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Vamos, em nome de Deus.
Mais uma vez em direção a nosso pai.
Bom Senhor.
Que belo, o brilho a Lua.
A Lua?!
O Sol! Não há luar agora.
Eu digo que este forte brilho é da Lua.
E eu SEI que é o Sol que está brilhando.
Sempre contrariado, e mais contrariado.
Nada além de contrariedade.
Continuemos, por favor
E seja Sol ou Lua ou o que quiseres.
Digo que é a Lua.
Eu SEI que é a Lua.
Não. Mentira. É o abençoado Sol.
Então, com a bênção Deus, é o abençoado Sol.
Mas não é o Sol quando dizes que não é.
E a Lua muda conforme teu pensamento.
Ao que quer que dês um nome
até isso será.
E então, assim será para Katharina
E então, vieram a Pádua.
Hortêncio casou com sua viúva rica
E Bianca casou com seu amado, Lucêncio.
E depois, houve um grande banquete.
Ora, em lamento jocoso, filho Petruchio,
ficaste tu com a maior megera de todas.
Bem, digo que não.
Assim sendo, para assegurar-lhe,
vamos cada um chamar pela esposa,
e aquele cuja mulher for mais obediente.
ganhará a aposta que vamos propor.
Aceito! Qual é a aposta?
Vinte coroas?
Vinte coroas?! Arriscaria isso no meu falcão ou cachorro,
mas vinte vezes isso na minha esposa.
Cem, então.
Aceito! Está feito.
Quem começará?
Serei eu.
Peça a minha senhora que venha até mim.
E então? Que novas trazes?
Senhor, sua senhora manda dizer
que está ocupada e não pode vir.
Como?! Está ocupada e não pode vir?
Isso é resposta?!
Peça a Deus que sua esposa não lhe mande resposta pior.
Vá, e convença minha mulher a vir de imediato.
Oh, convencê-la?
Então ela tem mesmo de vir!
Lamento que sim, senhor. Diga o que quiser.
Ninguém convencerá a sua.
Agora, onde está minha esposa?
Ela não virá.
Ela pede ao senhor que vá até ela.
Pior e pior. Ela não virá!
Vil e intolerável. Ninguém a suporta!
Vá até sua patroa.
Diga que eu ordeno que ela venha até mim.
Eu sei a resposta dela.
Qual?
Uma igual.
Qual é seu desejo, senhor, ao chamar por mim?
Onde está sua irmã e a esposa de Hortêncio?
Conversam em volta da lareira.
Vá, eu digo! E traga-as aqui agora!
Aí está um milagre. Se falas de milagre.
Felicidade para ti, bom Petruchio.
Ganhaste a aposta.
E adiciono à perda destes vinte mim coroas.
Outro dote para outra filha.
Ela mudou para o que nunca foi antes.
Não. Vou ganhar a aposta de maneira melhor.
Katharina, este chapéu não te cai bem.
Jogue essa porcaria fora.
Que eu nunca tenha causa para sofrer assim
até chegar a cometer idiotice como esta!
Ora, mas que dever estúpido é este?
Quisera eu que seu dever fosse tolo também.
Teu dever inteligente, bela Bianca,
custou-me cem coroas em um só jantar!
Mais tolo foste tu, por abusar do meu dever.
Katharina, cobro-te que fale a estas mulheres teimosas
qual é o dever delas para com seus senhores e maridos.
Ela não falará!
Ora, ora, desfaçam estas expressões rudes.
Ela queima sua beleza.
Uma mulher belicosa é como uma fonte em tormenta.
Barrenta, repugnante, grossa e despojada de beleza.
Teu marido é teu senhor.
Tua vida, teu protetor.
Aquele que cuida de ti.
E para te manter faz trabalho árduo tanto em terra quanto em mar.
Enquanto tu ficas no conforto e segurança do teu lar.
De tuas mãos ele não pede outro tributo, senão teu amor,
tua beleza e tua honesta obediência.
Um pagamento pequeno para uma dívida tão grande.
Ora, isso é que é mulher.
Vem e beija-me, Kate.
Venci a aposta, e como vencedor, Deus lhes dê boa noite.
Ora, me tragam mais vinho!
Onde foram todos?
Não sou um lorde?
Oh, tive o melhor dos sonhos.
Eu sei agora, como domar uma megera.
Acerte as contas, seu vagabundo!