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Tenho que admitir que achei estranho você insistir para que eu cozinhasse para nós na minha casa.
Isso é mais coisa de terceiro ou quarto encontro.
Bem, é como eu disse no telefone, todo aquele sal nas comidas dos restaurantes hoje em dia.
Nada como uma comidinha caseira.
Verdade. Mas achei meio estranho que você quisesse sair num encontro comigo.
O que mudou? Você não pareceu muito afim de mim na sua casa naquela noite. O que aconteceu?
Sério? Nossa. Não. Não. Não.
Eu vim para conhecer você e saber tudo sobre a sua causa.
Como vão as coisas no estressante mundo das ONGs?
Problemas com doadores? Alguma mágoa com eventos para arrecadação? Um processo, talvez?
Pergunta engraçada.
É que eu tenho um amigo que mexe com organizações sem fins lucrativos
e ele vive me dizendo que é difícil angariar fundos e lidar com doadores que desistem de fazer a doação o tempo todo.
É difícil. Bem estressante de vez em quando. Mas eu amo aquelas crianças. Elas precisam de nós.
Nada tão glamuroso como escrever um livro baseado em um crime real mas eu amo o que faço.
Sim, crianças são especiais, já entendi.
Olha, a água do macarrão está derramando. Olha lá.
Quase pronto.
O que está fazendo?
Estava procurando uma caneta. Uma caneta?
Sim. Uma caneta. Vou doar um cheque para a sua caridade.
Gosto de dar. Eu não tenho meu talão aqui mas posso te dar esses $5.
Por que está mexendo nas minhas coisas?
Tá. Sim. Estou vasculhando suas coisas
porque eu acho que você está envolvido no assassinato do Elliot Butler.
O que? Isso mesmo.
Sei que vocês brigaram uma semana antes que ele morreu.
Algo sobre um processo?
Meu Deus. Eu não acredito nisso.
Sim. Sim, eu planejava processá-lo.
Ele me ferrou. Muito. Muito!
Ele prometeu doar mais de $100.000,00 para a caridade.
Fizemos nosso orçamento contando com aquele dinheiro e na hora de nos pagar, ele voltou atrás!
Ele me ferrou e ferrou as crianças!
Então você matou ele!
Nossa. Por isso você veio aqui?
Meu Deus. Eu sou um idiota.
Eu sou um idiota.
Você não está interessado em mim. Você quer me denunciar
Tem que admitir que é meio suspeito.
Você tinha motivos. Você estava na festa.
Eu fui embora..
Não consegui falar com o Elliot porque aquela bichinha inglesa não deixava ninguém chegar perto dele.
E você me deu um fora, valeu.
E fui embora assim que falei contigo.
Eu enchi o tanque d carro no posto de gasolina na parte baixa da colina e vim direto para casa.
Então você saiu da festa cedo? Sim.
Você deveria estar investigando o ex-namorado do Elliot.
Eles tiveram um fim péssimo.
Elliot disse que ele extorquiu todo o seu dinheiro e esse foi outro motivo para ele não doar a grana.
Qual o nome desse ex?
Não lembro. É um agenciador. Musculoso.
Ivan? Ivan tananan tananan?
Sim. Russo. Um nome russo.. Jeremy, eu sinto muito. Me sinto terrivel.
Cara, você leva esse negócio de resolver crimes a sério, né?
Você é uma Jessica Fletcher da vida real.
Ai meu Deus, eu amava esse programa. Era o meu favorito de infância.
Somos da mesma geração.
Posso usar seu banheiro?
Sim. Naquela porta.
Wood, preciso que você ligue para o Detetive Winters e peça para ele verificar se o Jeremy usou o cartão de crédito no dia do assassinato.
no posto Arco na esquina da Beachwood e Franklin.
Não interessa que você está assistindo Bob Esponja, faz o que eu mandei!
Nossa, você não desiste, né?
O que é isso??
É a nota fiscal da gasolina.
Eu faço dedução de combustível. Dá uma olhada na data e na hora.
Eu não preciso olhar a data e a hora. Eu confio em você.
Olha, só estou investigando a fundo. Jessica Fletcher iria a fundo.
Entendi, Detetive Hatch.
Na verdade, é meio fofo. Um pouco sexy também.
Só um pouco? Um pouquinho.
Agora que conseguiu o que queria, não deve estar interessado no jantar, né?
Tá brincando? Esse macarrão com alcachofra e frango está com um cheiro ótimo.
Tem uma coisa que você precisa saber sobre mim:
Eu nunca deixo uma garrafa de vinho pela metade.