi o rascunho de uma maciça
máquina de cópia sem dono.
Que cresceria em um nível fantástico até a Internet de hoje.
Então toda essa área está transbordando
com transferência de informação de um tipo ou de outro.
Por exemplo, o conselho local, Tower Hamlets e Hackney
Estamos como que no limite, aqui temos alguma vigilância de trânsito
e câmeras de segurança ligadas via redes sem fio entre si.
O ambiente de freqüências fica muito sujo, ou barulhento
Cada pacote que voa pela multidão de redes sem fio
e pela Internet é lido, armazenado na memória e retransmitido, ou seja
é copiado de um chamado segmento da rede, para o próximo
nosso meio imediato agora, nossa ecosfera imediata é tão
grande, tão larga que não se pode mais conter a informação
tão facilmente, você não pode parar e censurar a informação ou parar
a transmissão uma vez que começou, é como água correndo pelas suas mãos,
é como tentar impedir uma represa de romper-se.
Agora, nós temos uma grande escala de conexões sem fio
por microondas de rádio que estão quebrando algum tipo de
lei de copyright neste exato momento.
Tentar
nas costas do modernismo
e todas as suas leis internacionais
lucrar com seu próprio
egoísmo para com a humanidade.
Um dos principais campos de batalha
na lei, na tecnologia hoje é
até que ponto é possível
excluir as pessoas de informação, conhecimento e bens culturais
até que ponto é possível trancar um pouco
de cultura, e dizer que está em um container
e você tem que me pagar para ter acesso a isso.
Você pode chamar algo de propriedade se você puder construir uma cerca
ao redor, se pode trancar, construir um muro ao redor.
No oeste Americano, a terra era gratuita, e
todos podiam usar como pasto, porque era muito caro cercá-la.
Com o arame farpado, você pôde transformá-la em propriedade.
A cultura veio nessas caixas.
Controle veio naturalmente como parte
do processo de existência
da própria mídia.
Há uma coisa, um livro,
uma gravação
um filme que
você pode reter e não dar a outro
ou você pode dar a ele.
E todo o sistema de pagamento surgiu ao redor:
Eu dou a você essa unidade de informação?
Ou não dou a você? E foi assim que o modelo
De copyright foi construido a partir do livro.
O que costumava ser propriedade - música, cinema - agora se torna
muito, muito fácil de se transmitir através das barreiras.
Nós temos hoje a habilidade de fazer
cópias e distribuir cópias sem gasto nenhum.
Se um cópia vaza na Internet rapidamente está disponível para todos.
Você pode sempre tentar criar fronteiras artificiais, fronteiras tecnologicas
que nos impede de compartilhar arquivos, compartilhar música, etc.
Mas como você constrói um muro ou barreira
contra o desejo básico de compartilhar?
eu acho que a guerra contra a pirataria está falhando por razões sociais.
As pessoas gostam de se comunicar.
As pessoas gostam de compartilhar. gostam de transformar as coisas e
tecnologia torna isso tão fácil que não há como parar.
A nova geração simplesmente copia tudo
da Internet. é o jeito que eles
aprenderam. Começaram com o Napster
música é livre para eles. Eles não consideram que música seja algo pelo qual
você pague. Eles pagam por roupas. Pagam por coisas que podem tocar.
Propriedade intelectual é - Que merda é essa?
eu nunca paguei por uma música em minha vida.
Não achamos que seja ilegal porque todo mundo está fazendo.
Não podemos ser culpados por
baixar algo que já está na Internet.
As pessoas pensam que é ilegal
porque é copiar como se não existisse o "copyright", algo assim.
Se é um crime, por que está lá?
Então se você está usando um antigo sistema peer-to-peer, como
o original Napster, ou usando o Gnutella, ou o bittorrent
O princípio aqui é que você está se engajando na comunicação
da Internet como foi originalmente planejada,
você está servindo conteúdo tanto quanto consome.
Principalmente depois do processo Napster
vimos emergir muitos outros
serviços de compartilhamento descentralizados.
Programas que pessoas poderiam rodar em seus próprios computadores e
os fariam parte da rede, sem ter um lugar onde
houvesse uma lista master ou um coordenador .
O que isso quer dizer é que lutando contra o compartilhamento, a indústria
do entretenimento está lutando contra a estrutura fundamental da Internet.
Ao invés de replanejar ou reestruturar a Internet ou suas funções, nós
interagimos com a Internet, e não há nada que Hollywood ou
Washington ou Bruxelas ou Genebra possa fazer.
Eles partiram o Napster em milhões de pedacinhos, espalharam por computadores
por todo o globo e hoje se você quiser
fechá-lo, você tem que rastrear cada um
e desligá-lo. E eles não podem fazer isso.
Eles mandam cartas todo mês tentando fechar alguns
aqui e ali mas isso não funciona. São muitos.
Está fora do saco agora.
Uma vez tão distribuído, não tem mais jeito.
Você pode processar pessoas para sempre. Você pode processar um punhado de
colegiais, universitários nos Estados Unidos
Você pode processar os inventores do Napster. - e o Napster - você pode processar a empresa
que criou o Kazaa. Mas isso não fecha nada.
Nós reconhecemos e sabemos que nunca acabaremos com a pirataria.
Kazaa perdeu um grande caso nos Estados Unidos na Suprema Corte.
Kazaa e Grokster e uma série de outras companhias.
Então essas companhias não operam mais. Mas a rede ainda
funciona, em outras palavras, a interface ainda está
instalada em milhões de computadores e as pessoas ainda a usam.
Nunca acabaremos com a pirataria
A indústria fonográfica, se eles quiserem acabar com o compartilhamento, não há um
computador central para eles desligarem.
Eles têm que ir ao fim de cada fio.
Eles têm que cortar cada fio ao redor do globo.
Então quando o Pirate Bay foi fechado
ano passado, e durante o ataque
Amsterdam Information Exchange, AM6
informou que 35% do tráfico
da Internet européia
desapareceu por algumas horas.
Os arquivos foram compartilhados. Não há volta.
você não pode - não adianta fechar o bittorrent
teria que se confiscar os HDs de todos.
Os arquivos estão por aí. Eles foram baixados.
Eles foram baixados, não há mais jeito.
Nunca nunca nunca
Não há alguém para quem você virar e dizer: pare com o compartilhamento.
A Internet não funciona assim.
Estamos cercados de imagens.
Todo dia, em todo lugar. Não há nada que você possa fazer.
Mas o problema com essas imagens é que elas não são suas.
As vidas das pessoas são determinadas por imagens às quais elas não têm nenhum direito,
e isso - eu diria que é uma situação muito desafortunada.
As pessoas têm descrito esse meu trabalho como uma série
de mulheres inatingíveis, na verdade
é uma série de imagens inatingíveis.
A ultima missão do cinema é se certificar que as imagens não sejam vistas.
É por isso que temos DRM - proteção anti-cópias - controle de direitos,
código de área, e todas essas coisas, mas se a imagem é vista
então lhe diz uma coisa: essa imagem não é sua
é deles.
Não é do seu interesse. Não copie. Não modifique.
Apenas esqueça. Você não pode dizer - ei, é só um filme.
É realidade. É uma realidade de propriedades bem específicas.
Rádio. Televisão. Jornal. Filme. No coração disso tudo está
uma distinção bem clara entre o produtor e o consumidor.
E a idéia é bem estática.
Aqui há uma tecnologia que me permite comunicar-me com você.
Mas não é um diálogo que se tem em mente.
Poderia ser, se você tivesse uma estação de rádio ou canal de tv
ou uma editora.
Você poderia enviar suas imagens para um
grande número de pessoas por uma quantia considerável
e uma pequena porcentagem da população é capaz disso.
Os materiais foram produzidos por alguns profissionais comerciais
que controlaram a experiência e alocaram indivíduos
no fim receptor passivo da conversação cultural.
Eu sou John Wayne.
Nós acreditamos em muitas coisas, mas eu sou John Wayne.
Se você quiser mudar o modo que as redes de televisão
funcionam - boa sorte,
você terá que convencer a maioria dos acionistas
a concordar com você - ou terá que substituir um equipamento
bastante caro.
No mundo em que você precisava de distribuidores
Havia guardiões que ficavam no caminho.
Eu sei que há guardiões lá fora em cada nível do caminho
produção, fundos, exibição.
Por mim, Eles podem ir se foder.
Você precisaria convencer o advogado da rede de TV ou o advogado
da estação de televisão ou rádio de que o que você faz
é legal e claro e permissões foram obtidas - e
provavelmente seguros foram feitos
então você poderia entrar nos canais de comunicação de ***.
O número de pessoas que podia falar ativamente era relativamente pequeno
E eles se organizavam ao redor de um dos dois únicos modelos
que tínhamos no período industrial para coletar capital físico o suficiente
para comunicar-se com o estado ou com o mercado
normalmente baseado em propaganda.
esta é a questão que encaramos hoje.
Se a batalha contra o compartilhamento já está perdida - e mídia não é mais um bem
como a sociedade mudará?
Aqueles à quem a permissão era requerida resistem a essa transição
porque controle é algo bom de se ter.
O controle
que costumava estar na manufatura dos artefatos está disponível para ser pegado.
Devemos esperar mudanças tão drásticas quanto as que a prensa trouxe?
Há muita gente assistindo o pior tipo
de novela nesse momento, eles são um planeta e eu não posso salvá-los.
Por mais que tenha tentado, não posso salvá-los.
Mas nós precisamos ser salvos? Ainda haverá uma mídia produzida
em *** e orientada para a *** da qual precisamos ser salvos?
A música não começou com o fonógrafo
e não acabará com a rede peer-to-peer.
Alright, listen
man, I couldn't give a *** if you're older this young'n's bin colder
give it ten years then I'm going to be known as a better than older I swear
now people stayin colder so don' try n tell me your older
you could be roller or be more music mix tapes promos and everythings
out there, so don't try tell me I don't
O pânico da indústria cinematográfica e fonográfica é que
as pessoas poderiam começar a produzir
e redes de compartilhamento - tecnologias de compartilhamento
as permitem produzir coisas.
To do this I'm colder better than most out older
I take out any that are younger
diss me, are you dumb you're an idiot you will never get this chip of your shoulder
this kid's colder than you were when you were this age [...]
please don't play - why you can't see that playtime's over.
playtime's over - since year six i been a playground soldier
dem days were lyrical dat lyrical G but now everything is colder
now there's content flows and everything - mix tape promos
everything - who'd you name your favorite MC, I'll write the sixteen
make him look like...
As pessoas têm lamentado a morte do autor
o que estamos testemunhando vai muito além-
é o agora produtor e antigo consumidor.
e isso sugere um novo modelo econômico para a sociedade.
why? cos I'm going on show I move fast - goin on show
like your team be out for the ratings by my team be out for the do(ugh)
in the air tha show - eh what we're goin on show
so your put man pay me - I'm doin no less I got the vibes, that run down the show
Não é tanto o fato de que a ameaça fantasma é
baixada 500 times, ou 600 vezes etc.
Sim, há um espectro imaginário de perda econômica,
mas a verdadeira batalha, ou a verdadeira ameaça
está na mudança no modo que pensamos
sobre as possibilidades de nós mesmos como criadores e não apenas consumidores.
É toda uma rede.
Isso é algo que eu abri mão e deixei as pessoas baixarem
elas podem baixa, e fazer o que quiserem. Eu fiz um blog sobre isso
dizendo, oh vejam, DJs vocês podem tocar isso onde quiserem
Esse cara no Brooklyn, ele fez
um remix, é totalmente diferente do que eu pensei, mas
esse cara do Brooklyn, e eu realmente admiro que ele tenha vindo
até mim e dito, veja, e isso vai para seu álbum de mixagens.
Uma das coisas que me intriga sobre a proliferação
de material pelo mundo para as pessoas
pegarem, é a criação potencial de milhões de novos autores.
Graças à Internet, graças às tecnologias digitais
os guardiões foram removidos.
As pessoas podem fazer mais de seu meio cultural
fazer seu próprio uso, enquanto juntam material e fazem
suas próprias expressões, suas próprias pesquisas,
criam suas próprias comunicações, suas próprias comunidades quando
precisam colaborar com outros em vez de se relacionar em um limitado
grupo de instituições existentes ou com uma série de materiais
que elas não podem usar sem ir e pedir
Por favor posso usar isso? Por favor posso criar?
Basicamente, em termos de samples, não muitos
que criam seus próprios samples.
Agora mesmo eu tenho tudo no
cortador de frutas, em teclas diferentes
são partes diferentes do sample só alguma coisa turca
eu nem mesmo sei de quem é - alguns samples aleatórios
Eu faço principalmente instrumentais então fiz uma ferramenta para isso
como um MC ou algo assim.
É bom que as pessoas sejam impiedosas
o bastante para usarem canções de outros
E gravarem rimas em cima disso.
Look I'm takin over now but then the game says too free to october now
I'm *** it up - listen it's over now i'm settin the pace.
how they gonna slow me down? look - it's over clown
I got the skippigest flows in town plus - you *** can't *** wit my
word play - I switch it back - DJ bring it back
Às vezes os grandes artistas improvisam sobre suas músicas
colocam em seus CDs e você nem sabe disso.
Nós vivemos nesse mundo em que
abundância absoluta de informação
é um fato diário para todos nós e isso significa que temos uma certa
atitude em relação à noção de "Idéia" como "Propriedade".
E como você ouviu, compartilhar está em nosso sangue, então a luta para reter
conhecimento e criatividade como um bem pela força
se confrontará com nosso desejo de compartilhar, copiar e cooperar.
Se as crianças sampleiam minha música
para fazerem as suas, isso é
algo bom, também gosto disso.
Eu quero que elas façam isso. Se eu fiz uma velha canção,
pegue um pouco dela, jogue algo por cima e faça disso música
faça grande - se você pode fazer isso - faça isso.
Quando você coloca matéria prima nas mãos de cidadãos comuns
coisas realmente interessantes podem acontecer.
Eu não sou músico - só sei fazer as coisas soarem agradáveis
Eu quero que as pessoas reconheçam seu próprio valor - quero que se dêem conta
de que são mestres de seu próprio conteúdo, que são...
elas criam algo, elas podem compartilhar, se outra pessoa criou algo
elas podem contribuir, podem ajudar, podem pegar e usar
da maneira que deveria ser.
Então é um terrorismo mental o que sustenta conceitos
como propriedade intelectual. É um terrorismo
baseado na idéia de
uma repressão brutal àquilo que é realmente possível.
Se tudo é gerado por usuários isso siginifica que
você deve criar algo para fazer parte da sociedade.
Eu penso que uma das coisas que estamos vendo surgir é uma cultura onde
as coisas são produzidas porque as pessoas querem,
e não porque elas esperam que outras irão comprar.
Então o que veremos são coisas feitas pelas pessoas para si mesmas.
Eu não acho que conheça uma pessoa que apenas escuta e não tenta
se envolver de alguma forma, produzindo ou algo do tipo,
essas coisas que estão tomando a indústria de copyright
totalmente de suspresa - e eles estão assustados com isso
e sem saber como lidar - para a próxima geração isso será apenas uma parte do campo da mídia
eles serão nativos, totalmente nativos nesse campo da mídia.
E eles não estão sós.
Eu me vejo como um pirata.
Nós somos piratas.
Eu sou uma pirata.
Eu me orgulho de pegar minha música de graça, então tudo bem
Acho que precisamos ter um amplo diálogo - provavelmente um
diálogo internacional onde pessoas que fazem coisas
e pessoas que usam coisas - estou falando de produções culturais -
sentem juntos e pensem que tipos de regras servem melhor esses interesses
eu não sei se iremos concordar, mas acho que precisamos
pedir um pouco mais de utopia, precisamos saber que tipo de mundo
gostaríamos de viver e então tentar criar regras
que se adequem a isso - sermos reativos não parará isso.
O futuro certamente não está claro mas é o que tentamos aqui,
dar forma ao futuro, tentamos fazê-lo da maneira que queremos - mas
obviamente a maioria das pessoas o querem assim e é por isso que fazemos.
Vamos construir um mundo que nos dê orgulho, não
apenas um mundo lucrativo - para umas poucas grandes empresas de mídia.
Fazer dinheiro não é o objetivo da cultura, ou mídia
fazer algo é o objetivo com a mídia, e eu não acho que
as pessoas vão parar de fazer música, de fazer filmes
de fazer - tirar boas fotos - coisas assim.
Mesmo que seja difícil de acreditar nisso agora, nós podemos sem
as indústrias do entretenimento, acharemos novos meios de conseguir as coisas que queremos
feitas - queremos um mundo onde possamos compartilhar, trabalhar juntos e
achar novos meios de apoiarmos uns aos outros enquanto isso.
Esse é o mundo que tentamos criar.
Uma força assim, Um poder assim. Zilhões de pessoas conectadas
compartilhando dados, seus trabalhos, os trabalhos de outros
essa situação não tem precedentes na história do homem, e é uma força
que não será parada.
As pessoas sempre nos perguntam quem é a Liga dos Nobres Compartilhadores?
E nós dizemos, você é. Eu sou. Até o seu gerente de banco é.
É por isso que eu sou um vago borrão. É mais ou menos assim: Coloque-se aqui.
Porque todos nós produzimos informação agora, todos nós reproduzimos informação.
Todos nás distribuimos. Não podemos nos conter. É como respirar.
Faremos enquanto estivermos vivos. E quando pararmos de fazê-lo,
estaremos mortos.
tradução de kerouac_rj@hotmail.com www.makingoff.org Revisão: Léo