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A Fundação de Economia e Estatística divulga hoje os dados da Pesquisa Emprego e Desemprego,
na Região Metropolitana de Porto Alegre, que tratam
da inserção da mulher no mercado de trabalho da RMPA, relativos
ao ano de 2013. Estes dados encontram-se no site da FEE. Em 2013, o mercado de trabalho
trouxe um desempenho mais favorável para as mulheres do que para
os homens, diminuindo, em alguns pontos, as históricas
desigualdades que existem entre homens e mulheres no mercado de trabalho, no sentido de que
as mulheres têm uma inserção menos favorável do que os
homens. Dentre os pontos favoráveis que a pesquisa mostra, houve
uma formalização mais intensa dos vínculos empregatícios para as mulheres do que para
os homens. No setor privado, houve um aumento de 18 mil nas mulheres
assalariadas com carteira assinada e de 9 mil para os
homens. E, pela primeira vez, na Pesquisa de Emprego e Desemprego, que é feita pela
FEE desde 19933, a parcela de mulheres assalariadas com carteira
assinada no setor privado ultrapassa a metade do total de
trabalhadores. Quanto aos rendimentos no trabalho, também houve um ponto favorável às mulheres,
no sentido de que o aumento do rendimento médio real
foi maior para as mulheres do que para os homens, fazendo com que
as desigualdades diminuíssem, embora persista ainda o fato de que as mulheres auferem rendimentos
médios inferiores aos dos homens. No mercado de trabalho,
as mulheres trabalhadoras recebem, em média 75,3% do
rendimento dos homens - portanto, ainda há uma desigualdade que persiste. Quanto às
taxas de desemprego, também houve diminuição do desemprego,
para mulheres e para homens. A taxa de desemprego das mulheres ficou
em 7,5% do total da população economicamente ativa feminina, e a taxa de desemprego dos
homens ficou em 5,4%. Então, nós temos 7,5% para as mulheres
e 5,4% para os homens, o que indica que as mulheres continuam
tendo uma taxa de desemprego maior do que os homens. E, portanto, encontram maiores
dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Um outro dado
que também revela uma situação menos favorável para as
mulheres, no quesito do desemprego, é que elas são a maior parte dos desempregados,
do total de desempregados, 54,3% são mulheres. Portanto, de um modo
geral, as informações da PED da RMPA indicaram melhora na situação
feminina no mercado de trabalho, mas a persistência, ainda, de desigualdades na inserção de homens
e mulheres trabalhadores, o que implica na necessidade
de se continuar políticas que melhorem a condição das mulheres
no mercado de trabalho, no sentido de uma maior igualdade entre mulheres e homens trabalhadores.