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O QUE ACONTECEU ATÉ AGORA...
- Meu filho! - Vá agora!
Quem é você, garoto? O que aconteceu?
Não consigo me lembrar.
O fogo cairá do o céu, não tarda muito.
Depois do fogo um homem virá.
A força do guerreiro se igualará a sua.
Inclusive a vencerá em batalha.
Acredita no destino?
Fomos destinados a nos encontrar.
- Você é a Rainha da Islândia? - Sim. Isso faz alguma diferença?
Não. Não no que diz respeito ao que sinto por você.
Vou amá-lo para sempre.
- Não olhe para princesa. - Não estou olhando para ela!
É ela que está olhando.
Lord Hagen. Fafnir, o dragão, acordou.
Deve convencer o rei Gunther a juntar os seus melhores guerreiros e matar Fafnir.
Eu também desejo me unir à sua cruzada contra o dragão.
Essa é uma tarefa apenas para os guerreiros mais honrados e favorecidos pelo rei.
Ao bosque de Fafnir!
A pele do dragão era dura como o ferro. Nossas armas foram inúteis contra ele.
Ele será vingado, minha senhora!
Juro!
Este ouro não é para os homens. Pertence a nós.
Esse é o anel dos Nibelungos. O mais antigo do tesouro.
Aquele que o possuir, é o dono do tesouro.
Leva com ele uma maldição!
Fafnir morreu por causa dela.
Escute a nossa advertência ou também pagará.
- Que espécie de feitiçaria é esta? - O elmo mágico.
Com ele, você pode tomar a forma que quiser.
O seu nome é Alberich e foi um de nós.
Mas a cobiça contaminou Alberich. Quis todo o tesouro para ele.
Como você.
- É todo meu agora. - Eric o ferreiro matou o dragão!
Fafnir está morto!
Ordeno que Erik o ferreiro seja proclamado herói do reino!
Inclusive a honra de proteger tal tesouro trará fama a Burgund, meu senhor.
Uma vez que se saiba que lhe confiaram a segurança do tesouro.
Derrota dragões com ferro, mas ganha donzelas com ouro.
O meu coração já está prometido.
- Eu a conheço? - Não. Ela vive muito longe.
E não me casarei com nenhum outro, Hallbera. Nem um príncipe, nenhum rei...
nem mesmo o próprio imperador de Roma.
Trarei o meu amor comigo a Xanten como minha esposa.
- Mas venha comigo. - Não existem mais viagens para mim.
Quase não respiro mais.
Chamam-me Erik o ferreiro, Erik o caçador de dragões...
e Erik o herói de Burgund.
Eu sou Siegfried!
Filho de Siegmund, o rei de Xanten!
Foram vencidos e os seus reinos serão divididos entre os reis...
de Burgund e Xanten!
Quero-o ligado à casa de Burgund para sempre.
A minha irmã se casará com Siegfried de Xanten.
E tenho a certeza que você não achará isto muito difícil de arranjar.
- O que tem em mente? - Um dos seus truques, feitiços ou poções.
Se conseguirmos fazê-lo esquecer do seu outro amor...
- e achar a princesa atraente... - Então o ouro fica onde está.
Tão perto do meu coração e da minha mente.
Ao mesmo tempo tão longe dos meus braços e do meu corpo.
Quanto tempo mais?
Quanto mais falta?
Tudo o que ele deve fazer é beber isto, misturado com vinho.
No momento em que você lhe der o copo...
qualquer amor por outra mulher será esquecido...
e só você arderá no seu coração desse momento em diante.
A Maldição do Anel - Parte II
Há 1500 anos, a maior parte da Europa...
tinha abandonado as suas crenças e se convertido à fé cristã.
Só no norte os povos mantinham ainda os Deuses dos seus ancestrais.
O mais poderoso desses Deuses era Odín.
Reinou entre as estrelas em Valhalla e os seus corvos...
deram-lhe sabedoria e memória.
Mas enquanto o fogo dos antigos poderes se desvanecía...
um maravilhoso conto se ergueu e capturou os corações dos homens.
Falava de um ferreiro que matou um poderoso dragão...
e ganhou um tesouro lendário: o ouro do dragão.
- Rei Siegfried de Xanten! - Agradeço a sua hospitalidade.
- É sempre bem-vindo! - Sei que o tesouro...
trouxe-lhe grandes desgraças e matança ao seu reino.
- E por isso realmente me desculpo. - Por favor, Siegfried.
Muitas guerras se combateram por ouro e tesouros.
Nenhum exército empreendeu guerra com um herói como você nas suas fileiras.
Você não destruiu vidas! Você as salvou.
Prestou um grande serviço ao reino de Burgund.
Obrigado, meu rei.
Rei Siegfried, junte-se a nós num brinde antes de partir?
Este é um vinho especial de Burgund, misturado com especiarias.
Por Siegfried de Xanten!
Pelo herói que chegou como ferreiro e sai como rei.
- Pelo Rei Siegfried de Xanten! - Pelo Rei Siegfried de Xanten!
Bom vinho.
Parece que as especiarias dão um sabor estranho.
Onde estão Gunther e Hagen?
Foram-se embora.
Pode servir novamente para mim, só que com menos canela?
Claro que sim.
- Mas primeiro devo confessar algo. - O quê?
No banquete do dragão...
você contou a uma mulher mascarada que o seu coração estava prometido a alguém.
Era você?
Perdoa-me.
- Não podía dizer nada porque... - Por favor.
Não tem importância...
porque amo você...
- ...e não sei porque não o disse antes. - Nada importa agora...
exceto que você me ama...
e eu o amo.
Onde estará o meu corvo?
Estou orgulhoso de que Burgund ganhou um novo cunhado.
Ninguém podia trazer mais honra ao nosso reino que você, Siegfried de Xanten.
Quero fazer de sua irmã, minha rainha antes de regressar ao meu reino.
Por desgraça, no nosso reino, a lei diz que o rei deve se casar...
- ...antes que qualquer dos seus irmãos. - Então pelo que devemos esperar?
Não é tão simples.
A rainha que desejo é uma bela e poderosa mulher que desafia os...
seus pretendentes para um combate. Até agora, ninguém provou...
- ...ser tão forte a ponto de derrotá-la. - E quem é esta poderosa mulher?
Seu nome é Brunhild. Rainha da Islândia.
Encontrei-me com ela uma vez.
Você a conhece?
Sim. O seu barco navegou até nossa ferraria um dia.
Como poderia esquecer? É extraordinariamente bela.
Mas disseste que te encontraste com ela?
Sim. Naquela noite, uma estrela caiu do céu...
no bosque perto da nossa ferraria.
Encontramo-nos na cratera feita pela estrela e combatemos.
Mas porquê?
Confudi-a com um saxão e a derrubei.
Confundiu a rainha da Islândia com um saxão?
Como ela reagiu?
Estava um pouco surpresa. Isso é tudo.
Siegfried, ela é a mulher com que desejo me casar.
Ajuda-me a conquistá-la e torná-la a rainha de Burgund?
Como?
Lutando com ela no meu lugar.
E ela não notaria?
Não se você usar esse seu elmo mágico.
- Não se deve abusar destes poderes. - Siegfriend, só você conseguirá derrotá-la.
O rei Gunther ofereceu a sua única irmã em matrimónio.
Não o ajudaria a conquistar uma rainha?
Pense, Siegfried.
Se me eu casar com Brunhild, você e Kriemhild poderiam se casar no mesmo dia.
Sabia o que os ***ões estavam carregando, quando vinham para cá...
mas não fazia idéia de que isto fosse tão bonito.
É seu.
Meu?
O tesouro é o meu presente de casamento para você.
Mas este anel...
é o símbolo do nosso amor.
Use-o até que eu regresse da Islândia.
Cada dia sem você será uma eternidade.
Regresse depressa...
e traga meu irmão de volta a salvo.
Meu rei. Encontramos um clandestino escondido no porão.
- Joguem-no pela borda! - Acho que devia vê-lo primeiro.
Giselher! Está louco?
Só quería ver as mulheres nórdicas. As grandes valkirias que lutam como homens!
Porquê, Giselher? Quer uma mulher guerreira para você?
- Por que não me pediu? - Sempre peço...
e você sempre me deixa de lado.
Seu lugar é em casa, cuidando de Brunhild enquanto não estou.
- E mais, Kriemhild se preocupará por você. - Kriemhild sabe.
- Devia mandar um barco levar você de volta! - Oh, vamos, Gunther.
Que rapaz não almeja uma aventura como esta?
Sente-se.
E essas são as 7 maças prateadas da deusa da juventude.
- Você sabe muito! - Não tanto como sabe meu pai Eyvind.
Olhe ali. Esse é Orwandil, o gigante.
E junto a ele está Fearr, o touro que caçou. E olhe ali.
Esses são os espiritos do caminho, o caminho iluminado a Valhalla.
Os Deuses sentam-se ali com os mortos sagrados...
e decidem o que devemos fazer para ajudá-los a salvar o mundo.
- Como sabemos o que querem que façamos? - Enviam-nos sinais.
Na água...
no fogo ou no céu.
Que acontece se lermos esses sinais equivocadamente?
Não sei.
Está chegando. Seu futuro esposo está chegando.
Siegfried.
- Içem as velas. - Sim, senhor.
Içem as velas!
Bem-vindo ao meu país, domador do fogo e dos elementos.
Finalmente encontrou o caminho até mim.
A fama do caçador de dragões chegou até aqui.
Não sou eu quem veio desafiá-la, grande rainha.
É o rei Gunther de Burgund quem quer ser seu marido.
Eu sou apenas um servo.
Minha rainha...
vim aqui pedir a sua mão em matrimónio.
Lutaremos um duelo de "facas duplas".
Se você vencer...
casarei com você.
Se eu vencer...
custará a sua vida.
Se falhar em fazê-la minha esposa, morrerei contente.
O combate começa numa hora.
Giselher. Esperemos lá fora.
Sombras e vapores, tudo igual.
Só permaneça escondido até que isto acabe.
E Siegfried?
Ele nos seguirá depois.
O caçador de dragões não o acompanhará?
Ele está preparando o barco para o nosso regresso.
Os machados!
Ainda pode navegar de volta a Burgund vivo!
Venha!
Aqui!
Venha!
Saudem o meu futuro marido. O rei de Burgund.
Agora o rei da Islândia.
Saia até que o chame e feche a porta.
Não faz sentido, minha senhora.
Olhe para isso.
Isso significa uma capa ou uma máscara.
Algo ou alguém estava escondido.
O caminho da verdade está oculto por mentiras ou os olhos estão vendados.
É por isso que Siegfried não me reconheceu?
Não há nada aqui.
Os Deuses se calaram.
Nobre Siegfried, desde que chegou a Burgund como um humilde ferreiro...
muitas coisas boas aconteceram no nosso reino.
Agora sentados a esta mesa estão os dois homens que mais prezo no mundo.
Giselher é meu irmão de nascimento e ficaria feliz se você...
se tornasse nosso irmão de sangue.
A sangue do dragão fez a minha pele impenetrável.
Mas acho que esta noite é uma noite para confiar.
Este é o único lugar em que posso ser ferido.
E agora vocês compartilham o meu maior segredo.
Este copo não terá uma bebida inferior que o sangue da irmandade.
Não se levantará para um brinde inferior. E quem ouse trair essa confiança...
morrerá desonrado e amaldiçoado.
Gente de Burgund! A vossa rainha!
Apresento-lhe a minha irmã Kriemhild.
Serei uma irmã para você também.
Celebraremos dois casamentos num único dia.
Onde está o meu elmo?
Ainda não terminei de usá-lo. Você o terá quando chegar a hora.
Esse não foi o acordo, Hagen!
- Não tenho certeza que vai funcionar. - Funcionará!
Funcionará!
E você está traindo o acordo! Talvez deva encontrar a maneira...
- ...de ter uma pequena conversa com o rei. - Não, não, não, não.
- Isso não será necessário. - Falarei com ele assim mesmo.
Rainha Brunhild.
- Posso ajudá-la? - Esperei por você.
Como disse que o faria.
Siegfried.
O que aconteceu?
Descobriu que não podia amar uma rainha e fingiu que não a conhecia?
Ou foi o ouro? Já congelou muitos corações antes.
- Não sei. - E a quem devo perguntar?
Por que me amou antes e não me ama agora?
Não amei.
Não minta pra mim.
Não pode dizer que não me amou.
Foi a sua primeira vez, ferreiro. E a minha também.
E então soube que os Deuses o enviaram para mim.
E eu para você.
E você também sabia!
Isso não significa nada?
Não é como eu lembro.
E nunca me amou?
Mesmo quando disse isso?
Era um garoto naquela época!
Se isto é ser adulto...
só queria ter aprendido antes essa lição.
Mas é muito tarde agora.
Talvez deva rezar...
para esquecer logo o nosso amor...
porque eu nunca voltarei a conhecer a alegria...
até que eu esqueça ou que você lembre.
Rei Gunther...
aceita Brunhild como sua esposa e rainha?
- Aceito. - E você, Brunhild...
aceita o meu rei como seu marido legal e senhor?
Aceito.
Você, Kriemhild...
aceita Siegfried como seu marido legal?
- Aceito. - Rei Siegfried...
aceita Kriemhild como sua esposa legal?
Aceito.
Assim os proclamo marido e mulher.
Esta exibição guerreira mostra-nos as espadas e guerreiros...
mais corajosos de Burgund! Só podem ser superados...
pela grande rainha Brunhild e pelo extraordinário rei Gunther!
Aqueles poucos privilegiados em viajar com o rei Gunther à Islândia...
foram testemunhas duma demostração de habilidades incomparáveis!
O rei Gunther foi o único homem capaz de igualar a sua formosa rainha em combate!
Siegfried poderia.
Mas Siegfried não o fez.
Gostaria de tentar?
Seria uma honra...
rainha Brunhild.
Que armas escolheremos?
Armas que foram forjadas do mesmo mineral e que nunca se cruzaram.
A minha lança...
e a sua espada.
Obrigado por esta oportunidade de reconhecer os meus limites.
- O que aconteceu? - Estava cansada...
- ...e decidi me deitar. - Não me refiro a isso!
- Por que foi embora sem mim? Porquê...? - Siegfried. Nossa luta em público.
- Mas você venceu! - Ele me deixou vencer.
- Sei quando tenho uma vitória honesta. - Teve sorte, isso é tudo.
Talvez tenha se rendido para não ter que ir à sua noite de núpcias coberto de contusões.
Você é a única mulher que realmente desejei.
E você me tem?
Ou não?
Me deseja, meu marido valente? Estou esperando.
Chega disso, minha rainha! Bebi demais esta noite para tentar esta bobagem.
O homem que me derrotou não tinha bebido demasiado.
O quê?
Ou talvez tenha o hábito de beber.
Alguma poção mágica que deu-lhe forças, quem sabe?
Bem, vou contar um pequeno segredo.
A minha força é uma dádiva dos Deuses.
E está neste cinturão.
Se o tirar, encontrará uma donzela indefesa nos seus braços.
Pode o homem que sobreviveu ao meu desafio não sobreviver à sua própria noite de núpcias?
Está bem! Já chega! Desamarre-me!
Pare! Desamarre-me!
Desamarre-me agora!
- Cale-se agora! - Mulher, está louca?
Deixe-me sair!
- Gunther é um homem afortunado. - Não tão afortunado como eu.
- Não acha que Brunhild é linda? - Que pergunta aqui e agora!
- Siegfried, responda-me! - Está bem, sim, é bonita.
Mas é uma beleza dura.
- Então você percebeu. - O quê?
A frieza! A forma raivosa como nos olha.
Bem, certamente está aborrecida por ter sido derrotada por Gunther.
Não acho que ela goste muito de mim.
Talvez porque você ganhou um marido sem ter que lutar com ele.
Ouviu isso? É Thor sacudindo o seu martelo.
Talvez nos avise da nova pequena guerra entre Deuses que será iniciada esta noite.
Giselher.
Não acredita realmente em todas essas tolices pagãs, ou acredita?
Sim acredito! E também Siegfried!
E é o maior herói que Burgund jamais conheceu! Eu acredito no que ele acredita.
Em viver pela espada. E vou fazer o mesmo.
E quando morrer, serei recompensado sentando-me à mesa dos guerreiros.
- Ao lado do pai Odín! - Deveria ouvir você mesmo!
- Os velhos costumes não são fascinantes? - Não, nem um pouco.
Assustam-me. Os poderes são incontroláveis.
Perigosos. De qualquer maneira, não é o caminho que devemos tomar.
Lena.
Não quis aborrecê-la.
Brunhild. Por favor, não deixe os criados me verem assim. Prometo...
- ...que nunca tentarei subjugá-la outra vez. - Então que seja uma lição para você.
Posso estar prisioneira nesta jaula de ouro, mas nunca serei sua esposa.
Gunther.
Siegfried.
Qual é o problema?
Irmão de sangue, posso dizer-lhe algo...
- ...que você não contará a ninguém? - Claro que sim!
A rainha.
- Não fizemos... quer dizer... - Quê?
Siegfried, ela não me quer cama dela.
- Lamento. - E Burgund precisa de um herdeiro.
Devo ter um filho!
Se houver algo que possa fazer, faço, mas temo que isto não é uma batalha...
- ...que possa ganhar por você. - Bem, isto não está certo.
Provou que a sua força é maior do que a dela.
E a sua força não está no seu própio corpo.
Vem do seu cinturão pagão. Agora, se você pudesse tirá-lo...
Não!
Não, Gunther.
Só peço que pegue o seu cinturão, não... para me substituir de outra maneira.
Recusa-se ajudar o homem que lhe deu a sua própria irmã?
Teu elmo mágico nos serviu...
na Islândia, irmão de sangue.
Mas se você não usá-lo aqui esta noite...
então tudo terá sido em vão e o meu casamento será uma farsa.
Sombras e vapores, tudo igual.
- Boa noite, meu rei. - Boa noite, meu rei.
Lena!
- Vão em frente. - Não demore.
Tenho que dizer-lhe algo. Venha cá.
Eu também te amo.
Ele acabou de passar por aqui.
Algo muito estranho está acontecendo aqui.
Só quero que sejamos felizes juntos.
Sermos marido e mulher.
Olha para você, meu rei.
É adversário para mim... ou não?
Pois você me derrotou na Islândia.
Bem, bem. Meu rei recupera sua têmpera.
Estranho. Como é que você vai e vem sem aviso.
Escute. Não quero lutar. Amo você.
Prove!
Isso era tudo que eu precisa saber.
Siegfried?
Agora pode ser meu marido.
Aonde vai?
Livrar-me desta bruxaria pagã. E quando voltar...
é melhor que se torne minha esposa.
Jura manter este segredo?
Na Islândia vi dois Gunthers também.
Quando o meu irmão regressou dessa vitória sobre a rainha Brunhild...
não foi Gunther quem chegou ao quarto.
Foi Siegfried.
Gunther esteve escondido ali todo o tempo.
Eu sei que não foi o meu irmão quem derrotou Brunhild.
Foi Siegfried!
Onde você esteve?
Kriemhild!
- Por que não está na cama? - Acordei e você não estava lá.
Não consegui voltar a dormir sem você, por isso esperei acordada.
- O que é isso na sua mão? - Nada importante.
Deixe-me ver.
Um cinturão de mulher?
- Por que você o esconde? - Não é o que você está pensando!
Estamos casados a apenas um dia.
Só o que posso dizer é que o seu irmão precisava de mim.
- Para quê? - Isso não posso dizer.
Por que não?
Porque assim o prometi.
Jurei frente a todos os Deuses que seria o seu leal e fiel marido.
Então por que não me responde? Que tipo de ajuda precisava o meu irmão...
para que voce deixasse a sua cama a esta hora?
E que tipo de ajuda deixa um cinturão de mulher nas suas mãos?
Se eu dissesse, quebraria o voto de silêncio.
Quebre.
- Abram as portas para nós, por favor. - Não posso fazer isso, minha senhora.
- Não podem? Por que não? - Temos ordens da rainha.
O quê?
Ninguém pode entrar na igreja até que a rainha de Burgund tenha entrado.
- Devem estar brincando. Abram as portas. - Não podemos, senhorita Kriemhild.
Brunhild, como se atreve a ordenar que mantenhan as portas fechadas para mim?
- Sou a irmã do rei! - E eu sou a esposa, rainha de Burgund!
Tenho o direito de entrar antes do que qualquer outro soberano inferior.
- Afaste-se e deixe passar a sua rainha! - Você não é minha rainha, Brunhild!
E como se atreve a se referir ao meu marido como inferior a alguém?
Ele próprio se apresentou na Islândia como servo de Gunther!
E certamente serviu bem ao seu marido quando a venceu à noite!
- O que você disse? - Você me ouviu. Foi o meu marido...
quem a venceu na Islândia.
Insulta a rainha de Burgund com essas mentiras em público?
Primeiro sou a esposa dum serviçal e agora sou uma mentirosa?
Reconhece isto?
- Quem lhe deu isso? - Meu marido. Acredita em mim agora?
Ele tirou de você à noite, no seu próprio dormitório.
Surpreende-me que não tenha notado.
Agora saia do meu caminho.
Não entendo como pode revelar o meu mais íntimo segredo... e do seu irmão!
À frente de todo Burgund!
Kriemhild, só quebrei o meu voto porque contava com a sua discreção.
Eu sei. Lamento. Por favor, me perdoe.
Amo-o mais que a minha vida e agora tenho medo...
de que algo horrível possa acontecer e de alguma forma possa nos separar.
Chega de lágrimas.
Em dois días estaremos muito longe deste lugar.
Muito longe do seu irmão e das complicações do seu casamento.
Ele errou ao fazê-lo participar disto.
Ele aproveitou-se da sua lealdade.
Mas já se acabou. Irei à caça com ele e partiremos como amigos.
E ainda hoje dei ordens para que o ouro seja carregado no nosso barco.
- Assim que a caçada terminar partiremos. - Não pode ser antes?
- Não podemos partir imediatamente? - Eu gostaria, mas...
não podemos dar ao seu irmão a impressão de que partimos...
guardando rancor dele.
- Eu disse que não podíamos confiar nele. - Que posso fazer agora...
- ...para corrigir isto? - A simples justiça...
escrita nos nossos livros de leis podem não ser suficientes neste caso.
Certamente que usou a magia para ajudar você, mas que outro uso lhe deu?
Ouvi dizer que o povo idolatra mais a ele que a você.
Como seu cunhado é um sucessor legítimo do trono de Burgund.
Qual será o próximo plano dele, meu rei? Derrubá-lo?
Você disse que a presença desse tesouro na minha câmara só me beneficiaría!
Meu rei. Mesmo que a rainha tenha um filho seu,...
todas as línguas em Burgund se agitarão...
para dizer que na realidade é o filho bastardo de Sigfried.
O reino já está abalado com o escândalo.
E não ficará nisso. Manchará a você e a sua casa...
até o fim dos seus dias. A não ser que se faça algo.
Terminarei a aliança e o enviarei para longe.
Deixarei elei viver o resto dos seus dias em Xanten.
Não é suficiente!
Você pode não se importar se um homem o ridiculariza como um corno covarde.
Mas e a mim? Fui enganada pelo caçador de dragões e por você.
Sou a rainha da Islândia e de Burgund.
Não serei desonrada. Serei vingada.
Só há um castigo possível para semelhante crime.
Que quer que eu faça?
É muito simples.
Siegfried deve morrer.
Você não pode estar falando sério!
É meu amigo. Mais que meu amigo, meu...
meu irmão de sangue.
Depois do que passamos juntos, traí-lo dessa forma...
- Não posso simplesmente matá-lo! - Ou você o mata...
ou o matarei eu mesma.
Meu rei...
talvez o seu castigo possa acontecer de forma "acidental"...
- ...durante a caçada de amanhã. - Sabe que Sigfried é invencível.
E você sabe também, como eu, que não o é.
- Rei Sigfried, cavalgamos juntos? - Posso ir também?
Será uma honra!
Rainha Brunhild?
Rainha Brunhild, por favor, deixe-me falar.
Devemos resolver o nosso problema, por favor, rainha Brunhild.
Tenho algo que lhe pertence e devo devolver-lhe.
Com certeza tem algo que me pertence...
mas já é muito tarde para devolver.
Você, os cristãos, falam muito em perdoar.
- Não espere isso de mim. - Não o faço, rainha Brunhild.
Tudo o que posso dizer é que lamento muito a forma como a tratei em frente à catedral.
Estava com ciúmes. E quando pensei no que aconteceu não pude aguentar.
Uma vez amei um homem, o qual achei que os própios Deuses me enviaram.
Amei o mundo inteiro porque ele existia.
Por muito tempo estivemos separados, mas consegui aguentar...
porque sabia que ele voltaria algum dia.
Mas quando voltou...
era como se tivessem limpado o seu coração.
Eu o amava como antes...
mas ele não me amava.
Éramos estranhos...
- ...assim como antes tinhamos sido amantes. - Siegfried?
Siegfried.
- Brunhild, fiz-lhe um mal terrível. - Não falemos mais da catedral.
Não estou falando da catedral. Estou falando de algo muito pior.
Do que está falando?
Não me causou nenhum mal maior.
Uma vez amei um homem que não me amava...
e não podia aguentar, porque o mundo era um lugar vazio sem ele.
Então quando Hagen veio a mim com uma coisa ímpia...
que desenterraria as lembranças de velhos amores e plantaria um novo ali...
deixei de ver o que era correto e dei-lhe de beber dessa coisa a esse homem.
Era a magia de Hagen. Siegfried nunca supôs...
e mesmo que tivesse sabido não havia nada que pudesse fazer contra ela.
Esse é meu grande pecado contra você...
e contra ele.
E deverei pagar por isso pelo resto da minha vida.
Parece que não fui o único que teve sorte.
Parabéns, irmão.
- Beba conosco. - Lavarei o sangue primeiro.
Brunhild.
Sigfried não voltou. Devemos partir antes que anoiteça.
Vou procurá-lo.
Siegfried?
Siegfried!
Não!
Ajudem-me. Ajudem-me!
Ajudem-me!
Alguém me ajude!
Arminius!
Houve uma emboscada.
Um grupo de saxões.
Assassino!
Como pode me acusar?
Que razão posso ter para matar um homem que nos ajudou tanto?
Inveja e culpa.
E cobiça. Com Siegfried morto...
não terá que enfrentar a sua própria fraqueza e desonra.
E com ele morto pode ficar com o tesouro dele!
Com tudo. O tesouro...
já não o quero mais.
Sempre quis o ouro para você! Por isso foi que o assassinou!
- Planejamos juntos! - Você nunca terá o ouro!
Mas o ouro é meu por direito de nascimento como Nibelungo! É meu!
Insolente filho de um monstro!
Mantenha-se fora disso, garoto!
Ele matou o nosso rei! Ordeno que o prendam!
Aqueles que se aliarem a mim serão recompensados com ouro do tesouro.
E depois serão traídos como ele me traíu!
Hagen de Tronje, enfrente o destino que os meus Deuses escolheram para você!
- Seus Deuses estão mortos! - Já vamos saber!
Devolva este anel aos seus legítimos donos.
Devolva-no aos Nibelungos.
D-ave
Day-yah fryn-dr.
Dayre syolw-ra ith sama.
Arminius.
Hoje os velhos Deuses voltam a viver!
Não, Giselher. Hoje os velhos Deuses morrerão com eles.
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